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Joana Fomm: Quero os trabalhos que fiz comigo, diz atriz – 30/11/2024 – Ilustrada

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Num apartamento no Alto Leblon, uma moradora que recém completou 85 anos e pouco sai de casa, obedece a uma rotina: ligar a televisão, todas as noites, no canal Viva para assistir à reprise da novela “Corpo a Corpo”, de Gilberto Braga.
Seria uma rotina comum a tantas mulheres no Brasil se a espectadora em questão não fosse intérprete de uma das protagonistas da trama. Trata-se da atriz Joana Fomm, que dá vida à Lúcia Gouveia, uma decadente socialite do Jet Set internacional, que tenta fazer a filha agarrar um milionário na novela “Corpo a Corpo” para garantir o seu futuro.
De volta à Globo nesta segunda (2), com a reprise de “Tieta” no “Vale a Pena Ver de Novo”, e afastada da TV após uma década de participações esparsas —seu último papel foi uma participação na série “Sob Pressão”, em 2019— Fomm não tem na vilã de “Corpo a Corpo” uma de suas personagens preferidas.
“A Lúcia Gouveia é meio boba. Ela faz umas maldades bobas, se comunica de uma forma boba, não se impõe”, diz a atriz de voz suave, vestida numa roupa branca que condiz com seus cabelos hoje e contradiz com os figurinos coloridos de suas adoráveis megeras. “A Yolanda era pior, mais má.”
“Yolanda”, para os noveleireiros menos avisados, é Yolanda Pratini, a vilã de “Dancin’ Days”, de 1978, primeira novela de Gilberto Braga no horário das 20h. Um papel que caiu nas mãos da atriz após um desentendimento entre o diretor da trama, Daniel Filho, e a atriz Norma Bengell, que viveria a megera.
O que seria apenas uma substituição deu início a uma tradição. Com sua altivez e olhar que dizia mais que as falas, talento só encontrado em Bette Davis, Fomm ajudou a criar uma escola de vilãs por meio de Yolanda. Um mundo de mulheres capazes das piores ações com as melhores intenções, da qual fazem parte personagens como Odete Roitman, vivida por Beatriz Segall, em “Vale Tudo”, também de Braga. “Ela [Yolanda] era muito má, seca, decidida. Adorava a personagem, estudei muito, me envolvi muito.”
Yolanda era a irmã mais velha de Júlia Mattos, a ex-presidiária em busca de redenção, interpretada por Sônia Braga. As duas irmãs disputavam os holofotes da sociedade carioca, dentro e fora das discotecas, e o amor de Mariza. Vivida por Glória Pires, a garota era filha biológica de Júlia e fora criada por Yolanda. Das ironias da vida: Fomm ela própria foi Mariza. Como relata em sua biografia, “Minha História É Viver” a atriz foi criada pela tia, Alice, e seu marido, Arthur Fomm, de quem adotou o sobrenome.
Fomm recorda de uma de suas primeiras gravações da novela. “Quando eu apareci em cena, inventei que ela queimava o cigarro na boca.” Concluída a gravação, o diretor pediu para que a cena fosse refeita, achando que o lábio queimado fosse um erro. Até se inteirar que Fomm “fez de propósito”. “Eu fazia uma personagem que estava muito nervosa.”
Um momento da novela que a atriz guarda com carinho —e que, aliás, é uma das cenas mais lembradas da teledramaturgia— é o confronto final entre Júlia e Yolanda, no último capítulo. As duas irmãs discutem por causa da educação de Mariza, trocam acusações e se agridem. Caídas no chão, ofegantes, se abraçam, choram e se reconciliam. “Eu acho lindo aquilo. Misturou tudo. Misturou o final da novela, a despedida minha, da Sônia, a despedida do público, da personagem. Foi muito emocionante.”
A Lúcia Gouveia de “Corpo a Corpo” nasceu do sucesso da personagem de “Dancin’ Days”. Reprisada pela primeira vez, a trama de 1984 tem sido uma oportunidade para a atriz se lembrar dos amigos. “Fiquei emocionada em ver aquela gente amiga. Ver Lauro Corona, o Caique Ferreira foi o que me emocionou mais.”
