Zayra Amorim
Com madeira beneficiada de doações feitas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outros parceiros, o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) tem promovido, por meio das oficinas de marcenaria, a ressocialização de pessoas privadas de liberdade.
Os móveis produzidos visam a ressocialização de pessoas em cumprimento de pena privativa de liberdade no Acre dentro de projetos sociais contemplados com recursos das penas pecuniárias da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas da Comarca de Rio Branco (Vepma).
Cadeiras, poltronas, mesas de jantar, tábua de cortar carne, banquetas, portas, entre outros, são itens confeccionados pelos apenados e estão à venda no Polo Moveleiro da capital acreana, localizado na Rua das Acácias, 1133, Distrito Industrial. O valor arrecado com as vendas será revestido para continuar com o projeto de ressocialização.
“Essa é uma oportunidade para os detentos poderem sair das celas e colocar seus conhecimentos em prática, pois muitos deles já são marceneiros, e poder usar esses conhecimentos no período do cumprimento da pena ajuda a passar para os demais presos uma noção básica de marcenaria, se aprimorando nisso, surgindo novas oportunidades de trabalho para eles na vida pós-cárcere”, explica Vítor Djannaro, chefe da Divisão do Trabalho, Produção e Renda do Iapen.
O detento do sistema penitenciário, J.O.S, trabalha há nove meses remindo pena no Polo Moveleiro de Rio Branco. Ele conta o quanto esta atividade o tem ajudado: “O trabalho aqui para mim está sendo ótimo, pois já atuo na marcenaria há trinta e dois anos, e aqui tem sido um aprendizado a mais. Estou aprendendo aqui o que ainda não sabia e pretendo trabalhar com as outras pessoas nessa área fora daqui, e os cursos ajudam muito a gente”.
Os apenados que trabalham com a marcenaria, a cada três dias trabalhados, adquirem um dia de remissão de pena.
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