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Irã: por que país tem tão poucos aliados em disputa contra Israel e EUA
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Quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reunir nesta sexta-feira (11/10) pela primeira vez com o novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, haverá um tema inevitável em sua agenda: a crise no Oriente Médio e a possibilidade de uma guerra entre Irã e Israel.
O atual confronto entre Israel e os aliados do Irã, iniciado com o ataque surpresa e sangrento do grupo palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, já impacta o Líbano, onde Israel combate a milícia xiita Hezbollah. O conflito ameaça atingir o Irã, após o país ter disparado centenas de mísseis contra Israel no último 1º de outubro.
A possibilidade de uma guerra aberta entre Irã e Israel preocupa a comunidade internacional, tanto por danos humanos e materiais que pode causar quanto pelos possíveis efeitos na economia global.
Teme-se que Israel ataque instalações petrolíferas do Irã ou que Teerã interrompa o fluxo de petroleiros pelo Estreito de Ormuz, por onde passa mais de 20% do petróleo consumido diariamente no planeta.
Mas o encontro entre Putin e Pezeshkian no Turcomenistão, à margem de uma cúpula de nações da Ásia Central, é especialmente importante para o Irã, um estado com poucos aliados na comunidade internacional.
“O Irã tem poucas opções porque, se deixarmos de lado seus parceiros não estatais como o Hamas ou a milícia libanesa Hezbollah, coopera com um pequeno número de Estados. Ainda assim, essa cooperação é limitada”, diz Thomas Juneau, professor da Escola de Assuntos Públicos e Internacionais da Universidade de Ottawa, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Mansour Farhang, professor emérito de ciências políticas no Bennington College (Vermont, EUA), afirma que o Irã é um dos países “mais isolados do mundo”.
“Irã não tem nenhum estado parceiro ou aliado que se identifique com sua posição ideológica ou com sua política expansionista na região”, diz Farhang à BBC.
Esse isolamento do Irã não é novo — embora tenha sido exacerbado pelas políticas adotadas desde o triunfo da revolução islâmica em 1979 — e constitui um fenômeno que os especialistas em relações internacionais chamam de “solidão estratégica”.
Irã sozinho no mundo
Em um artigo acadêmico publicado em 2014, Juneau explicava o que é a “solidão estratégica”.
“O Irã está sozinho no mundo. Essa solidão estratégica é, principalmente, resultado de fatores estruturais inerentes à sua posição nos sistemas regional e internacional e, em grande medida, independente das ações de quem governa o país”, escreveu ele.
“Sua postura internacional não impossibilita a cooperação com outros estados, nem predetermina uma condição de conflito permanente com seus vizinhos. A solidão estratégica, no entanto, explica por que o Irã tem interesses comuns muito limitados com seus vizinhos e por que a cooperação é difícil e custosa de alcançar”, acrescenta.
Diversos fatores contribuem para o isolamento do Irã, incluindo ser o único Estado etnicamente persa no mundo.
Embora a estimativa é de que haja cerca de 50 países com maioria muçulmana, apenas em uma pequena quantidade deles a maioria da população é xiita, a vertente do Islã que predomina no Irã.
O país também é afetado por sua situação geográfica, ao estar em uma vizinhança com estados fortes e grandes ambições, que levaram a importantes guerras e rivalidades no passado.
Ao norte, em sua fronteira marítima, está a Rússia; a noroeste, está a Turquia, berço do antigo Império Otomano e um dos rivais históricos dos persas; a oeste, está o Iraque, com quem compartilha uma longa fronteira e travou uma guerra por quase uma década nos anos 1980; ao sul, encontra-se a Arábia Saudita, um país de maioria sunita que abriga as duas cidades mais sagradas do Islã e, com o Irã, é uma das duas potências de referência na região do Golfo.
Na mesma região, há vários países governados por sunitas que, além disso, têm acordos de segurança com os Estados Unidos: Kuwait, Omã, Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Este último abriga a 5ª Frota dos EUA, enquanto o Catar sedia o quartel-general das forças americanas na área.