Os dois atores morreram por Aids —Ferreira em 1994, e chegou a escrever um livro sobre o assunto. Corona, que havia sido genro de Yolanda em “Dancin’ Days”, morreu em 20 de julho de 1989, aos 32 anos. “Acho uma maldade ele ter morrido. Foi uma morte injusta. Quem o acompanhou mais foi a Glória Pires”, diz. A atriz, que havia feito par romântico com o ator em “Dancin’ Days” e “Direito de Amar”, era muito amiga do galã. “Foi uma época muito triste.”
As dores não apagam as boas lembranças do período, que deixam saudade na atriz. Dez anos depois de Yolanda, interpretou a beata Perpétua, em “Tieta”, também disponível no Globoplay. Icônica, a vilã deu início a outra tradição de antagonistas, desta vez marcadas pelo humor. “A minha preferida atualmente é Perpétua. Eu me diverti fazendo.”
Outra saudade da novela é o ator Armando Bógus, morto em 1993, a quem Fomm cita mais de uma vez na entrevista. “Era um grande amigo”, diz. As saudades, porém, não se resumem a Bógus. “Sinto saudades de tudo. Os amigos que eu não tenho mais, alguns morreram, outros mudaram de profissão.”
Ainda assim, mantém contato com alguns colegas. Entre eles, Glória Pires, intérprete da Maria de Fátima, de “Vale Tudo”, uma espécie de jovem Yolanda Pratini. “A gente se fala muito. Sou muito próxima dela”, diz, com um sorriso que demonstra todo o carinho pela atriz que interpretou Mariza. Minha filha, né?”
Nos anos 1990, a atriz atuou em produções do SBT, que pretendia competir com a TV Globo na produção de novelas. Os papéis foram rareando a partir da década seguinte. Em 2007, estava tudo pronto para Fomm voltar a uma novela de Gilberto Braga, onde viveria a vilã Marion. Mas um câncer de mama impediu a retomada da parceria.
Curada da doença, que a obrigou a retirar os seios, foi diagnosticada com uma disautonomia, doença que afeta o sistema nervoso. “[A saúde] está bem, felizmente. Na medida do possível”, afirma a atriz. Na época da entrevista, ela se recuperava de uma gripe que deixou sua voz mais fraca, mas não a impediu de falar sem dificuldade por quase uma hora.
Em 2013, Fomm foi desligada da TV Globo pela segunda vez —a primeira havia sido em 1992. A segunda demissão a abalou. “Fiquei sim, magoada. Eu fiz sucesso, não sei o que o foi. Cada emissora tem seu jeito, não sei.”
Sua carreira, entretanto, não se resume à TV. Nos anos 1960, estreou no cinema. A personagem que lembra com mais carinho nessa arte é a cantora e compositora Dolores Duran, que interpretou em “A Noite do Meu Bem” (1968), escrito e dirigido por Jece Valadão. Atuou também, entre outros, em “Todas as Mulheres do Mundo” (1967), de Domingos Oliveira, e “Macunaíma” (1969), de Joaquim Pedro de Andrade.
Sua trajetória teatral reúne também momentos importantes. Formada pela escola Martins Pena, teve aulas com Jorge Kossovski, que foi aluno do russo Constantin Stanislavski, responsável por influentes teorizações da arte de atuar. Estreou, em 1958, numa montagem no Teatro Municipal do Rio que reunia amadores e profissionais, entre os quais Nicette Bruno e Paulo Goulart.
Nos anos 1960, mudou-se para São Paulo e se juntou à trupe do Teatro de Arena. Embarcou na busca pelo modo brasileiro de representar e na missão de trazer as questões do país para o palco. Sua trajetória teatral foi marcada por autores como Woody Allen, Harold Pinter e Lilian Hellmann.
Quando a censura começou a recrudescer, afetando a qualidade da produção teatral e cinematográfica, foi trabalhar como jornalista no “Última Hora”, o revolucionário jornal de Samuel Wainer. Seu primeiro entrevistado foi o ator Grande Otelo, com quem atuou em “Macunaíma”.
No final de 1979, Fomm lançou um livro de contos, “À Hora do Café”, publicado pela Editora Cultura, da extinta livraria de mesmo nome. Fora de circulação, o livro é composto por contos breves, de estilo seco, que remetem ao teatro e ao jornalismo e guardam certa atmosfera rodriguiana. Um dos contos, “O Adultério”, foi adaptado para o cinema, com Otávio Augusto, Suzana Faini e Laura Cardoso.
Aos 85 anos, a intérprete de Yolanda não pretende viver de lembranças. “Sinto muita falta de trabalhar, muita, muita. Gosto muito de cinema, gostaria de fazer de novo”, diz Fomm, fã de Bette Davis, Joan Crawford e Ingrid Bergman.
