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Leia íntegra da primeira delação de Mauro Cid – 25/01/2025 – Poder
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Ana Gabriela Oliveira Lima
No depoimento que embasou a primeira parte da delação que implicou Jair Bolsonaro (PL) na investigação da trama golpista, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou à Polícia Federal, em agosto de 2023, que o ex-presidente trabalhava com duas hipóteses para reverter o resultado da eleição do presidente Lula (PT).
Uma seria encontrar fraudes nas urnas, o que um grupo próximo a Bolsonaro não conseguiu fazer, e outra seria convencer as Forças Armadas a aderirem a um golpe de Estado.
Conforme a íntegra do depoimento obtida pelo colunista Elio Gaspari, Cid citou grupos próximos a Bolsonaro que eram radicais em maior ou menor grau, com alguns deles apoiando diretamente a realização do golpe.
O tenente-coronel cita como parte da ala mais radical e que conversava “constantemente com o ex-Presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado” a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ambos já aventados para concorrer à Presidência nas eleições de 2026, uma vez que Jair Bolsonaro segue inelegível.
Depois do primeiro depoimento de agosto de 2023 que consolidou a delação, Cid prestou novos depoimentos ao longo dos meses à PF, para fornecer mais detalhes e ajustar dúvidas da investigação.
O relatório final foi concluído no final de 2024, quando Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas sob suspeita de participação na trama golpista (depois, mais três militares também foram indiciados). Michelle e Eduardo ficaram de fora da lista final contra quem a PF considerou haver indícios suficientes para prosseguir com a acusação.
Leia a íntegra do depoimento à PF que embasou a primeira delação de Mauro Cid contra Bolsonaro (a transcrição abaixo mantém os erros de português e de digitação, assim como a disposição de letras maiúsculas e minúsculas que constam do documento):
O COLABORADOR MAURO CESAR BARBOSA CID, assessorado por seus advogados, manifestou intenção de colaborar, nos termos da lei 12.850/2013, com as investigações desenvolvidas no âmbito os Inquéritos Policiais 2020.0075332 – CGCINT/DIP/PF (Ing. 4781/DF) e 2021.0052061 – CGCINT/DIP/PF (Inq. 4874/DF), que tramitam no Supremo Tribunal Federal, relacionados ao seguintes tópicos: a) ataques virtuais a opositores; b) ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de votação e à higidez do processo eleitoral; c) tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; d) ataques às vacinas contra a Covid-19 e as medidas sanitárias na pandemia e; f) uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens, o qual se subdivide em: f.1) uso de suprimentos de fundos (cartões corporativos) para pagamento de despesas pessoais e; f.2) Inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde para falsificação de cartões de vacina; e f.3) Desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República, JAIR MESSISAS BOLSONARO, ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito; g) outros tópicos que possam surgir no transcorrer da investigação.
A presente oitiva não exaure a coleta de dados relativa aos fatos apurados, em razão da dimensão da investigação referente aos eixos de atuação. O presente ato de colaboração será gravado em mídia audiovisual para garantir a fidelidade das informações prestadas, podendo seu conteúdo ser utilizado nas referidas investigações. Ademais, também será reduzido a termo como forma de facilitar o acesso ao conteúdo pelo juízo e demais atores. Inquiridoa respeito dos fatos investigados no presente ato, o senhor, na presença de seus advogados, reafirma a renuncia ao direito de permanecer em silêncio e o compromisso legal de dizer a verdade?
