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Hezbollah faz ameaças, mas pede cessar-fogo a Israel – 15/10/2024 – Mundo

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Hezbollah faz ameaças, mas pede cessar-fogo a Israel - 15/10/2024 - Mundo

Igor Gielow

Sentindo a pressão de 29 dias de campanha militar agressiva de Israel, o Hezbollah disse nesta terça (15) que apenas um cessar-fogo pode solucionar a guerra no Oriente Médio, disparada há um ano pelo seu aliado palestino Hamas.

Foi o que disse na rede Telegram o secretário-geral adjunto do grupo extremista libanês, Naim Qassem. Ele é um dos poucos líderes do alto escalão do Hezbollah ainda vivo, após uma campanha israelense que dizimou a cúpula militar e política da agremiação, a começar por seu chefe supremo, Hassan Nasrallah.

Mirando seu público e os patronos do grupo no Irã, Qassem falou grosso. Disse que o Hezbollah “adotou uma nova política” de infligir “dor” a Israel com ataques a bases militares do Estado judeu. No domingo (13), 4 soldados de uma unidade de elite morreram, e 58 ficaram feridos após uma ação com drone no note do país.

Ao mesmo tempo, assoprou e disse que “apenas um cessar-fogo é solução”. “Nós pedimos o fim dos combates e vamos recuar 10 km [no sul do país] para não provocar Israel”, afirmou. Estimativas feitas por Israel colocam na casa de dezenas o número de comandantes e líderes políticos do Hezbollah que foram mortos na campanha.

Ela foi iniciada no dia 17 do mês passado, quando o premiê Binyamin Netanyahu incluiu a volta dos 60 mil israelenses que deixaram suas casas devido aos ataques diários do Hezbollah em apoio ao Hamas como um dos objetivos da guerra em curso.

Horas depois, pagers começaram a explodir nos bolsos de integrantes do grupo libanês. No dia seguinte, foram walkie-talkies, e em pouco tempo Nasrallah estava morto ao lado de diversas lideranças, e o sul do Líbano foi mais uma vez invadido por Tel Aviv.

O ano de guerra viu cerca de 1.600 libaneses mortos em bombardeios israelenses, a grande maioria após o 17 de setembro. O dia mais mortífero foi uma segunda, 23 daquele mês, quando 492 pessoas morreram, principalmente na capital, Beirute.

O Hezbollah vinha evitando, assim como o Irã, um conflito total com Israel, mantendo uma rotina de ataques pontuais. Eles agora se espalharam pelo país, com o restante do seu arsenal, que antes da campanha atual estava na casa dos 160 mil mísseis e foguetes.

O norte é alvejado diariamente por modelos mais simples e baratos, derivados do antigo Katiúcha soviético. Pontualmente, como no domingo, são lançados drones e, como ocorreu na segunda (14) contra Tel Aviv, mísseis balísticos mais precisos.

Qassem já havia dito, há uma semana, que o Hezbollah não condicionaria nenhuma negociação de trégua com Israel ao fim da guerra na Faixa de Gaza, mudando sua posição até aqui no conflito. Nesta terça, contudo, voltou a dizer que “exige uma trégua” nas ações que já mataram mais de 42 mil palestinos.

Para Hilal Khashan, da consultoria americana Geopolitical Futures, o Hezbollah dá sinais claros de decadência. “Qassem também autorizou Nabih Berri a negociar em nome do grupo, abrindo o caminho para colocar o partido sob o manto do Movimento Amal, o que seria uma mudança sísmica no balanço de poder entrre os xiitas do Líbano”, disse.

O Amal, bancado pela ditadura síria nos anos 1980, era o grupo rival do Hezbollah no campo xiita. Um acordo em Damasco, em 1990, colocou fim à disputa, submetendo a ala militar da agremiação ao Hezbollah.

Em troca, na divisão vigente do poder no país árabe, que prevê um chefe do Parlamento xiita, Berri assumiu tal função em 1992 e nunca mais saiu do cargo. Agora, os papéis parecem se reverter.

A pressão militar não afeta apenas o Hezbollah. Segundo diversos relatos na mídia americana e israelense, há preocupação com os estoques de mísseis de interceptação dos sistemas antiaéreos do Estado judeu, como o famoso Domo de Ferro.

Na segunda, chegaram ao país os primeiros componentes da bateria de alta altitude Thaad enviada pelos Estados Unidos, juntamente com cerca de cem soldados para operá-la. O equipamento, diz o Pentágono, estará pronto para uso em breve, e sinaliza principalmente ao Irã para evita um novo ataque contra Israel, como o ocorrido há duas semanas.

