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Herói sem capa: garoto de 16 que venceu leucemia resgata várias pessoas no mar
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Após vencer a leucemia, Daniel, de 16 anos, salvou várias pessoas em perigo em alto-mar. A mãe, diz que o filho tem um espírito altruísta marcante. – Foto: Daily Post
Um verdadeiro herói sem capa. Após vencer a leucemia, este garoto de 16 anos, resgata várias pessoas que estavam presas no mar. Ele fez 3 resgates no mesmo dia. Os pais são só orgulho do filho.
“Não pensávamos que nosso filho sobreviveria, agora ele está salvando vidas”, afirmou, Michelle, mãe do Daniel Kinsella.
Apaixonado pelo mar e por navegar, ele estava na Baía de Trearddur, no Reino Unido, em um barco inflável rígido (RIB), quando do outro lado do radiocomunicador, oito praticantes de paddleboard pediam ajuda, além de uma família. Todos estavam encalhados.
Luta contra o câncer
Aos 4 anos, Daniel foi diagnosticado com leucemia. Ele enfrentou um longo período de quimioterapia e fez um tratamento com um Portacath – uma pequena câmera de plástico implantada cirurgicamente sob a pele.
Foram três anos de tratamento e muito medo dos pais.
“Liguei para todos e disse para voltarem para casa, pois não achávamos que ele sobreviveria. Mas a equipe do hospital foi ótima e Daniel saiu depois de uma semana”, relembrou a mãe.
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Sino da vitória
Em fevereiro de 2016, aos 8 anos, Daniel tocou o sino da vitória. Ele celebrou o fim da luta contra a leucemia.
Os pais comemoram a vida e do filho e espírito altruísta dele.
“Mike e eu tentamos dar o melhor a Daniel porque ele teve muito da infância tirado dele. Nós tentamos muito compensar”, ressaltou Michelle ao Daily Post
O resgate das pessoas que estavam no mar
Daniel estava com um amigo no barco quando recebeu a primeira comunicação pelo rádio, depois vieram as outras. No primeiro resgate, os dois foram os primeiros a chegar até o local onde uma família toda – pai, mãe e duas meninas – estava ilhada.
“Ao lado de um amigo, ele respondeu ao chamado e foi o primeiro a chegar ao local, encontrando os pais e as duas filhas. Eles estavam praticando stand up paddle em Porth Dafarch e ficaram presos em pedras no mar”, contou a mãe de Daniel.
A família resgatada estava aguardando há duas horas, para ser salva. Todos usavam coletes salva-vidas e felizmente a tensão teve final feliz.
Três resgates em um dia
Sim, em apenas um dia Daniel fez três resgates e ajudou a salvar adultos, jovens e crianças, homens e mulheres.
“Fiquei super orgulhosa dele por ajudar as pessoas e pela maneira como ele navega nosso barco”, disse Michelle. “Era um dia ensolarado e isso pode enganar”, ensinou ela, que conhece as artimanhas do mar.
Daniel costuma ir, todas as férias com a família, para a Baía de Trearddur. Ele aprendeu sobre marés, mapas e navegação com a família. E usou os conhecimentos da melhor forma possível.
Veja fotos da época do tratamento:
A mãe de Daniel, de 16 anos, é puro orgulho: o filho está salvando vidas, depois de superar a leucemia, uma luta e tanto. Hoje ele é chamado de herói. – Foto: Daily Post
Após vencer a leucemia, Daniel, de 16 anos, salvou várias pessoas em perigo em alto-mar. – Foto: Daily Post
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Somália e Etiópia concordam em compromisso para acabar com a tensão, diz líder turco | Notícias sobre conflitos
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11 de dezembro de 2024O presidente da Turquia, Erdogan, anunciou o avanço após conversações entre os líderes etíopes e somalis em Ancara.
