NOSSAS REDES

MUNDO

Holding familiar: segurança ou armadilha financeira? – 19/01/2025 – De Grão em Grão

PUBLICADO

em

Holding familiar: segurança ou armadilha financeira? - 19/01/2025 - De Grão em Grão

Michael Viriato

Você já teve que dividir uma conta em grupo? Alguém faz as contas de cabeça, outro sugere usar a calculadora, e há quem só diga: “Deixa que eu pago, depois resolvemos”. Se dividir uma conta já causa desentendimentos, imagine lidar com todo o patrimônio da família sem um planejamento adequado. Por isso, a holding patrimonial tem ganhado espaço como ferramenta de organização e proteção de bens familiares. Mas será que é a solução ideal para todos?

Uma holding patrimonial é, essencialmente, uma empresa criada para concentrar bens da família, como imóveis e participações societárias. Seu objetivo principal é facilitar a gestão, reduzir conflitos e criar mecanismos para proteção do patrimônio e planejamento sucessório. Ao transferir os bens para a holding, eles passam a ser controlados por uma pessoa jurídica, não mais por indivíduos, o que pode trazer benefícios tributários, sucessórios e até administrativos.

Entre as vantagens, destaca-se a possibilidade de reduzir tributos. Aluguéis recebidos pela holding, por exemplo, podem ser tributados a alíquotas menores do que se fossem declarados por pessoa física. A venda de imóveis dentro da holding também costuma gerar menos encargos fiscais, dependendo do regime tributário escolhido.

Além disso, a estrutura da holding permite incluir cláusulas como inalienabilidade e impenhorabilidade, protegendo os bens contra disputas futuras ou credores. E, no âmbito sucessório, facilita a transmissão de bens aos herdeiros, evitando a burocracia e os altos custos de um inventário judicial.

Mas, antes de correr para criar uma holding, é essencial considerar os desafios e os custos envolvidos. Afinal, estamos falando de uma empresa, que requer contador, declarações periódicas e o cumprimento de obrigações fiscais e administrativas.

Se o patrimônio não for expressivo, esses custos podem superar os benefícios. Além disso, a transferência de imóveis para a holding pode gerar a cobrança de ITBI, dependendo da finalidade da empresa e das regras municipais, o que deve ser avaliado com cuidado.

Outro ponto importante é que a holding não elimina todos os problemas. Se houver desentendimentos familiares, como decisões sobre venda de bens, a administração pode se tornar um campo de batalha. Nesse caso, um contrato bem estruturado e um alinhamento claro entre os sócios é indispensável. Por isso, criar uma holding exige planejamento cuidadoso e o acompanhamento de profissionais especializados.

A holding não é uma solução mágica, mas pode ser uma ferramenta poderosa em situações específicas. Para famílias com grande volume de imóveis ou patrimônios de alta liquidez, pode representar economia tributária e maior eficiência na gestão. Já para patrimônios menores, os custos de manutenção podem não justificar os benefícios.

Se você está considerando essa alternativa, reflita: quais são seus objetivos com o patrimônio? Quais riscos você deseja minimizar? Avaliar o custo-benefício e planejar com especialistas pode fazer toda a diferença. Afinal, no planejamento patrimonial, o objetivo não é apenas proteger os bens, mas garantir que eles cumpram o propósito mais importante: proporcionar segurança e tranquilidade às próximas gerações.


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.





Leia Mais: Folha

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

Grupo Petrópolis empresta de R$ 328 mi do Banco Original – 20/01/2025 – Mercado

PUBLICADO

em

Grupo Petrópolis empresta de R$ 328 mi do Banco Original - 20/01/2025 - Mercado

O Grupo Petrópolis, dono de marcas de cerveja como Itaipava, Petra e Cacildis, chegou a um acordo de financiamento no modelo DIP (“devedor em posse”) de R$ 328 milhões com o Banco Original, controlado pela J&F Participações, holding que detém as empresas financeiras do grupo J&F, dos irmãos Batista.

O empréstimo, aprovado em dezembro de 2024, foi necessário porque as projeções de fluxo de caixa em que foi baseado o plano de recuperação judicial do grupo, vigente desde o final de 2023, não se confirmaram. O administrador judicial da companhia foi favorável à contratação da linha de crédito.

Segundo a empresa, os novos recursos serão destinados a recompor o capital de giro, necessários ao custeio das operações de aquisição de malte e maltose, e irão liberar parcela do caixa para pagamento do saldo de debêntures.

