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Israel comete ‘atos de genocídio’ ao cortar o abastecimento de água em Gaza, diz HRW | Notícias do conflito Israel-Palestina

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Israel comete 'atos de genocídio' ao cortar o abastecimento de água em Gaza, diz HRW | Notícias do conflito Israel-Palestina

A Human Rights Watch acusou Israel de cometer “atos de genocídio”Ao negar água potável aos palestinos em Gaza, e apelou à comunidade internacional para impor sanções específicas.

Em um novo relatório divulgado na quinta-feira, o órgão de vigilância com sede em Nova Iorque disse que desde outubro de 2023 – quando Israel lançou a sua ofensiva militar em Gaza – as autoridades israelitas “obstruíram deliberadamente o acesso dos palestinianos à quantidade adequada de água necessária para a sobrevivência na Faixa de Gaza”.

“O que descobrimos é que o governo israelita está a matar intencionalmente palestinianos em Gaza, negando-lhes a água de que necessitam para sobreviver”, disse Lama Fakih, diretor da Human Rights Watch para o Médio Oriente, numa conferência de imprensa.

O estudo de 184 páginas descreveu como o governo israelita cortou o abastecimento de água canalizada de Israel para Gaza, cortou o fornecimento de electricidade necessário para operar as bombas de água e bloqueou e restringiu o combustível necessário para fazer funcionar os geradores na ausência de electricidade.

Também impediu que agências das Nações Unidas e organizações de ajuda humanitária entregassem materiais relacionados com a água e outra ajuda humanitária.

Imagens de satélite analisadas pela organização encontraram grandes danos e destruição nas infra-estruturas de água e saneamento, incluindo a “demolição aparentemente deliberada e sistemática dos painéis solares que alimentam quatro das seis estações de tratamento de águas residuais de Gaza pelas forças terrestres israelitas, bem como soldados israelitas filmando-se a demolir um importante reservatório de água”.

Como resultado, os palestinianos em Gaza tiveram acesso a apenas alguns litros de água por dia em muitas áreas, muito abaixo do limite de 15 litros para a sobrevivência. Um grande número dos mais de 2,3 milhões de pessoas que vivem em Gaza foram privados do acesso “mesmo àquela quantidade mínima de água, o que contribuiu para a morte e doenças generalizadas”.

Esta política equivale a “atos de genocídio” nos termos da Convenção sobre Genocídio de 1948, concluiu. “As autoridades israelenses infligiram intencionalmente à população palestina em Gaza ‘condições de vida calculadas para provocar a sua destruição física, no todo ou em parte’”.

Israel rejeita descobertas

Israel rejeitou repetidamente qualquer acusação de genocídio, dizendo que tem o direito de se defender após o ataque liderado pelo Hamas a partir de Gaza, em 7 de Outubro de 2023.

Na quinta-feira, rejeitou o relatório da HRW, qualificando as suas conclusões de “mentiras terríveis”.

Provar o crime de genocídio contra autoridades israelitas perante tribunais internacionais também exige o estabelecimento da intenção de cometer este crime.

A Convenção do Genocídio, promulgada após o assassinato em massa de judeus no Holocausto nazista, define o crime de genocídio como “atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

O relatório citou declarações de alguns altos responsáveis ​​israelitas que, segundo ele, sugeriam que “desejam destruir os palestinianos”, o que significa que a privação de água “pode equivaler ao crime de genocídio”.

Argumentou também que Israel violou medidas provisórias emitido pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) em janeiro, como parte de um caso movido pela África do Sul alegando que Israel está violando a Convenção do Genocídio.

O tribunal exigiu que Israel permitisse a prestação de serviços básicos e assistência humanitária para demonstrar que não tem intenção genocida.

À luz das suas conclusões, a HRW apelou à comunidade internacional para emitir “sanções específicas, suspensão de transferências de armas e assistência militar, e revisão dos acordos comerciais e políticos bilaterais” para pressionar Israel a cumprir as medidas provisórias do TIJ.

O relatório segue-se a outro estudo da Amnistia Internacional publicado no início deste mês, que também concluiu que as acções de Israel em Gaza equivalem a genocídio.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu no mês passado mandados de prisão para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu antigo chefe da defesa, por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

A guerra de Israel matou mais de 45 mil palestinos, deslocou a maior parte da população e reduziu grande parte do enclave costeiro a ruínas.



