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Gasto com pessoal passa limite de alerta em 12 estados – 07/03/2025 – Mercado

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Gasto com pessoal passa limite de alerta em 12 estados - 07/03/2025 - Mercado

Idiana Tomazelli

Os gastos com pessoal ultrapassaram o limite de alerta previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) em 12 estados no ano de 2023, aponta o Tesouro Nacional.

Segundo o órgão, caso os entes tivessem respeitado essa barreira, eles teriam poupado R$ 23,7 bilhões —recursos que poderiam ser direcionados a outras despesas, como investimentos.

Os dados constam na mais recente edição do Boletim dos Entes Subnacionais, uma das publicações mais abrangentes do Tesouro Nacional sobre a situação financeira de estados e municípios. O relatório de 2024, divulgado nesta sexta-feira (7) —com atraso—, tem como base as informações de 2023.

Para fazer a avaliação dos gastos com pessoal, os técnicos do órgão empregam a metodologia prevista nos manuais contábeis do Tesouro. Além de padronizar os cálculos, isso evita a distorção decorrente de interpretações feitas pelos TCEs (Tribunais de Contas dos Estados), que ainda permitem o desconto de despesas —o que, na prática, favorece a maquiagem das contas.

“A importância disso está no fato de o excesso de gastos com pessoal não captado pelos demonstrativos oficiais estaduais poder ser parte relevante dos motivos de eventuais dificuldades financeiras vivenciadas pelos estados”, explica o Tesouro no boletim.

A metodologia, porém, é questionada pelos estados. Para eles, é um equívoco contabilizar na estatística gastos com OSs (organizações sociais), como fez o Tesouro. Eles se baseiam em um parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) de 2024 que diz que os valores gastos com essas entidades não devem caracterizar despesa com pessoal.

Seguindo o cálculo do Tesouro, as despesas com pessoal de Rio Grande do Norte, Sergipe, Minas Gerais, Acre, Rio de Janeiro, Roraima, Paraíba, Amapá, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia e Paraná ficaram acima do limite de alerta, que equivale a 54% da RCL (receita corrente líquida).

O limite de alerta representa 90% do teto estipulado pela LRF para gastos com folha de pagamento, que é de 60% da RCL.

De acordo com o Tesouro, quatro desses estados estouraram até mesmo o limite de 60%: Rio Grande do Norte, Sergipe, Minas Gerais e Acre. Pela LRF, eles deveriam adotar medidas de contenção das despesas com funcionalismo.

Para os estados que possuem dívida com a União, o PAF (Programa de Ajuste Fiscal) impõe um limite até mais rigoroso, de 57% da RCL para gastos com pessoal. Nessa comparação, são nove os que furam o limite: além dos quatro acima de 60%, também estão nesse grupo Rio de Janeiro, Roraima, Paraíba, Amapá e Rio Grande do Sul.

“Verificou-se uma piora na situação agregada dos entes, já que em 2023 foram doze entes que registraram o indicador acima de 54%, contra oito no ano anterior. Além disso, em 2022 apenas três entes haviam ultrapassado o limite de 57%, enquanto em 2023 foram nove os entes que superaram essa referência”, diz o boletim.

“O monitoramento da evolução da despesa com pessoal é importante, tendo em vista que o caráter rígido dessa despesa, somado ao agravamento da situação previdenciária, dificulta a contenção das despesas para aqueles Estados que já destinam boa parte de sua arrecadação para o pagamento de salários ou aposentadorias”, acrescenta o documento.

O diagnóstico do Tesouro é publicado logo após o Congresso Nacional aprovar e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionar um socorro para estados endividados, que pode tirar até R$ 1,3 trilhão em receitas financeiras da União até 2048, como revelou a Folha. Técnicos do próprio governo criticam o fato de o novo programa de renegociação ter sido validado sem a exigência de contrapartidas mais fortes. Economistas, por sua vez, temem que o alívio crie espaço para uma nova rodada de aumento de despesas, inclusive com salários de servidores.

Segundo o Tesouro, em 2023, o gasto dos estados com pagamento de pessoal subiu 10% em termos nominais, uma desaceleração em relação a 2022 (quando a alta foi de 15,2%), mas ainda acima da inflação verificada no mesmo período (4,62%). Ou seja, na média, os servidores estaduais tiveram incremento real em suas remunerações.

