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Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal encerra 2024 com saldo positivo e perspectiva de avanço no setor agropecuário

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Fabiana Matos
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), órgão de defesa vegetal e animal encerra o ano com ações positivas realizadas em todas as cidades do estado, com vigilância e atividades educacionais voltadas para a segurança da produção, destinadas a garantir padrões de qualidade sanitária, assegurando a saúde pública e a efetiva participação no mercado.
O Idaf vem alcançando grandes conquistas em todos os segmentos, gerando melhorias na prestação do serviço público, com reestruturação das unidades e modernização das instalações.
A construção de dois galpões destinados aos departamentos de transporte e administrativo do instituto, com investimento de R$ 5 milhões, proveniente de recursos próprios, é um feito histórico.
A nova sede do Idaf, localizado na rodovia AC-40, Loteamento Santa Helena, em Rio Branco, é fruto do termo aditivo ao contrato de cessão de uso gratuito do terreno cedido pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU), que incluirá setores que integrarão o quadro administrativo, proporcionando uma estrutura condizente ao crescimento das demandas que se projetam no órgão.
A continuidade das obras é uma das ações que reafirmam o compromisso do Idaf também nos municípios. Só em 2024, o órgão realizou a adequação e manutenção nas unidades de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Capixaba, Plácido de Castro, Sena Madureira, Bujari, posto fiscal de Senador Guiomard e, na fronteira com o Amazonas, o posto de fiscalização do Pica Pau, num valor estimado em R$ 460 mil.
A iniciativa reflete a preocupação do governo em atender às necessidades das instituições que fortalecem o setor rural do Acre.

Importância da cultura da soja, do cadastro das áreas produtivas e do vazio sanitário para a economia do estado
A cada dia o agronegócio vem batendo novos recordes de produtividade no Acre e, ao mesmo tempo, consolidando uma nova era de prosperidade econômica no campo, evidenciando o crescimento do agronegócio, que tem se destacado em nível nacional, principalmente na produção de milho e soja.
O plantio da soja no Acre é uma dos mais importantes atividades econômicas, mas, para que o produto chegue ao mercado consolidado, o Idaf, como órgão responsável pela defesa vegetal no Acre, é incumbido da adoção de medidas fitossanitárias, estabelecendo procedimentos operacionais para a execução do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), implementando campanhas de divulgação e, principalmente, indo até o produtor para alertá-lo sobre os calendários do vazio sanitário e semeadura do vegetal.

Em 2024 o Idaf lançou o Cadastro de Unidade Produtora de Soja, por meio da Portaria Pres/Idaf nº 388/2024, que trata da obrigatoriedade de os produtores cadastrarem suas lavouras de soja. O cadastro tem como principal objetivo facilitar o monitoramento e o controle das principais doenças e pragas presentes no território acreano.
“Com as declarações prestadas nos cadastros das propriedades, o Idaf pode fazer o planejamento e execução de ações de defesa fitossanitária, contribuindo com o fortalecimento da cadeia produtiva e para a competitividade da soja acreana. O cadastro também é importante na orientação dos produtores, quanto a estratégias e medidas emergenciais de controle de praga, possibilitando ao órgão de defesa atuar com eficácia na sua missão”, ressalta a coordenadora do Programa de Sanidade das Grandes Culturas, Ligiane Amorim.
Avanços da educação sanitária atingem número significativo de produtores rurais e estudantes
Para a coordenadora de Educação Sanitária Vegetal do Idaf, Sandra Teixeira, o órgão está inovando na forma de realizar as atividades de educação sanitária no estado: “Usamos metodologias ativas, incluindo a população indígena e público jovem, com ações nas escolas de nível fundamental, médio e universidades. No tocante aos produtores rurais, o instituto vem realizando reuniões técnicas com as comunidades e divulgação nas mídias sociais, rádio e TV, para que mesmo os produtores mais distantes no estado tenham acesso às informações”.
A educação sanitária é fundamental para o sucesso das atividades de defesa agropecuária e vegetal, por mobilizar o produtor e a sociedade para a prevenção de doenças e pragas que possam afetar a agropecuária e a saúde humana.

Em 2024, cerca de dez mil pessoas foram beneficiadas diretamente com ações da equipe, que levou atividades educativas, alertas sobre a saúde pública e sobre a prevenção de doenças e pragas, atingindo o público-alvo, que são produtores rurais, técnicos, estudantes do ensino fundamental ao superior, incluindo povos indígenas.