Leia Mais: Aljazeera

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Por que a ecologia precisa se voltar para uma nova economia – 19/12/2024 – Ciência Fundamental

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Por que a ecologia precisa se voltar para uma nova economia - 19/12/2024 - Ciência Fundamental

“Foi publicado em alguma revista científica?” Fiz essa pergunta algumas vezes em Cali, Colômbia, quando me deparava com algum protocolo sobre o mercado de créditos de biodiversidade, em outubro deste ano. Enquanto os debates se intensificavam nas plenárias da Convenção sobre a Diversidade Biológica da COP16, dezenas de pessoas se aglomeravam para discutir os rumos da economia no contexto das crises ambientais.

A lógica é semelhante à do mercado de carbono. Quem protege e restaura fauna e flora pode gerar créditos para quem, de algum modo, quer ou precisa agregar valor econômico a esses ativos ambientais. Um instrumento potente para financiar a conservação e a recuperação ambiental, mas que enfrenta desafios praticamente superados nas transações envolvendo CO₂. Como medir essa biodiversidade? Atestar essa medição? Mensurar o valor de um crédito? Garantir que ele representa um ganho real para o meio ambiente?

Já há dezenas de protocolos em operação mundo afora e quase nenhum consenso sobre essas questões. E o motivo é simples. Embora a maior parte das empresas tenha um conselho de cientistas, em geral esses protocolos são desenvolvidos fora da universidade, o que não é necessariamente ruim, mas é, no mínimo, inseguro para o mercado. A academia ainda detém o melhor lastro de credibilidade para tomadas de decisões relativas à natureza. Portanto, para que o mercado de créditos de biodiversidade seja confiável e escalável, é essencial que protocolos passem pelo crivo científico.

Em paralelo, cabe a reflexão: cientistas que trabalham com biodiversidade estão preparados nessa busca por uma nova economia? Como está o cenário para o Brasil, que abriga a maior riqueza biológica do mundo e parte considerável das maiores autoridades em ecologia e conservação?

Se nós, cientistas da área ambiental, somos excelentes em diagnosticar os riscos dos impactos ambientais, não sei se o mesmo pode ser dito quanto a construir soluções, sobretudo diante da complexidade dos desafios econômicos.

O papo sobre créditos de biodiversidade é somente um em um mar de outras oportunidades. Devemos estar mais preparados para o mundo do Nature Positive, atividades econômicas que, além do impacto zero, promovem um saldo positivo para o meio ambiente.

Ainda que escassos, não faltam bons exemplos no país. Na Bahia, o Laboratório de Ecologia Aplicada da UESC, liderado pela bióloga Deborah Faria, elabora pesquisas de monitoramento e manejo que ajudam sistemas agroflorestais de cacau a agregar mais valor econômico à cadeia produtiva de chocolate. Mariana Vale, da UFRJ, tem apontado quais serviços ecossistêmicos a fauna brasileira presta à sociedade. A última lista dos cientistas mais influentes do mundo publicada pela Clarivate Analytics inclui Bernardo Strassburg (PUC-RJ/re.green), Pedro Brancalion (USP/re.green) e Mauro Galetti (Unesp), ecólogos que têm desenvolvido estudos e soluções sobre mudanças climáticas, restauração e seus desdobramentos na economia.

Há muitas demandas a serem atendidas por acadêmicos e o poder público tem um papel essencial. Ao investir em bancos de dados públicos sobre biodiversidade, por exemplo, governos podem criar as bases para tornar o desenvolvimento dessa nova economia mais rápido e atestável.

Entretanto, se os potenciais frutos estão no mercado privado, cabe a ele a maior responsabilidade por financiá-los, quando então a academia tem a oportunidade de olhar para fora e construir pontes com o setor produtivo. Projetos que possam identificar riscos e oportunidades associados à biodiversidade tendem a atrair maior financiamento, ao mesmo tempo em que geram conhecimento relevante para a ciência básica.

