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Jessé Souza: Direita soube manipular raiva dos pobres – 19/10/2024 – Ilustríssima

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Jessé Souza: Direita soube manipular raiva dos pobres - 19/10/2024 - Ilustríssima

Por que eleitores pobres que votaram em Lula e Dilma em quatro eleições seguidas preferiram Jair Bolsonaro em 2018 e contribuíram para a larga vitória da direita nas eleições municipais deste ano?

O sociólogo Jessé Souza tenta responder a essa questão em seu mais recente livro, o recém-lançado “O Pobre de Direita: A Vingança dos Bastardos” (Civilização Brasileira).

Jessé divide essa classe empobrecida de eleitores em dois grupos: o pobre branco de São Paulo e do sul do Brasil e o negro evangélico. Em comum, ambos manifestam repúdio pela esquerda, por políticas de inclusão de grupos marginalizados e por programas como o Bolsa Família. Guardam, entretanto, diferenças significativas, que remetam às desigualdades do país, avalia ele.

“A grande distinção aí é que o branco não precisa provar que ele é gente humana. O negro é acossado pela possibilidade de desumanização, 24 horas, por uma dominação que a polícia só faz porque a classe média e a elite apoiam. E aí você tem o quê? Você tem um desrespeito à dignidade dessas pessoas.”

A partir de conversas com esses eleitores, Jessé constatou que racismo, questões morais e a religião moldaram essa virada do país para a direita. “Você tem que explicar. Essas pessoas não sabem. Ninguém jamais explicou para ela por que ela é pobre. Então você precisa explicar, senão vai vir a explicação evangélica de que foi o Diabo que se apossou de você, porque é o comunismo, porque tem Cuba, China. Como essas pessoas não sabem quem as está explorando e humilhando, elas têm uma raiva sem canalização. Como essa raiva fica aí pairando no ar, a extrema direita chega e canaliza.”

Na entrevista ao Ilustríssima Conversa, Jessé também comenta o segundo turno em São Paulo, diz que o PT deveria aprender com Getúlio Vargas e argumenta que a esquerda em geral afasta eleitores ao dar protagonismo a pautas identitárias.

Doutor em sociologia pela Universidade de Heidelberg (Alemanha), Jessé Souza também é autor de livros como “A Ralé Brasileira” e a “A Elite do Atraso”. De 2015 a 2016, foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no governo Dilma Rousseff.

O Ilustríssima Conversa está disponível nos principais aplicativos, como Apple Podcasts e Spotify. Ouvintes podem assinar gratuitamente o podcast nos aplicativos para receber notificações de novos episódios.

O podcast entrevista, a cada duas semanas, autores de livros de não ficção e intelectuais para discutir suas obras e seus temas de pesquisa.

Já participaram do Ilustríssima Conversa Ronilso Pacheco, teólogo que analisa o uso da gramática religiosa pela extrema direita, Marcelo Viana, diretor-geral do Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), Ligia Diniz, autora de obra sobre as representações da masculinidade na ficção, Paolo Demuru, que discutiu o poder de sedução de narrativas conspiratórias, Camilo Rocha, autor de livro que registra a história da música eletrônica de São Paulo, Natalia Viana, que relembrou sua participação no WikiLeaks, Raquel Barreto, pesquisadora do pensamento de Lélia Gonzalez, Carlos Poggio, professor de relações internacionais que analisa como o Brasil moldou a influência dos EUA na América do Sul, Luís Fernando Tófoli, psiquiatra engajado em pesquisas sobre os efeitos da ayahuasca, Pedro Arantes, que defende que a esquerda se levante do conformismo, entre outros convidados.

A lista completa de episódios está disponível no índice do podcast. O feed RSS é https://folha.libsyn.com/rss.



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Polícia: Suspeito de mandar matar Gritzbach é ligado a PCC – 13/02/2025 – Cotidiano

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Polícia: Suspeito de mandar matar Gritzbach é ligado a PCC - 13/02/2025 - Cotidiano

Rogério Pagnan, Francisco Lima Neto

O traficante internacional de drogas Emílio Carlos Gongorra de Castilho, 44, apontado pela Polícia Civil de São Paulo como um dos mandantes da morte do delator do PCC Antônio Vinícius Gritzbach, tem ligação com as duas maiores facções criminosas do país, PCC e CV, segundo investigação policial.