Vigilância e campanhas ativas para o combate da monilíase e mandarová
Buscando promover a defesa agropecuária, florestal e vegetal, o instituto apresenta medidas emergenciais para combater diversas pragas da região, como a do mandarová e a monilíase.
A monilíase é uma doença severa, que ataca frutos de cacau, cupuaçu, cacai cupui e herrania, espécies do gênero Theobroma, causada pelo fungo Moniliophtora roreri.
Em 2021 foi identificado um foco no Acre, e a partir daí o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Idaf vêm adotando uma série de estratégias para conter o avanço da doença no país. A educação sanitária vegetal elaborou e divulgou materiais informativos em veículos e mídias sociais.

“As atividades de controle e erradicação da monilíase são realizadas em todas as regionais do estado, principalmente a vigilância ativa em fiscalização nas fronteiras, onde realizamos 15 a 20 visitas por município, com objetivo de impedir a entrada da doença. Na região do Juruá, onde há foco, fizemos o controle da monilíase para que ela não se espalhe para os demais municípios do Acre. É um trabalho contínuo, que o governo do Estado vem realizando com grandes profissionais do órgão”, explica o coordenador estadual de prevenção, controle e erradicação da doença, Altemar Pereira.
Hoje o órgão é citado em várias conferências no Brasil, pelo levantamento fitossanitário em todo o estado. Para se ter uma ideia, no Juruá, a equipe do Idaf encerra o ano com atividade de 531 monitoramentos em propriedades e realização de inspeção de aproximadamente 4.997 em plantas.
Quanto ao mandarová, o Idaf faz parte do grupo de trabalho da mandiocultura do Fórum Empresarial e desenvolveu vários cursos durante o ano, ensinando técnicos e produtores a identificar, monitorar e controlar a praga, que está cada vez mais presente em todas as regiões do estado.

Comum no Acre, sobretudo no período de chuvas, a mandarová é uma das pragas mais perigosas na cultura da mandioca, passando por cinco fases de desenvolvimento e, quando não é detectada no início, pode destruir todo o roçado.
Assim o órgão mantém o controle, evitando a disseminação para outras regionais do estado.
Importância da inspeção e fiscalização frente à segurança dos produtos de origem animal e vegetal
Com o Acre certificado em 2021 como zona livre de febre aftosa sem vacinação com reconhecimento internacional, chancelado pela Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa), novas portas se abriram, com rendimento de benefícios ao estado.
De acordo com o levantamento, a pecuária representa mais de 40% do Valor Bruto da Produção (VBP) do Acre. As projeções para 2025 são ainda mais promissoras.
Mas, até chegar ao ponto de venda, o produto passa por dezenas de controles sanitários e controle de fiscalização. Para garantia da oferta de um produto de origem animal e vegetal seguro ao consumidor final, principalmente em relação à qualidade higiênica, sanitária e tecnológica, é de extrema importância a prévia inspeção e fiscalização do alimento em todas as etapas de sua cadeia produtiva.

Entre as atividades de defesa sanitária animal e vegetal desenvolvidas pelo governo estadual, por meio do Idaf, há destaque para a fiscalização do trânsito de animais e de produtos vegetais, que foi ampliada na divisa de todo o Acre, com a instalação de postos de fiscalização móvel.
Hoje, são três postos de fiscalização fixos, em regiões estratégicas, com servidores em plantão permanente, para que a fiscalização seja ininterrupta.
Acre avança com primeira adesão do Selo da Colônia e do Sisbi
No ano de 2024, o sistema de inspeção do Estado do Acre alcançou um marco significativo com a implementação do Selo da Colônia, iniciativa que visa fomentar a produção artesanal local, oferecendo, aos pequenos produtores, a oportunidade de formalizar e expandir seus negócios. Paralelamente, a adesão de uma indústria acreana ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) representou um avanço significativo, equiparando a qualidade dos produtos locais aos padrões nacionais, ampliando o alcance e a competitividade dos produtos do estado no mercado brasileiro.
O primeiro certificado, conferido à empresa Mel do Bonal, representa um rompimento das barreiras comerciais, expansão dos mercados e fortalecimento ao pequeno produtor. “Quando o Idaf me procurou e me explicou como funciona o selo, logo surgiu o interesse em adquirir. E hoje, com a empresa se expandindo, entendo o quanto é importante estar legalizado”, explica Gildmar Sobreiro, proprietário da empresa.