Outros países importantes com os quais o Irã faz fronteira são Índia, Paquistão e Afeganistão.
Como se não bastasse, no texto, Juneau destacava que “a República Islâmica não é membro de nenhuma organização regional importante nem de nenhum acordo de segurança, ao contrário de dois de seus principais rivais: a Turquia, membro da OTAN; e a Arábia Saudita, que faz parte da Liga Árabe e do Conselho de Cooperação do Golfo”.
Dos limites da geografia aos limites da política
Além das condições geopolíticas, das rivalidades históricas e das ambições de poder de cada Estado, as próprias políticas adotadas pelo Irã desde o triunfo da Revolução Islâmica contribuíram para seu isolamento internacional.
“Desde 1979, o Irã adotou uma postura de rejeição à ordem regional dominada pelos Estados Unidos. Embora Teerã tenha feito alguns esforços para mudar essa situação violentamente nos primeiros anos da revolução, desde então, tornou-se um ator revisionista com objetivos limitados, em vez de ilimitados”, explicava Juneau.
Naqueles primeiros anos, a Revolução Iraniana definiu algumas de suas diretrizes principais, como o confronto direto com Washington e o repúdio à existência do Estado de Israel.
Mansour Farhang afirma que essa política contra Israel não tinha uma base ideológica, mas era uma jogada oportunista.
“O principal objetivo do aiatolá [Ruhollah] Khomeini era exportar sua revolução. Estrategicamente, ele pensou em explorar o sentimento anti-Israel que prevalecia nos países árabes”, diz Farhang.
“Ele acreditava que atacar Israel, questionar sua legitimidade e, de fato, referir-se a Israel como um câncer que precisava ser eliminado da geografia da região o ajudaria a ganhar apoio”, continua o professor, apontando que a Revolução Islâmica era extremamente popular em seus primeiros anos entre as populações dos países árabes.
“Khomeini acreditava que enfrentar Israel seria um chamado indireto ao público no mundo árabe, o que também ameaçaria os governos árabes”, acrescenta.
Farhang explica que, naquele momento, a maioria dos governos árabes da região já havia concluído que o confronto com Israel não traria nenhum benefício.
Meses antes da Revolução Islâmica, o Egito assinou um acordo de paz com Israel, tornando-se o primeiro país árabe a reconhecer o Estado judeu. A Jordânia, que levaria mais 15 anos para fazer o mesmo, mantinha, desde a década de 1970, uma cooperação informal com Israel em questões de interesse mútuo.
Nos primeiros anos da revolução, as tentativas de Khomeini de exportar seu movimento para os países vizinhos não ajudaram a formar amizades. Um dos primeiros confrontos ocorreu com o Iraque de Saddam Hussein, onde a existência de uma maioria xiita sob um governo sunita parecia oferecer uma oportunidade para Teerã, mas que acabou resultando em uma guerra longa e desastrosa.
“Hussein era legalmente responsável por invadir o Irã, mas, politicamente, foi Khomeini quem enviou primeiro dinheiro e agentes de inteligência para promover atividades anti-Hussein no Iraque”, afirma Farhang.
Essa guerra, iniciada em 1980, poderia ter terminado em 1982, quando o Irã conseguiu expulsar as tropas iraquianas de seu território e surgiu uma oportunidade para a paz, com uma resolução aprovada por unanimidade no Conselho de Segurança da ONU, pedindo um cessar-fogo.
“Arábia Saudita e os Estados do Golfo ofereceram ao Irã US$ 20 bilhões para a reconstrução dos danos causados pela guerra, se o Irã aceitasse essa resolução da ONU, mas Khomeini rejeitou e disse que queriam ir de Karbala a Al-Quds — ou seja, do Iraque até Jerusalém. E a guerra continuou por mais seis anos”, observa Farhang.
