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Lira cobra retratação de CEO do Carrefour e diz que irá pautar ‘reciprocidade’ no Congresso

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Lira cobra retratação de CEO do Carrefour e diz que irá pautar 'reciprocidade’ no Congresso

Em São Paulo, Lira também disse que o Brasil precisa dar uma “resposta clara” ao protecionismo da União Europeia, em especial da França.

— Nos incomoda muito o protecionismo europeu, principalmente da França contra o Brasil, que deverá ter por parte do Congresso Nacional, em sua pauta, a lei da reciprocidade econômica entre países— afirmou o presidente da Câmara, sem detalhar quais medidas poderiam ser adotadas. — Não é possível que o CEO de um grupo importante como o Carrefour não se retrate de uma declaração de praticamente não contratar as proteínas animais advindas e oriundas da América do Sul.

Lira abriu durante a manhã o evento ‘Global Voices’, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na capital paulista. Os comentários sobre o tema não estavam programados no discurso do presidente da Câmara, que disse que faria uma “quebra no protocolo” para endereçar o tema.

Ele ressaltou que o protecionismo da França é “injusto” e que os produtores brasileiros trabalham sobre uma “rígida” lei ambiental”:

— O Brasil, o Congresso Nacional, os empresários e a população têm que dar uma resposta clara para que esse protecionismo exagerado, sobretudo da França, (para que) não seja motivo de injusto protecionismo contra interesses de quem protege (o meio ambiente) debaixo da lei mais rígida com nosso código brasileiro florestal.

  • Lauro Jardim: Ruralistas pregam boicote ao Carrefour após CEO falar em parar de comprar carne do Mercosul

O acirramento das relações comerciais entre produtores brasileiros e o varejo francês teve como estopim texto do CEO do Carrefour publicado nas redes sociais na última quarta-feira em que ele defende um “bloqueio” contra a compra de uma carne que “não respeita suas exigências e padrões”.

A declaração de Alexandre Bompard aconteceu em meio à onda crescente de protestos promovidos por agricultores franceses contra o projeto de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Em reação à fala do executivo, os maiores frigoríficos brasileiros decidiram suspender o fornecimento de carne ao grupo no país, que também comanda a rede Atacadão.

Na última sexta-feira, foi a vez da varejista Les Mousquetaires, dona das marcas Intermarché e Netto, se comprometer a não vender carne bovina, suína e de aves de países da América do Sul e disse que a decisão visava apoiar a comunidade agrícola da França.

  • Avaliação do governo Lula: Acordo mais próximo com União Europeia explica boicote de empresas francesas

Em entrevista à GloboNews, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira, que se sente “feliz” com a reação de frigoríficos brasileiros em suspender o fornecimento de carne ao grupo Carrefour no Brasil.

— Não é pelo boicote econômico. O problema é a forma com que o CEO do Carrefour tratou, o primeiro parágrafo da carta, da manifestação dele, que fala com relação à qualidade sanitária das carnes brasileiras, que é inadmissível falar — afirmou o ministro, acrescentando:

— A França compra carne do Brasil há quarenta anos, só agora que ele foi detectar isso? Então é um absurdo, ainda mais querer fazer barreira comercial (…) Eu estou feliz com a atitude dos nossos fornecedores, se para o povo francês, o Carrefour não serve para comprar carne brasileira, o Carrefour também não compre carne brasileira para colocar nas suas lojas aqui no Brasil.

  • Dosando forças: França e Alemanha acirram rivalidade nas negociações sobre acordo UE-Mercosul

Outro grupo francês, o Tereos, dono do açúcar Guarani no Brasil, também se manifestou contra a aprovação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul nos termos atuais. O CEO Olivier Leducq fez uma publicação contrária ao acordo nas redes sociais, argumentando que a assinatura do texto levaria a uma concorrência desleal entre os produtos agrícolas franceses e os importados do bloco sul-americano.

Durante o G20, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o país “não está isolado” em sua oposição ao estado atual do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, cuja negociação começou em 1999.