A empresa Acreaves também anunciou uma grande conquista para a organização industrial e a economia local: a concessão do Selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), pelo Mapa.
É o primeiro do setor na história do estado a receber o credenciamento, estando autorizado a comercializar seus produtos e apto a atingir mercados como Porto Velho, Manaus e Roraima.
Para aquisição do selo D’ Colônia e Sisbi e comercialização de seus produtos em todo o território nacional, é necessário que empresas estejam cadastradas e adequadas à legislação vigente, sob auditoria do Idaf-AC e auditadas pelo Mapa.
Campanha itinerante de recolhimento de embalagens de agrotóxicos fecha o ano com números significativos
Em apoio à Associação das Revendas Agrícolas do Estado do Acre (Araac), o Idaf concluiu a Campanha de Recolhimento Itinerante de Embalagens Vazias de Agrotóxicos 2024 na regional do Juruá, com ampla adesão dos produtores rurais.
Iniciada em abril, a campanha tem como objetivo conscientizar os produtores rurais sobre a importância da destinação correta das embalagens vazias, respeitando o prazo de devolução de até um ano após a compra do produto. As ações foram realizadas em Brasileia, Xapuri, Acrelândia, Porto Acre, Sena Madureira, Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
Ao longo da campanha, foram recolhidas 7.223 embalagens, totalizando quase cinco toneladas de material, o que representa um importante avanço na redução do impacto ambiental e na promoção de boas práticas agrícolas no estado.
“Até uns tempos eu não tinha conhecimento do que fazer com as vasilhas e deixava no quintal. O Idaf me orientou e hoje faço questão de devolver com segurança”, diz Aldenira Ferreira, pecuarista de Xapuri.

Durante todo o ano, o órgão promoveu diversas atividades educativas e informativas, destacando os impactos negativos do descarte incorreto, especialmente ao meio ambiente, com potenciais danos à saúde humana e ambiental.
Segundo o coordenador de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, Marcelo Machado, a ação foi um sucesso, refletindo a conscientização crescente entre os produtores rurais: “A participação ativa dos produtores foi essencial para o sucesso dessa campanha. Mostra que, cada vez mais, o setor agropecuário acreano está consciente de seu papel na preservação ambiental e no uso responsável de agrotóxicos. Essa colaboração fortalece a defesa agropecuária e contribui para uma agricultura mais sustentável”.
Campanhas de controle de doenças para manutenção da qualidade e segurança do produtos de origem animal
O trabalho do Idaf em ações de campanha de defesa agropecuária é fundamental para garantir a saúde do rebanho, a segurança do alimento e o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário. Envolve a disseminação de informações e práticas sobre cuidados com a saúde animal, controle de doenças, segurança alimentar e boas práticas de manejo, visando à proteção dos animais e dos produtos derivados deles contra possíveis doenças.
Graças às campanhas de engajamento e prevenção de doenças voltadas para a produção animal brasileira, como a manutenção do status de livre de febre aftosa sem vacinação, sanidade equina e vacinação contra brucelose bovina e raiva dos herbívoros, o Idaf vem se destacando em ações de conscientização, trabalhando para ampliar o alcance das campanhas educativas, utilizando estratégias inovadoras e ferramentas de comunicação mais eficazes, garantindo que as mensagens cheguem ao produtor rural de forma clara e acessível.

“Em 2024, alcançamos grandes avanços nas ações de educação sanitária animal, reafirmando nosso compromisso com o fortalecimento do setor agropecuário. Foi um ano marcado pela integração entre equipes técnicas de todo o Brasil. Um exemplo significativo foi o simulado de emergência zoossanitária que ocorreu no Juruá. Essas ações tiveram como foco principal a conscientização sobre práticas sanitárias essenciais, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade dos produtos de origem animal e para a segurança dos alimentos”, ressalta Everton Arruda, coordenador de Educação em Saúde Animal do Idaf.
Em 2025, a educação continuará sendo um pilar estratégico, promovendo a conscientização da população e fortalecendo ainda mais o trabalho conjunto em prol da sanidade animal e da economia do Acre.
Cadeia produtiva da carne bovina: a importância da declaração de rebanho
A declaração de rebanho é uma exigência para todos os produtores rurais que possuem animais, especialmente os de espécies como boi, búfalo, cavalo, burro, mula, jumento, porco, carneiro, ovelha, colmeia de abelhas, peixes, cabra e bode. A obrigatoriedade da declaração se aplica principalmente para o controle de doenças, além de permitir a rastreabilidade do rebanho para fins sanitários e comerciais, sendo essencial para garantir a saúde do rebanho e do mercado pecuário.
De acordo com Renan Viana, médico veterinário do Idaf, a declaração anual permite que os produtores tenham uma visão atualizada do tamanho do rebanho em diferentes momentos, facilitando o seu planejamento. “Todo setor produtivo nasce por meio da declaração e é um indicador muito importante para o serviço veterinário oficial do Estado, em relação ao acompanhamento das questões relativas à sanidade animal”, explica.

