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Inflação dará espaço adicional de R$ 12 bi no Orçamento – 23/01/2025 – Mercado

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Inflação dará espaço adicional de R$ 12 bi no Orçamento - 23/01/2025 - Mercado

Idiana Tomazelli

O aumento nos gastos com Previdência, o reajuste do salário mínimo e a incorporação de despesas não previstas inicialmente desafiam o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na formatação final do Orçamento de 2025, ainda em tramitação no Congresso Nacional.

Embora medidas de contenção de gastos aprovadas pelo Legislativo abram um espaço calculado em R$ 14,4 bilhões, o Executivo precisará acomodar uma expansão de R$ 27,65 bilhões em despesas obrigatórias, o que levará a um corte de R$ 13,25 bilhões em ações de custeio e investimentos públicos na votação da LOA (Lei Orçamentária Anual).

Por outro lado, a aceleração da inflação na reta final de 2024 vai proporcionar ao governo um aumento adicional de R$ 12,44 bilhões no limite de gastos, que poderá ser incorporado ao longo de 2025, conforme previsto na lei que criou o arcabouço fiscal.

O uso do espaço extra, porém, depende de receitas suficientes para cumprir a meta fiscal, que é de déficit zero, mas permite um saldo negativo de até R$ 30,97 bilhões.

Técnicos do governo já estão debruçados sobre este balanço de ganhos e perdas no Orçamento, que será votado após a retomada dos trabalhos no Congresso, a partir de 1º de fevereiro. A avaliação preliminar é a de que, com o espaço adicional no arcabouço, o cenário ficará praticamente empatado, pois o saldo seria negativo em R$ 815 milhões.

O crédito extra é considerado essencial para reacomodar despesas discricionárias e garantir uma gordura maior para o caso de o governo precisar, depois, contingenciar recursos se a arrecadação frustrar as expectativas.

Técnicos afirmam ser importante assegurar as receitas necessárias para expandir o limite de gastos. Esse será outro desafio, dado que o Legislativo não aprovou o projeto que previa arrecadar mais R$ 21 bilhões neste ano com a maior tributação sobre empresas, e as medidas para compensar a desoneração da folha de salários das empresas não estão rendendo o esperado.

A pressão nas despesas é um problema mais imediato, dada a necessidade de adequá-las para a votação definitiva da LOA.

Embora o governo tenha sido bem-sucedido em alterar a política de valorização do salário mínimo, o que evitou uma pressão ainda maior, o Orçamento foi enviado com um piso previsto em R$ 1.509, abaixo dos R$ 1.518 que começaram a valer em 1º de janeiro.

A projeção do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que corrige os benefícios acima de um salário mínimo, também era menor. A combinação desses dois fatores elevará os gastos em R$ 9,5 bilhões.

Além disso, entre o envio da proposta orçamentária de 2025, em agosto, e o fim de 2024, a despesa previdenciária do ano passado subiu R$ 9,5 bilhões. Técnicos do governo consideram razoável pressupor que tal aumento se manterá neste exercício.

O governo ainda precisará acomodar o acordo firmado com o Congresso em torno do valor das emendas parlamentares, usadas por deputados e senadores para irrigar seus redutos eleitorais. O acerto prevê R$ 11,5 bilhões para as emendas de comissão, que não estavam programadas na proposta orçamentária inicial.

Segundo um técnico da área econômica, apenas metade desse valor (R$ 5,75 bilhões) vai pressionar de fato as despesas do Executivo, pois a outra metade ajudará a compor o piso constitucional da saúde (ou seja, haverá apenas um remanejamento interno de gastos).

Outra fonte de pressão é o Auxílio Gás, que conta com apenas R$ 600 milhões no Orçamento. O redesenho inicial da política foi criticado por economistas por promover uma triangulação de recursos fora das regras fiscais, e o governo decidiu recuar na proposta. O novo modelo deve prever um subsídio direto aos revendedores, com dinheiro do Orçamento. Para isso, será necessário incorporar até R$ 2,9 bilhões adicionais.