A atriz tem apenas sua aposentadoria como fonte de renda e leva uma vida modesta. “Não consegui [formar um patrimônio]. Queria mais dinheiro e mais trabalho.” Quem cuida dela e de sua vida financeira é o filho, o ator Gabriel Fomm.
Fomm afirma já não ter disposição para o teatro, dado o esforço físico, mas gostaria de fazer uma vilã que a surpreendesse. Confessa ser pouco simpática aos remakes. “[Por] ciúme. Não quero que mexam nas minhas coisas, quero que as coisas que fiz fiquem comigo.”
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Sem retorno ao serviço militar obrigatório – DW – 12/04/2025

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15 de abril de 2025
A coalizão de entrada do Centro-Right Conservador Partido Democrata Cristão e União Social Cristã (CDU/CSU) foi a favor ou reintroduzindo o recrutamento na Alemanha.
No entanto, seu futuro parceiro no governo, o centro-esquerdo Social -democratas (SPD) Opor o serviço obrigatório – eles favorecem o serviço voluntário. Isso é especialmente verdadeiro para o ministro da Defesa em exercício Boris Pistorius (SPD), que provavelmente manterá seu cargo no novo governo federal.
Assim, o provável futuro chanceler alemão, líder da CDU Friedrich Merzdurante sua apresentação do Acordo de Coalizão, anunciou: “Fortaleceremos o Serviço Militar na Alemanha, seguindo o modelo sueco – a princípio voluntário”.
Após o modelo sueco significaria enviar um questionário a todas as crianças de 18 anos em um determinado ano. Responder ao questionário é obrigatório para homens e voluntário para as mulheres e inclui perguntas sobre fitness e vontade de servir nas forças armadas. As respostas ajudarão a determinar quem será convidado a passar por um exame físico militar.
“A idéia é selecionar aqueles que são os mais aptos, mais adequados e mais motivados para o serviço militar”, disse Pistorius sobre sua proposta no ano passado.
Isso se destina a restabelecer um “sistema de registro militar”, algo que a Alemanha abandonou quando terminou o recrutamento em 2011.
Um sistema de registro militar foi projetado para coletar informações sobre todos os cidadãos em idade militar, incluindo dados sobre idade, saúde, habilidades e experiência militar-o que é crucial para uma potencial convocação ao dever militar. Sem ele, diz Pistorius, o estado não saberia quem deveria ser convocado no caso de uma crise.
Outro objetivo é tornar o serviço militar mais atraente. O contrato de coalizão afirma otimista: “O respeito por meio de um serviço exigente, combinado com oportunidades de qualificação, aumentará continuamente a disposição de servir nas forças armadas”.
O serviço militar obrigatório existia de 1957 a 2011
O recrutamento foi suspenso em 2011. O número de Bundeswehr Os homens de serviço estavam continuamente diminuindo desde o final do Guerra friaquando o exército tinha meio milhão de soldados. Em vez de se concentrar na defesa nacional, ele se concentrou principalmente em missões estrangeiras. E por isso precisava de tropas experientes-não soldados de 18 anos, convocados por apenas seis meses.
A situação de segurança de hoje é mais uma vez alterada fundamentalmente. Guerra da Rússia contra a Ucrânia; Ataques híbridos em OTAN membros; E o desengajamento do governo dos EUA da Europa – tudo isso reforçou a determinação da Alemanha em melhorar sua posição militar. Isso incluirá o fornecimento de mais armas para o Bundeswehr, para o qual o futuro governo alemão alocou fundos significativos. Mas também quer aumentar o número de soldados de plantão.
Atualmente, o Bundeswehr possui pouco mais de 182.000 membros do serviço ativo. Mas falta pilotos, especialistas em TI e engenheiros elétricos, entre outros. Embora tenha muita oferta – incluindo uma ampla gama de programas de treinamento, viagens de trem gratuitas em cuidados médicos uniformes e gratuitos, muito poucos jovens estão se candidatando a empregos. Existem muitas alternativas no mercado de trabalho alemão, pois luta com a escassez de trabalhadores qualificados. A CDU/CSU e o SPD esperam que o Bundeswehr se torne mais atraente, assim que os jovens encontrarem o assunto da defesa nacional no questionário.
Quantos recrutas o Bundeswehr pode se integrar?
