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Governo Trump demite funcionários de agência federal, volta atrás e depois demite de novo – 12/02/2025 – Mundo

Governo Trump demite funcionários de agência federal, volta atrás e depois demite de novo - 12/02/2025 - Mundo

Josh Eidelson

A Administração de Pequenas Empresas do presidente Donald Trump informou aos funcionários em período probatório que havia enviado, por engano, notificações de demissão e, no dia seguinte, informou a alguns deles que estavam, de fato, demitidos.

“Funcionários em período probatório em toda a Administração de Pequenas Empresas podem ter recebido uma notificação não assinada de rescisão de emprego”, de acordo com um email enviado a alguns funcionários da SBA na segunda-feira, que foi visto pela Bloomberg News.

“Por favor, esteja ciente de que esta carta de rascunho foi enviada por engano —e, portanto, não está em vigor. Se você recebeu a notificação inicial, seu emprego não foi rescindido, como foi indicado erroneamente na notificação inicial,” continuava o email.

Na terça-feira (11), alguns desses funcionários em período probatório —que geralmente estão no primeiro ano de trabalho— receberam uma nova mensagem informando que, de fato, haviam sido demitidos, segundo um funcionário despedido que falou sob condição de anonimato por receio de represálias.

“Durante este período probatório ou de experiência, foi determinado que sua continuidade no emprego não promove a eficiência do serviço, pois você não demonstrou aptidão para o emprego federal contínuo,” dizia o email enviado na terça-feira.

A linguagem da notificação de demissão coincidiu com a carta modelo que a agência havia dito ter sido enviada erroneamente aos funcionários. A Casa Branca e a Administração de Pequenas Empresas não responderam a pedidos de comentário. O Escritório de Gestão de Pessoal não quis comentar.

O vaivém reflete o caos e a confusão que marcam a campanha de Trump para transformar a força de trabalho federal, incluindo esforços para anular as proteções de contratos sindicais e incentivar a saída em massa de funcionários do governo por meio de um programa de demissão adiada que enfrenta um desafio jurídico.

É provável que mais demissões federais ocorram.

Trump assinou um decreto na terça-feira, orientando os chefes de agências a coordenar com o Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk para “reduzir significativamente o tamanho do governo” e “limitar as contratações a posições essenciais”, de acordo com a Casa Branca.

O Escritório de Gestão de Pessoal solicitou que as agências fornecessem listas de funcionários de baixo desempenho e também avaliassem quais funcionários em período probatório são essenciais para suas operações.

Funcionários em período probatório do Escritório de Proteção Financeira do Consumidor —incluindo advogados envolvidos em litígios— também foram informados na terça-feira de que estavam sendo demitidos por meio de uma carta modelo, de acordo com documentos revisados pela Bloomberg News.

As demissões foram anunciadas em meio a uma turbulência no Escritório, com uma ordem de interrupção de trabalho que basicamente paralisou a maioria das atividades de fiscalização e supervisão rotineiras da agência.

Um pequeno número de membros da equipe do Departamento de Eficiência Governamental chegou à agência no final da semana passada, e, até segunda-feira de manhã, a sede foi fechada.

A ordem de Trump para reduzir os quadros de funcionários pode ser contestada judicialmente por trabalhadores e pelos sindicatos que os representam. As leis que protegem os trabalhadores federais e os acordos de negociação coletiva provavelmente complicarão os planos de Trump de reduzir a força de trabalho federal.

As empresas de Musk têm experimentado cortes de pessoal rápidos e abrangentes que às vezes foram acompanhados por erros. Depois de comprar o Twitter em 2022 e demitir milhares de funcionários, a empresa de mídia social acabou entrando em contato com dezenas de ex-funcionários para pedir que voltassem.

Em abril passado, Musk enviou um email aos funcionários da Tesla dizendo que alguns pacotes de indenização que faziam parte da maior redução de pessoal da empresa tinham sido “incorretamente baixos” e que o problema seria “corrigido imediatamente”.



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