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Lula brigou com o mercado e perdeu – 23/12/2024 – Joel Pinheiro da Fonseca
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Até quando Lula vai brigar com “o mercado”? Diz-se que o mercado —ou seja, os investidores profissionais— é contra o presidente. Pode até ser. Óbvio que não se trata de profissionais fazendo apostas ruins intencionalmente para derrubar o governo; esse tipo de discurso beira a insanidade. Mas não me parece absurdo ver uma sensibilidade maior do mercado com Lula do que com outros atores.
Quando o Congresso aprova a prorrogação de isenção fiscal a vários setores econômicos, não me consta que os investidores tenham reagido com a mesma sensibilidade com que reagem a uma tirada do presidente.
Mesmo aceitando, contudo, que haja um certo viés anti-Lula (se justificado ou não, é outra história) no comportamento do mercado financeiro, isso em nada muda um ponto que a essa altura já deveria ser óbvio: as reações de Lula só pioram a situação. Não foram falas contra a responsabilidade fiscal ou contra a política monetária que criaram o problema; mas elas dificultam a solução.
Se o mercado já desconfia dele, alimentar essa desconfiança é tudo que ele não devia fazer. Digamos que ele consiga promover a indignação moral de parte da opinião pública com o funcionamento do mercado financeiro. O que melhora? Nada. Pelo contrário, o ambiente político se torna ainda mais arriscado para quem quer investir.
O governo quer, afinal, o dinheiro do mercado? Sim, porque suas contas não fecham, são deficitárias. E o mercado quer uma coisa: ganhar dinheiro. Não é virtuoso, mas também não é necessariamente mau. De nada adianta acusar a falta de consciência social, assim como de nada adiantou a Bolsonaro pedir “patriotismo” ao mercado em 2020.
Neste momento, com economia aquecida, somos lembrados do grande entrave do desenvolvimento nacional: a baixa produtividade. Com a dificuldade de aumentar a oferta, o crescimento logo se traduz em inflação. Para combater a inflação, o BC aumenta os juros. Com juros mais altos, aumenta o endividamento do Estado. Com mais endividamento, um problema fiscal que parecia ainda distante é trazido para perto.
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Aos trancos e barrancos, algo tem sido feito para melhorar nossa produtividade: reforma tributária, acordo com a UE, Pé-de-meia e ensino integral para aumentar educação básica, programas de investimento em infraestrutura. Mas a outra ponta continua solta: não se vê um compromisso fiscal claro.
Pode errar, mas também está sempre tentando descobrir erros e se corrigir. Ninguém vai investir para perder dinheiro. Os credores do Estado brasileiro são todos aqueles que têm dinheiro poupado em bancos públicos ou privados, além dos fundos de pensão. Você está disposto a abrir mão dos ganhos de sua aplicação para ajudar o governo Lula?
Se Lula quer mais gente investindo no real e emprestando ao governo, precisa mostrar que temos condições e disposição de honrar esses empréstimos no futuro. Se, pelo contrário, o governo der a entender que honrar esses compromissos não é uma prioridade —que talvez o correto seja brigar para que o Banco Central baixe os juros mesmo com inflação em alta—, então também não terá do que reclamar quando os investidores decidirem não mais apostar no país. O mercado não é Papai Noel.
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Snowboarder suíça Sophie Hediger morre em avalanche
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3 minutos atrásem
24 de dezembro de 2024A snowboarder suíça Sophie Hediger morreu na segunda-feira, 23 de dezembro, em uma avalanche em Arosa, no leste da Suíça, anunciou a federação suíça de esqui (Swiss-Ski) na terça-feira. A desportista, que acabava de comemorar o seu 26º aniversário, integrou a seleção nacional de snowboardcross. Ela obteve os dois primeiros pódios em Copas do Mundo no inverno passado, sendo que o melhor resultado foi um segundo lugar em Saint-Moritz (Suíça), em janeiro de 2024, durante o ensaio geral para o Mundial de 2025. Ela também participou dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2022. .
“Para a família Swiss-Ski, uma sombra negra caiu sobre o período do Natal com a trágica morte de Sophie Hediger. Estamos incrivelmente tristes. Nós vamos homenagear (s)na memória »prometeu Walter Reusser, chefe da federação, em comunicado à imprensa.
Localizado duas horas depois
Na segunda-feira, a polícia cantonal de Grisões anunciou a morte de uma snowboarder numa avalanche enquanto estava fora da pista com outra pessoa, mas não comunicou a identidade da vítima. A jovem e a sua companheira percorreram uma encosta fechada e foi enquanto saíam dela que Sophie Hediger ficou presa no deslizamento de neve.
Os serviços de emergência foram notificados imediatamente, mas ela só pôde ser localizada duas horas depois. As tentativas de reanimação no local falharam, disse a polícia, que abriu uma investigação. O risco de avalanches é atualmente muito elevado na Suíça, uma vez que a neve caiu em abundância durante vários dias.