“Esse tipo de linha de crédito é um instrumento financeiro previsto na legislação que permite à empresa injetar recursos no caixa, necessários para despesas correntes, como a compra de matérias-primas. Esse aporte permite que sejam honrados compromissos financeiros assumidos pela companhia, sem afetar a operação”, disse a empresa, em nota.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os irmãos Batista, controladores da JBS e do grupo J&F, estudam comprar uma participação no Grupo Petrópolis. A fabricante de bebidas, no entanto, não confirma nem nega a aproximação.

“O Grupo Petrópolis, assim como outras empresas com atuação relevante no mercado, é constantemente apontado como alvo de players nacionais e internacionais interessados em entrar no mercado brasileiro de cerveja”, disse a empresa. Procurada, a J&F não respondeu até a publicação desta reportagem.

O grupo cervejeiro entrou com o pedido de recuperação judicial em 27 de março de 2023, informando dívidas de R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 2 bilhões em operações financeiras e mercados de capitais e R$ 2,2 bilhões a fornecedores.

Seu plano de recuperação judicial foi homologado em outubro daquele ano, prevendo o pagamento de 5.000 credores até 2035. A maioria dos que têm valores a receber de empresas do grupo aprovou o plano em assembleia realizada em setembro de 2023.

Além da Itaipava, o grupo fabrica e distribui as cervejas Petra, Cabaré , Black Princess, Crystal, Lokal, Weltenburger, Brassaria Ampolis (com os rótulos Cacildis, Biritis, Ditriguis e Forevis).

O portfólio inclui também as vodcas Blue Spirit Ice, Nordka e Cabaré Ice, os energéticos TNT Energy Drink e Magneto, o refrigerante It!, o isotônico TNT Sports Drink e a água Petra.

O Grupo Petrópolis foi fundado em 1998 por Walter Faria, após atuar como principal distribuidor do Grupo Schincariol. Na ocasião, Faria adquiriu a Cervejaria Petrópolis, pequena planta industrial localizada em Itaipava, no Rio de Janeiro, distrito da cidade serrana homônima, para iniciar a sua atuação no segmento de bebidas.

Somadas, as oito unidades fabris do Grupo Petrópolis hoje possuem capacidade instalada para produzir mais de 52,4 milhões de hectolitros de bebida, mas, após a crise, produz cerca de 21 milhões de hectolitros, aproximadamente 40% de sua capacidade instalada total.

Em 2010, o Grupo Petrópolis diversificou suas atividades, passando a atuar no setor de geração e comercialização de energia, por meio da aquisição de participação na Electra Power, holding que possuía pequenas centrais hidrelétricas em operação e construção.

Os donos da Petrópolis disseram, no pedido de recuperação, que sua crise de liquidez era momentânea e ligada ao que chamou de “tempestade perfeita”, com a queda em vendas e receitas sendo acompanhada pelo aumento da taxa básica de juros, a Selic.



Leia Mais: Folha

Continue lendo

MUNDO

retirada do acordo de Paris, perdão aos manifestantes de 6 de janeiro, imigração… os primeiros decretos já assinados

PUBLICADO

em

retirada do acordo de Paris, perdão aos manifestantes de 6 de janeiro, imigração… os primeiros decretos já assinados

Elon Musk causa problemas com uma saudação em uma reunião de Donald Trump

Elon Musk causou polêmica na segunda-feira durante uma reunião de Donald Trump em Washington ao realizar duas vezes uma saudação que alguns descreveram como “fascista” ou «nazista»enquanto outros defenderam “um gesto desajeitado”. O dono do X, rápido em reagir na rede social, não comentou no momento.

Após um discurso no palco da Capital One Arena, o chefe da SpaceX e da Tesla agradeceu à multidão por permitir o retorno do bilionário à Casa Branca antes de bater no peito esquerdo com a mão direita, estendendo o braço, palma aberta, depois repita o gesto enquanto se vira para o resto da multidão atrás dele.

Segundo o diário israelense Haaretz ou os britânicos O Guardião,Elon Musk “pareceu” fizeram uma saudação “fascista” ou “estilo fascista”. A revista Com fio observou que muitas personalidades de extrema direita nos Estados Unidos se alegraram imediatamente, como o colunista Evan Kilgore, que saudou um gesto ” incrível “.

