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Ipea promove debate sobre ODS 18 e futuro racialmente justo

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Ipea promove debate sobre ODS 18 e futuro racialmente justo

Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promoveu nessa terça-feira (3) o encontro “Agenda 2030 e ODS 18: Construindo Futuros Racialmente Justos e Inclusivos”, com a participação de pesquisadores, ativistas, jornalistas e representantes do movimento negro. Em pauta, pensar formas de promover e efetivar o novo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sobre igualdade étnico-racial, proposto pelo Brasil à Organização das Nações Unidas (ONU).

ODS 18 A gente está perdendo com isso, porque não estamos alcançando todo o nosso potencial da população. Enfrentar essas questões inclui fazer valer as legislações e implementar os programas que já estão desenhados para enfrentar o racismo”, disse Luciana Mendes Santos Servo, presidenta do Ipea, na mesa de abertura.

Lançada pela ONU em 2015, a Agenda 2030 tem originalmente 17 ODS, que representam uma proposta conjunta de desenvolvimento levando em conta não só os aspectos econômicos, mas maior qualidade de vida para as pessoas, um planeta mais sustentável e um futuro menos desigual. O lançamento oficial da ODS 18 “Igualdade Étnico-Racial” foi feito durante o G20 Social, no Rio de Janeiro.

O Ipea pretende contribuir para o cumprimento da ODS a partir de monitoramento e avaliação das ações contra o racismo. No evento, foram discutidas as possibilidades de o Brasil perder parcela significativa de seu PIB – Produto Interno Bruto – potencial por causa do racismo. E que será necessária atuação forte e qualificada governamental para que esse problema não se perpetue no país.

“Se o Brasil deseja avançar em seu desenvolvimento, será crucial investir em melhoramento econômico das populações afrodescendentes, garantindo que elas tenham acesso às melhores oportunidades de trabalho e de empreendedorismo”, disse Ester de Sena Carneiro, assessora de clima e racismo ambiental do Geledés, Instituto da Mulher Negra. “Internacionalmente, a ODS 18 coloca o Brasil em posição de destaque em fóruns globais de direitos humanos e desenvolvimento sustentável. E, por isso, o país deve ser coerente com ações concretas em âmbito nacional. Nesse momento de discussão sobre governança global, o país tem oportunidade de alinhar políticas internas com políticas globais”.

Para Joice Souza Soares, professora da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE), é importante mensurar melhor o problema para enfrenta-lo. Quanto mais informações precisas que ampliem o conhecimento sobre a realidade do país, mais se exerce a cidadania de maneira justa.

“Conhecer as características dos territórios é fundamental para formulação de políticas públicas em diferentes escalas. Movimentos sociais e atores locais podem utilizar os dados como insumos para reivindicação de melhorias para os territórios e suas populações”, disse Joice.

Tatiana Dias Silva, diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Igualdade Racial (Senapir/MIR), destacou a necessidade de integrar ações específicas para a população negra e melhoria geral de direitos sociais para enfrentar o racismo.

“Temos a obrigação de implementar políticas específicas e focalizadas, que vão fazer garantir maior representatividade. Mas a gente não pode se furtar a fazer a discussão no âmbito da economia, da reforma tributária, educação, saúde, moradia, meio ambiente e mudanças climáticas. Toda ação pública tem potencial de promoção de igualdade. Mas também podem reproduzir as desigualdades”, disse Tatiana. “Políticas de igualdade racial são todas as políticas. Porque precisamos ficar atentos e desmontar essa engrenagem que tem nos colocado sempre na base da pirâmide e nos afastado dos direitos e dos bens por tanto tempo”.



Leia Mais: Agência Brasil



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Arne Slot alerta para ‘muitos desafios ainda pela frente’ depois que o Liverpool amplia a liderança | Liverpool

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Arne Slot alerta para 'muitos desafios ainda pela frente' depois que o Liverpool amplia a liderança | Liverpool

Andy Hunter at Anfield

Arne Slot disse que era muito cedo para Liverpool estar comemorando o 20º título da liga, apesar de seu time ter sete pontos de vantagem na liderança da Premier League com a vitória sobre o Leicester.