Teerã também rompeu relações com o Egito em 1980, depois que esse país concedeu asilo ao xá deposto Mohammad Reza Pahlavi.
Mas as divergências vão além. Teerã rejeita o fato de o Egito ter feito as pazes com Israel, enquanto, no Cairo, há desconfiança quanto aos vínculos e afinidades entre o regime iraniano e a Irmandade Muçulmana egípcia.
Mais parceiros do que aliados
Se as relações com os Estados vizinhos não são as melhores, Teerã cultivou uma rede de organizações não estatais que atuam como aliadas, formando o que é conhecido como o eixo da resistência. Trata-se de uma aliança liderada pelo Irã, da qual também participa a Síria, e que inclui as milícias do Hezbollah no Líbano, o Hamas e a Jihad Islâmica em Gaza, os houthis no Iêmen, além de milícias xiitas no Iraque, Afeganistão e Paquistão, entre outros.
Essas organizações são vistas não apenas por Israel, mas também pelos Estados Unidos e pelos países árabes do Golfo, como uma ameaça. Suas ações podem ter um impacto global, como ficou evidente com os ataques dos houthis no último ano contra navios mercantes que cruzam o Mar Vermelho, obrigando as companhias de navegação a desviarem rotas, tornando-as mais longas e custosas.
Esses desvios afetaram a receita obtida pelo Egito com o trânsito de navios pelo Canal de Suez, que caiu cerca de 50% nos últimos oito meses, gerando perdas de até US$ 6 bilhões, segundo o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.
Além dos atores não estatais, o Irã mantém relações com diversas nações — na verdade, pelo menos 162 países têm embaixada em Teerã —, mas possui poucos aliados reais, a maioria dos quais tem capacidade limitada de oferecer apoio substancial.
Os principais aliados do Irã
A Síria é considerada o único aliado real do Irã no Oriente Médio. No entanto, o governo de Bashar al-Assad tem capacidades muito limitadas para apoiar Teerã.
“O governo sírio é extremamente frágil, não controla todo o território do país e está muito focado em si devido ao legado da guerra civil. Portanto, em termos de contribuição potencial, a Síria está bastante limitada, além de servir como trampolim geográfico para o Irã projetar sua influência no Levante”, afirma Juneau.
Embora os analistas afirmem que o Irã exerce grande influência sobre o que acontece nesses países vizinhos, essa influência não se dá por meio de relações formais entre governos, mas sim através dos partidos e milícias xiitas que atuam nesses países.
O Hezbollah exerce uma autoridade de fato que é autônoma em relação ao governo do Líbano. Embora tenha legisladores no Parlamento e ministros no gabinete, o grupo não representa formalmente o governo libanês.
“No Iraque, os partidos e milícias xiitas infiltraram o governo e parte do aparato de segurança, mas sua lealdade, na prática, é mais para com seus movimentos do que para com o governo nacional”, comenta Juneau.
“O governo iraquiano, por sua vez, tenta equilibrar suas relações com o Irã e os Estados Unidos”, acrescenta.
Os laços entre Teerã e Moscou se fortaleceram nos últimos anos, especialmente após a invasão russa da Ucrânia. O Irã tornou-se um fornecedor de armamentos para a ofensiva russa, particularmente no que diz respeito a drones.
“Ambos se aproximaram muito na esfera militar e de segurança”, aponta Juneau.
Moscou tem várias formas de retribuir esse apoio, incluindo a venda dos caças SU-35 de última geração ou do poderoso sistema de defesa antiaérea S-400, que o Irã deseja há muito tempo.
A questão é que decisões desse tipo poderiam prejudicar os vínculos da Rússia com outros países importantes da região — como a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos ou, evidentemente, Israel, um país com o qual Putin manteve relações cordiais e que, apesar de sua aliança com os EUA, tem se mantido até agora à margem do conflito na Ucrânia.