“O aumento nas despesas como um todo privilegiou aquelas com pessoal e custeio, em detrimento dos investimentos, que apresentaram redução de 18,6% em relação ao ano anterior”, informa o órgão.

A Folha procurou os governos dos estados que, segundo o Tesouro, ultrapassaram o limite de alerta da LRF para despesas com pessoal.

O governo de Sergipe disse discordar da metodologia e citou um decreto legislativo que suspendeu a aplicação dos conceitos de despesa com pessoal previstos no manual do Tesouro Nacional.

“Trata-se de uma mudança da interpretação até então aplicada, imputando incorreta condição de desconformidade ao estado. O governo de Sergipe mantém firme compromisso com o equilíbrio fiscal, o que foi reconhecido pelo próprio ministro da Fazenda ao analisar este mesmo caso e deixar de aplicar qualquer penalidade, conforme despacho de 13 de fevereiro de 2025”, afirmou, em nota.

Sergipe ressaltou ainda que a classificação das despesas com as organizações da sociedade civil da área da saúde na despesa com pessoal do estado é alvo de contestação na Justiça. O estado acrescentou que o próprio Tesouro elevou sua nota de classificação de risco para A, a melhor na escala.

O governo mineiro disse que “a delicada situação financeira na qual o estado de Minas Gerais se encontra é resultado de uma série de medidas irresponsáveis de gestões anteriores, que inflaram o endividamento estatal e reduziram severamente os investimentos em áreas essenciais”.

Minas ainda afirmou que as despesas do Executivo estão abaixo do limite previsto na LRF e que houve redução no nível de comprometimento com gastos de pessoal nos últimos anos. “A redução demonstra o esforço da atual administração para alcançar o equilíbrio financeiro”, disse.

O Rio Grande do Sul também apontou divergências em relação ao cálculo do Tesouro. Segundo o governo gaúcho, seus gastos com pessoal ficaram em 53,23% da RCL, abaixo do limite de alerta. “A diferença refere-se aos contratos de terceirização, registrados como outras despesas correntes no estado e que a STN [Secretaria do Tesouro Nacional] está considerando como despesa com pessoal”, disse.

O estado citou “desafios financeiros expressivos” que levaram a uma queda de arrecadação em 2023, em especial a lei federal que limitou a cobrança de ICMS sobre combustíveis. Segundo o governo gaúcho, isso contribuiu para a relação entre despesa com pessoal e RCL ficar maior no período.

Os demais estados não responderam até a publicação deste texto. O espaço está aberto.


ENTENDA OS NÚMEROS

Limite de alerta da LRF: 54% da RCL

Limite do PAF (Programa de Ajuste Fiscal): 57% da RCL

Limite da LRF: 60% da RCL

Estados acima dos limites na despesa com pessoal

Rio Grande do Norte – 67%

Sergipe – 65,2%

Minas Gerais – 64,2%

Acre – 60,2%

Rio de Janeiro – 59,6%

Roraima – 58,8%

Paraíba – 58,7%

Amapá – 58,2%

Rio Grande do Sul – 57,2%

Pernambuco – 55,8%

Bahia – 55,7%

Paraná – 54,8%

Economia potencial, caso estado ficasse dentro do limite de alerta

Minas Gerais – R$ 9,36 bilhões

Rio de Janeiro – R$ 4,994 bilhões

Rio Grande do Norte – R$ 2,10 bilhões

Rio Grande do Sul – R$ 1,795 bilhão

Sergipe – R$ 1,401 bilhão

Bahia – R$ 967 milhões

Paraíba – R$ 793 milhões

Pernambuco – R$ 683 milhões

Acre – R$ 527 milhões

Paraná – R$ 444 milhões

Amapá – R$ 334 milhões

Roraima – R$ 324 milhões



Leia Mais: Folha

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Um momento que me mudou: Crohn me deixou com dores constantes. Uma operação restaurou meu apetite pela vida | Distúrbios digestivos

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Um momento que me mudou: Crohn me deixou com dores constantes. Uma operação restaurou meu apetite pela vida | Distúrbios digestivos

Carys Green

GRemando, eu sempre amei comida. Aos domingos, eu pediria segundos do meu jantar assado. Minha vovina assa os bolos todo fim de semana, que eu me afotaria em creme. Ainda me lembro de como os biscoitos digestivos de chocolate que eu comi quando recebi da escola provaram, como foi satisfatório mergulhá -los no meu chá enquanto conversava com meu pai sobre o meu dia. Comida nos uniram em família e foi algo que eu sempre gostei.