O problema americano também é de demanda. Só há sete sistemas Thaad disponíveis, cada um com até nove lançadores e 48 mísseis prontos para lançamento. Um deles está na Coreia do Sul, outro em Guam (Pacífico) e um terceiro, em uma das bases americanas no Oriente Médio.

O posicionamento de uma quarta bateria em Israel deixa os EUA particularmente vulneráveis, mas é a opção do momento. Segundo o jornal Washington Post, Netanyahu prometeu ao governo Joe Biden que não irá retaliar agora contra alvos ultrassensíveis do Irã, como instalações nucleares ou infraestrutura petrolífera, mas sim atacar bases militares.

Não é garantia de que a situação não vá desandar ainda mais, mas o fato de que Tel Aviv está tomando tempo para decidir sua ação ajuda a explicar o movimento do Hezbollah também. Teerã tem interesse em preservar algo daquele que era seu principal preposto regional, um anteparo a ataques diretos contra si.

Já em Gaza, a recente intensificação de ações de Tel Aviv contra células resistentes do Hamas segue. Da segunda para a terça, os palestinos disseram ter havido ao menos 50 mortos em ataques a diversos pontos do território que controlavam desde 2007.

O grupo terrorista, cujo mega-ataque que deixou 1.170 mortos em um só dia em Israel fez explodir a guerra, tem operado mais como uma guerrilha. Ainda em Israel, um policial foi morto em um ataque terrorista atribuído a um palestino no sul do país.





Leia Mais: Folha

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Braga Netto troca de advogado 4 dias após prisão – 18/12/2024 – Brasília Hoje

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Braga Netto troca de advogado 4 dias após prisão - 18/12/2024 - Brasília Hoje

Quatro dias após ser preso preventivamente pela Polícia Federal, o general Walter Braga Netto mudou a equipe que faz sua defesa. O militar, preso sob a acusação de obstruir as investigações sobre a trama golpista de 2022, destituiu o advogado Luis Prata, que respondia por sua defesa desde fevereiro.

Para seu lugar, foi contratado o advogado José Luis Oliveira Lima, um dos criminalistas mais conhecidos do país.

Oliveira Lima, o Juca, já defendeu nomes como José Dirceu, no processo do mensalão. Braga Netto nomeou em procuração Juca e o advogado Rodrigo Nascimento Dall’Acqua nesta terça (17).

O general, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e também candidato a vice na chapa derrotada de 2022, foi preso na manhã de sábado (14). Endereços ligados a ele também foram alvo de buscas e apreensões.

Braga Netto estava em sua casa no Rio de Janeiro quando foi preso pela Polícia Federal. Ele ficará detido no quartel da 1ª Divisão de Exército, também no Rio —a organização é subordinada ao Comando Militar do Leste, órgão que foi chefiado pelo próprio Braga Netto de 2016 a 2019. A prisão preventiva não tem prazo para acabar.

A operação foi pedida pela PF e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com aval da PGR (Procuradoria-Geral da República).

No sábado, a defesa do general da reserva, ainda sob a liderança de Prata, negou em nota que ele tenha obstruído as investigações e que isso será provado. Em manifestação anterior, ele afirmou que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”.

As suspeitas relacionadas à tentativa de interferir nas investigações vêm sendo acumuladas desde setembro de 2023, quando o tenente-coronel Mauro Cid teve homologado seu acordo de colaboração premiada no STF.

O próprio Cid relatou, em depoimento, que Braga Netto procurou diretamente seu pai, o general Mauro Lourena Cid, para pedir detalhes do que ele havia falado na colaboração premiada.

A PF também diz que Braga Netto foi quem “obteve e entregou os recursos necessários” para um plano para matar, em 2022, o então presidente eleito, Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e Moraes.

Esse plano teria sido discutido na casa do general da reserva em Brasília.

A afirmação foi feita após Mauro Cid detalhar, em depoimento, que o general entregou dinheiro em espécie, guardado em uma sacola de vinho, para o tenente-coronel Rafael de Oliveira —indiciado por ser um dos executores do plano Punhal Verde e Amarelo, do general Mario Fernandes, que foi colocado em ação em 15 de dezembro de 2022 para matar ou prender Alexandre de Moraes.O plano acabou abortado, com os militares já posicionados, por orientação de um dos chefes do grupo.


