Animais da floresta amazônica ilustram a nova linha de chinelos criada pela Havaianas e pelo IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) para celebrar os 20 anos da parceria entre ambos. A coleção se soma a outros 60 modelos lançados em colaboração ao longo desse período, que retrataram 55 espécies ameaçadas de extinção.
Os protagonistas da linha de 2024 são o boto-cor-rosa, símbolo da Amazônia e um dos principais indicadores da saúde dos ecossistemas, e o papagaio maracanã-guaçu, ave fundamental para dispersão de sementes de árvores nativas.
Do total arrecadado com os mais de 16 milhões de pares vendidos ao longo dos 20 anos, R$ 10,6 milhões (7% das vendas líquidas) financiaram projetos de conservação da ONG na amazônia, na mata atlântica, no pantanal e no cerrado.
“A ideia desde o início era unir moda e responsabilidade socioambiental. Lançamos novas coleções todos os anos em parceria com o IPÊ porque entendemos que essa é uma forma de dar destaque à causa e conscientizar sobre a biodiversidade brasileira“, afirma Juliana Soncini, diretora de marca da Havaianas Brasil.
Andrea Peçanha, coordenadora da unidade de negócios da organização, conta que o principal desafio no início do projeto era promover um produto que desse holofotes à pauta ambiental quando o tema ainda era pouco debatido.
“Hoje, a pauta é considerada relevante e está presente nos noticiários todos os dias, mas 20 anos atrás não era assim. Tínhamos o dever de disseminar o valor da biodiversidade, que é o grande patrimônio do Brasil. Quando você coloca isso em chinelos, vendidos de Norte a Sul do país e no exterior, as pessoas começam a ter contato com espécies que elas nem sabiam que existiam.”
A parceria possibilitou que a ONG dedicada à proteção da biodiversidade por meio de pesquisa, educação e restauração florestal ampliasse sua escala de atuação.
“Há 20 anos, estávamos presentes na mata atlântica, mas não na amazônia, pantanal e cerrado, por exemplo. Hoje, nosso trabalho tem uma extensão muito maior. E o que nos deu essa tranquilidade para avançar foram os recursos sem restrição gerados a partir dessa parceria de marketing. Isso também deu projeção ao nome do IPÊ. Até então, pouco gente nos conhecia”, relata Peçanha.
Fundado em 1992 pelo casal Claudio e Suzana Padua, o IPÊ cria modelos de conservação de biodiversidade com benefícios socioeconômicos para a população das regiões atendidas. A organização foi vencedora do Prêmio Empreendedor Social, realizado por Folha e Fundação Schwab, em 2009.
“Já plantamos quase 8 milhões de árvores na mata atlântica e estamos avançando com projetos de restauração na amazônia também. Impactamos quase 20 mil pessoas por ano por meio de programas de educação ambiental e já beneficiamos centenas de famílias com projetos de geração de renda. Precisamos pensar em quem de fato vive nesses biomas”, afirma a coordenadora de negócios do IPÊ.
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