O Liverpool aumentou a vantagem sobre o segundo colocado Chelsea e também tem um jogo a menos sobre o adversário mais próximo, depois de recuperar de desvantagem para venceu a equipa de Ruud van Nistelrooy em Anfield. Mas apesar do Chelsea e outros terem hesitado na busca pelos líderes da liga, Slot reiterou seu pedido de foco e perspectiva do Liverpool.

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“Se você está neste jogo há muito tempo, como esses jogadores estão e eu, você sabe que não olha para isso 20 jogos antes do final”, disse o técnico do Liverpool. “Há tantos desafios ainda pela frente. Há alguns meses estávamos um ponto atrás do Manchester City e veja o que aconteceu lá. Lesões, suspensões, azar – pode acontecer com qualquer um. É muito cedo para comemorar. Vocês viram todos esses jogos e não creio que tenha havido uma vitória fácil. Isso mostra como é difícil vencer se todos os seus jogadores estiverem disponíveis. Só temos que encarar um jogo de cada vez.”

Curtis Jones, que colocou o Liverpool na frente no início do segundo tempo, recebeu uma mensagem de Jürgen Klopp após sua 100ª partida na Premier League pelo seu clube de infância.

Jones disse: “Entrei e vi uma mensagem de Klopp dizendo ‘parabéns pelos 100 jogos e um brinde aos 500’. Eu fiquei tipo: ‘O que ele está falando?’ Acabei de verificar e estou orgulhoso. Foi ele quem montou o time que temos agora. A base estava lá e Arne Slot deu continuidade a ela. Parece bom, mas há muitos jogos por vir.”

Van Nistelrooy ficou encorajado com a resposta de seu time do Leicester à pesada derrota em casa de domingo para o Wolves. “Acho que já estávamos na disputa por um resultado há muito tempo”, disse ele. “3-1 foi o ponto de viragem no sentido de que o jogo estava feito para nós, mas aos 60 minutos lembro-me de uma oportunidade para (Patson) Daka empatar. Ainda estávamos no jogo para conseguir um resultado surpreendente.”



Leia Mais: The Guardian



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Ataques israelenses no Iêmen matam seis, segundo mídia próxima aos rebeldes Houthi

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Ataques israelenses no Iêmen matam seis, segundo mídia próxima aos rebeldes Houthi

Pelo menos 45 pessoas foram mortas quinta-feira em vários ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo várias fontes palestinas

Pelo menos 45 pessoas foram mortas na quinta-feira em vários ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo várias fontes palestinas. O dia começou com o anúncio por um canal de televisão palestiniano afiliado à Jihad Islâmica, Al-Quds Today, da morte de cinco dos seus jornalistas num ataque israelita ao seu veículo, no centro do enclave palestiniano. O exército israelita respondeu que tinha como alvo “membros activos da Jihad Islâmica fazendo-se passar por jornalistas”.

O chefe da pediatria de um hospital do sul do território disse ainda que três bebés com menos de um mês morreram esta semana devido ao frio. “O caso mais recente é o de uma menina de três semanas que foi levada ao pronto-socorro com queda significativa da temperatura corporal, que a levou à morte”disse o doutor Ahmed Al-Farra. Esta menina vivia numa tenda com os pais num campo de deslocados perto de Khan Younes.

O diretor do hospital Kamal-Adwan, um dos dois únicos ainda em funcionamento no norte do território, anunciou quinta-feira à noite que cinco membros da sua equipe morreram devido a um “Greve israelense” : um pediatra, um técnico de laboratório, dois paramédicos e um técnico de manutenção. Na segunda-feira, ele afirmou que o seu estabelecimento foi alvo do exército israelense. Contactada pela AFP, não comentou de imediato.

Ao longo do dia, a defesa civil da Faixa de Gaza relatou várias dezenas de mortes em vários ataques na costa. Segundo ela, 13 pessoas morreram no bombardeio de uma casa no oeste da cidade de Gaza, onde viviam pessoas “muitas famílias deslocadas” lutando. O exército israelense, por sua vez, deu os nomes de dois soldados de 27 e 35 anos “morto em combate” na Faixa de Gaza.