A Somália e a Etiópia chegaram a acordo sobre uma declaração conjunta para resolver o seu diferendo sobre a separação Região da Somalilândia e a pressão da Etiópia, sem litoral, pelo acesso ao mar, anunciou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Falando numa conferência de imprensa conjunta em Ancara, Erdogan agradeceu na quarta-feira ao presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, e ao primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, pela sua “reconciliação histórica”.
Saudação o acordoErdogan disse esperar que o acordo fosse “o primeiro passo para um novo começo baseado na paz e na cooperação entre a Somália e a Etiópia”, e que eventualmente garantisse que a Etiópia – o país sem litoral mais populoso do mundo – ganhasse acesso ao mar.
“Acredito que com a reunião que tivemos hoje, especialmente com as exigências da Etiópia para o acesso ao mar, o meu irmão Xeque Mohamud dará o apoio necessário para o acesso ao mar”, disse o líder turco.
“Esta declaração conjunta centra-se no futuro, não no passado, e regista os princípios que estes dois países amigos, que são muito importantes para nós, construirão a partir de agora”, disse Erdogan mais tarde numa publicação nas redes sociais.
Fiquei muito satisfeito por receber no nosso país o Presidente da Somália, Hasan Sheikh Mahmud, e o Primeiro-Ministro da Etiópia, Abiy Ahmed. 🇹🇷🇸🇴🇪🇹
Como resultado da confiança da Somália e da Etiópia no nosso país, atingimos esta noite uma fase importante no Processo de Ancara, que iniciámos há cerca de 8 meses. pic.twitter.com/AhYmDKjsH4
-Recep Tayyip Erdoğan (@RTErdogan) 11 de dezembro de 2024
Os dois países vizinhos do Corno de África viram as tensões aumentam desde que a Etiópia assinou um acordo em Janeiro com a região separatista da Somália, a Somalilândia, para arrendar um troço da sua costa para um porto e base militar etíope em troca de reconhecimento diplomático, embora isto nunca tenha sido confirmado por Adis Abeba.
A medida provocou uma feroz disputa diplomática e militar com a Somália, que classificou o acordo como uma violação da sua soberania, fazendo soar o alarme internacional sobre o risco de um novo conflito, à medida que a disputa se aproximava dos rivais de longa data da Etiópia, o Egipto e a Eritreia.
A Somalilândia separou-se da Somália há mais de 30 anos, mas não é reconhecida pela União Africana ou pelas Nações Unidas como um Estado independente. A Somália ainda considera a Somalilândia parte do seu território.
Ao longo dos anos, a Somalilândia construiu um ambiente político estável, contrastando fortemente com as contínuas lutas da Somália contra a insegurança no meio de ataques mortais dos rebeldes da Al-Shabab.
O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy, e o presidente da Somália, Mohamud, chegaram a Ancara na quarta-feira para as conversações, que foram as mais recentes após duas reuniões anteriores que registaram poucos progressos.
De acordo com o texto do acordo divulgado por Turkiye, as partes concordaram “em deixar para trás diferenças de opinião e questões controversas e avançar resolutamente na cooperação em direção à prosperidade comum”.
Ambos concordaram em trabalhar juntos em acordos comerciais e acordos bilaterais que garantiriam o “acesso confiável, seguro e sustentável” da Etiópia ao mar “sob a autoridade soberana da República Federal da Somália”.
Irão agora iniciar conversações técnicas o mais tardar no final de Fevereiro, que deverão ser concluídas “dentro de quatro meses”, e as diferenças persistentes deverão ser tratadas “através do diálogo” e, quando necessário, com o apoio de Turkiye.
Falando ao lado de Erdogan, com as suas observações traduzidas para o turco, Abiy da Etiópia disse: “Abordámos os mal-entendidos que ocorreram durante o ano passado”.
“O desejo da Etiópia de um acesso seguro ao mar é um empreendimento pacífico e beneficiará os nossos vizinhos, é um empreendimento que deve ser visto no espírito de cooperação e não de suspeita”, disse ele.
O líder somali, cujas observações também foram traduzidas, disse que o acordo “pôs fim às suas diferenças” e que a sua nação estava “pronta para trabalhar com a liderança etíope e o povo etíope”.