O Idaf tem a missão de instruir o produtor quanto à importância de declarar o seu rebanho, mas, caso isso não aconteça, o órgão identifica os produtores inadimplentes, realizando uma busca ativa, notifica, principalmente porque se trata de controle sanitário, entendendo que por meio dessas medidas é possível evitar doenças como febre aftosa, brucelose e raiva, entre outras.
Com as iniciativas de divulgação, só em 2024 cerca de 4.978.155 bovinos com uma taxa de 66,67% das propriedades já tinham realizado a declaração de rebanho no estado.
Primeiro simulado zoossanitário da Região Norte sobre febre aftosa é destaque em nível nacional
O maior simulado zoossanitário da Região Norte, organizado pelo governo do Estado, por meio Idaf, foi realizado em setembro na região do Juruá. A ação está no planejamento hemisférico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa, que abrange os 35 países do continente americano, dos quais 29 estão livres de febre aftosa sem vacinação.
A preparação do simulado contou com estrutura própria do Idaf e, para essa ação, o órgão disponibilizou 27 caminhonetes, quatro carros Renegade, três vans, um caminhão, cinco barcos chatinha, uma lancha e 14 quadriciclos, a fim de capacitar membros do serviço animal para a organização da cadeia de comando e cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em caso de uma situação real de surgimento de um foco da doença, como barreiras sanitárias, desinfecção de veículos e instalações, simulação de abate de animais e outras ações nas propriedades rurais.

Para o presidente do Idaf, José Francisco Thum, o evento colocou o Acre em um novo patamar de credibilidade, apresentando um órgão reestruturado, chamamento de concursados e capacitação dos servidores do quadro, possibilitando aos profissionais agirem de forma mais eficaz. “Além dos médicos veterinários do Idaf, tivemos também representantes da maioria dos estados do Brasil, que se aperfeiçoaram e ampliaram seus conhecimentos, fortalecendo a defesa sanitária animal do Acre e do Brasil”, ressaltou.
Durante sete dias, 124 médicos veterinários dos serviços oficiais (órgãos estaduais e Mapa), quatro médicos veterinários internacionais (dois da Bolívia e dois do Peru) e 12 instrutores do Mapa participaram de atividades teóricas, com os procedimentos previstos nos planos de contingência em caso de suspeita da doença escolhida para o exercício. E na parte prática, com execução das ações como se a ameaça fosse real, com abrangência em Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.

Segundo o assessor da área de febre aftosa do Panaftosa, Diego Viali, o Acre superou todas as expectativas no âmbito de organização e estrutura: “Parabenizo o governo do Estado do Acre e o Idaf pelo evento, em que receberam pessoas do Ministério da Agricultura e dos institutos de defesa agropecuária do Brasil, promovendo exercícios que colocaram em prática, de forma conjunta, o plano de contingência dos países, facilitando a produtividade saudável do setor bovino no mundo”.
As atividades desenvolvidas pelo Idaf durante este ano enaltecem a confiança do produtor na qualidade técnica, mostrando um órgão comprometido com a segurança na produção animal e vegetal, impulsionado pelo suporte do governo estadual e pela colaboração de uma equipe dedicada e em constante aprimoramento.
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Governo do Acre firma parceria com Fórum Empresarial para impulsionar a Rota de Integração Sul-Americana Quadrante Rondon