A Polícia Federal conduz investigação que apura a prática de atos relacionados a uma possível tentativa de execução de um Golpe de Estado e Abolição violenta do Estado Democrático de Direito ocorridos após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Nesse sentido, INDAGADO sobre os elementos que têm conhecimento em relação aos referidos fatos investigados, respondeu QUE depois que acabou o período eleitoral, o então Presidente JAIR BOLSONARO recebia diversas pessoas, sempre no Palácio da Alvorada; QUE as pessoas que visitavam o então Presidente formavam três grupos distintos; QUE tinha um grupo bem conservador, de linha bem política; QUE aconselhavam o Presidente a mandar o povo para casa, e colocar-se como um grande líder da oposição; QUE diziam que o povo só queria um direcionamento; QUE para onde o PRESDENTE mandasse, o povo iria; QUE o grupo era formado pelo Senador FLÁVIO BOLSONARO, o AGU BRUNO BIANCO, CIRO NOGUEIRA (então Ministro da Casa Civil) e o Brigadeiro BATISTA JUNIOR (então Comandante da Aeronáutica); QUE o outro grupo era formado por pessoas moderadas; QUE apesar de não concordar com o caminho que o Brasil estava indo, com abusos jurídicos, prisões e não concordar com a condução das relações institucionais que ocorriam no país, entendiam que nada poderia ser feito diante do resultado das eleições: QUE qualquer coisa em outro sentido seria um golpe armado; QUE representaria um regime militar por mais 20, 30 anos; QUE esse grupo era totalmente contra isso; QUE o grupo se subdividia em dois: QUE um primeiro grupo era composto basicamente por generais da ativa que tinham mais contato com o então Presidente da República JAIR BOLSONARO; QUE eram as pessoa que o então PRESIDENTE mais gostava de ouvir; QUE o grupo era composto pelo COMANDANTE DO EXÉRCITO GENERAL FREIRE GOMES; pelo GENERAL ARRUDA, chefe do DEC -Departamento de Engenharia e Construção; pelo GENERAL TEOFILO, chefe do COTER- Comando de Operações Terrestres; pelo GENERAL PAULO SERGIO, então Ministro da Defesa; QUEesse grupo temia que o grupo radical trouxesse um assessoramento e levasse PRESIDENTE JAIR BOLSOANRO assinar uma “doidera”: QUE o GENERAL FREIRE GOMES estava muito preocupado com essa situação, com que poderia acontecer com esse pessoal que ia para o Palácio da Alvorada; QUE estavam preocupados com o grupo radical que estava tentando convencer o então Presidente a fazer “alguma coisa”, um golpe:QUE havia um outro grupo de moderados que entendia que o ex-Presidente deveria sair do país; QUE o próprio colaborador sugeriu que o ex-presidente deveria sair do país; QUE o grupo era composto pelo PAULO JUNQUEIRA, empresário do agronegócio, que financiou a viagem do presidente para os EUA; por NABAN GARCIA, que ocupou algum cargo na secretaria de agricultura, e por fim o senador MAGNO MALTA que tinha uma posição mais radical e se juntou ao referido grupo entendendo que o presidente deveria deixar o país; QUE o terceiro grupo, denominado pelo colaborador como “radicais”, era dividido em dois grupos; Que o primeiro subgrupo “menos radicais” que queriam achar uma fraude nas urnas; QUE o segundo grupo de “radicais” era a favor de um braço armado. QUE gostariam de alguma forma incentivar um golpe de Estado; QUE queria que ele assinasse o decreto; QUE acreditavam que quando o Presidente desse a ordem, ele teria apoio do povo e dos CACS: QUE “romantizavam” o art. 142 da Constituição Federal como o fundamento para o Golpe de Estado: QUE o primeiro grupo que defendia a identificação de uma possível fraude nas umas era o que o ex-Presidente mais pressionava; QUE JAIR BOLSONARO queria uma atuação mais contundente do GENERAL PAULO SÉRGIO em relação à Comissão de Transparência das eleições montada pelo Ministério da Defesa; QUE JAIR BOLSONARO queria que o documento produzido fosse “duro”: QUE o grupo era composto pelo GENERAL PAZZUELLO, pelo PRESIDENTE DO PL VALDEMAR DA COSTA NETO, pelo MAJOR DENICOLE e por um grupo de pessoas que prestavam assessoramento tecnico: QUE nessa época após o segundo tumo, recebiam muitas informações de fraudes; QUE o presidente repassa as possíveis denúncias para os GENERAIS PAZZUELLO e PAULO SERGIO para que fossem apuradas; QUE o grupo tentava encontrar algum elemento concreto de fraude, mas a maloria era explicada por questões estatísticas: QUE as informações estatísticas foram tratadas pelo MAJOR DENICOLE: QUE O MAJOR DENICOLE era quem geralmente trazia os dados ao ex-presidente; QUE o grupo não identificou nenhuma fraude nas umas; QUE a única coisa substancial que encontraram foi a questão das umas antigas que ensejou a ação