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G20: Negociadores chegam ao Rio com impasses sobre guerras – 11/11/2024 – Mundo

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Ricardo Della Coletta

Diplomatas dos países membros do G20 fazem a partir desta terça-feira (12), no Rio de Janeiro, uma série de reuniões para tentar concluir a declaração final do grupo. A previsão é que essa rodada de negociação siga até o sábado (16).

O principal desafio é o mesmo que os negociadores viam como os pontos mais problemáticos desde antes do início da presidência brasileira do fórum: as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.

As reuniões de negociação serão realizadas pelos chamados sherpas (nome emprestado de um povo que atua como guia em trilhas no Himalaia). Depois, o documento sobe para validação dos governantes na cúpula de líderes, que ocorre nos dias 18 e 19.

As diferentes visões dos países do G20 sobre as guerras na Ucrânia e em Gaza permearam todo o primeiro semestre de reuniões do grupo.

De um lado, Estados Unidos e Europa pressionaram para que houvesse uma declaração enfática contra a Rússia devido à invasão —o que Moscou, como membro do grupo, sempre vetou.

Por outro, países do chamado Sul Global (termo para se referir a nações em desenvolvimento) demandaram que houvesse um tratamento semelhante para o conflito em Gaza: ou seja, um parágrafo que criticasse Israel pela ação militar contra os palestinos, iniciada após os ataques terroristas do Hamas em outubro do ano passado.

O tema preocupa o Itamaraty. Nas duas últimas edições do G20, na Indonésia (2022) e na Índia (2023), diversas reuniões de ministros terminaram sem a publicação de um documento consensual por causa do impasse sobre a Ucrânia.

A possível repetição desse cenário significa para o Brasil o risco de que mais uma vez as divergências sobre geopolítica —agora agravadas com a guerra no Oriente Médio— ofusquem discussões do G20 em áreas como economia, saúde e ambiente.

A dificuldade foi contornada num primeiro momento com um acordo costurado em julho, segundo o qual as guerras na Ucrânia e em Gaza seriam discutidas só na cúpula de líderes em novembro.

“[Sobre] esse tema, estamos negociando com os demais países a questão dos parágrafos sobre geopolítica que constarão na declaração. É um tema importante. Se puderem olhar a declaração da presidência [do G20] que acompanha as [reuniões] ministeriais, aí está dizendo que dois temas seriam tratados e discutidos: a questão da guerra na Ucrânia e a questão da Palestina no Oriente Médio”, disse na sexta (8) o embaixador Mauricio Lyrio, o sherpa brasileiro no G20.

“Então, sim, há uma discussão entre os governos para se chegar a uma linguagem consensual sobre esses dois temas.”

Às vésperas da cúpula, as opiniões divergentes permanecem, e o terreno para consenso parece ter ficado ainda mais desafiador, principalmente a partir da escalada de violência no Oriente Médio com a ofensiva militar de Israel contra o Hezbollah, no Líbano.

Segundo o governo brasileiro, virão ao Rio para a cúpula 55 representantes de países ou organizações internacionais, incluindo convidados.

O G20 é formado pelas principais economias desenvolvidas e emergentes no globo. Neste ano, também passou a fazer parte da agremiação a União Africana.

Além dos membros, o Brasil fez um convite para oito países participarem de todas as reuniões do ano. São eles: Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Singapura.

Outros foram chamados especificamente para a cúpula no Rio, entre eles os sul-americanos Bolívia, Paraguai, Uruguai, Colômbia e Chile.



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Papa Francisco, o bom humor que cativou milhões de pessoas

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A jornalista chinesa Yili elogiou a vitória do brasileiro Hugo Calderano na copa do mundo de Tênis de Mesa contra o favorito, que era um chinês. - Foto: reprodução redes sociais

Vai deixar muita saudade. O Papa Francisco tinha um bom humor imenso que, de tão grandioso, cativou milhões de pessoas pelo mundo afora. Era um comentário brincalhão aqui, uma piada ali e um largo sorriso sempre.

Com os brasileiros, Francisco lembrava o lado Jorge Bergoglio, argentino, apaixonado por futebol. Ao abençoar uma fiel brasileira, não pensou duas vezes. “Quem é melhor Pelé ou Maradona”, perguntou à jovem, soltando uma gargalhada em seguida.

