Nicholas Shores
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) foi à Câmara nesta quarta-feira em busca de respaldo e conseguiu uma garantia de que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não vai criar “algum fantasma ou algum obstáculo” contra a agenda econômica do governo Lula “sem que ele verdadeiramente exista”.
“Temos todo o intuito e todo o espírito de ajudar nessa agenda, porque é uma agenda de país”, afirmou Motta. “O Brasil tem um grande desafio econômico para 2025, e nada melhor do que essa cooperação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo para que a agenda aqui seja priorizada e possamos entregar o melhor para a sociedade brasileira.”
Na reunião fechada entre Haddad, Motta e líderes da Câmara que antecedeu a entrevista a jornalistas, o ministro entregou um documento com as 25 iniciativas prioritárias da Fazenda em 2025 e 2026, das quais 15 dependerão de aprovação do Legislativo.
Questionado sobre as maiores prioridades, Haddad citou a reforma da renda, com isenção de IR para quem ganha até 5.000 reais e a tributação dos chamados “super-ricos”, que o governo ainda não mandou para o Congresso, o projeto do devedor contumaz, em tramitação na Câmara, e a Lei de Falências, que está no Senado.
Depois da declaração do presidente do PSD, Gilberto Kassab, chamando-o de “fraco”, o ministro da Fazenda estava em busca de uma imagem que transmitisse respaldo. Conseguiu encontrá-la na Câmara. Agora, faltam o apoio do presidente Lula, do ministro Rui Costa (Casa Civil) e do PT.