do PL; QUE o Senador HEINZ, que também integrava esse grupo, usava um documento do Ministério Publico militar que dizia que como o país estava em GLO, para garantia das eleições, o Senador entendia que as forças armadas poderiam pegar uma uma, sem autorização do TSE ou qualquer instancia judicial, para realização de testes de integridade; QUE o senador encaminhava esse entendimento tanto ao Colaborador, quanto ao ex-presidente JAIR BOLSONARO para que repassassem esse entendimento ao Ministro da Defesa; QUE o ex- presidente não encampou esse entendimento; QUE o ex-Diretor-Geral da PRF SILVINEI VAQUES era politizado; QUE ele comparecia a todos os eventos políticos; QUE ele esteve com o ex-Presidente por algumas ocasiões durante o período pré-eleitoral; QUE não informar o que tratavam; QUE a questão de compra de votos era um preocupação constante do ex-Presidente; que reclamava de maneira genérica; QUE não participava das reuniões entre o ex-Presidente e os Ministros e os Generais; QUE esse grupo tinha ligação com o Argentino; QUE quanto a parte mais radical, não era um grupo organizado, eram pessoas que se encontravam com presidente, esporadicamente, com a intenção de exigir uma atuação mais contundente do então Presidente; QUE uma dessas pessoas era FELIPE MARTINS, ex-assessor internacional do ex-presidente e ligado à área mais ideológica; QUE FELIPE MARTINS vinha acompanhado de um jurista, que não se recorda um nome; QUE o colaborador se recorda que o referido jurista escreveu livros sobre Garantias Constitucionais; QUE os encontros ocorreram em meados de novembro de 2022; QUE em um dos encontros o jurista também foi acompanhado de um padre; QUE foram mais de dois encontros dessas pessoas com o ex-Presidente JAIR BOLSONARO; QUE FELIPE MARTINS juntamente com esses juristas apresentaram um documento ao Presidente JAIR BOLSONARO, no Palácio da Alvorada; QUE o documento tinha várias páginas de “considerandos”, que retratava as interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e no final era um decreto que determinava diversas ordens que prendia todo mundo; QUE determina as prisões dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dentre eles ALEXANDRE DE MORAES, GILMAR MENDES e outros; QUE determinava também a prisão do Presidente do Senado RODRIGO PACHECO e de outras autoridades que de alguma forma se opunham ideologicamente ao ex-presidente; QUE decretava novas eleições; QUE não dizia quem iria fazer, mas sim, o que fazer, QUE o ex-presidente recebeu o documento, leu e alterou as ordens, mantendo apenas a prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições devido a fraude no pleito; QUE o colaborador teve ciência do documento quando FELIPE MARTINS apresentou ao colaborador o documento impresso e de forma digital para que fossem feitas as correções; QUE FELIPE MARTINS tinha uma versão digital em seu notebook, que levou para a reunião; QUE FELIPE MARTINS não alterou o documento, conforme pedido pelo então PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, naquele momento; QUE alguns dias depois FELIPE MARTINS retomou juntamente com o jurista trazendo o documento alterado conforme solicitado pelo então PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, no Palácio da Alvorada; QUE o presidente concordou com os termos ajustados e em seguida mandou chamar, no mesmo dia, os Generais, comandantes das forças; QUE participaram o ALMIRANTE GARNIER, GENERAL FREIRE GOMES e o BRIGADEIRO BATISTA JUNIOR; QUE nessa reunião com os Generais o presidente apresentou apenas os “considerandos” (fundamentos dos atos a serem implementados) sem mostrar as ordens a serem cumpridas (prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições); QUE na reunião com as Generais, FELIPE MARTINS foi explicando cada item; QUE o colaborador participou da reunião, operando a apresentação no computador; QUE o ex-presidente queria pressionar as Forças Armadas para saber o que estavam achando da conjuntura; QUE queria mostrar a conjuntura do país: QUE o colaborador saiu da sala, não participando do restante da reunião QUE depois o GENERAL FREIRE GOMES relatou ao colaborador o conteúdo do que conversaram; QUE o ex-presidente apresentou o documento aos GENERAIS com intuito de entender a reação dos comandantes das forças em relação ao seu conteúdo; QUE o ALMIRANTE GARNIER, comandante da Marinha, era favorável a um intervenção militar, afirmava que a Marinha estava pronta para agir: QUE aguardava apenas a ordem do ex-presidente JAIR BOLSONARO; QUE no entanto, o ALMIRANTE GARNIER condicionava a ação de intervenção militar à adesão do