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10 de março de 2025
Samuel Bryan
O governador Gladson Camelí assinou nesta segunda-feira, 10, um acordo de parceria entre o governo do Estado e o Fórum Empresarial de Desenvolvimento e Inovação do Acre para a elaboração e implantação do Plano Estratégico de Gestão e Governança da Rota de Integração Sul-Americana Quadrante Rondon. A iniciativa busca consolidar o Acre como um eixo estratégico de desenvolvimento regional, fortalecendo sua posição no comércio internacional, especialmente com os mercados andinos e asiáticos.
A reunião foi realizada na Sala de Reuniões do Palácio do Governo e contou com a participação do secretário de Planejamento, Ricardo Brandão; do presidente do Fórum Empresarial, Assuero Veronez, além de equipes técnicas de planejamento e desenvolvimento econômico.
A Rota Quadrante Rondon conecta o Brasil ao Oceano Pacífico, reduzindo distâncias logísticas e ampliando a competitividade do setor produtivo acreano. O plano estruturado pela parceria entre governo e setor empresarial busca criar as condições necessárias para o fortalecimento da infraestrutura logística, atração de investimentos, diversificação econômica e geração de emprego e renda.
Durante a assinatura do acordo, o governador Gladson Camelí destacou a importância da parceria para o futuro econômico do estado.
“Estamos dando um passo fundamental para inserir o Acre em um cenário econômico mais amplo, aproveitando nossa posição estratégica para impulsionar negócios e investimentos. O governo tem trabalhado para superar desafios logísticos e criar as condições necessárias para que o setor produtivo tenha novas oportunidades. Essa parceria representa um avanço concreto para garantir um Acre mais forte no comércio internacional”, afirmou Camelí.
Desafios e oportunidades
O secretário de Planejamento, Ricardo Brandão, ressaltou que o plano estratégico será um guia para otimizar investimentos e superar obstáculos estruturais que ainda dificultam a plena implementação da rota.
“Nosso objetivo é estruturar um plano robusto, com diretrizes claras e alinhadas às necessidades do setor produtivo. Precisamos de soluções eficazes para questões como infraestrutura alfandegária, logística de exportação e regulação do comércio exterior. O governo está comprometido em oferecer suporte técnico e institucional para transformar esse potencial em realidade”, explicou Brandão.

Entre os desafios a serem enfrentados estão a necessidade de ampliação da infraestrutura rodoviária e alfandegária, o fortalecimento das cadeias produtivas locais e a capacitação de mão de obra especializada para atender às novas demandas do mercado.
O presidente do Fórum Empresarial, Assuero Veronez, enfatizou que a parceria com o governo do Estado é fundamental para consolidar a Rota Quadrante Rondon como alternativa viável para a exportação da produção acreana.
“Hoje, nossos produtos enfrentam barreiras logísticas que limitam a competitividade. Atualmente, nossa soja, por exemplo, depende exclusivamente da rota via Porto Velho. Precisamos criar novas alternativas que garantam maior competitividade para o agronegócio e outros setores. Esse plano permitirá a identificação de novas oportunidades e o desenvolvimento de soluções estruturadas para fortalecer nossa presença nos mercados internacionais”, destacou Veronez.
Próximos passos
O Plano Estratégico de Gestão e Governança da Rota Quadrante Rondon será elaborado em cinco eixos principais: infraestrutura e serviços logísticos, indústria e comércio, arranjos normativos e institucionais, capital humano e turismo e segurança pública. Entre os produtos previstos no projeto estão a criação de um Observatório de Desenvolvimento Regional, um Plano de Relações Internacionais e fóruns para debate e implementação das estratégias definidas.
O investimento inicial será de R$ 1,49 milhão, com recursos próprios do governo do Estado, distribuídos em duas parcelas ao longo dos próximos dois anos. A previsão é que as primeiras ações concretas comecem a ser executadas ainda em 2025.

A formalização da parceria representa um marco no esforço do Acre para se consolidar como um centro logístico estratégico para a América do Sul. Com planejamento e investimentos adequados, a expectativa é que o estado amplie suas oportunidades comerciais, diversifique sua matriz econômica e fortaleça sua posição na integração regional.
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Vice-governadora Mailza visita escola que abriga primeiras famílias indígenas

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10 de março de 2025
Fernando Santtos
As primeiras famílias indígenas afetadas pela cheia do rio Acre, em Rio Branco, foram encaminhadas pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) para um abrigo na escola Madre Hidelbranda da Prá, localizada no bairro Cidade Nova, em Rio Branco.
A vice-governadora e titular da pasta, Mailza Assis, acompanhada da titular da Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas (Sepi), Francisca Arara, e do coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista, visitou a unidade escolar nesta segunda-feira, 10, para conferir a situação dos indígenas que precisaram deixar suas casas.