“Bem, não demorou muito.”denunciou no X o congressista democrata eleito Jimmy Gomez. “Parecia que ele estava segurando isso por um tempo e finalmente conseguiu se livrar.”por sua vez, declarou a ex-funcionária democrata eleita Cori Bush também no X. “Como se ele tivesse praticado na frente do espelho para encontrar o ângulo exato”ela brincou.

A historiadora Claire Aubin, especialista em nazismo nos Estados Unidos, fez a mesma interpretação de seu gesto: “Minha opinião profissional é que você está bem”escreveu ela na rede social. Outra historiadora especialista em fascismo, Ruth Ben-Ghiat também afirmou em “foi de fato uma saudação nazista, e muito agressiva”.



Leia Mais: Le Monde

Continue lendo

MUNDO

‘Essa foi a única coisa que fizemos’: Nova Zelândia irritada com a falsa alegação de Trump que os EUA dividiram o átomo | Nova Zelândia

PUBLICADO

em

'Essa foi a única coisa que fizemos': Nova Zelândia irritada com a falsa alegação de Trump que os EUA dividiram o átomo | Nova Zelândia

Eva Corlett in Wellington

Os neozelandeses não costumam dividir os cabelos, mas quando se trata de quem divide o átomo, é melhor que você tenha os fatos corretos – especialmente se você acabou de ser empossado como o 47º presidente dos EUA.

Durante seu discurso inaugural na segunda-feira, Donald Trump apresentou uma lista de realizações dos EUA, incluindo a afirmação de que os seus especialistas dividiram o átomo.

No entanto, essa honra pertence ao reverenciado físico Sir Ernest Rutherfordum neozelandês que conseguiu o feito histórico em 1917 na Victoria University of Manchester, na Inglaterra. O elemento rutherfordium foi nomeado em sua homenagem em 1997.

Nick Smith, prefeito da cidade de Nelson, perto de onde Rutherford cresceu, disse que convidaria o embaixador dos EUA para Nova Zelândia – assim que Trump nomear um – para “visitar o memorial de Lord Rutherford em Brightwater para que possamos manter o registo histórico sobre quem dividiu o átomo primeiro com precisão”.

“Fiquei um pouco surpreso com o novo presidente Donald Trump em seu discurso de posse sobre a grandeza dos EUA, afirmando que hoje os americanos dividem o átomo quando essa honra pertence ao filho mais famoso e favorito de Nelson, Sir Ernest Rutherford”, disse Smith.

Ben Uffindell, editor do site de notícias satíricas The Civilian, também ficou incrédulo. “Ok, preciso ligar para a hora. Trump acabou de afirmar que a América dividiu o átomo. Essa foi a única coisa que fizemos”, postou Uffindell.

Ernest Rutherford, à direita, com o colega Haus Geiger no seu laboratório em Manchester por volta de 1908. Fotografia: Recursos Rex

Trump, que não é estranho ao uso de linguagem inflamatória, provocou ira na Nova Zelândia depois de dizer a uma multidão na inauguração: “Os americanos percorreram milhares de quilómetros através de uma terra acidentada de vida selvagem indomada, cruzaram desertos, escalaram montanhas, enfrentaram perigos incalculáveis, venceram a selvageria. oeste, acabou com a escravidão, resgatou milhões da tirania, tirou bilhões da pobreza, aproveitou a eletricidade, dividiu o átomo, lançou a humanidade aos céus e colocou o universo do conhecimento humano na palma da mão humana.”

Não é a primeira vez que Trump afirma erroneamente que os EUA dividiram o átomo, nem a primeira vez que atraiu a ira dos neozelandeses.

Num discurso surpreendentemente semelhante, dado no Monte Rushmore em 2020, Trump disse: “Os americanos aproveitaram a eletricidade, dividiram o átomo e deram ao mundo o telefone e a Internet. Estabelecemos o oeste selvagem, vencemos duas guerras mundiais, levamos astronautas americanos à Lua – e um dia, em breve, plantaremos nossa bandeira em Marte!”

Rutherford, que às vezes é chamado de pai da física nuclear, descobriu a ideia da meia-vida radioativa e mostrou que a radioatividade envolvia a transmutação de um elemento químico em outro. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1908 “por suas investigações sobre a desintegração dos elementos”.

Rutherford mais tarde tornou-se diretor do laboratório Cavendish na Universidade de Cambridge onde, sob sua liderança, o nêutron foi descoberto por James Chadwick em 1932 e o primeiro experimento para dividir o núcleo foi realizado por John Cockcroft e Ernest Walton.



Leia Mais: The Guardian



Continue lendo

MAIS LIDAS