Então fiquei doente. Eu tinha 12 anos quando exibi sintomas da doença de Crohn. Comecei a sentir dor insuportável no estômago e a ir ao banheiro um pouco mais. Então muito mais. E parei de sentir fome. Meu peso caiu três pedras (19 kg), meus períodos pararam e eu não tinha energia, mas foi a minha repentina falta de apetite que mais perdi. A comida sempre foi uma fonte de alegria; Eu assistia a shows de culinária e chorava, lembrando quanto prazer eu costumava tirar ao comer. Agora, meu corpo rejeitou tudo, exceto as bebidas suplementos que fingiam ter sabores como limão e laranja, mas sempre apenas sabiam como bile. Eu estava desaparecendo e foi aterrorizante.

Aos 16 anos, tive meu intestino grosso completamente removido na esperança de que isso livrasse meu corpo do tecido doente. Mas meu Crohn voltou, mais selvagem do que nunca, logo após eu completar 18 anos. Um dia, desmaiei quando estava voltando da universidade, meu corpo tão fraco que mal estava funcionando. Eu desmaiei novamente de férias em Nova York. Eu estava constantemente com dor, incapaz de me aventurar longe do banheiro. Eu estava apenas existindo, flutuando de um momento para o outro. Algo necessário para mudar.

Quando eu tinha 23 anos, os médicos decidiram que eu precisava fazer uma panproctocolectomia e ileostomia permanente, onde o reto, o cólon e o ânus são completamente removidos e um estoma é construído do seu intestino delgado, o que entrega resíduos a um saco preso ao seu estômago. Isso geralmente é realizado em duas cirurgias separadas, mas sentiu -se que eu não era forte o suficiente para passar por anestesia geral mais de uma vez. A recuperação foi difícil; Meu estômago foi infectado e a ferida correndo ao lado do estoma, onde os cirurgiões obtiveram acesso ao intestino durante a operação, reabriram. Fiquei em casa por meses.

Quando recebi alta depois de duas semanas no hospital, fiquei dolorido, desconfortável e incrivelmente fraco. Mas de volta em casa, fui autorizado a começar a comer normalmente novamente. Na minha primeira refeição, escolhi uma batata de jaqueta com queijo; Tinha um sabor incrível.

Enquanto meu corpo curava, fui aconselhado a descansar – e a comer. Era a melhor diretiva que eu poderia ter recebido. Meus dias em casa ficaram estruturados em torno da comida: um café da manhã saudável; elevações; almoço; Então – depois de uma soneca da tarde – jantar, às vezes seguido de jantar. Meus pais ficaram encantados ao me ver comendo novamente e desfrutando de refeições que eu havia perdido por tanto tempo.

Quanto mais eu comi, mais forte me tornei e mais eu me curava. Longe foram as bebidas suplementos; Em vez disso, devorei jantares assados, creme, macarrão, pizza, sorvete. Minha vida foi restaurada, junto com meu apetite. Eu poderia dirigir, sair com os amigos e sentar em um filme inteiro no cinema sem ter que correr para o banheiro.

Compensando o tempo perdido … Carys Green após sua operação.

Eu conheci meu marido quando tinha 24 anos e ainda me adaptei à minha nova vida com um estoma. Lembro -me de dizer nervosamente a ele, sem saber como ele reagiria. Ele não poderia ter sido mais compreensivo. Uma das coisas que amamos fazer juntos foi cozinhar e experimentar novos alimentos. Fazemos nossas próprias pizzas, experimentaríamos receitas de assar e gostaríamos de descobrir novos lugares para comer. Uma vez tentamos fazer nossos próprios pretzels, o que deu errado desastrosamente, mas comemos eles de qualquer maneira.