“Temos sete famílias da etnia Huni Kuin, do bairro Base, que foram afetados. Ontem, nossa equipe da SEASDH já fez a entrega de colchões, kits de limpeza e alimentos para as 32 pessoas, e hoje vim conferir como está. Estamos preparados para as que forem chegando. Temos o compromisso de oferecer um ambiente mais digno e com estrutura para acolher as famílias”, disse a gestora.
O Rio Acre ultrapassou a cota de alerta na manhã deste domingo, 9, em Rio Branco. De acordo com a coordenador da Defesa Civil Municipal, na medição desta segunda, ao meio-dia, o nível do rio chegou a 14,20 metros, ultrapassando a cota de transbordamento, que é de 14 metros. As chuvas nas últimas 24 horas acumularam 11,2 mm, contribuindo para a elevação do nível da água.
Batista informou que a Defesa Civil do Estado trabalha junto com a Defesa Civil Municipal para garantir apoio imediato. “Com o transbordamento, estamos prontos para apoio imediato. Toda a estrutura do governo já está mobilizada para assistência e remoção de desabrigados”, reforçou o coordenador.
Mais segurança e dignidade
O governo do Estado segue trabalhando integrado com a prefeitura na montagem do Parque de Exposição com reforço na segurança do abrigo. Parte do efetivo da Polícia Militar convocada pelo governador Gladson Camelí já está de prontidão para proteger as famílias abrigadas.
Além disso, o suporte humanitário tem sido prioridade do trabalho nas secretarias, como a de Assistência Social e Direitos Humanos. “Avançamos no diálogo com o Município, no sentido de estruturarmos abrigos temporários com espaços mais adequados, assim como para otimizar a distribuição de ajuda humanitária”, explicou Mailza.

Mesmo com a chegada dos desabrigados, as atividades da escola não foram suspensas, e as aulas seguem normalmente.
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Representação em Brasília e Secretaria de Segurança articulam ações conjuntas para fortalecer o combate ao tráfico de drogas, armas e pessoas

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10 de março de 2025
Dilma Tavares
Ações conjuntas para viabilizar recursos para treinamento de servidores, visando reforçar o enfrentamento ao tráfico de drogas, armas e pessoas foram alguns dos assuntos abordados em reunião entre o secretário da Representação do Governo do Acre em Brasília (Repac), Fábio Rueda, e integrantes da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp), nesta segunda-feira, 10, em Brasília, na sede da Repac.
“Só existem duas tríplices fronteiras no Brasil e o Acre é uma delas, com 2.236 quilômetros de fronteira aberta com a Bolívia e o Peru. Precisamos de pessoal preparado para reforçar o enfrentamento transfronteiriço”, explicou o coordenador do Grupo Especial de Operações em Fronteira do Acre (Gefron), coronel Assis dos Santos, ao reforçar a importância do apoio da Repac neste sentido.
O secretário da representação, Fabio Rueda, explica que o órgão possui uma equipe técnica que acompanha projetos e articula soluções para as ações de interesse do Acre.
“A Repac está aqui para ajudar em tudo o que os órgãos do governo precisem em Brasília para avançar nas melhorias para o estado, como é o caso dessas ações tão importantes para o combate ao tráfico de pessoas, de drogas e armamentos”
“Esse é o nosso papel e determinação do governador Gladson Camelí, que inclusive estabeleceu 2025 como o ano de executar, com foco no cuidado com as pessoas”, reforçou.

Entre as ações a serem desenvolvidas em conjunto e que estão sendo tratadas pela equipe da Sejusp em Brasília está a capacitação de equipes do Sistema Integrado de Segurança Pública sobre o enfrentamento ao tráfico de pessoas, além de parcerias para a capacitação de policiais sobre assuntos migratórios, com enfoque no cuidado da população em situações de vulnerabilidade social, principalmente em áreas fronteiriças e em situação de rua.

Também foram tratados assuntos como o financiamento para a implantação e execução dos Planos Estaduais de Políticas Públicas. “É com o planejamento na área para o estado que vamos buscar os recursos para executar as ações, por isso é importante essa agenda conjunta com a Repac”, disse o diretor de políticas públicas e integração social da Sejusp, Álvaro Mendes.
Foram abordadas, ainda, iniciativas futuras envolvendo a Segurança Pública e o desenvolvimento do estado, dentro de programa nacional direcionado para o desenvolvimento da Região Norte do país. “Essa é uma ação que está sendo tratada por meio do Ministério da Justiça e envolve iniciativa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, mas que já queremos o reforço da Repac”, explicou o diretor de operações da Sejusp, coronel Atahualpa Ribera.

Em Brasília, a equipe da Sejusp cumpre diversas agendas abordando esses e outros temas. Nesta segunda-feira houve reuniões na Presidência da República e no Ministério da Justiça, onde as agendas continuam nesta terça-feira, 11. Nos próximos dias também haverá agendas no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e em outros órgãos do MJ, como a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos.
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