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MP denuncia 20 torcedores do Palmeiras por emboscada

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MP denuncia 20 torcedores do Palmeiras por emboscada

Elaine Patrícia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Nesta quarta-feira (18), o Ministério Público denunciou 20 integrantes da torcida organizada Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, que estariam envolvidas no ataque a dois ônibus de torcedores do Cruzeiro. A emboscada, como a Polícia Civil tem chamado o episódio, aconteceu no dia 27 de novembro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo, e resultou na morte de um integrante da torcida Máfia Azul, do Cruzeiro.

A morte de José Vitor Miranda dos Santos, informou o Ministério Público, foi causada por traumatismo cranioencefálico, em decorrência de golpes desferidos com instrumento contundente.

De acordo com o Ministério Público, os torcedores que foram denunciados hoje assumiram “o risco de resultado homicida, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e de meio que possa resultar em perigo comum, e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”. Por isso, os membros do Ministério Público solicitaram a prisão preventiva de todos os denunciados, argumentando que “soltos, os denunciados sem dúvida irão planejar novos delitos em face de torcedores do clube rival, colocando toda a sociedade em risco”.

O ataque ocorreu quando os torcedores mineiros retornavam para Belo Horizonte, após jogo contra o Athletico Paranaense, em Curitiba. Na ocasião, um dos ônibus com torcedores do Cruzeiro foi incendiado e, o outro, depredado. Além do torcedor que morreu, outros ficaram feridos. Segundo a polícia, barras de ferro, pedaços de madeira, fogos de artifício e rojões foram apreendidos no local.

Até agora, 15 pessoas suspeitas de envolvimento na emboscada já foram presas pela polícia.



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Conspiradores de atentados em Bali foram transferidos de Guantánamo para a Malásia após confissão de culpa | Baía de Guantánamo

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Conspiradores de atentados em Bali foram transferidos de Guantánamo para a Malásia após confissão de culpa | Baía de Guantánamo

Associated Press in Washington

Os EUA transferiram dois detidos malaios do Baía de Guantánamo prisão militar para o seu país de origem, depois de se declararem culpados de acusações relacionadas com o ataque mortal de 2002 Bali atentados e concordou em testemunhar contra o alegado líder desse e de outros ataques.

Os promotores dizem que Mohammed Farik bin Amin e Mohammed Nazir bin Lep trabalharam durante anos com Encep Nurjaman, conhecido como Hambali, e o líder indonésio da filial da Al Qaeda, Jemaah Islamiyah. Os dois homens ajudaram Nurjaman a escapar da captura após os atentados de 12 de outubro de 2002 que mataram 202 pessoas em duas casas noturnas em Bali, disseram autoridades norte-americanas.

Os dois homens confessaram-se culpados de conspiração e outras acusações em janeiro. A transferência ocorre depois de fornecerem depoimentos que os promotores planejam usar no futuro contra Nurjaman, o suposto mentor, disse o Pentágono em comunicado na quarta-feira.

Nurjaman é sob custódia em Guantánamo aguardando o reinício das audiências pré-julgamento em Janeiro envolvendo os atentados bombistas de Bali e outros ataques.

A transferência dos dois homens malaios deixou 27 detidos sob custódia na base naval dos EUA em Baía de Guantánamo. O presidente George W Bush criou um tribunal militar e uma prisão após os ataques da Al Qaeda de 11 de setembro de 2001 aos EUA.

No auge, Guantánamo deteve centenas de homens, a maioria muçulmanos, na “guerra ao terror” das forças armadas dos EUA após os ataques de 11 de Setembro.

Apenas dois dos homens em Guantánamo cumprem pena. A acusação nos EUA de sete outros actualmente acusados ​​foi retardada por obstáculos legais – incluindo os apresentados pela tortura dos homens nos seus primeiros anos sob custódia da CIA – e por dificuldades logísticas.

Na terça-feira, as autoridades dos EUA repatriaram sem acusação um homem queniano, Mohammed Abdul Malik Bajabu, após 17 anos em Guantánamo.

Sua libertação deixa outros 15 homens nunca acusados ​​aguardando libertação. Os EUA procuram países adequados e estáveis ​​dispostos a aceitá-los. Muitos são do Iémen, um país dividido pela guerra e dominado por um grupo militante aliado do Irão.

A Amnistia Internacional instou Joe Biden a pôr fim à detenção daqueles homens nunca acusados ​​antes de deixar o cargo. Caso contrário, afirmou o grupo de direitos humanos num comunicado, “ele continuará a assumir a responsabilidade pela prática abominável de detenção indefinida sem acusação ou julgamento pelo governo dos EUA”.



Leia Mais: The Guardian



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