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Justiça do Rio determina o bloqueio de bens da pre…

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Lucas Mathias

A Justiça do Rio determinou, nesta quarta-feira, 25, o bloqueio de bens da prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado (PV), em meio a um colapso no sistema de saúde da cidade, que fica na Região dos Lagos do estado fluminense. A medida, cumprida após pedido do Ministério Público do Rio, se estende também ao chefe da pasta no município, Bruno Alpacino Velame Reis. E foi tomada depois de os gestores descumprirem liminar que exigia que os serviços médicos fossem regularizados. Com cenário precário nos últimos meses, a Saúde pública local enfrenta atendimentos suspensos, falta de insumos básicos e atraso em pagamentos a servidores, apesar dos 55 milhões de reais enviados pelo Ministério da Saúde à Prefeitura, há um ano.

A decisão favorável ao MP do Rio faz parte de ação ajuizada pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Cabo Frio, e foi confirmada durante o plantão judiciário de Natal. Além do bloqueio de bens, a prefeita e o secretário de Saúde terão que pagar multa fixada em 100 mil reais por dia, retroativa à data de sua intimação, totalizando até aqui 550 mil para cada um, pelos cinco dias de descumprimento. 

A liminar, descumprida até aqui pela gestão de Magdala Furtada, foi concedida em 19 de dezembro e atendeu a uma ação civil pública movida pelo MPRJ, em meio à crise na Saúde local. No fim de novembro, por exemplo, servidores da área fizeram protesto na cidade e cobraram uma resposta da prefeita pelo atraso nos salários do mês anterior, além da primeira parcela do 13º salário. Também foi constatada a falta de medicamentos e materiais de limpeza, além de condições inadequadas para os profissionais. 

Quando atendeu o pedido do MP do Rio, a Justiça já havia determinado que a Prefeitura de Cabo Frio restabelecesse o atendimento integral em hospitais, UPAs e unidades básicas, garantindo a presença de medicamentos, insumos e equipes completas. No entanto, inspeções realizadas pelo órgão, em conjunto com o CREMERJ, comprovaram o descumprimento das determinações, deixando a população exposta a condições precárias de atendimento.

Para o promotor André Luiz Farias, responsável pela ação, a negligência dos réus reflete um desrespeito ao direito constitucional à saúde. “A inércia dos gestores diante de uma decisão judicial clara e vinculante representa uma grave violação ao direito fundamental da população”, enfatizou.

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Verba milionária 

O colapso no setor acontece apesar da verba milionária enviada à Prefeitura de Cabo Frio em dezembro de 2023. Na ocasião, o Ministério da Saúde, chefiado pela ministra Nísia Trindade, destinou 55 milhões de reais à cidade, por meio de uma portaria divulgada e comemorada pela mandatária local. 

Um mês depois, já em janeiro deste ano, o filho de Nísia, Márcio Lima Sampaio, foi nomeado como secretário municipal de Cultura de Cabo Frio, conforme publicado no Diário Oficial da cidade.



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POLÍTICA

A resposta da Câmara à decisão de Dino que suspend…

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A resposta da Câmara à decisão de Dino que suspend...

Gustavo Maia

A Advocacia da Câmara dos Deputados enviou na madrugada desta sexta-feira ao ministro Flávio Dino, do STF, uma manifestação de 22 páginas [leia a íntegra abaixo] em resposta à decisão da última segunda-feira que suspendeu o pagamento o pagamento de 4,2 bilhões de reais em emendas de comissão da Casa, que foram “apadrinhadas” por 17 líderes de bancadas em ofícios ao Palácio do Planalto.

No documento, a Câmara afirma que a alegação de que 5.449 emendas foram indicadas sem aprovação das comissões, que tiveram as reuniões suspensas até o dia 20 de dezembro, inviabilizando as deliberações, “não corresponde à verdade e revela profundo desconhecimento do processo legislativo orçamentário”.

“Essas informações imprecisas e descontextualizadas impedem a correta apreciação e valoração dos fatos. Nesta oportunidade, esta Casa retificará os fatos e circunstâncias”, afirma a Advocacia, em referência à provocação dos partidos PSOL e Novo, da Associação Contas Abertas, da Transparência Brasil e da Transparência Internacional – Brasil.

“Demais disso, quanto às falas de parlamentares questionando o processo de aprovação de emendas de comissão, há de se considerar que atendem aos anseios, plataformas e propósitos políticos de cada um, não podendo ser tomados como denúncias, em especial quando dissociados da realidade posta nos autos do processo”, prossegue.

Na sequência, a Advocacia destaca que “desde já se rejeita qualquer imputação de tentativa de descumprimento da decisão do Tribunal”. “Nestes autos, a Câmara dos Deputados tem agido de maneira cooperativa e de boa-fé, em sincero diálogo institucional com os Poderes Executivo e Judiciário para aprimorar o processo de elaboração e execução orçamentária de maneira transparente e eficiente”, diz a manifestação, assinada pelo advogado da Câmara Jules Michelet Pereira Queiroz e Silva.

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Na noite desta quinta, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou em pronunciamento após reunião semipresencial com líderes para tratar da decisão de Dino que os atos obedeceram a decisões do Supremo Tribunal Federal e ao acordo entre Poderes pela transparência, rastreabilidade e publicidade dos repasses.