Sem ciência sólida, dados confiáveis e parcerias estratégicas, a oportunidade para uma economia regenerativa corre o risco de ser uma promessa vazia. O Brasil tem todos os instrumentos para liderar essa transformação, mas é urgente que academia, governo e setor privado unam forças para desenhar soluções tão complexas e resilientes quanto os ecossistemas que buscamos preservar.

*

Hugo Fernandes é biólogo, professor da UECE e CIO da Seteg Soluções Ambientais.

O blog Ciência Fundamental é editado pelo Serrapilheira, um instituto privado, sem fins lucrativos, de apoio à ciência no Brasil. Inscreva-se na newsletter do Serrapilheira para acompanhar as novidades do instituto e do blog.


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Papai Noel preto alegra adultos e crianças em Natal de shopping; representatividade!

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Os policiais da PCPR adotaram a cachorrinha Filó e conseguiram lar para todos seus filhotes. - Foto: PCPR

O Shopping Light, em São Paulo, deu uma aula de representatividade e quebra de estereótipos ao apresentar um Papai Noel preto no shopping. O bom velhinho tem conquistado crianças e adultos que passam pelo local!

Localizado a poucos passos do metrô Anhangabaú, bem no coração de São Paulo, o Shopping trouxe, além do bom velhinho, uma Mamãe Noel igual a ele. A ação tem emocionado os pequenos, especialmente aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ver um Papai Noel parecido consigo.



Nas redes, os internautas amaram a ideia e pediram por mais ações como esta. “Quantos adultos tirando foto! Crianças interiores sendo resgatadas!”, disse uma seguidora do site Mundo Negro.

“Alegria e representatividade”

A chegada do Noel foi marcada por uma apresentação da ONG Gerando Falcões, que promove atividades culturais para jovens das favelas e periferias de São Paulo.

De acordo com o shopping, a ocasião foi única e tem um significado imenso.

“Estamos cumprindo nossa missão de trazer alegria, solidariedade, representatividade e encanto para o centro de São Paulo.”

Leia mais notícia boa

Crianças e adultos

E nas fotos compartilhadas pela página oficial do Shopping Light no Instagram, é possível ver que a ação conquistou várias gerações.

São crianças, adultos e até mesmo idosos, todos tirando foto com o Papai Noel e a Noelete. Que demais!

“O tanto que eu amei este Papai Noel, não está escrito. a Noelete também é muito gentil e carismática”, disse um internauta.

“Terei que ir”

Na página Mundo Negro, uma publicação teve inúmeros comentários. Vários deles ressaltando a importância da representatividade em momentos especiais, como o Natal.

“Quis chorar só de ver a foto!! Minha criança interior está muito feliz!!”, comentou um seguidor.

Outro destacou que passou a acreditar no Bom Velhinho.

“Agora eu acredito que Papai Noel existe e é da cor do meu pai, muito feliz!”.

É, quando a gente fala que representatividade importa é disso que estamos falando, sacou?

Olha como a chegada dele foi super especial!



Leia Mais: Só Notícias Boas

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Biden declara metas mais rígidas de emissões para 2035 semanas antes do retorno de Trump | Crise climática

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Biden declara metas mais rígidas de emissões para 2035 semanas antes do retorno de Trump | Crise climática

Fiona Harvey Environment editor

Joe Biden anunciou metas mais duras para as emissões de dióxido de carbono dos EUA para a próxima década, num gesto final desafiador que pretende ser uma “pedra angular” do seu legado no clima.

Faltando apenas algumas semanas para a entrada de Donald Trump na Casa Branca, a administração Biden está apresentando formalmente novos planos sob o Acordo de Paris – o tratado climático global do qual Trump prometeu retirar-se.

De acordo com a nova meta, os EUA teriam de reduzir os gases com efeito de estufa entre 61% e 66% até 2035, em comparação com os níveis de 2005 – um reforço substancial dos objectivos actuais que, segundo funcionários da administração, colocariam os EUA no caminho para a emissão líquida zero de carbono ao 2050.

Em uma declaração em vídeo pré-gravada, Biden chamou seu programa dos últimos quatro anos – incluindo o Lei de Redução da Inflaçãoinvestimentos do sector privado de 450 mil milhões de dólares em energia limpa e produção, e regulamentações para melhorar a eficiência e conservar a terra – “a agenda climática mais ousada da história americana”.

