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Hugo Motta já sonha com dois mandatos no comando d…

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Hugo Motta já sonha com dois mandatos no comando d...

Marcela Mattos

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Faltando quase três meses para a eleição para a presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) conta com adesão de quinze partidos em torno da sua candidatura, o que corresponde a 75% de toda a composição da Casa. A lista de apoiadores deve aumentar nos próximos dias e, com a eleição em fevereiro de 2025 dada como certa, o jovem parlamentar já mira um pouco mais além.

Herdeiro de uma família tradicional na política da Paraíba, Motta foi eleito deputado em 2011 sem nunca ter exercido ou disputado um cargo público. Para 2026, quando completará quinze anos na Câmara, o parlamentar planejava alçar voos mais altos e disputar uma cadeira no Senado.

A reviravolta que lhe levou à candidatura ao comando da Câmara deve mudar os planos. Aliados mais próximos de Hugo Motta afirmam que ele deve adiar o projeto de virar senador e tentar um novo mandato como deputado. Dessa maneira, ele pode tentar permanecer por mais dois anos exercendo uma das mais importantes funções da República – essa, aliás, foi a mesma estratégia usada por Arthur Lira (PP-AL), o atual presidente e principal cabo eleitoral de Motta.

A Constituição impede que deputados e senadores se reelejam na mesma legislatura (os quatros anos de mandato, na Câmara, e oito no Senado). Não há, porém, vedações para que o presidente tente um novo mandato à frente do cargo após a mudança de legislatura.



Hugo Motta entrou na disputa pela Presidência da Câmara após a desistência de Marcos Pereira, o presidente do Republicanos. O parlamentar paraibano sempre foi apontado como o nome “do coração” de Arthur Lira para ser o seu sucessor, mas a candidatura de Pereira era um impeditivo. O dirigente, porém, acabou cedendo espaço após não conseguir um acordo com outras legendas, entre elas o PSD, dirigido por Gilberto Kassab, que também tem um candidato ao posto.



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O desejo de Arthur Lira após deixar a presidência…

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O desejo de Arthur Lira após deixar a presidência...

Marcela Rahal

O desejo de Arthur Lira após deixar a presidência… | VEJA

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Ao que tudo indica, o governo federal deve acatar o desejo do presidente da Câmara, Arthur Lira, de assumir o ministério da Agricultura, segundo aliados. A avaliação é de que o parlamentar sairá fortalecido da presidência após a aprovação do pacote de corte de gastos e da regulamentação da reforma tributária.

“O governo precisa dele, não tem apoio na Casa”, diz um deputado próximo. O presidente Lula pretende fazer uma reforma ministerial no início do ano que vem para garantir uma base mais fortalecida.


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Jaques Wagner: Frase do dia: Jaques Wagner

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Jaques Wagner: Frase do dia: Jaques Wagner

Matheus Leitão

Jaques Wagner: Frase do dia: Jaques Wagner | VEJA

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Não acho que pelo lado da saúde é o problema. A decisão será muito pessoal dele, se ele quer se oferecer para mais quatro anos. Ele é um animal político. Eu diria para vocês: saúde para mim não será uma variável de decisão” (Jaques Wagner, líder do governo no Senado, confirmando que Lula continua candidato: não é doente e a idade não impede. Ex-governador da Bahia, o político deu entrevista aos jornalistas Bruno Boghossian e Thaísa Oliveira)


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Lula acumula mais obstáculos a enfrentar do que re…

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Lula acumula mais obstáculos a enfrentar do que re...

Daniel Pereira

Em 2023, primeiro ano de seu terceiro mandato, Lula priorizou a recuperação da imagem do Brasil no exterior. Embalado pelo sonho de se tornar um líder global, ele fez inúmeras viagens e tentou mediar, sem sucesso, desde conflitos armados a negociações ambientais. A agenda doméstica ficou em segundo plano, o que contribuiu para que o governo atuasse de forma descoordenada, enfrentasse dificuldades para formar sua base no Congresso e lidasse com toda sorte de disputas internas. Diante desse quadro, auxiliares do presidente esperavam que 2024 fosse dedicado à solução dos problemas caseiros. Era para ser o ano do freio de arrumação, da semeadura de projetos capazes de impulsionar a popularidade do petista. Não deu certo. Pontos fracos da gestão não foram superados. Os dois principais ministros do governo, Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), continuaram a rivalizar nos bastidores. Temas considerados estratégicos permaneceram em aberto. Na sensível área da segurança pública, o governo apresentou uma proposta que nem sequer foi enviada ao Congresso. A mais perigosa ambiguidade da atual administração também não foi esclarecida.

Depois de meses de pregação sobre a necessidade de controlar o aumento das despesas, Haddad convenceu Lula a lançar um pacote de ajuste fiscal. O plano elencou algumas medidas na direção correta, mas insuficientes para dar conta do desafio. O resultado poderia ter sido outro se não tivessem prevalecido as conveniências políticas. Com sua lógica de palanque, o petista quis enfatizar que não se rende às pressões de mercado. O problema é que o descontrole das finanças cobra um alto preço na forma de mais inflação, juros mais elevados, dificuldades para empresas e cidadãos. Segundo as pesquisas, a popularidade de Lula varia entre a estabilidade e a queda, mas está abaixo do nível que garante favoritismo numa reeleição. A menos de dois anos do próximo pleito, Lula acumula mais obstáculos a enfrentar do que resultados para mostrar. Não fosse pela melhora em alguns indicadores econômicos, como emprego e renda, 2024 seria — para Lula, o governo e o país — um ano perdido.

Publicado em VEJA de 20 de dezembro de 2024, edição nº 2924





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