A China tem sido, por anos, o principal comprador de petróleo iraniano e, apesar das sanções internacionais, ainda ocupava essa posição no final de 2023, segundo a agência Nikkei. Além disso, é o maior cliente das exportações não petrolíferas do Irã.
No entanto, Pequim é uma potência com interesses globais que busca evitar que conflitos externos afetem seus negócios.
“A China é extremamente cuidadosa em equilibrar suas relações e em não se aproximar tanto do Irã a ponto de prejudicar seus vínculos com os rivais de Teerã. O país não quer ter um papel importante na política e segurança do Oriente Médio porque deseja focar no lado comercial e evitar ser impactada por essas disputas”, explica Juneau.
Mansour Farhang concorda: “A China mantém excelentes relações comerciais com todos os países da região. Sua política externa no Oriente Médio é semelhante à de um empresário ou comerciante”, afirma.
A Coreia do Norte e o Irã mantêm uma longa história de trocas de armas por petróleo, que remonta à década de 1980, durante a guerra Irã-Iraque.
Pyongyang enviava armamentos e mísseis, enquanto Teerã fornecia petróleo e fertilizantes.
Especialistas acreditam que o míssil iraniano de médio alcance Shahab-3 é uma versão desenvolvida a partir do míssil norte-coreano No Dong 1, adquirido pelo Irã na década de 1990.
Essa relação persiste até hoje, mas com limitações devido às fortes sanções que ambos os países enfrentam.
“Irã e Coreia do Norte colaboram há anos em questões como a evasão de sanções e a produção de armamentos, mas a Coreia do Norte é um estado muito pobre com um papel reduzido no Oriente Médio, de modo que os benefícios para o Irã são limitados”, alerta Juneau.
VENEZUELA, CUBA, NICARÁGUA E BOLÍVIA
Na América Latina, o Irã já mantinha uma relação antiga com Cuba, forjada no âmbito do Movimento dos Países Não Alinhados.
No entanto, os laços mais estreitos foram desenvolvidos nos últimos anos, principalmente devido ao estabelecimento de uma aliança com a Venezuela e seus parceiros da ALBA, que incluem a própria Cuba, além da Nicarágua e Bolívia.
Esses países compartilham com Teerã um forte sentimento de rejeição aos Estados Unidos e costumam apoiar-se mutuamente no campo diplomático, coordenando suas posições em diferentes organizações internacionais.
No entanto, sua utilidade prática para o Irã é limitada.
“O apoio deles é simbólico, nada além disso. Os líderes iranianos e desses países adoram se reunir e fazer conferências de imprensa criticando os EUA e afirmando que são parceiros na luta contra o colonialismo, imperialismo, etc”, afirma Juneau.
“Mas, na prática, do ponto de vista militar e de segurança, podem ajudar o Irã em sua luta contra Israel e os Estados Unidos? Acho que a resposta é, em grande parte, não.”
Dessa forma, no cenário atual, parece que o apoio mais importante e poderoso que o Irã pode receber virá da Rússia.
Nesse ponto, no entanto, os especialistas divergem em suas avaliações.
Farhang acredita que, se a crise com Israel escalar. Moscou — assim como Pequim — optará por fazer apelos por cessar-fogo, evitando envolvimento direto no conflito.
Juneau, por outro lado, acha que Moscou pode dar um passo à frente. “Rússia e Irã já mantêm um comércio muito produtivo em termos de armas, tecnologia e troca de informações. Eles fazem isso na Ucrânia. Caso a tensão entre Irã e Israel continue, não tenho dúvidas de que essa colaboração prosseguirá e poderá se intensificar”, observa.
Diante dessa incerteza, será necessário acompanhar de perto o encontro desta sexta-feira entre Putin e Pezeshkian em busca de sinais sobre até onde Moscou estaria disposto a ir.
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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
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21 de novembro de 2024 Agência Brasil
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.