Exército, pois não tinha capacidade sozinho; QUE o Brigadeiro BATISTA JUNIOR, comandante da aeronáutica, era terminantemente contra qualquer tentativa de golpe de Estado; QUE afirmava de forma categórica que não ocorreu qualquer fraude nas eleições presidenciais; QUE o GENERAL FREIRE GOMES, era um meio-termo dos outros dois Generais; QUE ele não concordava como as coisas estava sendo conduzidas; QUE no entanto, entendia que não caberia um golpe de Estado, pois entendia que as instituições estavam funcionando; QUE não foi comprovado fraude nenhuma; QUE não cabia às Forças Armadas realizar o controle Constitucional; QUE dizia que estavam “romantizando” o art. 142 da CF; QUE dizia que tudo que acontecesse seria um regime autoritário pelos próximos 30 anos, decorrente de um Golpe Militar, QUE o ex-Presidente teve várias reuniões com os Generais; QUE o ex- Presidente JAIR BOLSOANRO não queria que o pessoal saísse das ruas; QUE o ex- Presidente JAIR BOLSOANRO tinha certeza que encontraria uma fraude nas umas eletrónicas e por isso precisava de um clamor popular para reverter a narrativa; QUE o ex- Presidente estava trabalhando com duas hipóteses: a primeira seria encontrar uma fraude nas eleições e a outra, por maio do grupo radical, encontrar uma forma de convencer as Forças Armadas a aderir a um Golpe de Estado; QUE o ex-Presidente não interferia nos manifestantes que estavam nas ruas; QUE o ex-Presidente pediu apenas para que os caminhoneiros não parassem o país; QUE acredita que os militares não adeririam a uma ideia de golpe de Estado; QUE como não teve apoio dos Comandantes do Exército e da Aeronáutica, a proposta de FELIPE MARTINS não foi executada: QUE acredita que o ex- Presidente não assinaria esse documento; QUE as outras pessoas que integravam essa ala mais radical era composta pelo ex-ministro ONIX LORENZONE, pelo atual SENADOR JORGE SEIFF, o ex-ministro GILSON MACHADO, SENADOR MAGNO MALTA, DEPUTADO FEDERAL EDUARDO BOLSONARO, GENERAL MARIO FERNANDES (secretário executivo do General RAMOS); QUE GENERAL MARIO FERNANDES atuava de forma ostensiva, tentando convencer os demais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado; QUE compunha também o referido grupo a ex- primeira dama MICHELE BOLSONARO; QUE tais pessoas conversavam constantemente com o ex- Presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado; QUE afirmavam que o ex-Presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe; QUE não sabe se essas pessoas levavam documentos para o ex-Presidente; QUE não presenciou todos os encontros dessas pessoas radicais com o ex-Presidente; QUE o GENERAL BRAGA NETO conversava constante com o ex-Presidente; QUE ele seria o elo entre os manifestantes e o ex-Presidente; QUE o GENERAL BRAGA NETO atualizava o ex-Presidente sobre as manitestações; QUE não sabe informar se o GENERAL BRAGA NETO tinha contato com AILTON BARROS; INDAGADO sobre pessoas que exerciam influência em relação às pessoas acampadas e que entraram no Palácio do Alvorada, responde QUE no dia 12/12/2022, após a prisão do CACIQUE SERERE, na saída do palácio da Alvorada, as pessoas de BISMARK e PAULO SOUZA, integrantes do canal do YouTube HIPÓCRITAS e OSWALDO EUSTAQUIO, com meo de também serem presos, ligaram para o ex-presidente JARI BOLSONARO; QUE JARI BOLSONARO mandou que autorizasem a entrada de BISMARK e PAULO SOUZA e OSWALDO EUSTAQUIO no Palácio da Alvorada; QUE a intenção era evitar que fossem presos; QUE após a advertência do colaborador de que a permanência de OSWALDO EUSTÁQUIO no Palácio da Alvorada poderia causar problemas, o ex-Presidente determinou que um carro da Presidência levasse OSWALDO EUSTÁQUIO para o local que estava hospedado em Brasilia/DF; QUE os integrantes do HIPÓCRITAS jantaram com o ex-Presidente no Palácio da Alvorada; QUE não se recorda se os referidos jornalistas dormiram no Palácio da Alvorada; QUE os integrantes do HIPÓCRITAS tinham contato direto com o ex-Presidente JAIR BOLSONARO; QUE entendiam que os CACs apoiariam o ex-Presidente em uma tomada de decisão, como um tropa civil em caso de um Golpe; QUE o Deputado Federal EDUARDO BOLSONARO tinha mais contato com os CACs.
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Trump suspende as tarifas da Colômbia após o acordo – DW – 27/01/2025
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26 de janeiro de 2025A Casa Branca anunciou no domingo que o presidente dos EUA Donald Trump Não avançaria com tarifas e algumas sanções contra a Colômbia, depois que o país sul -americano concordou em receber migrantes deportados dos EUA, inclusive em aeronaves militares dos EUA.