Destaque para projetos ambientais

Durante a fala no ‘Global Voices’, Lira também destacou projetos ambientais aprovados no Congresso nos últimos anos. Entre outros, ele citou a Regulamentação do Mercado de Carbono e o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). De acordo com o parlamentar, as medidas tornaram o Brasil “mais integrado” à economia global.

O presidente da Câmara também exaltou a aprovação da Reforma Tributária durante o tempo em que foi presidente da Casa e disse que essa foi uma “vitória política” fruto da capacidade da sociedade brasileira dialogar:

— É um orgulho ter contribuído para isso — pontuou o presidente da Câmara, que acrescentou que a reforma aguarda regulamentações, que devem ser aprovadas nas próximas semanas.

O presidente do sistema CNC, Sesc, Senac, José Roberto Tadros, abriu o evento lembrando que o ‘Global Voices’ é uma oportunidade de promover discussões únicas no dia a dia dos empresários. Ele lembrou que esta é a primeira edição do evento.

— Os empresários devem participar das decisões que vão moldar o futuro do Brasil e da economia global. Conectamos o Brasil aos principais temas de economia e política globais. Queremos buscar soluções inovadoras para sempre estar à frente dos desafios que o setor enfrenta — afirmou.

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China retalia EUA com tarifas sobre produtos – 04/02/2025 – Mundo

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China retalia EUA com tarifas sobre produtos - 04/02/2025 - Mundo

A China impôs nesta terça-feira (4) tarifas sobre importações dos EUA em uma resposta rápida às novas tarifas sobre produtos chineses, renovando uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, enquanto o presidente Donald Trump busca punir o país adversário por não interromper o fluxo de drogas ilícitas.

A tarifa adicional de 10% de Trump sobre todas as importações chinesas para os EUA entrou em vigor nesta terça.

Em poucos minutos, o Ministério das Finanças da China anunciou que imporia taxas de 15% para carvão e GNL dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis. As novas tarifas sobre as exportações dos EUA começarão no dia 10 de fevereiro, informou o ministério.

Separadamente, o Ministério do Comércio da China e a Administração de Alfândegas disseram que o país está impondo controles de exportação sobre tungstênio, telúrio, rutênio, molibdênio e itens relacionados ao rutênio para “salvaguardar os interesses de segurança nacional”.

Na segunda-feira, Trump suspendeu sua ameaça de tarifas de 25% sobre o México e o Canadá no último minuto, concordando com uma pausa de 30 dias em troca de concessões sobre controle de fronteiras e combate ao crime com os dois países vizinhos.

Mas não houve o mesmo alívio para a China, e um porta-voz da Casa Branca disse que Trump não falaria com o presidente chinês Xi Jinping.

Durante seu primeiro mandato, em 2018, Trump iniciou uma brutal guerra comercial de dois anos com a China devido ao enorme superávit comercial dos EUA com o país, com tarifas de retaliação sobre centenas de bilhões de dólares em mercadorias, desestabilizando cadeias de suprimentos globais e prejudicando a economia mundial.

Para encerrar essa guerra comercial, a China concordou em 2020 em gastar um adicional de US$ 200 bilhões por ano em produtos dos EUA, mas o plano foi prejudicado pela pandemia e o déficit comercial anual aumentou para US$ 361 bilhões, de acordo com dados das alfândegas chinesas divulgados no mês passado.

“A guerra comercial está nos estágios iniciais, então a probabilidade de mais tarifas é alta”, disse a Oxford Economics em uma nota ao rebaixar sua previsão de crescimento econômico da China.

Trump alertou que poderia aumentar ainda mais as tarifas sobre a China, a menos que Pequim contenha o fluxo de fentanil, um opioide mortal, para os Estados Unidos.

“A China, esperançosamente, vai parar de nos enviar fentanil, e se não o fizerem, as tarifas vão aumentar substancialmente”, disse na segunda-feira (3).

A China chamou o fentanil de problema dos Estados Unidos e disse que contestaria as tarifas na Organização Mundial do Comércio e tomaria outras contramedidas, mas também deixou a porta aberta para negociações.