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EUA acusam Putin de ‘escalar a cada passo’ depois que o líder russo culpa a ‘agressão da OTAN’ pelo ataque com mísseis – atualizações ao vivo | Rússia
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21 de novembro de 2024 Léonie Chao-Fong
Rússia está aumentando “a todo momento” na Ucrânia, diz Casa Branca
Joana Walters
A Casa Branca disse há momentos que a Rússia é a culpada por “escalar a cada passo” na sua guerra em Ucrâniapouco mais de 1.000 dias desde que invadiu seu vizinho menor.
Essa escalada incluiu a adição de tropas, aliada da Rússia, a Coreia do Norte, para se juntar ao esforço de guerra do presidente russo, Vladimir Putin.
A escalada vem da Rússia a cada passo”, disse o secretário de imprensa da Casa Branca. Karine Jean-Pierre disse aos repórteres reunidos na sala de reuniões diárias na ala oeste da Casa Branca, em Washington, DC.
Jean-Pierre acrescentou que os EUA já alertaram Moscovo para não envolver
Outro país em outra parte do mundo.”
Principais eventos
Maria Zakharova, A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia foi interrompida durante uma reunião informativa na quinta-feira por um telefonema que a instruía a não comentar relatos de um ataque russo com mísseis balísticos em Ucrânia.
Zakharova, no meio de uma conferência de imprensa regular, recebeu uma chamada de um homem que usou o informal “Mash” em vez de Maria, segundo o vídeo que captou a conversa telefónica.
Na breve conversa telefónica, a pessoa que ligou parece revelar que o ataque teve como alvo as instalações militares de Yuzhmash, no Dnipro. O homem é ouvido dizendo:
Sobre o ataque com mísseis balísticos a Yuzhmash (empresa de foguetes Pivdenmash), de que fala a mídia ocidental, não comentamos nada.
Rússia notificou os EUA pouco antes do ataque, diz autoridade dos EUA
O NÓS foi notificado por Rússia pouco antes de seu ataque com um míssil balístico experimental de alcance intermediário no ucraniano cidade de Dnipro, de acordo com uma autoridade dos EUA.
O funcionário dos EUA foi citado pela Reuters dizendo:
Os EUA foram pré-notificados brevemente antes do lançamento através de canais de redução do risco nuclear.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou informou a Washington que iria lançar o míssil 30 minutos antes de dispará-lo contra Ucrâniainformou a agência de notícias estatal russa Tass.
“O lado russo alertou os americanos sobre o lançamento do ‘Oreshnik’”, disse Peskov à Tass.
Joana Walters
Os Estados Unidos não vêem “nenhuma razão” para modificar a sua postura ou doutrina nuclear em reacção às mudanças anunciadas pelo Rússiadisse ainda a Casa Branca em minutos recentes, durante a coletiva de imprensa em andamento hoje em Washington, DC.
A Casa Branca condenou o que chamou de “irresponsável” retórica de Moscou.
Não vimos qualquer razão para ajustar a nossa própria postura ou doutrina nuclear em resposta às declarações da Rússia”, disse o secretário de imprensa. Karine Jean-Pierre disse.
Ela acrescentou alguns minutos depois:
Não vimos qualquer indicação de que a Rússia se prepare para utilizar armas nucleares na Ucrânia. Portanto, isso é mais uma conversa irresponsável da Rússia que temos visto nos últimos dois anos. Esta é uma guerra que eles podem acabar, podem acabar hoje.”
Rússia está aumentando “a todo momento” na Ucrânia, diz Casa Branca
Joana Walters
A Casa Branca disse há momentos que a Rússia é a culpada por “escalar a cada passo” na sua guerra em Ucrâniapouco mais de 1.000 dias desde que invadiu seu vizinho menor.
Essa escalada incluiu a adição de tropas, aliada da Rússia, a Coreia do Norte, para se juntar ao esforço de guerra do presidente russo, Vladimir Putin.
A escalada vem da Rússia a cada passo”, disse o secretário de imprensa da Casa Branca. Karine Jean-Pierre disse aos repórteres reunidos na sala de reuniões diárias na ala oeste da Casa Branca, em Washington, DC.
