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Harris e Beyoncé manifestam-se pelo direito ao aborto no Texas | Notícias da Al Jazeera
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Kamala Harris disse em um comício em Houston, Texas, que Donald Trump reverteu 50 anos de progresso nos direitos reprodutivos das mulheres e, se for eleito, garantirá que o aborto seja proibido nos Estados Unidos.
O candidato do Partido Democrata disse a uma multidão barulhenta que lotou o Shell Energy Stadium da cidade, que desde que o ex-presidente nomeou os juízes da Suprema Corte que anularam Roe v Wade, mais de 20 estados agora proíbem o aborto.
“Para qualquer pessoa que esteja assistindo de outro estado, se você acha que está protegido das proibições ao aborto de Trump porque mora em Michigan, Pensilvânia, Nevada, Nova York, Califórnia ou qualquer estado onde eleitores ou legisladores protegeram a liberdade reprodutiva, saiba: ninguém está protegido”, disse Harris. “Porque uma proibição nacional de Donald Trump proibirá o aborto em todos os estados.”
Trump negou repetidamente que apoiaria uma proibição nacional, mas os críticos dizem que a sua posição mudou tantas vezes que a sua palavra não é confiável.
Harris foi acompanhada no palco pela cantora Beyoncé, que é de Houston, sua mãe, Tina Knowles, e por sua ex-colega de banda do Destiny’s Child, Kelly Rowland.
“Senhoras e senhores, por favor, dêem as boas-vindas texanas ao próximo presidente dos Estados Unidos, a vice-presidente Kamala Harris”, disse Beyoncé à multidão lotada.
“Não estou aqui como uma celebridade. Não estou aqui como político. Estou aqui como mãe.”
Ela acrescentou: “Uma mãe que se preocupa profundamente com o mundo em que meus filhos e todos os nossos filhos vivem, um mundo onde temos a liberdade de controlar nossos corpos, um mundo onde não estamos divididos”.
Beyoncé não se apresentou, mas permitiu que a campanha democrata de Harris usasse sua música “Freedom”, um trecho de seu álbum histórico de 2016, Lemonade, como hino.
Maior rali até agora
A campanha de Harris disse que o comício de sexta-feira à noite foi o maior até agora; a multidão esperou por horas, usando pulseiras de LED vermelhas, brancas e azuis enquanto “mulheres de confiança” e “liberdade” brilhavam em telões entre os atos.
A manifestação centrou-se nos direitos reprodutivos e ouviu testemunhos de mulheres que quase morreram de sépsis e outras complicações na gravidez porque não conseguiram obter cuidados médicos adequados, incluindo mulheres que nunca pretenderam interromper a gravidez.
Com as eleições presidenciais num empate, Harris aposta no direito ao aborto como um grande impulsionador para os eleitores – incluindo para as mulheres republicanas, especialmente desde que Trump nomeou três dos juízes do Supremo Tribunal que votaram para derrubar o direito constitucional. Ele não foi claro sobre como abordaria a questão se os eleitores o devolvessem à Casa Branca.
Há algumas evidências que sugerem que o direito ao aborto pode levar as mulheres às urnas, como aconteceu durante as eleições intercalares de 2022. Os eleitores em sete estados, incluindo alguns conservadores, protegeram o direito ao aborto ou derrotaram tentativas de restringi-lo nas votações estaduais nos últimos dois anos.
“Desde que Roe foi derrubado e os direitos reprodutivos estão em votação, o povo da América votou pela liberdade”, disse Harris. Ela prometeu, como presidente, assinar uma lei restaurando o direito federal ao aborto se o Congresso aprovar uma.
Comício de Trump em Michigan adiado
O candidato republicano também esteve no Texas na sexta-feira para uma entrevista com Joe Rogan, o podcaster mais popular do país. Trump está cortejando eleitores mais jovens do sexo masculino, com quem Rogan faz sucesso.
Mas a entrevista atrasou em quase três horas a chegada de Trump a um comício em Michigan.
Milhares de seus apoiadores partiram enquanto outros se amontoavam no frio para esperar pelo ex-presidente em um comício ao ar livre no estado decisivo.
Minutos antes do evento de Trump em Michigan, programado para começar às 19h30, horário local, seu porta-voz postou na plataforma de mídia social X que Trump estava saindo do Texas, a mais de duas horas de distância por via aérea. Trump gravou um vídeo de seu avião pedindo a seus apoiadores que ficassem, observando que era noite de sexta-feira e prometendo: “Vamos nos divertir esta noite”.