Ao longo dos anos, o tecido cicatricial se acumulou em torno do meu estoma, o que significa que minha dieta se tornou um pouco mais restrita. Não posso mais comer batatas fritas, bacon, frutas crus ou vegetais devido ao estreitamento no intestino em torno do meu estoma – uma lista que pode crescer com o passar do tempo. Mas ainda há muito que eu gosto de comer. Dezesseis anos após minha cirurgia, continuo grato pelas maneiras pelas quais isso me devolveu minha vida.

Quando eu era criança e saí para jantar com minha avó, ela sempre pedia duas sobremesas, porque o açúcar era racionado durante a guerra. Agora que ela poderia ter todo o açúcar que queria, ela não queria perder um momento. Eu entendo essa mentalidade agora. Tendo perdido minha capacidade de comer e desfrutar de comida, eu não queria tomar isso como garantido desde que voltou. Entendo a importância de uma dieta equilibrada, mas nunca me nego um prazer. Meu corpo fez isso comigo por tempo suficiente.

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Mesmo quando nós corta empregos, ‘é a calma antes da tempestade’, os economistas alertam | Donald Trump News

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Mesmo quando nós corta empregos, 'é a calma antes da tempestade', os economistas alertam | Donald Trump News

O primeiro grande conjunto de relatórios econômicos na semana passada reflete o estado da economia dos Estados Unidos durante o primeiro mês inteiro do presidente Donald Trump. Os dados revelam um pico em demissões e um crescimento mais lento de contratação nos setores público e privado, com cortes iminentes sugerindo maiores problemas econômicos nos próximos meses.

A economia dos EUA acrescentou 151.000 empregos, de acordo com o relatório do Departamento do Trabalho, lançado na sexta -feira – aquém das expectativas economistas mostrando uma barraca no crescimento econômico. Aproximadamente 7,1 milhões de americanos estão atualmente recebendo benefícios de desemprego em comparação com 6,5 milhões desta vez no ano passado.

“Acho que o risco real aqui é que, se Trump não reverter o curso sobre o que está fazendo, poderia ser seu último relatório chato, o que eu acho que seria realmente prejudicial para a economia. Se você olha sob o capô, acho que estamos começando a ver rachaduras bastante agourentes ”, disse a Elizabeth Pancotti, diretora administrativa de política e advocacia do The Economic Think Tank Groundwork Collective, à Al Jazeera.

A Casa Branca pintou uma imagem alternativa. “Em um mês sob o presidente Trump, a economia americana está voltando à grandeza após a calamidade econômica deixada por Joe Biden”, disse o secretário de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em comunicado.

O ex-presidente Biden, no entanto, foi elogiado como liderando a melhor recuperação econômica do mundo, após a crise econômica global em meio à pandemia Covid-19.

Mark Zandi, economista -chefe da Moody’s Analytics, disse que os números da semana passada são provavelmente os melhores que chegaremos em meio a demora em demissões e medos tarifários.

“Esta é a calma antes da tempestade, antes de começarmos a ver as consequências no mercado de trabalho da Guerra Comercial e dos Cortes do Doge, e outras políticas econômicas de Trump”, disse Zandi à Al Jazeera. Doge é o recém -criado Departamento de Eficiência do Governo, liderado pelo ardente apoiador de Trump, o bilionário Elon Musk.

Essas preocupações, chegando na parte de trás de Comentários que Trump fez No fim de semana, recusar -se a descartar uma recessão iminente dos EUA, reverberou pelo mercado de ações na segunda -feira, quando o S&P 500 perdeu 155,21 pontos, ou 2,69 %, para terminar o dia em 5.614,99 pontos. Esta é a primeira vez que termina abaixo de sua média móvel de 200 dias-um nível de suporte assistido de perto-desde novembro de 2023.

O índice de composto da NASDAQ perdeu 726,01 pontos, ou 3,99 %, para 17.470,21-seu maior declínio de um dia desde setembro de 2022, de acordo com a CNN. A média industrial da Dow Jones também caiu 890,63 pontos, ou 2,08 %, para 41.911,09.

Cortes no horizonte

Existem indicadores -chave que apontam para isso piorar nos próximos meses. O índice que mostra quantas pessoas assumiram trabalhos de meio período, incluindo porque não conseguiram encontrar trabalho em período integral ou tiveram suas horas reduzidas, aumentou 460.000 em relação ao mês anterior, para 4,9 milhões de pessoas.