Ao receber um livro de presente do ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre o projeto da renda mínima, bandeira da vida do político, o papa reagiu: “Obrigado pelo livro, que já está aqui comigo, mas onde está a cachaça?.”

Conselhos amorosos, sem jamais perder a ternura

Ao saber que dois jovens recém-casados, que não se acertavam, Francisco sugeriu. “Podem brigar de dia, mas à noite, façam um carinho. Nada pior do que a guerra fria do dia seguinte.”

Uma mexicana, de 33 anos, conseguiu, depois de muito esforço, chegar pertinho do pontífice. Ao lado do papa, ela perguntou: “Santo Padre, o que eu faço? Não consigo encontrar um namorado. Será que não vou casar?”. Ele, mais do que de pressa, quis saber a idade da jovem, e rapidamente respondeu: “Claro que vai! Fé e siga procurando”.

Para a fiel brasileira que pediu uma oração especial, Francisco brincou. “Não, vocês não têm salvação. É muita cachaça e pouca oração”, reagiu o Papa, o mesmo que colocou um cocar indígena na cabeça por ter se encantado com as penas e as cores, e avisou aos religiosos que estão nas fronteiras com os mais vulneráveis: “Vocês estão onde eu gostaria de estar”.

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Humor, sabedoria e equilíbrio

Francisco encontrou no humor a fórmula para se aproximar das pessoas com sabedoria e equilíbrio, sem jamais deixar de transmitir ensinamentos.

Aos que se lamentavam ou se queixavam em demasia, o Papa jamais criticou, apenas mencionava a oração de São Tomás Moro, que dizia fazer há 40 anos.

Nela, um dos trechos diz que: “Dai-me, Senhor, senso de humor! Concede-me a graça de compreender as piadas, para que conheça na vida um pouco de alegria e possa comunicá-la aos demais”.

Oração do bom humor de São Tomás Moro

Membro da corte de Eduardo VIII, da Inglaterra, São Tomás Moro era um filósofo, que além da vasta cultura, ficou conhecido pelo bom humor. Atribui-se a ele, uma oração, que o Papa sempre mencionava.  A seguir, a oração.

“Senhor, dai-me uma boa digestão, mas também algo para digerir. Concede-me a saúde do corpo, com o bom humor necessário para mantê-la.

Dai-me, Senhor, uma alma simples, que saiba aproveitar tudo o que é bom e puro para que não se assuste diante do pecado, mas encontre o modo de colocar de novo as coisas em ordem.

Concede-me uma alma que não conheça o tédio, as murmurações, suspiros e lamentos, e não permitais que eu sofra excessivamente por esse ser tão dominante que chama-se ‘Eu’.

Dai-me, Senhor, senso de humor! Concede-me a graça de compreender as piadas, para que conheça na vida um pouco de alegria e possa comunicá-la aos demais. Amém.”

Veja o papa com cocar indígena:

O Papa Francisco se encantou com um cocar indígena: as cores e as penas o fizeram vibrar. Colocou a peça na cabeça e se divertiu ao usá-la. Foto: Vatican News



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Elefanta que viveu 30 anos em zoológico na Argentina se adapta em santuário no Brasil

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A jornalista chinesa Yili elogiou a vitória do brasileiro Hugo Calderano na copa do mundo de Tênis de Mesa contra o favorito, que era um chinês. - Foto: reprodução redes sociais

Depois de passar grande parte da vida em um espaço fechado, cercada por grades e longe da natureza, a elefanta Pupy chegou ao Santuário de Elefantes do Brasil e está se adaptando muito bem.

A elefanta africana de 35 anos fez uma viagem que durou cinco dias, do zoológico de Buenos Aires, na Argentina, até a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Ao longo do percurso ela foi acompanhada por uma equipe de tratadores e veterinários.

Segundo os responsáveis pela transferência, Pupy chegou em boas condições de saúde e já está se adaptando ao novo ambiente. Mesmo sem sedação, a mamífera mostrou muita calma durante o trajeto de 2.700 quilômetros.

Novo começo

No santuário, inicialmente a bichinha está em um galpão ao ar livre. Lá, ela vai conseguir explorar o espaço de forma gradual.

Por enquanto, Pupy vai viver separada dos outros cinco elefantes que já moram no santuário. Mesmo assim, o espaço é preparado para acolher cada espécie de forma adequada.

