Na Geórgia, o Parlamento, boicotado pela oposição e amplamente considerado “ilegítimo”prepara-se para eleger, sábado, 14 de dezembro, um ex-jogador de futebol como presidente do país. É a primeira vez na história desta antiga república soviética no Cáucaso que o chefe de Estado não é eleito por sufrágio universal directo, mas por um colégio de eleitores, controlado pelo partido no poder, o sonho georgiano.
Este último, com maioria no Parlamento, escolheu um candidato pró-Rússia altamente controverso, que suscita críticas até no seu campo. Salvo qualquer drama, é o ex-futebolista Mikheïl Kavelashvili, 53 anos, quem deveria ser eleito presidente, um papel essencialmente honorário desde a reforma constitucional em 2017.
Conhecido pelas suas violentas diatribes antiocidentais, ele deverá suceder ao presidente pró-europeu, Salomé Zourabichvili, 72 anos, em 29 de dezembro. Esta antiga diplomata francesa, no entanto, anunciou que se recusava a deixar o cargo até à realização de novas eleições legislativas. Tal como a oposição, acredita, de facto, que as eleições de 26 de Outubro – cujos resultados concederam um quarto mandato ao Sonho Georgiano – foram “manipulado” com a ajuda da Rússia.
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