“Este é o período mais curto de lua de mel que já vimos se você tem 50 dias no trabalho. Ele herdou no papel uma economia bastante estável e bastante sólida e já está se deteriorando após 50 dias. Eu não acho que isso já tenha acontecido ”, acrescentou Pancotti.

Desde que Trump assumiu o cargo, Doge reduziu quase 33.000 pessoas em todo o governo federal, de acordo com o saco de layoff.fyi, que rastreia as demissões do governo federal e do setor de tecnologia.

Por causa dos processos judiciais em andamento, a contagem oficial do Departamento do Trabalho é de 10.000 empregos. As demissões incluem funcionários da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), o Serviço Nacional de Parques, os Institutos Nacionais de Saúde, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e o Departamento de Energia, entre muitas outras agências governamentais.

Espera -se que o número de cortes no setor público aumente, pois muitos dos recentes cortes de Doge ocorreram após o final do período do Departamento de Estatísticas do Trabalho (uma divisão do Departamento do Trabalho) para o mês.

No início deste mês, o governo Trump anunciou seus planos de cortar 80.000 funcionários do Departamento de Assuntos Veteranos. O presidente também pediu a dissolução do Departamento de Educação, embora isso só possa ser feito por um ato do Congresso.

A empresa de investimento global Previsões da Apollo que, ao considerar os contratados federais sobre os funcionários em período integral, os cortes federais da força de trabalho podem representar quase 1 milhão de empregos perdidos.

No relatório de empregos da semana passada do Departamento do Trabalho, os maiores ganhos foram no setor de saúde, que acrescentou 52.000 empregos. No entanto, os cortes de saúde iminentes podem tornar esses ganhos muito curtos.

“Se estamos analisando grandes cortes no Medicaid – já estamos vendo (Institutos Nacionais de Saúde) NIH e cortes de pesquisa em saúde – os cortes do Medicare estão sobre a mesa. Todos eles realmente poderiam ameaçar o setor que está impulsionando muitos desses ganhos de emprego ”, continuou Pancotti.

O efeito a jusante já atingiu o setor privado, que depende de fundos federais. Um trabalhador do setor privado no Texas, que conversou com a Al Jazeera sob a condição de anonimato, disse que a empresa com a qual eles trabalhavam tinha clientes que eram amplamente dependentes de fundos federais por causa dos quais os negócios secaram.

“Passamos de ter um Q1 de aparência muito ocupada de 2025 para não ter absolutamente nada nos livros dentro de uma semana após a inauguração”, disse a fonte à Al Jazeera.

“Agora que estou tendo que não gastar dinheiro e não fazer nada além de procurar empregos, não estou gastando dinheiro na economia. Não estou fazendo coisas como fazer melhorias na minha casa. Eu teria pago contratados para fazer isso. Estou alguns meses depois de pagar o último dos meus empréstimos estudantis e agora eles serão parados até que eu encontre algo novo. Agora, tenho que me preocupar se puder fazer a viagem necessária para levar meu gato ao veterinário ”, acrescentou a fonte.

De acordo com dados do departamento de comércio, os consumidores dos EUA reduziram os gastos pela primeira vez em quase dois anos.

Outros estão preocupados com a forma como eles vão sobreviver, como Kathlyn Clore, que trabalhou no engajamento do público no projeto de relatório de crimes e corrupção organizado, uma organização sem fins lucrativos que recebeu financiamento da USAID, até que ela foi recentemente demitida. UM Mãe solteira no Havaí – um dos estados mais caros em que o preço médio da casa é mais de US $ 800.000 – Clore tem dois filhos.

“Estou com apoio dos meus dois filhos. Isso vai tornar isso muito mais difícil de passar por essa incerteza ”, disse Clore à Al Jazeera.

“Fico me perguntando se Donald realmente pensa no que ele está fazendo com pessoas normais de classe média como eu, que estão apenas tentando ganhar a vida e prover seus filhos. Por que ele quer tornar minha vida muito mais difícil? ” ela acrescentou.