Turkiye tem mediado entre os dois países desde julho, liderando discussões destinadas a resolver as suas diferenças.
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Em cartas Lispector e Sabino escreviam sobre não pertencer – 12/12/2024 – Ilustrada
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11 de dezembro de 2024 Isadora Laviola
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Ao longo de dois anos, de 1946 a 1948, cartas de Clarice Lispector e Fernando Sabino atravessaram o oceano Atlântico entre Berna, na Alemanha, e Nova York.
Enquanto Sabino, nos Estados Unidos, escrevia sobre seus desapontamentos com a selva de pedra que não tinha nada de sonhos – apenas café sem açúcar, comida sem sal, empurrões no metrô e trabalho mal remunerado. Lispector compartilhava um lado menos encantado da vida na Europa, onde se sentia obrigada a se expressar mesmo quando não tinha nada a dizer.
O não pertencimento expressado em “Cartas Perto do Coração” chega ao auge em trecho apontado pelo repórter João Gabriel de Lima, quando a autora escreve: “Com o tempo passando, me parece que não moro em nenhum lugar, e que nenhum lugar me quer”.
Mesmo em cenários tão discrepantes, Lispector e Sabino compartilhavam a mesma sensação de deslocamento. A necessidade compartilhada por ambos em pertencer é anterior ao lugar onde estão, trata-se de buscas internas por suas identidades e vozes.
Essa é a busca de todo ser humano, independente de onde esteja.
Acabou de Chegar
Noites de Peste (trad. Débora Landsberg, Companhia das Letras, R$ 169,90, 672 págs., R$ 49,90, ebook), novo romance de Orhan Pamuk, pode ser lido como um conto de fadas étnico-político-policial. Para o crítico Alcir Pécora, a história de um governo militarista que censura um autor em nome do amor à pátria é tanto um relato autoficcional quanto alegórico.
A Culpa É do Lou Reed (Reformatório, R$ 60, 212 págs.) é o primeiro livro de ficção de Jotabê Medeiros. A obra desenha a cena do rock na capital paulista durante a década de 1980, quando a cidade recebeu artistas como Bruce Springsteen e Sting. “Eu poderia falar dessa cena de forma documental, mas falar disso num romance é mais o espírito daquela geração”, contou o autor ao repórter Thales de Menezes.
A Hora Azul (trad. Regiane Winarski, HarperCollins, R$ 59,90, 288 págs., R$ 39,90, ebook), de Paula Hawkins, começa com a descoberta de um osso humano em uma escultura produzida por uma artista que morreu sob a suspeita de matar seu marido. O suspense é repleto de reviravoltas típicas da autora, que também escreveu “A Garota no Trem”.
E mais
O selo Amarcord vai lançar a americana Eve Babitz no Brasil. Tida como furacão da contracultura, a autora terá seu “Dias Lentos, Encontros Fugazes” lançado no começo de fevereiro. O Painel das Letras conta que Babitz é comparada à sua contemporânea e conterrânea Joan Didion, por ambas terem escrito livros fundamentais de não ficção sobre a cultura da mesma época e lugar.
De um lado, um dos cientistas mais famosos e bem-sucedidos do Brasil, do outro, um homem que batalhava pela ciência e sua saúde. “Cesar Lattes: Uma Vida – Visões do Infinito” (Record, R$ 109,90, 320 págs., R$ 39,90, ebook), de Marta Góes e Tato Coutinho, conta a história de um físico brilhante que sofria de distúrbio bipolar. Para o jornalista Salvador Nogueira, a obra retrata o esforço constante de Lattes para se manter ativo, útil e fiel a seus objetivos.
Beatriz Bracher, autora de livros premiados como “Anatomia do Paraíso”, lança “Guerra 1” (Editora 34, R$ 119, 536 págs.), livro que abre uma trilogia em torno do maior conflito armado ocorrido na América do Sul, a Guerra do Paraguai. Segundo o repórter Naief Haddad, a obra se apresenta como uma colagem, reunindo trechos escritos no período do conflito e reflexões sobre a sociedade brasileira do século 19.
