EDUCAÇÃO
Instituto TIM seleciona mais de 30 projetos para programa de empreendedorismo universitário
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6 anos atrásem
O programa de empreendedorismo universitário, Academic Working Capital (AWC), do Instituto TIM, acaba de selecionar 34 projetos para sua quinta edição. Os escolhidos são alunos de 27 faculdades de seis estados do Brasil e do Distrito Federal e participarão de diversas rodadas de workshops, recebendo orientação de negócios e recursos financeiros, para apresentam seus produtos a investidores e especialistas no final do ano.
Agronegócios, saúde, economia, design, sustentabilidade, reciclagem, cultura, arquitetura, educação, bem-estar e até moda são temáticas dos projetos selecionados, oriundos de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) dos universitários. Participam equipes de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Amazonas e Ceará.
Nesta edição do programa, a participação das universitárias é mais expressiva, resultado da parceria do AWC com organizações como Rede Mulher Empreendedora e Meninas Digitais. Das 34 equipes selecionadas, nove são lideradas por mulheres, o que vai ao encontro dos resultados encontrados por recentes pesquisas sobre o empreendedorismo feminino no Brasil. Em 2018, segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil registrou a sétima maior participação de mulheres entre os empreendedores iniciais: 24 milhões de brasileiras estavam à frente de um empreendimento ou realizavam alguma ação para ter o seu próprio negócio.
“Foram centenas de inscritos para a edição 2019 do AWC, o que nos deixa entusiasmados e orgulhos com o reconhecimento do programa. Os projetos selecionados são bem variados, vão desde controle de iluminação externa de LEDs para uso em veículos até inteligência artificial para prever infecção hospitalar. Temos excelentes perspectivas e já iniciamos o cronograma com os workshops e orientação”, conta Diogo Dutra, coordenador do AWC.
Desde 2015, cerca de 300 estudantes já participaram do Academic Working Capital e, pelo menos, 17 startups foram constituídas. O programa oferece apoio financeiro, técnico e de negócios para ideias inovadoras de estudantes em fase final de graduação que possuem seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) voltado para uma solução tecnológica ou de inovação. No fim do ano, eles participam de uma Feira de Investimentos e podem apresentar suas soluções para profissionais do mercado e investidores. (Amanda Salviano – TIM Brasil)
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EDUCAÇÃO
Fernando Padula: Escolas vulneráveis terão gestão privada – 30/01/2025 – Educação
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4 dias atrásem
29 de janeiro de 2025 Isabela Palhares
Mesmo sendo um dos pontos mais frágeis da campanha de reeleição de Ricardo Nunes (MDB), a queda de desempenho de ensino na rede municipal de São Paulo não abalou a confiança do prefeito em seu secretário de Educação, Fernando Padula.
Um dos poucos secretários a ser mantido no cargo no novo mandato, Padula, no entanto, foi cobrado pelo prefeito a melhorar os resultados educacionais da mais rica cidade do país. Uma avaliação do MEC (Ministério da Educação) mostrou que apenas 37,9% dos estudantes de 7 anos da rede paulistana estavam alfabetizados em 2023 —desempenho muito abaixo da média das escolas públicas do país, que tinham 56% das crianças alfabetizadas nessa idade.
O Ideb, principal termômetro da educação brasileira, também registrou piora de desempenho da rede municipal de São Paulo nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano). O indicador caiu de 5,7, em 2021, para 5,6 no ano passado. Em 2019, antes da pandemia, a média era 6.
Com esse resultado, São Paulo ficou abaixo da média nacional das escolas públicas —que foi de 5,7— e atrás de capitais como Rio Branco (AC), Teresina (PI), Palmas (TO) e Boa Vista (RR).
“Esse é o nosso grande desafio. É o foco do prefeito na área da educação e será o meu também: a melhoria da aprendizagem”, disse o secretário em entrevista à Folha nesta quarta-feira (29).
Padula disse que vai entregar os compromissos assumidos pelo prefeito: levar a gestão privada para as escolas mais vulneráveis do município e universalizar o tempo integral para as turmas de pré-escola (que atendem as crianças de 4 e 5 anos) e do 1º e 2º ano do ensino fundamental até o fim de 2028.
“A gente precisa de alternativas para virar o jogo dos maus resultados que São Paulo vem apresentando. Então, eu vou buscar alternativas. Não pode ter preconceito e não tentar”, disse o secretário.