O setor privado corta a raiva

Trump disse na sexta -feira: “Estamos tentando reduzir o governo e aumentar o setor privado. É isso que estamos fazendo. ”

Mas as demissões no setor privado também estão aumentando. O ADP, que rastreia as folhas de pagamento privadas não agrícolas adicionadas à economia dos EUA no mês anterior, mostrou que a economia acrescentou 77.000 empregos, o que está bem aquém dos 148.000 economistas esperados. O setor de lazer e hospitalidade, um conjunto de indústrias notoriamente mal remunerado, liderou os ganhos, acrescentando 41.000 desses empregos.

“A incerteza política e uma desaceleração nos gastos com consumidores podem ter levado a demissões ou uma desaceleração na contratação no mês passado”, disse Nela Richardson, economista -chefe da ADP, em comunicado.

Um relatório separado de Challenger, Gray e Natalque ajuda funcionários redundantes a encontrar novos empregos, mostrou que somente em fevereiro, os empregadores dos EUA anunciaram cortes de empregos de mais de 172.000 – um aumento de 245 % a partir deste período do mês passado – o salto mais alto desde julho de 2020 durante o auge da pandemia da Covid. O salto nos cortes mostrou o maior aumento anual desde o auge da recessão em fevereiro de 2009.

O setor de varejo liderou os cortes com um aumento de 572 % nos cortes em todo o setor em comparação com esse período do ano passado.

O setor de tecnologia viu uma onda de demissões de alto nível, continuando um tema que começou no ano passado. Em 2024, a indústria de tecnologia cortou mais de 157.000 empregos. Entre os que fizeram cortes no último mês, a META – Facebook e a empresa controladora do Instagram – que demitiu 3.600 funcionários. A notícia ocorre apenas semanas depois que seu CEO doou US $ 1 milhão ao fundo inaugural de Trump.

Jeff Bezos também doou US $ 1 milhão ao fundo inaugural de Trump. Apenas semanas depois, a gigante aeroespacial Blue Origin, que Bezos corre, demitiu 1.400 pessoas. Alphabet – empresa -mãe do Google – demitiu cerca de 100 pessoas em fevereiro. Também doou US $ 1 milhão ao fundo inaugural de Trump.

CEOs de todas essas empresas compareceram à inauguração de Trump.

A Microsoft cortou cerca de 2.000 pessoas de sua força de trabalho. Seu CEO se reuniu com Trump em seu clube de golfe Mar-A-Lago em janeiro, apenas alguns dias antes da inauguração.

Outras grandes empresas, incluindo a gigante de petróleo e gás, a Chevron anunciou demissões pendentes no mês passado. Isso ocorre quando os problemas da Chevron estão prestes a ficar mais substanciais. O governo Trump revogou a licença da empresa de petróleo e gás de Houston, Texas para bombear petróleo venezuelano.

A Starbucks e a Southwest Airlines também anunciaram cortes nas últimas semanas.

Tarifas podem levar a cortes mais amplos

As políticas econômicas de Trump, incluindo a volta e para trás sobre tarifas e as tarifas retaliatórias subsequentes, impedirão a força de trabalho dos EUA. Trump atrasou 25 % de tarifas no Canadá e no México até 2 de abril. Esta é a segunda vez que ele colocou tarifas e depois rapidamente recuou.

“A guerra comercial está causando mais danos do que esses tipos de outras etapas de política econômica que estão sendo tomadas. Está criando incerteza para as empresas ”, acrescentou Zandi.

Um setor que será imediatamente impactado pelas tarifas no Canadá e no México é a indústria automotiva. Os principais participantes do setor criticaram os planos do presidente nas últimas semanas, incluindo o CEO da Ford, Jim Farley, que disse que as tarifas “explodiriam um buraco” na indústria automotiva.

Outros grandes jogadores de todo o setor de manufatura também esperam que isso piore. William Oplinger, CEO da Alcoa, um dos maiores fabricantes de alumínio dos EUA, disse no mês passado em uma conferência que as tarifas de alumínio poderiam custar à economia dos EUA 100.000 empregos.

“Parece cada vez mais que o presidente é sério e vai se envolver em tarifas de base ampla de maneira persistente. Se ele o fizer, espero que outros países retalem mais ou menos em espécie, e essa guerra comercial completa causará muitos danos. E se realmente seguir esse caminho, acho que os riscos de recessão no final do ano, no final da primavera e no verão, são muito altos ”, continuou Zandi.