Policiais ligados à investigação ouvidos pela Folha afirmam que Emílio, conhecido como Bill e Cigarreira, faz parte de um clã criminoso ao lado dos irmãos João Paulo Gongorra Castilho, o João Cigarreira, e Anderson Luiz Gongorra Castilho, Anderson Cigarreira.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele até a publicação deste texto.

Emílio teve a prisão decretada pela Justiça de São Paulo.

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) fez operação na manhã desta quinta-feira (13) para prender o traficante, mas ele não foi encontrado e é considerado foragido. A mulher e um filho dele foram levados ao departamento para prestar esclarecimentos.

Além disso, outros 21 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de participação na morte do delator estão sendo cumpridos. Ao todo, 116 policiais em 41 viaturas fazem buscas em 20 endereços.

A investigação também aponta que Emílio usa dois documentos falsos em nome de João Bortolato Fallopa e João Luiz da Cunha. Eles foram emitidos por órgãos oficiais, mas são considerados falsos porque foram forjados para ajudar o suspeito a escapar da polícia.

Ele foi preso por tráfico de drogas em 2008 em operação da Polícia Federal, denominada Fronteiras, sob a suspeita de fornecer drogas para os complexos do Alemão e da Penha, no Rio de janeiro, ambos dominados pelo Comando Vermelho.

Emílio, segundo a polícia, negociava com traficantes como Fabiano Atanasio da Silva, vulgo FB, da cúpula do CV, logo abaixo de Marcinho VP, e Alan Hilário Lopes, o Rala, e André Luiz Fernandes Rodrigues, o Decão.

Rala e Decão, conforme investigação, teriam dado apoio na fuga e esconderijo no complexo da Penha a Kauê do Amaral Coelho, suspeito de participar na morte de Gritzbach. Ele é suspeito de ser o olheiro do crime no interior do aeroporto internacional de Guarulhos, indicando o alvo aos executores.

Kauê é considerado pelos policiais figura central da investigação por ser o principal elo entre os traficantes cariocas e o grupo que apoiou financeiramente a fuga dele para o Rio.

Kauê é sobrinho de Diego do Amaral Coelho, o Didi, outro suspeito de participar do mando da morte do delator do PCC. Kauê teria sido convocado a participar do crime a pedido do tio por ser alguém de confiança. Para os policiais, ele não participaria da ação sem autorização de Didi.

Tanto Emílio quanto Didi teriam participado do tribunal do crime de Gritzbach, em que o delator do PCC teve de dar explicações sobre o suposto sumiço de milhões de reais de Anselmo Santa Fausta supostamente convertidos em criptomoedas. O delator do PCC teria escapado da morte ao convencer o grupo de sua inocência.

A absolvição de Gritzbach no tribunal do crime teria irritado a cúpula do PCC e provocado a morte de dois integrantes da facção criminosa responsáveis pela decisão, Rafael Maeda e Claudio Marcos de Almeida.

Emílio e Didi teriam sido os responsáveis pela contratação dos policiais militares acusado de serem os autores do assassinato do delator do PCC.

Em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, em outubro do ano passado, Gritzbach teria acusado Emílio como o articulador do plano de apontá-lo como o mandante da morte de Santa Fausta, assassinado no fim de dezembro de 2021 quando estava em um carro no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo.

“Segundo dr. Ivelson [advogado contratado por Gritzbach], os policiais do DHPP (não sei exatamente quem), pediram 40 milhões pra me tirar do IP [inquérito policial]. Posteriormente, falaram que nem se eu pagasse 60 milhões me livrariam, pois o Cigarreira [Emílio] já tinha acertado para me colocar como alvo principal. Esclareço que nada foi pago por mim, muito menos entregue ao dr. Ivelson”, diz trecho da delação obtida pela Folha.

Gritzbach foi morto a tiros no aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 8 de novembro, quando retornava de uma viagem a Alagoas.

Conforme mostram imagens do ataque, ele havia acabado de deixar a área de desembarque do terminal 2 do aeroporto quando homens encapuzados saíram de um Volkswagen Gol preto e atiraram contra o empresário.

Desde a data do crime até agora, houve a de 26 envolvidos, sendo 22 policiais civis e militares, além de outros quatro suspeitos de relação com Kauê, apontado como olheiro.



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O Parlamento adota definitivamente a proibição de Puffs

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O Parlamento adota definitivamente a proibição de Puffs

Puff, ou vagem descartável, minivapoter descartável.