Padula não informou um prazo para apresentar a proposta de parceria público privada para as escolas. Disse apenas que os contratos não serão firmados neste ano, já que a prefeitura ainda está fazendo um estudo jurídico sobre o tema.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
Resultados educacionais ruins
A melhoria da aprendizagem é o foco do prefeito e para mim também. Por isso, eu defini três metas para os próximos quatro anos: melhorar a alfabetização, garantir a aprendizagem adequada para cada etapa de ensino e a ampliação das matrículas em tempo integral.
É uma grande incógnita até para nós o motivo de a rede paulistana não ir melhor. A piora dos resultados pode ser consequência da pandemia, mas também está ligada à grande vulnerabilidade socioeconômica dos nossos alunos.
É comum a gente receber relatos de diretores de escola falando que a criança saiu da creche com uma fralda e voltou no dia seguinte com a mesma. Ou então de crianças que não tem nem mesmo banheiro em casa. A situação socioeconômica aumenta o desafio, mas não pode ser uma desculpa para não melhorarmos os resultados. Temos que trabalhar com essa realidade.
Nós temos uma rede potente, com profissionais de alta capacidade, diretores engajados, fizemos no ano passado um concurso para professores com prova prática, subimos o valor do piso (de R$ 3.845 para R$ 5.533), aumentamos o recurso para as escolas. Nós temos tudo que é preciso para virar esse jogo.
Gestão privada de escolas municipais
Vamos estudar como fazer e como definir quais serão essas 50 unidades. O prefeito foi eleito com esse compromisso e eu, enquanto secretário, vou pôr de pé esse compromisso.
Essa ideia vem da experiência exitosa que tivemos com o Liceu, lá no centro da cidade e que iria fechar. Nós estabelecemos quais eram as nossas regras, eles aceitaram e o resultado foi excelente.
Nós dissemos que as nossas premissas eram: seguir o protocolo de matrícula da prefeitura (por georreferenciamento), não ter mais alunos pagantes e usar o currículo, os materiais didáticos e uniformes da prefeitura.
Ainda não está definido como vamos escolher essas escolas, se serão as que têm mais baixo rendimento no Ideb ou usar outro critério. Mas vamos fazer uma parceria para que 50 escolas com maior vulnerabilidade sejam atendidas por entidades parceiras, tal como ocorre com o Liceu. Ou seja, uma entidade sem fins lucrativos e com muita experiência em entregar uma educação de qualidade.
A gente precisa de alternativas para virar o jogo dos maus resultados que São Paulo vem apresentando. Então, eu vou buscar alternativas. Não pode ter preconceito e não tentar.
As parcerias já existem na saúde, na cultura. Nem por isso esses serviços deixaram de ser públicos. Por que não na educação? Temos que pôr o aluno em primeiro lugar e não a ideologia corporativa.
Tempo integral
Nós temos o programa São Paulo Integral, que está agora com 93 mil estudantes matriculados em tempo integral. Em 2021, eram apenas 31 mil matrículas. Ou seja, já demos um salto grande e vamos continuar crescendo para alcançar a meta colocada pelo prefeito [em quatro anos, garantir o ensino integral a todos os alunos da pré-escola; até 2023, apenas 11% das crianças de 4 e 5 anos nessa etapa estudavam em período integral].
Nós vamos adotar todas as estratégias possíveis para isso, seja construindo novas unidades ou ampliando as que já existem. Em quatro anos, vamos ter todas as crianças da educação infantil e do ciclo de alfabetização (do 1º e 2º ano do fundamental) estudando sete horas por dia nas nossas escolas.
Alfabetização
No segundo semestre do ano passado, nós iniciamos uma ação de ter professores de apoio para todas as turmas de 2º ano do ensino fundamental e isso foi muito bem aceito pelas escolas. Esse profissional ajuda o professor regente a consolidar a alfabetização das crianças em um ano que é crucial para toda a trajetória escolar.
Então, nós vamos manter esses professores de apoio em todas as turmas de 2º ano. Até porque nós vamos mudar o ciclo de alfabetização na rede municipal, agora os alunos precisam estar alfabetizados até o fim do 2º ano, ou seja, aos 7 anos. Não mais ao fim do 3º ano, como era até então.
Nós já orientamos as escolas de que as crianças precisam estar alfabéticas até o fim do 1º ano e alfabetizadas até o fim do 2º ano. Essa é a régua do país inteiro e nós precisamos seguir.