Depois, há também uma questão pragmática subjacente à dependência do futuro do governo no serviço militar voluntário: o Bundeswehr não seria capaz de acomodar e treinar todos os candidatos elegíveis na Alemanha, devido à falta de infraestrutura – em particular, acomodações e instalações de treinamento.
Atualmente, o Exército tem 15.000 pontos disponíveis para o serviço militar voluntário – cerca de 10.000 deles são preenchidos. O Exército só poderia aceitar confortavelmente mais 5.000 soldados voluntários, de acordo com Carsten Breuer, inspetor -geral do Bundeswehr, que acrescenta: “Precisamos de potencial para o crescimento”.
Breuer adverte que, se muitos recrutas foram recrutados de uma só vez, a prontidão operacional do Bundeswehr poderia sofrer. Um comandante de tanque não pode treinar recrutas e também “manter a prontidão operacional para sua batalha no flanco oriental da OTAN”, explicou ele, durante uma discussão realizada no Conselho Alemão de Relações Exteriores (DGAP).
Militares alemães com falta de pessoal procura crescer fileiras
Se a nova abordagem do governo alemão ao serviço militar – que descreve no acordo de coalizão como “inicialmente baseado na participação voluntária” – falhar, ele poderia facilmente retornar ao recrutamento universal. Foi apenas desativado por lei em 2011, não removido da Constituição alemã.
No entanto, o recrutamento se aplicaria apenas aos homens. Para que também se aplique às mulheres, a lei básica precisaria alterar. E isso só seria possível com um voto da maioria de dois terços no Bundestag.
Este artigo foi originalmente escrito em alemão.
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Em meio às cidades mais quentes da UE, enfrentam mais inundações, calor extremo – DW – 15/04/2025

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15 de abril de 2025
Nenhum outro continente está se aquecendo tão rapidamente quanto a Europa. O relatório do Estado Europeu do Clima 2024, divulgado na terça -feira, mostra que o continente quebrou inúmeros registros de temperatura no ano passado, com clima extremo Aumentando a vida de quase meio milhão de pessoas.
O relatórioreunidos por cerca de 100 pesquisadores do Serviço de Mudança Climática de Copernicus da UE e da Organização Meteorológica Mundial, mostra que a temperatura média na Europa aumentou aproximadamente 2,4 graus Celsius (4,3 Fahrenheit) desde a revolução industrial em meados do século XIX. Exceto pela Islândia, onde era mais frio que a média, todo o continente viu temperaturas acima da média.
Globalmente, a temperatura média aumentou 1,3 Celsius, Fazendo 2024 o mais quente desde que os recordes meteorológicos começaram.
“As temperaturas do oceano eram excepcionalmente altas, os níveis do mar continuaram a subir, as camadas de gelo e as geleiras continuaram a derreter”, disse Samantha Burgess, um dos principais autores do relatório, falando com repórteres.
“Tudo isso como concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa continuaram aumentando, atingindo os níveis recordes novamente em 2024. Desde a década de 1980, a Europa está aquecendo duas vezes a taxa média global”, acrescentou.
2024 vê calor recorde de verão
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Inundações, pessoas extremas em risco de calor, cidades
As temperaturas recordes tiveram conseqüências abrangentes em 2024. “Não é apenas um número médio de temperatura global. Realmente tem um impacto na escala regional e local”, disse Florence Rabier, diretor-geral do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Caminhão, que contribui para Copérnico.
Seja por inundações, ondas de calor, tempestades ou seca, a vida dos cerca de 750 milhões de pessoas da Europa estão sendo cada vez mais moldadas por clima extremo -alimentado por causado pelo ser humano mudança climática.
Grandes inundações na região de Valência da Espanha Em outubro passado e novembro, mataram mais de 220 pessoas. A quantidade de chuva forte, que quebrou todos os registros anteriores em apenas algumas horas, deixou para trás casas, carros e infraestrutura destruídos, com o governo espanhol até agora comprometendo 16 bilhões de euros (US $ 18 bilhões) em ajuda e compensação de reconstrução.
Apenas um mês antes, chuvas persistentes de Storm Boris causou inundações extensas em vilas e cidades de oito países na Europa Central e Oriental. Estima -se que 413.000 pessoas foram afetadas em toda a Europa no ano passado devido a inundações e tempestades, com cerca de 335 perdendo suas vidas.