Este progresso continuaria, previu ele: “A indústria americana continuará a inventar e a investir. Os governos estaduais, locais e tribais continuarão avançando. E juntos transformaremos esta ameaça existencial numa oportunidade única de transformar a nossa nação para as gerações vindouras.”

Envio do plano – conhecido como “contribuição determinada nacionalmente” ou NDC – para as Nações Unidas era mais do que simbólico, insistiram funcionários do governo.

John Podesta, conselheiro sénior do presidente para a política climática internacional, afirmou: “Os líderes subnacionais dos EUA podem continuar a mostrar ao mundo que a liderança climática dos EUA é determinada por muito mais do que quem se senta na Sala Oval.”

Apesar da quase certeza de que Trump irá renegar a NDC, responsáveis ​​da administração disseram que a intenção era servir vários propósitos: o plano mostra o que os EUA poderiam fazer para combater a crise climática; servirá como um marco para muitos governos e empresas estaduais e locais que deverão prosseguir com a ação climática, mesmo sob Trump; e poderia ajudar a encorajar outros países a agir.

“A liderança climática dos EUA motivou o mundo a fazer melhor”, disse Podesta, numa teleconferência com repórteres antes do anúncio.

Todos os países são obrigados a apresentar novas NDC até Fevereiro deste ano, ao abrigo do Acordo de Paris de 2015. Em novembro de 2025, Líderes mundiais se reunirão no Brasil para cúpula global da ONUo que será provavelmente a última oportunidade para o mundo elaborar um plano global para evitar que as temperaturas atinjam 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais.

As temperaturas já ultrapassaram esse limite durante um ano, mas só se o fizerem de forma consistente durante vários anos é que os cientistas julgarão que o limite – para além do qual alguns dos impactos da crise climática provavelmente se tornarão irreversíveis – estará perdido.

Especialistas dizem que a meta do NDC foi menos rigorosa do que o necessário para cumprir o limite de 1,5°C, já que cientistas sugeriram os EUA precisariam de reduzir as emissões em cerca de 62%-65% até 2030, cinco anos antes desta meta.

Gareth Redmond-King, chefe do programa internacional da Unidade de Inteligência Energética e Climática, disse: “Esta é uma grande ambição para os próximos quatro anos, dado quem está assumindo o cargo – teria sido melhor se este tivesse sido o tipo de nível definido para 2030, o que o alinharia com 1,5C. Mas, nos próximos quatro anos, é provável que vejamos estados, cidades, empresas, organizações e cidadãos nos EUA se manifestarem e dizerem que ainda estão no Acordo de Paris.

“Se fizerem progressos na concretização desta NDC, então garantirão que Trump fracasse novamente desta vez, como falhou da última vez em abrandar a acção climática ou perturbar as negociações climáticas internacionais.”

Com Trump na Casa Branca, a meta marca o que poderia ser alcançado sem decretos federais, acrescentou Debbie Weyl, diretora interina do grupo de reflexão dos EUA World Resources Institute. “(A) meta está no limite inferior do que a ciência exige e, ainda assim, está perto do limite superior do que seria realista se quase todas as alavancas políticas disponíveis fossem acionadas. A atuação assertiva dos estados e municípios será essencial para atingir esse objetivo”, afirmou.

Além de impulsionar as energias renováveis, Biden deixa um próspero setor de combustíveis fósseis – sob sua presidência, a produção de petróleo nos EUA subiu para níveis recordese o país se tornou o maior exportador mundial de gás natural. Ano passado, os EUA emitiram um recorde de 758 novas licenças para projetos de extração de petróleo e gás – quase tantos como nos três anos anteriores combinados.

Embora seja provável que Trump impulsione ainda mais os combustíveis fósseis, muitos analistas acreditam que o sector de energia limpa dos EUA irá expandir-se nos próximos anos, juntamente com o resto do mundo. Clarence Edwards, diretor executivo do thinktank E3G USA, disse: “A transição para a energia limpa continuará a criar novos empregos americanos e a posicionar os EUA para serem líderes nas tecnologias climáticas inovadoras que dominarão o século XXI”.

O Guardian abordou a equipe de Trump para comentar.



Leia Mais: The Guardian



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