Bônus por desempenho
Vamos mudar o cálculo do PDE (Prêmio de Desempenho Educacional) para bonificar os professores das escolas que tiverem melhora no desempenho e conseguirem atingir as metas de aprendizagem que forem estipuladas [atualmente, o bônus é calculado pelo resultado da escola na redução de abandono e reprovação de estudantes e na assiduidade do profissional; segundo a prefeitura, desde que o prêmio foi instituído o número de faltas dos professores caiu na rede municipal].
Ainda não definimos como vamos calcular as metas, se será usando o Ideb ou Idep [indicador municipal]. Mas vamos fazer uma mescla de vários critérios para bonificar, vamos continuar premiando os professores com maior assiduidade e também aqueles que conseguiram melhorar o desempenho dos alunos.
Não pode haver mais resistência dos profissionais da educação à avaliação. Nós podemos até discutir como melhorar as avaliações, mas não podemos virar as costas para elas. Nós não resolvemos a febre quebrando o termômetro, é preciso medir para saber em que situação estamos.
O Conselho Municipal de Educação se reuniu para debater como vamos cumprir a lei da proibição do uso de celular na rede municipal e deve aprovar uma deliberação nesta quinta-feira (30). Lei é lei, temos que cumprir.
Na minha opinião, e acredito que seja a de muitos diretores também, é de que o celular não deveria nem ir para a escola. Se houver alguma atividade em que ele é necessário, o professor pode pedir com antecedência para que levem para a escola ou então usar os tablets que estão disponíveis.
Eu acho que a proibição vai ser muito benéfica para a aprendizagem, para a gestão da escola e até mesmo para o aspecto socioemocional dos alunos.
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Saudades do meu gato Dom é um relato sobre a perda e o luto de uma família ao vivenciar a eutanásia de um ente querido quatro patas
Será que a perda de um bichinho de estimação, que você considera como membro da família, tem a mesma importância de outros tipos de luto?
“Eu mesmo conversei com várias pessoas que, mesmo anos depois da perda de seu pet, ainda sonhavam com ele. Isso quer dizer que ainda estavam em processo de luto e sofriam de saudade, mas às vezes tinham vergonha de falar e, por isso, viviam um luto solitário”, relata o autor de Saudades do meu gato Dom, um conto testemunho que, com uma linguagem poética, promete ter efeitos terapêuticos naqueles leitores que também já vivenciaram a perda de um animalzinho que era, na verdade, como um membro da família.
Em Saudades do meu gato Dom, o autor nos apresenta um relato sensível, honesto, realista, mas também poético sobre a perda de Dom, um gato de rua que encontrou um lar acolhedor com Pedro, Ana e Théo. Adotado pela família, Dom se tornou um filho do casal e ganhou um irmãozinho, como acontece, de fato, com muitas famílias contemporâneas ao redor do mundo. Porém, quando diagnosticado com uma doença terminal, a difícil decisão de submetê-lo à eutanásia surgiu, acompanhada pela incerteza e o peso da escolha. Será que esse foi mesmo o melhor caminho? Ou seria mais justo esperar a morte chegar naturalmente, mesmo isso significando mais dor e sofrimento para Dom, que já não tinha mais forças de lutar pela vida? O conto narra essa jornada emocional e ética, mesclando memórias, testemunhos e ficção, de forma sensível e na língua da poesia.
“Inicialmente escrevi esse conto como uma forma de lidar com a dor, como recurso para o processo do luto. Agora, a decisão de publicar veio quando percebi que poderia ajudar outras pessoas que também estão sofrendo com a perda de seu bichinho de estimação, mas acham que seu luto não é legítimo. Ninguém tem vergonho pela dor de perder outro ser humano, mas às vezes tem pelo sofrimento em relação ao luto de um pet querido”, diz Francisco Neto Pereira Pinto, que já havia publicado um outro livro em homenagem a Dom, o conto infantil O gato Dom. Assista ao Booktrailer:
Amar às vezes é deixar partir. Dom se foi
em uma noite de quinta-feira, nublada, sem
estrelas no céu ou lua como testemunhas de
sua morte, que foi sem dor, agonia, sofrimento,
abandono (…)
Dom não voltaria jamais para seus pais, seu
irmão Théo, e não conheceria seu irmãozinho
Ravi, que nasceria quase dois meses depois.