Do lado dos ganhos, o governo terá um alívio de R$ 4,8 bilhões nas despesas com ensino integral, que passarão a ser financiadas com recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

A prorrogação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), aprovada pelo Congresso no fim do ano passado, vai liberar outros R$ 3,6 bilhões que estavam carimbados para fundos específicos —dos quais R$ 3,1 bilhões estavam orçados para o FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

A flexibilização dos repasses da lei Aldir Blanc de incentivo à cultura deve poupar outros R$ 2 bilhões. O governo ainda prevê uma economia de R$ 4 bilhões com a revisão de benefícios do Bolsa Família e do BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Há outros elementos incertos no horizonte. O governo poderia incorporar a economia de R$ 1,8 bilhões prevista no pacote do ministro Fernando Haddad (Fazenda) por meio do corte de subsídios. A recente preocupação do presidente Lula com o preço dos alimentos, no entanto, pode limitar o espaço político para redução de incentivos ao agro neste momento.

O Executivo também incluiu no pacote uma economia de R$ 2 bilhões com a implementação de cadastro biométrico para todos os benefícios sociais, mas uma ala defende absorver esses ganhos apenas na execução do Orçamento, inclusive para amortecer eventuais pressões adicionais vindas da Previdência.

Outras incertezas envolvem o Pé-de-Meia e o Censo Agropecuário, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O primeiro foi alvo de uma ação no TCU (Tribunal de Contas da União), que suspendeu o repasse de valores parados em outros fundos, fora do Orçamento. O governo recorreu da decisão e aguarda novo posicionamento da corte de contas, mas um revés obrigaria a inclusão dessas despesas, gerando pressão adicional.

O Censo Agropecuário, por sua vez, ainda não tem financiamento definido e também está fora da lei orçamentária. Seu custo é estimado em pelo menos R$ 1 bilhão. Uma ala do governo defende viabilizar a pesquisa com recursos de emendas parlamentares.



Leia Mais: Folha

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O Irã descarta as conversas conosco, pois explode novas sanções | Notícias de energia nuclear

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O Irã descarta as conversas conosco, pois explode novas sanções | Notícias de energia nuclear

O líder supremo Ayatollah Ali Khamenei diz que ‘negociar com a América não é inteligente, sábia ou honrosa’.

O Irã chegou aos Estados Unidos por impor novas sanções contra sua indústria petrolífera, quando o líder supremo Ayatollah Ali Khamenei alertou contra conversas discutidas com Washington.

Um porta -voz do Ministério das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã condenada na sexta -feira as sançõesanunciou o dia anterior, como “ilegítimo e ilegal”, informou a agência oficial de notícias da IRNA.

“A decisão do novo governo dos EUA de exercer pressão sobre o povo iraniano, impedindo que o Irã conduza o comércio legítimo com seus parceiros econômicos é uma ação ilegítima e ilegal”, disse o porta -voz Esmaeil Baghaei.

O Irã “considera os Estados Unidos responsáveis ​​pelas conseqüências e repercussões de ações unilaterais e de bullying”, acrescentou.

Líder supremo Aiatolá Ali Khamenei Mais tarde, comentou que a negociação com os EUA “não é inteligente, sábia ou honrosa”.

O presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu no início desta semana que planeja aumentar a pressão sobre o Irã e, em seguida, alcançar um “acordo de paz nuclear verificado”.

Durante seu mandato anterior no cargo em 2018, Trump retirou os EUA do pacto de 2015 entre o Irã e os poderes mundiais projetados para Controle as capacidades nucleares de Teerã, e reimpou sanções duras.

Essas medidas levaram Teerã a violar as limitações do pacto.

“A negociação com a América não é inteligente, sábia ou honrosa. Não resolverá nenhum dos nossos problemas. A razão? Experiência!” Khamenei foi citado como tendo dito na sexta -feira, acrescentando que o Irã havia feito concessões no passado, mas os EUA “rasgaram” acordos anteriores.