Leia Mais: Le Monde

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Moçambique: Crise política matou 125 em 3 dias, diz ONG – 26/12/2024 – Mundo

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Moçambique: Crise política matou 125 em 3 dias, diz ONG - 26/12/2024 - Mundo

Pelo menos 125 pessoas morreram em distúrbios em Moçambique desde esta segunda-feira (23), quando confirmou-se a vitória do candidato governista Daniel Chapo nas eleições presidenciais.

A cifra foi divulgada pela ONG Plataforma Decide nesta quinta-feira (26). Segundo as estimativas da entidade, ela eleva o número de mortes envolvendo os protestos ocorridos desde o pleito de outubro a 252.

Ainda de acordo com a organização, 102 pessoas foram detidas pelas forças de segurança até a quarta.

O governo também admite mortes, mas numa dimensão muito menor. Na terça-feira (24), ele havia afirmado que pelo menos 21 pessoas haviam morrido em 24 horas e que outras 24 tinham ficado feridas, 13 delas policiais.

A primeira onda de confrontos no país ocorreu em outubro, logo após o anúncio dos resultados das eleições. A segunda onda estourou na segunda-feira, quando o Conselho Constitucional confirmou a vitória de Daniel Chapo, candidato da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), com 65% dos votos. A Frelimo comanda Moçambique desde que o país obteve sua independência de Portugal, em 1975.

Seu principal adversário, Venâncio Mondlane, que, segundo o Conselho Constitucional obteve 24% dos votos, denunciou fraude eleitoral massiva e advertiu que o país poderia mergulhar no caos se fosse ratificada a permanência no poder da Frelimo. Ele se declarou vencedor do pleito e convocou protestos em seu apoio. Na terça-feira (24), disse, em uma transmissão ao vivo, que estava aberto ao diálogo, “mas apenas com mediação internacional.”

Nesta quinta-feira, Mondlane acusou as forças de segurança de permitirem saques e vandalismo como pretexto para declarar estado de emergência e reprimir os protestos. Grupos de direitos humanos dizem que as forças de segurança de Moçambique responderam com força excessiva aos atos, tendo disparado tanto balas de borracha quanto munição real contra as multidões.

Antes, na terça-feira, o ministro do Interior, Pascoal Ronda, havia dito que centenas de edifícios foram saqueados ou vandalizados, incluindo delegacias de polícia, escolas, hospitais, tribunais e residências. “Esses atos representam uma ameaça direta à estabilidade, à segurança pública e aos valores de nossa jovem democracia”, disse Ronda na ocasião.

Temendo que as confusões levem a um desabastecimento, moradores de Maputo formaram longas filas nos postos de gasolina na cidade. Mercados locais estavam ficando sem suprimentos e registrando aumento de preços.

Habitantes também estavam cada vez mais preocupados com a ideia de que criminosos começarão a atacar casas, e muitos bairros criaram grupos de vigilantes no WhatsApp.

A agitação política ocorre enquanto o país da África Austral trabalha para se recuperar do ciclone Chido. O número de mortos devido à tempestade subiu para 120 desde que atingiu a costa, há mais de uma semana, segundo o Instituto Nacional de Desastres Naturais do país.

O número quase quadruplicou em relação aos números iniciais relatados, à medida que os socorristas chegam a áreas rurais isoladas. Mais de 450 mil moçambicanos foram afetados pela tragédia.

O caos aprofunda os problemas econômicos de Moçambique, uma nação costeira de 33 milhões de pessoas.

O governo já estava lutando para lidar com o alto desemprego e a pobreza. A insurgência apoiada pelo Estado Islâmico (EI) no norte do país tirou mais de 580 mil pessoas de casa e deixou milhares de mortos desde 2017, de acordo com o Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), além de interromper projetos lucrativos de gás natural.

Parte da nação está petrificada em plena temporada de férias, quando normalmente estaria se movimentando, e várias companhias aéreas cancelaram voos para Maputo.

Os meses de agitação também ameaçaram a estabilidade em toda a região. A África do Sul procurou fortalecer sua fronteira com Moçambique para evitar que a violência se espalhasse.

O chanceler sul-africano, Ronald Lamola, viajou para Moçambique na semana passada para discutir com Ronda maneiras de lidar com as ordens recentes de Pretória de fechar a fronteira entre os países devido aos distúrbios, o que tem afetado o comércio e as cadeias de suprimentos em ambas as nações.

Com AFP e The New York Times



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