Novos investimentos

Trump conquistou um punhado de vitórias econômicas em suas primeiras semanas no cargo, incluindo um investimento maior da Honda para construir mais plantas, o que acabaria por levar a mais empregos de fabricação. No entanto, a produção não ficaria on -line até maio de 2028 – menos de um ano antes do fim do mandato de Trump.

A fabricante japonesa de caminhões Isuzu também anunciou uma nova fábrica na Carolina do Sul, que empregará 700 pessoas. Mas começará as operações em 2027.

Trump também apresentou um acordo com a TSMC – um fabricante de chips semicondutores de Taiwan – para um investimento de US $ 100 bilhões. As negociações para um acordo começaram bem antes de Trump assumir o cargo e sob o governo Biden, que levou o fabricante de chips a aumentar seu investimento inicial de US $ 6,6 bilhões.

Em fevereiro, o governo Trump divulgou o recente compromisso de investimento de US $ 500 bilhões da Apple como resultado das políticas de Trump. Em abril de 2021, quando Biden era presidente, a Apple assumiu um compromisso comparável.

A Casa Branca não respondeu ao pedido de esclarecimento da Al Jazeera.



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Boris Vallaud exige “uma conferência de reconciliação” e “doutrina” para o PS

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Boris Vallaud exige "uma conferência de reconciliação" e "doutrina" para o PS

O presidente do grupo socialista Boris Vallaud, na Assembléia Nacional, em Paris, em 19 de fevereiro de 2025.

O chefe dos deputados socialistas, Boris Vallaud, pede o próximo Congresso do PS “Um Congresso de Reconciliação” et «Por doutrinas»e defende a união da esquerda “Para toda força, mas de todo custo”Em uma plataforma Postado quarta -feira 12 de março em Libération.

“Não queremos mais um Congresso. Queremos fazer mais do que um Congresso “escreve M. Vallaud neste fórum, onde ele parece estar lançando uma possível candidatura ao cargo de Primeira Secretária, sem nunca dizer isso explicitamente. Após o Congresso de Marselha de 2023, que fraturou violentamente o PS, “Este Congresso pode ser o pior ou o melhor de nós mesmos”adverte Boris Vallaud.

“O pior seria a ruminação do passado, o ressentimento de alguns e o espírito de vingança dos outros”ele acredita, perseguindo: “O melhor estaria na preparação do futuro, um congresso de reconciliação, afirmação e idéias para nos colocar na época do mundo. »» E ligar para “Um Congresso da Doutrina. Doutrina municipal proposta aos franceses e aos franceses em 2026. Doutrina para o país, com a fraternidade encontrada e como um método de socialismo como horizonte ”.

Leia a Crônica | Artigo reservado para nossos assinantes “O desafio da reconstrução, o LR e o PS se reconectam com as guerras do intestino”

“Tudo não deve ser feito de novo”

Carro “Deve -se reconhecer que não fomos capazes de dar ao nosso partido e ao nosso país um projeto singular, que é um ponto padrão e um ponto de rally”ele admite. Enquanto o primeiro secretário cessante, Olivier Faure, anunciou que era candidato a sua sucessão, Boris Vallaud, que faz parte de seu atual, enfatiza que “Tudo não deve ser morto, tudo não é para ser refeito, tudo está em nossas mãos”.

Mas o deputado para os Landes alerta: “Se nossa recuperação deve ser devida apenas pela graça dos acordos de circunstâncias no momento das eleições legislativas – que estávamos certos em estabelecer -, então correremos o risco de ser efêmero. »» Ele pede “Unite os socialistas em um espírito de camaradagem encontrado” e em “Reúna o legado do poder e a ousadia da ruptura para construir um partido socialista forte, credível e conquistador”.

“Assim, reconciliado, os socialistas poderão unir a esquerda”ele diz, desejando “União com qualquer força, mas não a união a todo custo”et “Uma união na qual os socialistas com forças encontradas poderão desempenhar o primeiro papel. Mas não pode ser decretado. Ele merece “ele adverte. O objetivo é que ele “Construindo um projeto de esquerda para a França e venceu a manifestação nacional na primeira rodada em 2027, porque a frente republicana vacila e não é mais garantida para o segundo”.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Olivier Faure tenta a concorrência do STEM no Congresso do PS

O mundo com AFP

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