Ele alertou que, se os EUA ameaçam a segurança do Irã, Teerã “ameaçará a segurança (dos EUA)”.

As sanções anunciadas na quinta -feira foram as primeiras novas a serem cobradas no Irã desde que Trump voltou à Casa Branca.

O presidente dos EUA prometeu levar as exportações petrolas do Irã a zero, declarando -as parte da ambição de interromper o programa nuclear de Teerã.

As medidas têm como alvo empresas iranianas, navios e indivíduos afiliados a empresas já sancionadas pelos EUA. Os indivíduos e os navios -tanque afetaram ajudam a enviar milhões de barris de petróleo bruto iraniano para a China anualmente.

A Alemanha, a França e o Reino Unido têm conversado diplomático com Teerã nos últimos meses, na esperança de buscar uma rota para retomar o Pacto Conjunto de Plano de Ação Abrangente (JCPOA) que Trump unilateralmente escupou em 2018.

Um alto funcionário iraniano disse à agência de notícias da Reuters na quarta -feira que o Irã está pronto para dar aos EUA a chance de resolver disputas.

O Irã há muito rejeita sanções contra seu setor de petróleo e vê os esforços para confiscar suas exportações como “pirataria”.



Leia Mais: Aljazeera

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16 índios pararam na tentativa de contrabando de migrantes – DW – 02/07/2025

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16 índios pararam na tentativa de contrabando de migrantes - DW - 02/07/2025

A polícia federal alemã anunciou na sexta -feira que os policiais patrulhando em Aachen, perto da fronteira belga, pararam uma van portando 15 ilegais migrantes na quarta -feira à noite.

A polícia diz que a van, com capacidade para nove, ficou superlotada, com vários passageiros sentados no chão sem cintos de segurança, colocando-os no que os policiais chamavam de situação com risco de vida na Autobahn A44.

As autoridades do estado do norte da Reno-Westphalia dizem que o motorista de 24 anos e todos os 15 passageiros eram indiano Nacionais, nenhum dos quais poderia produzir documentos de cruzamento de fronteira válidos. Quando perguntado onde ele morava, o motorista disse que era um residente legal da França. Um cheque com as autoridades francesas rapidamente provou que isso é falso.

Motorista acusado, os migrantes negaram a entrada ou levados às autoridades de imigração

Todos os 16 indivíduos receberam avisos e foram levados para uma delegacia próxima em Eschweiler, onde foram revistados e questionados. Durante o interrogatório, a polícia descobriu que o motorista havia acusado entre 20 e € 100 (US $ 21 a US $ 104) por passageiro por sua assistência, além de prometer que poderia Evite a polícia ao trazê -los para a Alemanha.

Indivíduos que imploraram para asilo foram levados para as autoridades de imigração local, enquanto o resto era Enviado de volta à Bélgica.

O motorista do veículo foi acusado de contrabandear estrangeiros sob circunstâncias com risco de vida, desumano ou degradante ou grave ameaça à saúde.

A Alemanha começa controles em todas as fronteiras da terra

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A Alemanha restabeleceu os controles de fronteira para impedir a migração ilegal

A imigração ilegal tem sido uma questão quente em Alemanha por algum tempo, mas se tornou ainda mais na corrida para o país 23 de fevereiro eleição federal. A questão atormentou os partidos estabelecidos e jogou para a vantagem da extrema direita Alternativa para a Alemanha (AFD).

Mais recentemente, líder do partido da oposição e candidato de maior chanceler Friedrich Merz do centro-direito União Democrática Cristã (CDU) causou um alvoroço nacional por pressionando por uma legislação de imigração rígida Isso só ganhou força com a ajuda dos votos da AfD no Parlamento.

Em setembro, o Ministério Federal do Interior da Alemanha notificou à Comissão Europeia de que seria reintroduzir controles de fronteira terrestre Com a vizinha Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo e Holanda por seis meses.

Tais cheques já estavam em vigor em suas fronteiras com a Áustria, a República Tcheca, a Polônia e a Suíça.