Ao mesmo tempo, a Europa inchou o segundo número mais alto de dias com extremo estresse térmico já registrado. A Europa Oriental, em particular, estava especialmente quente e seca, e o sul da Europa viu longas secas, mesmo nos meses de inverno.
Na Europa Ocidental, por outro lado, choveu mais do que em quase qualquer ano desde 1950. A forte chuva, combinada com condições de seca, aumentou acentuadamente o risco de inundações. Os solos ressecados, assados com força pelo sol, são incapazes de absorver grandes volumes de água Em um curto espaço de tempo, rapidamente levando a condições perigosas de inundação.
A Europa – e especialmente as cidades – precisa se adaptar à mudança do clima
“Toda fração adicional de um grau de aumento da temperatura é importante, porque acentua os riscos para nossas vidas, economias e para o planeta”, disse Celeste Saulo, chefe da Organização Meteorológica Mundial. “A adaptação é uma obrigação.”
Apesar das tendências climáticas preocupantes, As emissões globais de gases de efeito estufa de estufa continuaram a aumentar. Mas o relatório de terça -feira destaca um vislumbre de boas notícias: em 2024, A produção de energia renovável na Europa atingiu uma nova altacom cerca de 45% da energia proveniente de fontes amigáveis ao clima, como solar, vento e biomassa.
Mas quando se trata de viver com o crescente risco de clima extremo e estresse térmico, o relatório alertou que os países europeus precisavam fortalecer os sistemas de alerta precoce e medidas de adaptação climática – o mais rápido possível.
Segundo Burgess, o aquecimento global a longo prazo a mais de 1,5 graus Celsius poderia contribuir para pelo menos 30.000 mortes adicionais na Europa devido ao calor extremo até 2100.
Holanda: Construindo telhados de esponja para evitar inundações
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Os pesquisadores observaram que pouco mais da metade de As cidades européias agora adotaram planos de adaptação climática dedicados Para enfrentar o clima extremo e proteger seus cidadãos – contra 26% há apenas sete anos.
Paris, Milão, Glasgow e cidades na Holanda estão liderando o caminho. Entre outras iniciativas, os líderes da cidade estão criando instalações para proteger as pessoas de calor extremo, expandindo os espaços verdes para ajudar a resfriar as áreas urbanas e construir medidas de proteção contra inundações.
Este artigo foi originalmente escrito em alemão.
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5% dos cânceres dos EUA podem ser causados por radiação de imagem médica – DW – 15/04/2025

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15 de abril de 2025
O que você precisa saber
- UM NÓS O estudo diz que a tomografia computadorizada pode ser responsável por 1 em 20 Câncer Casos diagnosticados a cada ano se o uso excessivo atual não mudar.
- As varreduras de TC são uma ferramenta essencial usada para diagnosticar uma série de condições médicas, mas a exposição ionizante da radiação ocorre como resultado.
- O uso rigoroso da tomografia computadorizada pode ajudar a mitigar o risco.
Os pesquisadores dos EUA estão alertando sobre os riscos potenciais das tomografias, um método padrão usado para criar imagens detalhadas do corpo para o diagnóstico de doenças.
A tomografia computadorizada (TC ou CAT) usa raios-X para criar uma imagem tridimensional de um paciente.
O scanner parece um tubo grande. Um paciente deitado em uma mesa é movido para dentro do scanner e os instrumentos de raios-X dentro da máquina são usados para tirar centenas de fotos do corpo.
O método é diferente da ressonância de imagem magnética (ressonância magnética), embora o equipamento do tipo tubo usado para digitalizar o paciente seja semelhante. Em vez disso, os scanners de ressonância magnética usam ímãs poderosos para enviar ondas de rádio através do corpo para criar imagens.
Ambos habilitam imagens altamente detalhadas do corpo humano a ser produzido.
No entanto, a exposição a raios-X vem com riscos.
“A CT pode salvar vidas, mas seus danos em potencial são frequentemente negligenciados”, disse Rebecca Smith-Bindman, radiologista da Universidade da Califórnia em São Francisco, que foi pesquisadora líder no estudo.
A revolução de raios-X
Por que os raios X danos
O espectro eletromagnético é dividido em radiação de diferentes comprimentos de onda.
No centro está o espectro visível – a luz que animais como nós podem perceber – incluindo comprimentos de onda que vemos como vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta.