Pare em Cigarros eletrônicos descartáveis : O Parlamento francês aprovou, quinta -feira, 13 de fevereiro, a proibição de sopros, esses dispositivos em voga, especialmente entre os jovensque gostam de seu preço baixo e de seus aromas diversificados. Perfume de hortelã, sorvete de morango, melancia ou chocolate; embalagem atraente; custo acessível, mas risco comprovado de dependência … “Dispositivos de vaping de uso único”mais comumente conhecido como Puffs, logo desaparecerá de escolas, faculdades e ruas.

Após uma assembléia nacional unânime na semana passada, o Senado aprovou a proibição por uma votação manual, um ponto superior de um Curso de mais de dois anos no Parlamento Com uma passagem pela Comissão Europeia, para este texto por iniciativa do ex -vice -vice -ecologista Francesca Pasquini (Generation.S).

Em detalhes, o texto proíbe a venda e a distribuição na França dos dispositivos “Preenchido com um líquido e não pode ser preenchido novamente, se eles têm ou não uma bateria recarregável”. Uma elaboração superestada para seguir as recomendações da Comissão Europeia, notificada na primavera pelo governo desta iniciativa. A Comissão concedeu seu acordo sobre a maioria das propostas da França, excluindo o caso de dispositivos que seriam recarregáveis ​​em dinheiro, mas cuja bateria não seria recarregável. Os parlamentares haviam inicialmente integrado esse campo, desejando antecipar desenvolvimentos do mercado e frustrar “Inventividade” industriais.

Raptorteur Khalifé Khalifé (Les Républicains) denunciado um “Mercado que tem como alvo descaradamente crianças pequenas com marketing desinibido”quando a senadora ambiental Anne Souyris criticou Puffs “Projetado para atrair jovens com seu sabor doce e design atraente”. “Este é um passo adicional em direção a esta geração livre de tabaco (…) E é um ministro precário de saúde do coração que lhe diz ”elogiado para o governo o Ministro das Relações com o Parlamento, Patrick Mignola, também vendo nesses cigarros eletrônicos descartáveis “Um verdadeiro flagelo ambiental”.

Leia também: Artigo reservado para nossos assinantes O Puff vai fazer Pschitt?

Bélgica, pioneira

A França está, portanto, a caminho de se tornar o segundo país europeu, depois da Bélgica, a proibir seu marketing em seu território, uma dinâmica também seguida pelo Reino Unido, que anunciou sua proibição para venda até junho. “É uma grande vitória em uma luta dupla que estamos fazendo: a luta ecológica contra as baterias poluentes de lítio dessas baforadas e a luta de saúde por nossos estudantes universitários alvo por esse consumo que se torna cada vez mais perigoso”está satisfeito com Francesca Pasquini, com a agência da França-Pressne (AFP).

Saudando a “Avanço principal”Assim, A liga do câncer ligou tem “Vá além, proibindo novos produtos e derivados da nicotina”.

Enquanto aluga um “Saúde pública importante e decisão ambiental”o comitê nacional contra o fumo está preocupado com “Ignorando o ignoramento já previsto pelos fabricantes, que continuam a colocar cigarros eletrônicos no mercado visando os jovens pela multiplicidade de seus aromas e que permanecem descartáveis ​​após um número muito limitado de recargas”em um comunicado de imprensa enviado à AFP.

Esta decisão da União Europeia “Foi examinado por muitos países”observe Francesca Pasquini, que garante que o exemplo francês, baseado em um acordo transpartidário no Parlamento, seja capaz de inspirar vários vizinhos. “Graças a esse compromisso coletivo, damos um passo decisivo para proteger nossos jovens, lutar contra vícios e lutar pelo fumo”reagiu ao Ministro da Saúde, Yannick Neuder, durante a adoção final pela Assembléia.

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Quinze por cento dos adolescentes de 13 a 16 anos já consumiram esses sopros e, entre eles, 47 % declaram que iniciaram seu início à nicotina com isso, de acordo com uma pesquisa do BVA para tabaco contra o tabaco em 2023.

Os parlamentares envolvidos nessa lei também pediram ao governo que mantenha seus compromissos com a proibição iminente de outro produto, Os “logins”, essas saquetas da nicotina para uso oral.

Leia também: Artigo reservado para nossos assinantes As primeiras faixas do governo contra fumar são debatidas

O mundo com AFP

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Dezenas de lesões por bobagem de carros em Munique da Alemanha

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Dezenas de lesões por bobagem de carros em Munique da Alemanha

A polícia alemã deteve um requerente de asilo afegão depois que um carro batendo em Munique deixou pelo menos 28 pessoas feridas.



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