Em outro trecho da manifestação, o advogado diz que a manutenção das medidas determinadas na decisão “pode causar danos e riscos de descontinuidade de serviços públicos fundamentais, notadamente na saúde”.

Ao final da resposta, a Câmara apontou que as atas de aprovação das emendas de comissão solicitadas pelo ministro estão publicadas no site da Casa, reproduzindo o link e que esta petição e seus anexos foram encaminhados à Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

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“Feitos esses esclarecimentos, pleiteia-se a reconsideração ou revogação de todas as medidas determinadas na decisão de 23 de dezembro, considerando que o procedimento questionado, amparado pela Portaria Conjunta MF/MPO/MGI/SRI-PR n. 115, de 10 de dezembro de 2024, pelo Parecer de Força Executória n. 00506/2024/SGCT/AGU e pelo Parecer n. 16/2024/SAECO/SAJ/CC/PR, é integralmente legal e legítimo”, conclui a manifestação.

Veja a manifestação na íntegra a seguir:





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Câmara diz que seguiu regras e pede liberação de…

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Câmara diz que seguiu regras e pede liberação de...

Da Redação

A Câmara dos Deputados enviou ao ministro do STF Flávio Dino, nesta sexta-feira, 27, um documento  para defender a legalidade das emendas parlamentares e solicitar a revogação da suspensão do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.

No ofício, a advocacia da Câmara diz que “não procedem os argumentos de que a deliberação das emendas de comissão é oculta ou fantasiosa, já que está detalhadamente documentada nos autos, com publicação ampla na internet”, que a suspensão do funcionamento das comissões entre os dias 12 e 20 de dezembro não teve relação com as emendas e que é “praxe nesta Casa, quando se verifica a necessidade de apreciação pelo Plenário de matérias urgentes e relevantes para o País”.

O documento diz ainda que os líderes partidários, ao confirmar as emendas já indicadas pelas comissões, se basearam “em entendimentos uniformes de seis consultorias jurídicas do Poder Executivo” – e, por isso, não houve desobediência à decisão do STF. “Se houve no mínimo uma compreensão equivocada da determinação do Tribunal, é lícito concluir que há espaço interpretativo para tanto, visto que seis órgãos jurídicos assim entenderam e assim orientaram as Casas Legislativas”, diz a Câmara.

A resposta da casa ocorre após uma reunião do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) com líderes partidários e outro encontro com o presidente Lula

Segundo Lira, os atos do Congresso, que oficializaram o “apadrinhamento” de emendas parlamentares por líderes das duas Casas, obedeceram a decisões do Supremo Tribunal Federal e ao acordo entre Poderes pela transparência, rastreabilidade e publicidade dos repasses.

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“Precisamos relembrar que tudo que foi feito foi feito em cumprimento à decisão anterior do Supremo Tribunal Federal, foi observando a lei complementar 210, sancionada pelo presidente da República, e, mais do que isso, o procedimento do encaminhamento da relação do apadrinhamento dos líderes da Câmara e dos líderes do Senado obedeceram a um critério rigoroso de análise da Casa Civil, da SAJ, do Ministério da Fazenda, do Planejamento e da AGU”, disse o deputado.

Apadrinhamento

A decisão de Dino atinge o pedido de liberação de emendas feito pela Câmara no último dia 12. A casa enviou ao governo com a assinatura de 17 líderes de partidos com pedido de execução dos R$ 4,2 bilhões que já estavam previstos no Orçamento de 2024, mas estavam bloqueados desde agosto pelo Supremo.

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O documento com a assinatura dos líderes foi enviado pela Câmara no mesmo dia em que Lira determinou a suspensão de reuniões das comissões da Casa com o argumento de dar celeridade às tramitações das pautas econômicas no plenário. Assim, segundo presidentes dos colegiados, as novas indicações não passaram pelo referendo dos grupos. Segundo Lira, as emendas em questão, que deveriam ser aprovadas por comissões temáticas, seguiram “critério rigoroso”.

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“Pergunto o que era mais importante nessas semanas: debater emendas ou dar segurança jurídica ao corte de gastos? Há tranquilidade de que a Câmara só agiu com base em acordos entre os poderes. Tudo foi submetido à SAJ (Secretaria de Assuntos Jurídicos do Palácio do Planalto) e aos ministérios”, afirmou o parlamentar.



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Gastos da Câmara com viagens oficiais de deputados…

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Gastos da Câmara com viagens oficiais de deputados...

Gustavo Maia

Dados divulgados pela página de transparência da Câmara dos Deputados revelaram a redução de quase 40% nos gastos da Casa com viagens oficiais dos parlamentares em 2024, na comparação com o ano passado.

A queda de 39,45% representa uma diminuição de 2,4 milhões de reais, entre os 6,124 milhões de 2023 e os 3,708 milhões deste ano — em que, vale lembrar, houve eleições municipais.

Cada deputado tem direito a receber diárias quando viaja em missão oficial. Nas viagens nacionais, o valor é de 842 reais.

Já nas internacionais, o valor da diária é de 391 dólares (cerca de 2.400 reais, na cotação atual) para países da América do Sul, e de 428 dólares (aproximadamente 2.630 reais) para outros países.





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