A elefanta Mara, que também fez a mesma viagem em 2020, hoje já caminha livremente todos os dias!

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A felicidade da Pupy

E nos vídeos compartilhados pelo Santuário de Elefantes do Brasil, Pupy já aparece super à vontade.

“Pupy está super bem hoje e começando a abraçar a vida no santuário com entusiasmo. Ela tem se afastado cada vez mais do galpão, o que é impressionante, considerando o quanto tudo ainda é novo para ela.”

Animais transferidos

A história de Pupy é também o fim de uma fase no Ecoparque de Buenos Aires, que substituiu o antigo zoológico da cidade.

“Tudo acontecerá no próprio ritmo dela”, disse a prefeitura de Buenos Aires.

Desde 2016, mais de mil animais foram transferidos para locais com melhores condições.

A orangotango Sandra, que hoje vive na Flórida, foi uma das primeiras a embarcar.

Preparação e cuidados

Antes da mudança, Pupy passou meses sendo treinada para se acostumar com a caixa de transporte, feita especialmente para ela.

Todo o cuidado foi pensado para garantir que a viagem fosse o menos estressante possível.

Na chegada ao santuário, a elefanta ganhou um banho refrescante e os petiscos favoritos dela: cana-de-açúcar e melancia.

Os internautas comemoraram a liberdade dela.

“Pupy, acalma-se, o mundo é seu, o céu, as árvores, o pasto, a terra, o verde, tudo é seu Pupy, finalmente!”.

Pupy saiu da caixa e já começou a se adaptar no santuário no Brasil:

A elefanta já começou a explorar o local:

Aos pouquinhos Pupy vai vasculhando todos os espaços:

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Sensível, Henri Castelli acalma menino autista que viu Jesus sofrer na “Paixão de Cristo”; vídeo

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A mulher, dos Estados Unidos, doou o fígado para a mãe do melhor amigo do filho dela, num ato de amor e gentileza. - Foto: CBS News

Um artista de verdade tem empatia e, sobretudo, sensibilidade. O ator Henri Castelli, de 47 anos, que o diga. Ele acalmou um menino autista, que “sofreu” com a Paixão de Cristo, encenada pelo artista, em Pacatuba, no Ceará.

Henri recebeu o Arthur Victor nos bastidores, pegou o menino no colo, ouviu o que o garoto tinha a dizer. Arthur contou que estava com medo e Henri, pacientemente, afirmou: “Promete para mim que você não vai ter mais medo? Dá um sorriso”.

Sorridente, o menino retribuiu e abraçou o ator. Gestos incríveis para os autistas, que nem sempre conseguem ter contato físico, principalmente com estranhos. E o Arthur demonstrou adorar o colo do artista.

Emoção, sensibilidade e empatia

O encontro foi registrado e compartilhado nas redes sociais, emocionando internautas e seguidores. Com gestos de atenção, afeto e respeito, Henri demonstrou a grandeza do papel que interpreta também fora do palco.

A atitude do ator reforça o espírito de acolhimento e inclusão que o evento busca transmitir, tornando o espetáculo que encenou mais especial. Henri é religioso e deixa isso claro nas manifestações que faz nas redes sociais.

Perguntado sobre a sensação de interpretar Cristo, o ator escreveu. “Interpretar Jesus é estar em paz, em silêncio e escutar o que está no seu coração. Eu simplesmente, novamente com toda humildade, entro no palco e tento deixar o Espírito Santo tomar conta de mim.”

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Coração quentinho nas redes

Nas redes sociais, seguidores amaram a atitude do ator e foram só elogios.

“Como mãe atípica, um carinho desses chega aqui no meu coração”, reagiu uma mãe atípica nas redes.

“Deus te abençoe, Henri Castelli.”

Um outro internauta acrescentou que: “Ele queria carinho e parabéns pela calma, e ser recíproco”.

A seguidora que também é fã elogiou. “Amei o gesto de carinho com essa criança.”

Veja a foto do Henri Castelli acolhendo o menino autista após a Paixão de Cristo no Ceará:

Arthur Victor gostou tanto de Henri Castelli que o abraçou e sorriu. Foto: politica_metropolitanaPM Arthur Victor gostou tanto de Henri Castelli que o abraçou e sorriu. Foto: politica_metropolitanaPM

Veja o momento em que Henri Castelli consola Arthur Victor:



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