Houve alívio em Ottawa e na Cidade do México, assim como nos mercados financeiros globais, após os acordos para evitar as pesadas tarifas sobre o Canadá e o México.

Tanto o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau como a presidente mexicana Claudia Sheinbaum disseram que concordaram em reforçar os esforços de fiscalização nas fronteiras em resposta à exigência de Trump de reprimir a imigração e o tráfico de drogas. Isso suspenderia as tarifas de 25% que entrariam em vigor nesta terça-feira por 30 dias.

O Canadá concordou em implantar novas tecnologias e pessoal ao longo de sua fronteira com os Estados Unidos e lançar esforços cooperativos para combater o crime organizado, o tráfico de fentanil e a lavagem de dinheiro.

O México concordou em reforçar sua fronteira norte com 10 mil membros da Guarda Nacional para conter o fluxo de migração ilegal e drogas.

Os Estados Unidos também se comprometeram a impedir o tráfico de armas de alto calibre para o México, disse Sheinbaum.

“Como presidente, é minha responsabilidade garantir a segurança de todos os americanos, e estou fazendo exatamente isso. Estou muito satisfeito com este resultado inicial”, disse Trump nas redes sociais.

Após conversar por telefone com ambos os líderes, Trump disse que tentaria negociar acordos econômicos ao longo do próximo mês com os dois maiores parceiros comerciais dos EUA, cujas economias se tornaram intimamente interligadas com os Estados Unidos desde que um acordo de livre comércio histórico foi firmado na década de 1990.

O dólar canadense subiu anteriormente após cair para seu nível mais baixo em mais de duas décadas. A notícia também impulsionou os futuros dos índices de ações dos EUA após um dia de perdas em Wall Street e fez os preços do petróleo caírem.

Grupos industriais, temendo cadeias de suprimento interrompidas, saudaram a pausa.

“Isso é uma notícia muito encorajadora”, disse Chris Davison, que lidera um grupo comercial de produtores canadenses de canola. “Temos uma indústria altamente integrada que beneficia ambos os países.”

Trump sugeriu no domingo que a União Europeia, composta por 27 nações, seria seu próximo alvo, mas não disse quando.

Líderes da UE em uma cúpula informal em Bruxelas na segunda-feira disseram que a Europa está preparada para retaliar se os EUA impuserem tarifas, mas também pediram negociação. Os EUA são o maior parceiro comercial e de investimento da UE.

Trump insinuou que a Grã-Bretanha, que deixou a UE em 2020, poderia ser poupada das tarifas.

O presidente americano reconheceu no fim de semana que suas tarifas poderiam causar alguma dor de curto prazo para os consumidores dos EUA, mas diz que são necessárias para conter a imigração e o tráfico de narcóticos e estimular as indústrias domésticas.

As tarifas, conforme planejado originalmente, cobririam quase metade de todas as importações dos EUA e exigiriam que os Estados Unidos mais que dobrassem sua própria produção manufatureira para cobrir a lacuna –uma tarefa inviável no curto prazo, escreveram analistas.

Outros analistas disseram que as tarifas poderiam lançar o Canadá e o México em recessão e desencadear um alta inflação, crescimento estagnado e desemprego elevado.



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A China retaliou para as novas tarifas alfandegárias de Donald Trump com impostos sobre hidrocarbonetos e uma pesquisa contra o Google

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A China retaliou para as novas tarifas alfandegárias de Donald Trump com impostos sobre hidrocarbonetos e uma pesquisa contra o Google

O Google Stand, na Conferência Mundial sobre Inteligência Artificial (WAIC) em Xangai em 5 de julho de 2024.

A China anunciou, na terça -feira, 4 de fevereiro, que imporia tarefas alfandegárias de 15 % sobre as importações de carvão natural liquefeito (GNL), respondendo ao pedido de direitos adicionais de 10 % dos produtos chineses importados para os Estados Unidos. Esses novos direitos aduaneiros impostos por Pequim devem entrar em vigor em 10 de fevereiro. Os impostos aduaneiros de 10 % também serão impostos às importações de petróleo americano e outras categorias de mercadorias dos Estados Unidos, como máquinas agrícolas, acrescentaram o Ministério das Finanças Chinês.