Trump finalmente subiu ao palco no aeroporto de Traverse City, onde as temperaturas caíram para 50 graus Fahrenheit (10 graus Celsius) e pediu desculpas.
“Sinto muito”, disse ele. “Ficamos tão amarrados e imaginei que você não se importaria muito porque estamos tentando vencer.”
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Blue Origin funga no cangote da SpaceX – 15/12/2024 – Mensageiro Sideral
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15 de dezembro de 2024Fique esperta, SpaceX, a concorrência vem aí. A empresa americana Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos, está correndo para lançar ainda neste ano seu foguete New Glenn –sério candidato a ser o segundo veículo de grande porte com primeiro estágio reutilizável, a exemplo dos lançadores Falcon 9 e Falcon Heavy, da SpaceX.
O voo inaugural está em fase final de preparação, no Complexo de Lançamento 36 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, e aguarda autorização da FAA (agência que regula aviação civil e foguetes comerciais nos EUA) no que será essencialmente um lançamento de certificação. A bordo, uma carga útil da própria empresa, chamada Blue Ring, um veículo de transferência para colocar satélites em diferentes órbitas, capaz de comportar até três toneladas deles.
Contudo, o principal teste é mesmo do foguete em si. Seu desenvolvimento foi anunciado em 2016, e então a Blue Origin esperava o primeiro voo para 2020. Já são quatro anos de atraso, mas agora parece que vai. E a confiança é tão grande que a empresa pretende tentar recuperar o primeiro estágio em uma plataforma marítima no oceano Atlântico –uma balsa similar às usadas pela SpaceX.
Não se espante se não der certo na primeira tentativa —basta lembrar que também foi assim com a empresa de Elon Musk, nas primeiras tentativas de pousar o estágio inicial do Falcon 9. Mas, desta feita, já sabemos que é possível, de modo que é só uma questão de tempo até que o evento de recuperação se torne corriqueiro também para a Blue Origin.
Diz a empresa que cada primeiro estágio do New Glenn terá capacidade de realizar ao menos 25 reutilizações. O do Falcon 9 que teve mais voos até agora realizou seu 24º pouso no último dia 4. A SpaceX tem como meta reutilizar seus estágios até 40 vezes. São claramente competidores nesse quesito.
As duas empresas também disputarão mercado pelos mesmos lançamentos, já que o New Glenn tem uma capacidade intermediária entre o Falcon 9 e o Falcon Heavy; o da Blue Origin pode levar até 45 toneladas à órbita terrestre baixa; já os dois lançadores da SpaceX transportam 23 e 64 toneladas, respectivamente. Voos do New Glenn e do Falcon 9 saem pelo mesmo preço, cerca de US$ 69 milhões.
Mesmo sem ter realizado um voo sequer, o novo lançador da Blue Origin já tem contratos com a Nasa, a empresa de telecomunicações Telesat e com o Projeto Kuiper, constelação de satélites de internet da Amazon, outra empresa de Bezos. No ano que vem, o New Glenn também deverá lançar uma missão lunar robótica da Blue Origin, com o módulo Blue Moon Mark 2.
Moral da história: a recuperação e reutilização de foguetes de grande porte tem data para deixar de ser exclusividade da SpaceX. É um caminho sem volta para o futuro da exploração espacial, que promete reduzir ainda mais o custo de futuras missões e abrir novas oportunidades. É nessa hora que temos de admitir que isso é muito mais do que uma disputa fútil entre bilionários apaixonados pelo espaço. É uma nova realidade econômica que se descortina diante dos nossos olhos. Quem viver, verá.
Esta coluna é publicada às segundas-feiras na versão impressa, em Ciência.
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Prazo para repatriar recursos no exterior acaba neste domingo
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15 de dezembro de 2024 Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Termina neste domingo (15) o prazo para pessoas físicas e empresas repatriarem bens mantidos no exterior e regularizarem rendimentos não declarados no Brasil até 31 de dezembro de 2023. O imposto e a multa devem ser pagos até esta segunda-feira (16).
Sancionada em setembro, a Lei 14.973 reabriu o prazo para a adesão ao Regime Especial de Regularização Geral de Bens Cambial e Tributária (RERCT-Geral). Essa é a terceira edição do programa de repatriação de recursos, que regularizou recursos mantidos no exterior em 2016 e 2017, em troca da anistia criminal.
A nova edição do RERCT ampliou o programa e permitiu a regularização de rendimentos não declarados no Brasil. Quem aderir ao programa pagará 15% de Imposto de Renda (IR) e multa de 15%. Em condições normais, o contribuinte paga 27,5% de IR e multa de 75%, após a autuação, com a possibilidade de responder criminalmente.