Além dos Livros
Micheliny Verunschk e Nuno Júdice venceram o prêmio Oceanos, que elege o melhor da literatura escrita em português pelo mundo. A brasileira ganhou a categoria de prosa por “Caminhando com os Mortos” e o português, que morreu neste ano, venceu postumamente entre as obras de poesia, com o livro “Uma Colheita de Silêncios”.
Junto com o dorama e o kpop, Leandro Sarmatz aponta Han Kang, a mais recente vencedora do Nobel de Literatura, como mais um elemento do soft power sul-coreano. Recato, leve e com “gestos econômicos”, a autora de “A Vegetariana” foi ovacionada na Fundação Nobel após discursar sobre as iniquidades do mundo, a memória e o amor que nutrem sua ficção.
Morreu na última semana Eduardo Brandão, tradutor brasileiro de Roberto Bolaño e mais de uma centena de obras, aos 78 anos. Em 2010, ele contou à Folha que seu trabalho mais difícil foi a tradução de “Os Detetives Selvagens”, de Bolaño.
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nas emergências, o “descongestionamento” prometido por Emmanuel Macron não aconteceu
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11 de dezembro de 2024“As promessas só vinculam aqueles que acreditam nelas…” A fórmula, um pouco usada em demasia, voltou à boca dos médicos emergencistas nos últimos dias. Há vinte meses, o chefe de Estado, Emmanuel Macron, prometeu “desentupir” seus serviçosporta de entrada de um hospital sob pressão. E isso, daqui até “Dezembro de 2024”. Na altura, muitos já manifestaram dúvidas, ao mesmo tempo que saudavam a fixação de um prazo. Quando chegou o prazo, a dúvida virou certeza: “Não é novidade que a promessa presidencial não é cumprida”relata Marc Noizet, presidente do sindicato SAMU-Ergences de France (SUdF).
A fotografia nacional, em vésperas das férias de Natal, é “heterogêneo”descreve o médico de emergência de Mulhouse (Haut-Rhin): “Há lugares onde as disfunções e a crise ainda são tão profundas, não conseguimos nos desvencilhar delas, e outros que se reorganizam e inventam soluções… Mas a pressão é geral, as emergências só dependem de um fio. »
De Rennes a Avignon, de Toulouse a La Roche-sur-Yon, passando por Nice ou Toulon, os cuidadores não escondem uma forma de cansaço face a “lentidão” de ação pública e “flutuante” política. “Não somos ajudados, eufemismo Muriel Vergne, médica de emergência do centro hospitalar de Toulon e secretária geral da SUdF. Os médicos estão lúcidos: as emergências, com o que está acontecendo na política, seis ministros da saúde em dois anos – e em breve sete – não são prioridade. »
O médico de emergência observa que, sem ainda estar “no difícil” feriados e epidemias de inverno, as salas de cirurgia já estão saturadas em casa e o fluxo de pacientes aumenta a cada dia. “Temos horários furados e o Papai Noel não vai nos trazer nenhum praticante na bolsa! » Ela, assim como outras cuidadoras, enfatiza: “Basta uma licença médica, um médico a menos na agenda, para a máquina travar. »
O ponto negro dos “leitos a jusante”
As mobilizações recorrentes dos cuidadores são um lembrete disso. Como esta greve renovável, no Hospital Universitário de Grenoble, que reiniciou no dia 10 de dezembro, para denunciar a falta de recursos e a aglomeração de pacientes nos corredores.
Antes, foi em Périgueux que se mobilizaram os cuidadores, ou mesmo em Carhaix (Finistère). Também surgem regularmente histórias de campo, mais ou menos graves, simbolizando condições degradadas de acolhimento: neste outono, o depoimento de um paciente que passou uma noite na garagem do hospital de Langres (Haute-Marne), por falta de leito disponível, confirmada pelos cuidadores, teve impacto nacional.
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