Na sequência deste anúncio, a China também explicou para abrir uma investigação contra a gigante tecnológica americana Google, que diz ter suspeito de ter violado sua regulamentação antimonopola. “O Google sendo suspeito de ter violado a lei anti -alfade da República Popular da China, a Agência de Regulamentação do Estado lançou uma pesquisa (no grupo americano) de acordo com a lei “disse a organização do governo em comunicado.

O mundo com AFP

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Noruega exclui a proibição da fazenda de peixes, apesar da ‘ameaça existencial’ ao salmão selvagem | Peixe

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Noruega exclui a proibição da fazenda de peixes, apesar da 'ameaça existencial' ao salmão selvagem | Peixe

Miranda Bryant, Nordic correspondent

O ministro do Meio Ambiente da Noruega descartou a proibição de agricultura de peixes abertos no mar, apesar de reconhecer que o salmão selvagem do Atlântico Norte está sob “ameaça existencial”.

Com exportações anuais de 1,2 milhão de toneladas, Noruega é o maior produtor de salmão cultivado no mundo. Mas sua população de salmão selvagem caiu de mais de um milhão no início dos anos 80 a cerca de 500.000 hoje.

Enquanto a dizimação da população selvagem é em grande parte devido à crise climática, a indústria de salmão do país, que teve escapadas de peixes de criação e um aumento significativo dos piolhos do mar parasitas, ajudou a reduzir o número para um baixo histórico, resultando no Fechamento de 33 rios para pescar salmão no verão passado.

Andreas Bjelland Eriksen, ministro do Clima e Meio Ambiente, disse que seu trabalho é “não parar ou fechar a própria atividade humana”, mas sim incentivar a produção industrial enquanto reduz a poluição a um “nível aceitável”.

“Isso é basicamente uma ameaça existencial contra o salmão do Atlântico selvagem e, se ignorarmos, acho que não poderemos fazer as medidas que precisamos fazer”, disse ele em uma reunião sobre rios de salmão norueguês na Aliança de Salmão que desapareceu Conferência em Londres na semana passada.

Eriksen disse: “Se você olhar para o salmão selvagem, 2024 foi um ano excepcionalmente ruim, mas não ficou sozinho porque os outros dois piores anos que tivemos em 2023 e 2021.

“Então, é realmente parte de uma tendência e simboliza alguma coisa. Para mim, o que isso simboliza é que o impacto de tudo o que fazemos está se tornando mais que a natureza, nossos estoques, pode realmente lidar “, acrescentou.

Mas, apesar desse reconhecimento, o ministro disse ao The Guardian mais tarde que não procuraria parar a agricultura marítima de rede aberta.

“Se você olhar para a indústria da aquicultura, eles produzem comida, isso é realmente importante para pessoas de todo o mundo, e o objetivo é poder produzir esse alimento de forma sustentável no futuro”, disse ele.

“Minha questão principal não está na própria produção, é com a poluição e o impacto que a poluição tem no meio ambiente. É isso que precisamos enfrentar ”, disse Eriksen.

“E é também por isso que precisamos trabalhar para obter um sistema regulatório que incentiva a produção, mas dentro dos níveis de poluição que não são prejudiciais aos estoques selvagens do Atlântico”.

Ele disse que ainda não se sabia se os rios de salmão norueguês estariam em saúde suficiente para reabrir para a temporada de pesca deste ano, mas que eles teriam uma idéia melhor na primavera.

Em vez de reduzir a agricultura marítima de rede aberta, apesar de ser solicitado a fazê-lo pelos ativistas, o ministro disse que planejava buscar um “nível aceitável” de poluição para a população de salmão selvagem.

“Existem níveis de poluição que o meio ambiente pode enfrentar e que podem estar dentro dos limites que os estoques selvagens de salmão do Atlântico também podem enfrentar. Portanto, encontrar esse nível é realmente o que precisamos avançar. E para algumas áreas que podem ser zero. ”



Leia Mais: The Guardian

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