Jean-Pierre acrescentou que os EUA já alertaram Moscovo para não envolver
Outro país em outra parte do mundo.”
‘Vladimir Putin’O discurso televisionado à nação veio depois Ucrânia reivindicou na quinta-feira, a Rússia disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) na cidade central de Dnipro.
Nove projéteis foram lançados contra empresas e infraestruturas críticas no Dnipro entre 5h e 7h, horário local, da região de Astrakhan, na Rússia, disseram as forças aéreas da Ucrânia.
O míssil teria atingido “sem consequências”, disse a Força Aérea, embora tenha acrescentado que as informações sobre as vítimas ainda não foram recebidas.
Seis dos nove projéteis foram destruídos pelas defesas aéreas, informou a Força Aérea em uma atualização matinal.
Relatórios iniciais não confirmados da Ucrânia sugeriam Rússia havia usado ICBM, uma arma projetada para ataques nucleares de longa distância e nunca antes usada em guerra. Não houve sugestão de que a arma tivesse armas nucleares.
Três autoridades dos EUA disseram que se tratava de um míssil balístico de alcance intermediário (IRBM) com alcance menor. Os mísseis balísticos de alcance intermediário têm um alcance de 3.000 a 5.500 km (1.860 a 3.415 milhas).
Ataque com mísseis é ‘resposta às ações agressivas da Otan contra a Rússia’, diz Putin
Vladímir Putin disse que a implantação pela Rússia de um míssil balístico experimental de médio alcance contra um alvo militar ucraniano foi “uma resposta” às “ações agressivas dos países da OTAN contra a Rússia”.
O líder russo disse que o ataque da manhã de quinta-feira ocorreu em resposta aos ataques ucranianos em território russo com NÓS e Mísseis britânicos no início desta semana.
Em comentários publicados pelo Moscow Times, Putin disse:
Consideramo-nos justificados em utilizar as nossas armas contra alvos militares nos países que permitem que as suas armas sejam utilizadas contra as nossas instalações. No caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma decisiva e adequada.
O presidente da Rússia, Vladímir Putin, disse num discurso na televisão que as suas forças testaram o novo míssil balístico hipersónico “Oreshnik”, que significa “avelã” em russo.
Entre as operações realizadas estava o teste de um dos mais recentes sistemas de mísseis de médio alcance da Rússia. Neste caso, foi utilizado um míssil balístico equipado com uma ogiva hipersônica não nuclear.
Os testes foram considerados bem-sucedidos, disse ele, acrescentando que o alvo foi atingido “conforme pretendido”.
Putin diz que a Rússia disparou míssil balístico experimental contra a Ucrânia em alerta ao Ocidente
Vladímir Putin confirmou que a Rússia disparou um míssil balístico hipersônico de médio alcance contra uma instalação militar ucraniana, ao mesmo tempo em que alertou o Ocidente de que Moscou “tinha o direito” de atacar os países ocidentais que fornecem armas de longo alcance a Kiev.
O líder russo, num discurso não anunciado transmitido pela televisão à nação na noite de quinta-feira, disse Rússia testou o novo míssil balístico hipersônico Oreshnik para atingir uma instalação militar na cidade ucraniana de Dnipro.
O líder russo disse que o ataque Ucrânia na manhã de quinta-feira veio em resposta aos ataques ucranianos em território russo com mísseis norte-americanos e britânicos no início desta semana.
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Casa Branca ‘rejeita fundamentalmente’ mandados do TPI para líderes israelenses | Conflito Israel-Palestina
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21 de novembro de 2024A Casa Branca afirma que está a trabalhar com Israel numa resposta aos mandados de detenção do TPI contra o primeiro-ministro Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant. Um porta-voz acrescentou que a administração Biden contesta a ideia de que o tribunal tenha jurisdição.
Publicado em 21 de novembro de 202421 de novembro de 2024
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