POLÍTICA
Governadores eleitos chegam a Brasília nesta quarta em meio a grave crise fiscal

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Eles vão se reunir com os futuros ministros Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes.
Dezenove governadores recém-eleitos são esperados nesta quarta-feira (14) em Brasília para uma reunião com a equipe de Jair Bolsonaro. Eles vão se reunir com os futuros ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia).
Foto: Paulo Guedes.
Foto: Sérgio Moro.
Na pauta de discussão, temas econômicos que preocupam tanto governadores quanto a equipe do eleito. O quadro fiscal que os governadores vão administrar em seus estados a partir de janeiro não deixa dúvidas de que chegam à capital com a expectativa de receber ajuda do governo federal.
Em troca, o time de Bolsonaro pedirá ajuda para fazer avançar a agenda econômica no Congresso.
O Tesouro Nacional mostrou que os estados fecharam 2017 com um déficit orçamentário de R$ 13,8 bilhões, quase cinco vezes mais do que o verificado no ano anterior e ainda mais elevado do que o verificado em 2015.
No conjunto, os governadores conseguiram elevar a arrecadação, mas viram suas despesas aumentarem em velocidade mais acelerada –um crescimento de 2,95% acima da inflação.
O principal culpado do resultado é o aumento das despesas com pessoal, notadamente com servidores inativos.
O gasto dos estados com pessoal aumentou 3,7% entre 2016 e 2017, já descontada a inflação, e somou R$ 402 bilhões no ano passado. O aumento se deveu principalmente às despesas com a Previdência, que cresceram 10% no ano, também sem contar a inflação.
Segundo o Tesouro, 14 estados –Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Sergipe, Acre, Paraíba, Roraima, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Alagoas– comprometem mais de 60% de suas receitas líquidas com pessoal, patamar acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na semana passada, os governadores eleitos Wilson Witzel (Rio), Ronaldo Caiado (Goiás) e João Doria (São Paulo) estiveram com Bolsonaro, no gabinete de transição em Brasília.
Aliados na eleição, eles vieram apresentar apoio e também pedidos. Caiado, por exemplo, deixou o CCBB falando em uma nova linha de crédito para auxiliar o estado, estrangulado por gastos obrigatórios.
Goiás recebeu nota C do Tesouro Nacional, o que veda o acesso a operações de crédito de acordo com portaria publicada em novembro de 2017. Por esta regra, só os estados com nota A e B podem pedir crédito no mercado com aval da União.
Caiado reclamou que herdará um estado com salários atrasados e necessidades urgentes na segurança pública.
Witzel receberá o Rio em pleno regime de recuperação fiscal. Ele será obrigado a privatizar a Cedae, companhia estadual de água e esgoto, como manda o contrato, ou deverá entregá-la à União no fim de 2020 (três anos após a adesão ao programa de recuperação fiscal).
São Paulo, com nota B, terá a permissão de tomar emprestado R$ 2,9 bilhões neste ano e em 2018. Os empréstimos nos últimos três anos já respondem por pouco mais de 10% da receita líquida do Estado e o endividamento está em 171% de sua receita líquida, nível elevado.
Os estados com a situação mais crítica, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, elegeram governadores que ajudaram a puxar votos para Bolsonaro –Eduardo Leite (PSDB) e Romeu Zema (Novo). Eles são aguardados em Brasília.
Ambos são candidatos a entrar no regime de recuperação de fiscal. O Rio Grande do Sul já iniciou o processo e está discutindo com o Tesouro como contabilizar gastos com pensionistas – o que deveria ser parte da despesa com pessoal para a União, mas não entra na conta do estado.
Alegando grave crise, o estado não paga a dívida com a União desde julho de 2017. Minas Gerais, por força de uma liminar, também não honra seus compromissos desde julho deste ano. Mariana Carneiro. Folha SP.
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POLÍTICA
Governador do Amapá reclama de postura do Ibama: ‘…

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11 de março de 2025
Marcela Rahal
Prestes a sair uma decisão do Ibama que permita, num primeiro momento, a pesquisa para a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, o governador do Amapá, Clécio Luís, disse à coluna que o parecer apresentado por técnicos, há cerca de dez dias, negando a possibilidade é mais uma medida protelatória.
‘O que o Ibama está nos negando é tão absurdo, que é nos negando o direito a fazer a pesquisa. Essa primeira perfuração é pesquisa. Vão passar lá de 5 a 6 meses extraindo óleo pra saber que tipo de óleo é. Isso é, na verdade, uma medida protelatória, e que a meu ver é algo inconcebível, é como se um órgão tivesse autonomia para protelar. Tudo o que foi pedido foi cumprido’, afirmou.
Cabe ao presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, dar a palavra final sobre a autorização para explorar petróleo em uma região tão complexa do ponto de vista ambiental. O projeto tem gerado muito debate, inclusive, com críticas públicas do presidente Lula, que reclamou recentemente do ‘lenga-lenga’ do Ibama para dar aval a proposta. O petista também vem sendo pressionado por políticos do estado, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
A principal exigência que faltava para a autorização, segundo o governador, era a chamada casa de fauna, uma espécie de hospital para atender aos animais da região, em caso de vazamento de óleo. A Petrobras está construindo esse ponto de apoio em Oiapoque, a 170 quilômetros da área de exploração, previsto para ficar pronto ainda neste mês. Mesmo assim, ainda não há garantia de que seja aprovada, tamanhos os riscos à biodiversidade da área.
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Da Redação
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Matheus Leitão
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“Vamos desenhar pra ver se Bolsonaro entende: quem paga a conta do aumento de taxas dos produtos importados que Trump está anunciando é o consumidor dos Estados Unidos, porque tudo fica mais caro lá. Essa guerra tarifária prejudica primeiro quem compra, porque vai ter de pagar mais, e também quem vende, porque vai exportar menos. É ruim pra todo mundo. Bolsonaro não deve ser tão burro assim, mas pensa que a gente é. E não perde a mania de mentir e bajular seu ídolo estadunidense” (Gleisi Hoffmann, presidente do PT, criticando o líder da extrema-direita em meio a ameaça da guerra comercial mundial de Donald Trump)
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