A Colômbia “concordou com todos os termos do presidente Trump, incluindo a aceitação irrestrita de todos os estrangeiros ilegais da Colômbia retornados dos Estados Unidos, inclusive em aeronaves militares dos EUA, sem limitação ou atraso”, disse o secretário de imprensa Karoline Leavitt em comunicado.
Antes, Trump disse que estava pedindo tarifas punitivas e proibições de viagens na Colômbia, entre outras etapas retaliatórias.
Leavitt disse que as medidas que impuseriam 25% de tarifas a todos os bens colombianos que entram nos Estados Unidos e depois aumentaram para 50% em uma semana “serão mantidos em reserva e não assinados”.
Mas as restrições de visto aos funcionários do governo colombiano permanecerão no local “até que o primeiro plano de deportados colombianos seja devolvido com sucesso”.
A mudança foi desencadeada por Colômbia Recusando a permissão de desembarque para pelo menos dois vôos de deportação dos EUA.
“Essas medidas são apenas o começo”, escreveu Trump em sua plataforma de mídia social, verdade social. “Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais em relação à aceitação e retorno dos criminosos que forçaram aos Estados Unidos”.
Aeronaves militares dos EUA deportam migrantes do Texas
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Os migrantes precisam ser tratados com ‘dignidade’ – presidente colombiano
O presidente colombiano Gustavo Petro disse anteriormente que os vôos que transportam migrantes deportados dos EUA não seriam aceitos até que o governo Trump estivesse estabelecido protocolos que tratavam as pessoas com “dignidade”.
“Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece”, disse Petro. “Foi por isso que devolvi os aviões militares dos EUA que estavam carregando migrantes colombianos”.
Petro acrescentou que seu país receberia colombianos que chegam a aeronaves civis e “sem tratamento como criminosos”.
Mais tarde, a Colômbia se ofereceu para enviar um avião presidencial “para facilitar o retorno humano dos cidadãos colombianos”.
Petro criticou Trump em um post desafiador em X, dizendo “Seu bloqueio não me assusta”. Petro ameaçou 50% de tarifas sobre bens dos EUA após os anúncios comerciais anteriores de Trump em relação ao país sul -americano.
A Colômbia disse então que iria adiante com 25% de tarifas nos bens americanos, após a ameaça de Petro.
Nós para suspender a emissão de vistos para colombianos
Após a recusa de Petro em aceitar os voos, o secretário dos EUA Rubio ordenou prontamente a suspensão da emissão de vistos na seção consular da embaixada dos EUA em Bogotá.
Rubio está emitindo “sanções de viagens a indivíduos e suas famílias, responsáveis pela interferência das operações de voo de repatriamento dos EUA”, disse o Departamento de Estado dos EUA em comunicado, acrescentando que “continuará aplicando e priorizar uma agenda da América. “
A declaração também diz que as medidas permanecerão em vigor até que a Colômbia cumpra sua obrigação de aceitar o retorno de seus cidadãos.
Mike Johnson, o orador republicano da Câmara dos Deputados dos EUA, disse que o Congresso está pronto para aprovar sanções sobre aqueles que não conseguem “aceitar seus cidadãos que estão ilegalmente nos Estados Unidos”.
“O presidente Trump está colocando a América em primeiro lugar, assim como ele disse que faria. E o Congresso implementará políticas que reforçam sua agenda”.
A congressista democrata de Nova York Alexandria Ocasio-Cortez, por outro lado, criticou a decisão de Trump de impor tarifas de retaliação à Colômbia.
“Trump tem tudo a ver com piorar a inflação para os americanos da classe trabalhadora, não melhores”, disse ela.
A Colômbia é um grande exportador de café, o que significa que o café da manhã pode ficar um pouco mais caro para alguns americanos devido às tarifas de Trump.
Voos pousando na Guatemala, Honduras
Entre uma série de promessas de campanha de Trump, estava reprimir aqueles que entram nos EUA ilegalmente.
Dois aviões de carga da Força Aérea C-17 que transportam migrantes removidos dos EUA aterraram na sexta-feira na Guatemala.
No mesmo dia, Honduras recebeu dois vôos de deportação, carregando um total de 193 pessoas.
De acordo com números do grupo de defesa do grupo de defesa da fronteira, a Colômbia aceitou 475 vôos de deportação dos Estados Unidos de 2020 a 2024, quinto atrás da Guatemala, Honduras, México e El Salvador.
Aceitou 124 voos de deportação em 2024.
