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Governo Lula temeu ataque do PT após o resultado d…

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Daniel Pereira

No dia seguinte ao segundo turno, o presidente Lula recebeu no Palácio da Alvorada o ministro Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo, e a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, para analisar o resultado da eleição municipal, na qual o partido ganhou em apenas 252 de 5569 municípios, ficando na nona colocação entre as legendas que mais conquistaram prefeituras.

Na reunião, Gleisi defendeu a tese de que o PT iniciou um processo de recuperação depois de ter “afundado num buraco” a partir de 2016, em razão das consequências da Operação Lava-Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. O tom do encontro foi cordial, apesar de Lula e Padilha acharem que os petistas não aproveitaram a volta ao poder — e um suposto sucesso do governo atual na economia e nos programas sociais — para recuperar terreno.

Na eleição municipal de 2004, por exemplo, disputada no primeiro mandato de Lula, o partido mais do que dobrou o número de prefeituras e venceu em nove capitais. Em 2012, na gestão inicial de Dilma, ganhou em 630 cidades, incluindo São Paulo.

Fissura pública

Para a coordenação política do governo, o PT continua no “buraco”. Após a reunião no Alvorada, Padilha reconheceu isso numa entrevista: “O PT é o campeão nacional das eleições presidenciais, mas na minha avaliação não saiu ainda do Z4 (zona de rebaixamento) que entrou em 2016 nas eleições municipais”.

A declaração pegou de surpresa Gleisi, que reagiu numa rede social: “Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita. Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças”.

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A resposta da deputada deixou apreensivos integrantes do governo. Eles ficaram preocupados com a possibilidade de a executiva nacional do PT, que se reuniria naquele mesmo dia, soltar uma nota reclamando da atuação de ministros de Lula, que, por incompetência ou omissão, não teriam ajudado os candidatos da esquerda na eleição municipal.

No debate da cúpula petista sobre o resultado da eleição, Padilha e outros ministros foram duramente criticados. Desde antes da votação, petistas reclamam que a equipe de Lula não se empenha na disputa política e peca na comunicação das ações oficiais. O presidente, por sua vez,  viveria encastelado e só conversaria com meia dúzia de auxiliares, os quais não têm coragem ou estofo político para criticá-lo ou defender mudanças de rota. Lula, segundo esse grupo, teria perdido o pulso das ruas.

Apesar dessas queixas, a executiva nacional do PT não soltou nota responsabilizando o governo pelo resultado eleitoral da legenda. Lula ainda impõe respeito, disciplina e hierarquia a seus comandados.



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POLÍTICA

Bolsonaro recorre de decisão que negou impedimento…

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Bolsonaro recorre de decisão que negou impedimento...

Da Redação

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro recorreu nesta segunda-feira, 10, da decisão que negou os pedidos para declarar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e Cristiano Zanin impedidos para julgar a denúncia sobre a trama golpista.

No recurso, os advogados de Bolsonaro pedem que o caso seja julgado pelo plenário da Corte, colegiado formados pelos 11 ministros, entre os quais, André Mendonça e Nunes Marques, nomeados para a Corte durante o governo Bolsonaro.

No mês passado, o pedido para afastar Dino e Zanin do julgamento foi rejeitado pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que entendeu que as situações citadas pela defesa de Bolsonaro não são impedimentos legais contra a atuação dos ministros.

A defesa do ex-presidente alega que Flávio Dino entrou com uma queixa-crime contra Bolsonaro quando ocupou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública nos primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No caso de Zanin, a defesa do ex-presidente diz que, antes de chegar à Corte, o ministro foi advogado da campanha de Lula e entrou com ações contra a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.

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Julgamento

No mesmo recurso, a defesa de Bolsonaro pede que seja suscitada uma questão de ordem para que o plenário da Corte decida se deve julgar o caso.

As ações de impedimento foram direcionadas a Flávio Dino e Cristiano Zanin porque eles fazem parte da Primeira Turma do Supremo, colegiado que vai julgar a denúncia contra Bolsonaro.

A turma é composta pelo relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

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Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

Se maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

A data do julgamento ainda não foi definida. Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025.

(Agência Brasil)



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POLÍTICA

AO VIVO: Acompanhe a posse de Gleisi e Padilha com…

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AO VIVO: Acompanhe a posse de Gleisi e Padilha com...

Felipe Barbosa

AO VIVO: Acompanhe a posse de Gleisi e Padilha com… | VEJA

COMEÇOU: Digital Completo apenas R$1,99

Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha assumem nesta segunda-feira, 10, em cerimônia no Palácio do Planalto ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamentem a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e o Ministério da Saúde. Assista no vídeo acima.

Gleisi será a nova responsável pela articulação política do governo federal, no lugar de Padilha, que substituirá Nísia Trindade na Saúde. As mudanças fazem parte da reforma ministerial do governo Lula, iniciada em janeiro com a troca do também petista Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secom.

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POLÍTICA

‘Vamos resistir’ a Eduardo Bolsonaro na CRE, prome…

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‘Vamos resistir’ a Eduardo Bolsonaro na CRE, prome...

Gustavo Maia

Líder da federação PT-PCdoB-PV na Câmara, o deputado petista Lindbergh Farias afirmou nesta segunda-feira que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “não pode” ser presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Casa.

O PL quer que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é secretário nacional de Relação Institucional e Internacional do partido, comande o colegiado neste ano, o que tem gerado reações de governistas.

“Ele já tem utilizado seu mandato parlamentar para conspirar junto à extrema direita e ao governo de Donald Trump contra o Brasil”, declarou Farias.

“É INACEITÁVEL que ele utilize o parlamento brasileiro para continuar com sua campanha atentatória contra a Justiça brasileira e os interesses nacionais. Nós vamos resistir de todas as formas contra a sua indicação. O que ele tem feito é crime de lesa-pátria, é traição!”, escreveu o petista.

Antes dessa manifestação, Lindbergh acionou o STF para pedir a apreensão do passaporte de Eduardo, alegando que a pressão do colega de Câmara para que o governo dos Estados Unidos aplique sanções às autoridades brasileiras é um ataque à soberania nacional.



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