Na primeira edição, em 2016, a repatriação arrecadou R$ 45,8 bilhões com o programa. Nesta edição, a Receita não forneceu estimativas de arrecadação. No entanto, o programa foi ampliado para incluir não apenas bens no exterior, mas rendimentos não declarados no Brasil, o que poderá resultar em receitas expressivas.
Apesar da possibilidade de adesão de políticos e de parentes ao programa, o governo conta com as receitas para cumprir a meta de déficit primário (resultado negativo nas contas sem os juros da dívida pública) de R$ 28,75 bilhões para este ano. Essa meta considera apenas os gastos dentro do arcabouço fiscal.
Com as despesas fora do marco fiscal, como os créditos extraordinários para a reconstrução do Rio Grande do Sul, para combate a incêndios florestais e o pagamento de precatórios, o déficit para este ano está estimado em R$ 64,426 bilhões.
Procedimento
Para aderir ao programa, a pessoa física ou empresa deverá entregar a Declaração de Regularização Cambial e Tributária (Dercat) e pagar os 15% de Imposto de Renda e a multa de 15%.
A declaração pode ser feita online, por meio do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC), acessível no site da Receita Federal. Ao acessar o e-CAC, o contribuinte deve clicar em “Declarações e Demonstrativos” e, em seguida, escolher a opção “Apresentar Dercat”.
Após o preenchimento da declaração, o contribuinte terá um dia para pagar o imposto devido e a multa. Mesmo quem declarou a RERCT de forma incompleta poderá regularizar a situação. Nesse caso, o devedor recolherá os mesmos percentuais (15% de IR e 15% de multa) sobre o valor da complementação.
A Receita Federal elaborou um guia de perguntas e de respostas para o RERCT.
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Fernanda Torres é elogiada no ‘The New York Times’; destaca esperança do Oscar
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15 de dezembro de 2024Fernanda Torres, que brilhou em ‘Ainda Estou Aqui’, agora foi destaque em uma matéria do prestigiado jornal norte-americano, ‘The New York Times’. A publicação elogiou a atuação da atriz brasileira e alimentou, ainda mais, as esperanças do Oscar para o país!
O jornal relembrou que, há 25 anos, Fernanda Montenegro, mãe de Torres, fazia história ao ser a primeira atriz brasileira indicada à estatueta.
Agora, mais de duas décadas depois, Fernanda Torres seguiu o caminho brilhante da genitora e tem sido bem cotada, pela crítica internacional, para ganhar na categoria de ‘Melhor Atriz’. Imagina que cenário perfeito seria?
Simbolismo familiar
Segundo o Times, a possível indicação ao Oscar coloca Fernanda em um caminho repleto de simbolismo familiar. Em 1999, Montenegro foi indicada pela sua atuação em ‘Central do Brasil’.
A perda para Gwyneth Paltrow foi como uma injustiça e os fãs brasileiros tiveram que engolir a amarga derrota. Ou não engolir, né?
Para a filha, “seria uma grande vitória”. Seria uma história incrível se eu chegasse lá, seguindo minha mãe. Agora, ganhar – considero impossível”, destacou.
“Ainda Estamos Aqui”
Sobrou tempo até para brincadeiras. Descontraídas, mãe e filha mostraram uma forte conexão e comemoraram a atuação em conjunto.
“Minha mãe ainda está viva; está tudo bem com ela”, disse Fernanda Torres.
“Por acaso, ainda estou aqui”, respondeu Montenegro. “Ainda Estamos Aqui”, finalizou a filha, enquanto dá um largo sorriso para a mãe.
Leia mais notícia boa
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- Ainda Estou Aqui: Fernanda Torres vai ao túmulo de Eunice Paiva para agradecer
- Sony inscreve Ainda Estou Aqui em 8 categorias do Oscar
Diálogos com o presente
A matéria também exaltou o sucesso de bilheteria de ‘Ainda Estou Aqui’, que ultrapassou a marca de 2,5 milhões de ingressos vendidos.
O filme conta a história da família Paiva, durante a ditadura militar no Brasil dos anos 1970, e o jornal fez paralelos com a realidade atual.
“A história pessoal da família Paiva é a história coletiva de um país”, disse Walter Salles, cineasta responsável pelo longa.
Já para Marcelo Rubens Paiva, o momento do filme foi perfeito.
“Foi, infelizmente, perfeito, porque mostrou que essa história não está apenas no nosso passado”, disse ao The New York Times.
‘Ainda Estou Aqui’ é um verdadeiro de sucesso de bilheteria no mundo todo. – Foto: María Magdalena Arréllaga
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