As autoridades alemãs dizem o passo de Fechar a fronteira é necessária para prender as entradas ilegaisenquanto os críticos dizem que viola a própria idéia do Área de Schengenque acaba com os controles transfronteiriços na UE e na Escandinávia.

Editado por: Wesley Dockery



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Haddad diz que custo da comida deve cair com safra – 07/02/2025 – Mercado

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Haddad diz que custo da comida deve cair com safra - 07/02/2025 - Mercado

Pedro S. Teixeira

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que a eleição de Donald Trump motivou, no fim do ano passado, a alta no dólar, o que teria encarecido os combustíveis e os alimentos.

“Depois da eleição do Trump, teve uma disparada no dólar, e a gente exporta gasolina e diesel, e isso tem um reflexo nos preços”, disse, em entrevista, nesta sexta-feira (7), à Rádio Cidade, de Caruaru, no interior do Pernambuco.

A pressão sobre o bolso do consumidor, segundo Haddad, deve melhorar com a queda do dólar —que saiu do patamar de R$ 6,10 para o de R$ 5,80 nos últimos dias—, a safra recorde projetada para 2025 e o fim do ciclo do boi, quando os pecuaristas diminuem os rebanhos para valorizar o valor por cabeça de animal.

O ministro criticou ainda a privatização das refinarias, iniciada pelo governo de Michel Temer e concretizada pela gestão anterior. “Os preços subiram no exterior, e o empresário quer lucrar e vai procurar o melhor negócio.”

“O preço da gasolina está menor hoje do que no governo Bolsonaro, basta consultar as reportagens que vocês da imprensa escreveram”, afirmou.

No último dia 1º, a Petrobras elevou em mais de 6% o preço médio do diesel para distribuidoras, para R$ 3,72 por litro a partir de sábado (1º), no primeiro ajuste do valor do combustível fóssil em mais de um ano. A companhia não reajustava o diesel, combustível mais consumido do país, desde 27 de dezembro de 2023, quando cortou em 7,9% o valor do produto em suas refinarias.

De acordo com Haddad, a valorização do dólar também foi um dos motivos do encarecimento dos alimentos, junto com uma seca no Rio Grande do Sul, que teve reflexos nos preços da soja que abastece a produção de proteína animal.

Ainda segundo o ministro, a reforma tributária vai reduzir a incidência de impostos estaduais sobre a cesta básica a partir de 2027, incluindo a carne, baixando o preço dos alimentos. “O presidente Lula zerou impostos e a Constituição Federal vai impedir que os governadores cobrem imposto sobre a cesta básica, que já não tem impostos federais.”

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva sofre uma crise de popularidade, cujas principais causas, segundo pesquisa da consultoria Quaest, são a alta nos preços e uma instrução da Receita Federal para reforçar a fiscalização do Pix.

Haddad atua sob pressão de atores do mercado financeiro para reduzir gastos, a fim de conter a trajetória de evolução da dívida, que seria um dos motivos citados pela perda de credibilidade do governo frente a instituições de crédito.

Nos bastidores do governo, auxiliares de Lula citam atritos entre o titular da Fazenda e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Haddad também recebeu críticas públicas da atual presidente do PT Gleisi Hoffman pelos cortes promovidos pela Fazenda para que o governo respeite o arcabouço fiscal. A meta para este ano é de gasto zero, com margem de tolerância de 0,25% do PIB (cerca de R$ 31 bilhões, segundo a LDO).

No fim do ano passado, o governo promoveu, sob liderança de Haddad, um pacote de cortes, que incluiu a revisão para baixo do reajuste do salário mínimo. O valor de referência foi a R$ 1.508, ante previsão anterior de R$ 1.518.

O ministro afirmou que, mesmo com a mudança na regra, o ajuste do salário mínimo foi acima da inflação. “Antes do governo Lula, ficamos sete anos sem aumento do salário mínimo [acima da inflação]”



Leia Mais: Folha

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