Mas ondas eletromagnéticas também existem em ambos os lados do espectro visível. De um lado, a radiação de baixa frequência e comprimento de onda longa. Esta radiação inclui ondas de rádiomicroondas e infravermelho, e é menos enérgico que a luz visível. As ondas de rádio são usadas pela ressonância magnética.
Do outro lado, há radiação de alta frequência e comprimento de onda que inclui raios ultravioleta (UV), raios-X e raios gama. Estes são mais enérgicos que a luz visível.
É essa radiação de alta frequência-conhecida como radiação “ionizante”-que representa um risco à saúde.
A radiação ionizante pode tirar átomos de seus elétrons. Isso significa que ele tem energia suficiente para danificar o tecido no nível molecular. Nos seres humanos, esse dano pode levar a uma série de questões, incluindo câncer. UV é comumente conhecido como risco à saúde devido à exposição ao sol, por exemplo.
Embora os raios-X sejam formas de radiação de alta energia, elas também são uma ferramenta essencial para fornecer profissionais médicos com idéias vitais sobre as condições do paciente.
1 em cada 20 cânceres poderia um dia ser rastreado para uso da tomografia computadorizada
O Nova pesquisa modelou a probabilidade de desenvolver câncer em 61,5 milhões de pacientes nos EUA que receberam uma tomografia computadorizada.
O modelo estimou que cerca de 103.000 diagnósticos de câncer poderiam resultar da exposição à TC ao longo da vida útil dos pacientes estudados. Isso equivale a cerca de 5% do número total de novos casos anualmente nos EUA, assumindo nenhuma alteração na taxa de uso da TC e achados do câncer.
As varreduras de TC estão sendo usadas cada vez mais frequentemente como uma ferramenta de diagnóstico – um aumento de 30% desde 2007. A frequência de varredura também aumenta com a idade, com os de 60 a 69 anos tendo mais do que outros grupos.
Seu corpo pode não sobreviver a uma viagem a Marte
A análise também descobriu que a TC do abdômen e da pelve tinha maior probabilidade de resultar em câncer entre adultos, enquanto as varreduras da cabeça eram o maior risco para as crianças.
As crianças submetidas a tomografia computadorizada antes de seus primeiros aniversários ocorreram 10 vezes maior risco de desenvolver câncer do que qualquer outra faixa etária.
“Nossas estimativas colocaram a TC em pé de igualdade com outros fatores de risco significativos, como consumo de álcool e excesso de peso corporal”, disse Smith-Bindman. “Reduzir o número de varreduras e reduzir doses por varredura salvaria vidas”.
As varreduras de TC têm algum risco, mas os benefícios são valiosos
Os dados obtidos no estudo se aplica aos pacientes dos EUA e ao sistema médico americano.
Smith-Bindman apontou o uso indevido da TC como uma ferramenta de diagnóstico, incluindo varredura desnecessária ou excessiva, incluindo aqueles usados para infecções respiratórias ou dores de cabeça.
Ela também destacou variações nas doses de radiação usadas para realizar efetivamente a varredura, dizendo que alguns pacientes recebem quantidades excessivas que não são clinicamente necessárias.
Outros profissionais do campo concordam que o uso indevido de tomografiantes de tomografia computadorizada podem representar riscos para os pacientes.
“É um fato bem estabelecido que a radiação de alta energia causa câncer”, disse Pradip Deb, especialista em segurança de radiação da RMIT University, Austrália, que não estava envolvido no estudo.
Deb disse que, embora seja comum que a radiação ionizante como os raios-X pode danificar o DNA e que o aumento da exposição pode exacerbar a gravidade desse dano, não está claro como isso funcionaria para os indivíduos.
“Nem todo mundo exposto à radiação terá câncer”, disse Deb.
Embora existam riscos associados à exposição à radiação, a tomografia computadorizada permanece inestimável para o diagnóstico de problemas de saúde que – quando abordados – podem melhorar a qualidade de vida.
“O risco estimado (de exposição) às vezes pode causar pânico entre os pacientes que estão se beneficiando da radiação”, disse Deb. “As radiações são usadas rotineiramente para o diagnóstico e tratamento do câncer. Este estudo estabeleceu claramente a importância de limitar a dose de radiação sempre que possível e de evitar exames de TC desnecessários se outros procedimentos de baixa radiação ou não-radiação puderem fazer o mesmo trabalho”.
Editado por: Derrick Williams
Mulheres na medicina – as lacunas de pagamento e poder
Fonte
Riscos projetados de câncer ao longo da vida da imagem de tomografia computadorizada atual
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