Os requerentes de asilo temem uma política de fronteira mais rígida dos EUA, deportações
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Honduras chama a reunião Celac ‘urgente’
Após a fila de deportação, o presidente hondurenho Xiomara Castro, no domingo, pediu uma reunião “urgente” da comunidade dos estados da América Latina e do Caribe (CELAC) na próxima semana.
De acordo com um comunicado do governo hondurenho, Petro já confirmou sua participação pessoalmente em Tegucigalpa.
A reunião ocorrerá como Rubio deverá viajar para a América Central – sua primeira viagem ao exterior como o principal diplomata dos EUA.
ESS, KB/WD, DJ (DPA, AFP, Reuters)
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BBB 25: Veja quais duplas estão no paredão – 26/01/2025 – BBB25
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26 de janeiro de 2025 Luísa Monte
São Paulo
Está formado o segundo paredão do BBB 25: Vitória e Mateus, Edy e Raissa e Diego e Daniele estão na disputa pela permanência no reality. Joselma e Guilherme disputaram a prova bate-volta e escaparam da berlinda.
Os líderes Diogo e Vilma indicaram a atriz e seu amigo. Os artistas circenses foram indicados por Camilla e Thamiris, que atenderam ao Big Fone.
Na votação da casa, Diego e Daniele empataram com Renata e Eva no número de votos. Os ginastas foram escolhidos pelos líderes para disputarem o paredão.
Edy e Raissa tiveram direito a um contragolpe e indicaram Guilherme e Delma.
QUEM VOTOU EM QUEM
Vitória e Mateus votaram em Eva e Renata.
Maike e Gabriel votaram em Daniele e Diego Hypolito
Edilson e Raíssa votaram em Daniele e Diego Hypolito
Camilla e Thamiris votaram em Eva e Renata
Eva e Renata votaram em Daniele e Diego Hypolito
João Pedro e João Gabriel votaram em Daniele e Diego Hypólito
Joselma e Guilherme votaram em Gracyanne Barbosa e Giovanna
Aline e Vinícius votaram em Maike e Gabriel
Gracyanne Barbosa e Giovanna votaram em Renata e Eva
Daniele e Diego Hypólito votaram em Renata e Eva
DESEMPATE
Diego e Daniele foram escolhidos pelos líderes.
CONTRAGOLPE
Edy e Raissa puxaram Guilherme e Delma para a disputa.
BATE-VOLTA
Edy e Raissa, Diego e Daniele e Guilherme e Delma tentaram escapar do paredão na prova Bate-Volta. Genro e sogra se salvaram.
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“A contaminação do mundo pelo PFAS forma um desastre perfeito, distópico em todas as suas dimensões”
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26 de janeiro de 2025COs dias, o excesso distópico das notícias às vezes deixa a sensação de que os instrumentos clássicos da imprensa escrita-um certo nível de linguagem, o sentido de nuances e medição, a ponderação-não são mais tudo adaptado ao mundo à medida que avança. Uma vez relatados os fatos, muitas vezes há a sensação de que seu relatório não fez justiça a toda a sua estranheza.
A sequência de eventos que cantaram o dia de 20 de janeiro e a inauguração dos 47e O presidente dos Estados Unidos é o mais recente exemplo-mesmo que seja difícil determinar qual foi o fato mais negado.
Os efeitos da crise ambiental sempre participam mais, também nesse sentimento de irrealidade – sejam as inundações de monstros que devastaram, na Espanha, Valência e sua região, ou a tempestade de fogo que vem de ‘Destruir certos distritos de Los Angeles .
Publicado em meados de janeiro, a pesquisa realizada por O mundo E cerca de trinta mídia européia sobre as consequências da contaminação do meio ambiente por PFAs (por e polifluoroalcilas, ou “poluentes eternos”) abre novos horizontes distópicos para as notícias.
Desta vez, não é uma questão de destruição extraordinária ligada à interrupção do clima, mas à enormidade das operações necessárias para o gerenciamento dessa poluição, que se acumula inexoravelmente em solos, água, fauna, cadeia alimentar e humanos, como O PFAS é produzido e disperso no ambiente.
Um abismo financeiro
Em Zwijndrecht, perto de Antuérpia, na Bélgica, o desastre é tal que um código de cores é atribuído a bairros residenciais, dependendo do seu nível de contaminação. Dois funcionários municipais ajudam os residentes a respeitar toda uma diversidade de instruções destinadas a reduzir sua exposição a essas substâncias, generalizadas por décadas pela fábrica da 3M, instalada nas proximidades.
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