Recebeu uma dose letal de anestésico, entrou
em sono profundo, para não perceber que a
morte, como uma dama branca e com patas de
ferro, o rondava. (Saudades do meu gato Dom, p. 7)
Com uma narrativa acolhedora e imersiva, Saudades do meu gato Dom é uma leitura rápida, porém surpreendente, arrebatadora e terapêutica, prometendo tocar o coração de quem já amou e perdeu um amigo ou um ente querido quatro patas.
FICHA TÉCNICA
Título: Saudades do meu gato Dom
Autor: Francisco Neto Pereira Pinto
Editora: Mercado de Letras
ISBN: 978-85-7591-741-1
Páginas: 32
Preço: R$ 29
Onde comprar: Amazon
Sobre o autor: Francisco Neto Pereira Pinto é professor, escritor e psicanalista. Doutor em Ensino de Língua e Literatura e graduado em Letras – Português / Inglês, leciona no programa de pós-graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal do Norte do Tocantins e nos cursos de Medicina e Direito do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos. Membro da Academia de Letras de Araguaína – Acalanto, publicou os livros: “À beira do Araguaia”. “O gato Dom”, “Você vai ganhar um irmãozinho”, e Saudades do meu gato Dom.
Redes sociais do autor:
Instagram: @francisconetopereirapinto
LinkedIn: Francisco Neto Pereira Pinto
Youtube: @francisconetopereirapinto
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Não queremos apenas a vida vivida, queremos experiências!
Hoje é bastante comum em postagens nas redes sociais, como por exemplo no Instagram, encontrarmos a expressão colecionando experiências, geralmente empregada como legenda para um álbum fotográfico em que cenas tidas como marcantes para aquela pessoa são registradas. A ideia é sublinhar que os momentos vividos se destacam do comum do dia a dia – foram especiais, dignos de um capítulo especial na história do autor da postagem. Mas, o que significa viver uma experiência?
A diferença entre o vivido do dia a dia e uma experiência pode ser visualizada por meio de uma estória muito interessante chamada Uma ideia toda azul, de Marina Colasanti. Esse conto narra a história de um rei que teve uma ideia maravilhosa e completamente azul, algo tão magnífico que poderia transformar o reino. No entanto, o rei estava constantemente ocupado com os afazeres do reino e, por isso, nunca encontrava tempo para se dedicar a essa ideia especial. Ele se ocupava com reuniões, conselhos e tarefas administrativas, sempre adiando o momento de explorar sua ideia azul. Com o passar do tempo, a ideia permaneceu intocada e não realizou seu potencial transformador.
O rei não sentia real prazer com essas tarefas – eram apenas afazeres, nada realmente significativo que outra pessoa não pudesse fazer. No nosso dia a dia qualquer vivência pode se transformar em uma experiência, basta que ela tenha potência suficiente para nos fazer querer falar dela, se ocupar com um real interesse. Para o filósofo Walter Benjamim, a experiência está ligada à ação de transmitir algo a alguém por meio de uma narrativa. Isso acontece, por exemplo, quando um pai deseja transmitir alguma sabedoria a seu filho, contando-lhe uma estória, que pode ser sua ou de seus ancestrais.
Um ponto muito importante para que a experiência ocorra é a disponibilidade de tempo. A experiência não é tarefeira. Como se observa no conto, o rei estava empanturrado de tarefas, e não tinha tempo para dar atenção à sua ideia toda azul. Nesse sentido, a psicanalista Maria Rita Kehl diz que uma vida veloz, em que a gente passa de uma tarefa a outra, sem tempo para digerir o que nos acontece, tem sido o terreno fértil para a depressão. O viver fica mecânico e, assim como rei, a gente não tem tempo de dar atenção ao que nos acontece, e vamos vivendo sem vontade e tempo de contar. Talvez, em um álbum do Instagram, a única coisa que fica sejam mesmo as fotos, porque não tivemos tempo para apreciar o local, de interagir com as pessoas – não tivemos tempo para transformar aquelas vivências em experiências. O registro fica nas redes sociais, mas não na memória, no afeto, no corpo.
Quando a grande estória da nossa vida acabar, será que teremos, de fato, pequenos episódios – experiências de vida, que terão valido a pena viver e contar, ou seja, teremos mesmo colecionado experiências?
Dr. Francisco Neto Pereira Pinto é Professor Universitário, Psicanalista e Escritor. Autor dos livros À beira do Araguaia; Saudades do meu gato Dom, O Gato Dom e Você vai ganhar um irmãozinho, todos disponíveis na Amazon. @francisconetopereirapinto
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