O mundo com AFP
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Turismo é pressionado na Argentina com o fortalecimento do peso – 24/12/2024 – Mercado
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24 de dezembro de 2024 Ciara Nugent
A crise econômica da Argentina impulsionou um boom no turismo no ano passado, com carne barata, vinho e compras atraindo estrangeiros, mas a rápida valorização do peso sob o presidente libertário Javier Milei agora está afastando alguns visitantes e levando até mesmo os locais a buscar pechinchas no exterior.
O número de turistas que passaram pelo menos uma noite na Argentina caiu 20,2% nos seis meses até novembro em comparação com o mesmo período de 2023, enquanto o número de residentes argentinos saindo do país disparou 37,7%, de acordo com dados da agência nacional de estatísticas publicados na segunda-feira.
O turismo, uma das indústrias de crescimento mais rápido da Argentina, representou 8,8% do PIB em 2023.
O peso argentino se valorizou mais de 40% em relação às moedas de seus parceiros comerciais este ano em termos reais, à medida que a inflação de três dígitos do país elevou os preços em pesos e Milei manteve a taxa de câmbio oficial majoritariamente estável.
O peso também se fortaleceu acentuadamente no mercado negro, com o programa de estabilização macroeconômica de Milei aumentando a demanda por moeda local e reduzindo a procura por dólares.
Como resultado, a Argentina se tornou cada vez mais cara para os visitantes, revertendo a situação do ano passado, quando as políticas do governo anterior, de inclinação à esquerda, resultaram em uma rápida desvalorização do peso no mercado negro, dizimando o poder de compra dos argentinos, mas criando ofertas baratas para detentores de moeda estrangeira.
“Um ano somos caros, um ano somos baratos”, disse Amilcar Collante, professor de economia da Universidade Nacional de La Plata. “É a marca de uma economia que ainda não alcançou a estabilidade que nossos vizinhos têm, e o turismo é um dos setores mais reativos a essa volatilidade.”
Folha Mercado
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Os latino-americanos foram muito mais afetados pelos aumentos de preços na Argentina do que pessoas de outras regiões, com visitas de residentes do Uruguai, Bolívia e Chile caindo 50,9%, 33,4% e 28,3%, respectivamente, em novembro de 2024 em comparação com novembro de 2023.
Em contraste, o número de residentes dos EUA e Canadá que chegaram caiu apenas 11,5% em novembro ano a ano, enquanto o número de residentes europeus visitando na verdade cresceu 3,5%.
Grande parte da queda nos visitantes latino-americanos veio de uma queda acentuada de 40% nos excursionistas entrando na Argentina ano a ano em novembro, à medida que bolivianos, chilenos, uruguaios e paraguaios pararam de vir para comprar combustível e mantimentos baratos. A tendência se inverteu este ano, com o número de argentinos fazendo excursões de um dia para países vizinhos mais que dobrando em novembro ano a ano.
Dados oficiais sobre ocupação hoteleira mostram uma queda de 16,2% nos seis meses até outubro em comparação com o mesmo período de 2023. Na região vinícola de Cuyo, popular entre argentinos e estrangeiros, a ocupação caiu 22,6% em outubro em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Enquanto isso, o número de residentes argentinos visitando o vizinho Brasil aumentou 19,4% em novembro ano a ano, com os visitantes se beneficiando da desvalorização do real brasileiro, que perdeu mais de um quinto de seu valor em relação ao dólar este ano.
“Este é apenas o ciclo do turismo na Argentina”, disse Andrés Deyá, presidente da Federação de Associações de Agências de Viagens do país.
A queda na demanda já havia começado a moderar nos últimos meses, acrescentou, à medida que os argentinos sentiram o impacto da desaceleração da inflação mensal e as empresas ofereceram planos de parcelamento para impulsionar as vendas.
Mas economistas alertaram que a queda nas chegadas de estrangeiros e o aumento de argentinos indo para o exterior podem pressionar as escassas reservas de moeda forte do banco central nos próximos meses.
O think-tank Fundación Mediterránea estima que o déficit de turismo —a diferença entre a moeda forte gasta na Argentina por visitantes e o que os residentes argentinos gastam no exterior— foi de mais de US$ 3 bilhões (R$ 19 bilhões) em 2024, em comparação com US$ 1,8 bilhão (R$ 11 bilhões) em 2023, e que crescerá ainda mais em 2025.
Brenda Buchanan, gerente geral da Villa Vicuña, uma rede de hotéis boutique, disse que as reservas de janeiro em sua filial na região vinícola do norte de Cafayate sugeriam uma taxa de ocupação bem abaixo dos 85% do ano passado, mas ela esperava que atingisse 65% ou 70% com reservas de última hora.
“Nosso objetivo a longo prazo é encontrar turistas que estejam dispostos a pagar o que a Argentina vale, e não apenas uma Argentina tão desvalorizada que é praticamente dada, como no ano passado”, acrescentou.
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Idoso que teve parada cardíaca no McDonald’s reencontra o herói que o salvou
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24 de dezembro de 2024Um herói anônimo salvou um idoso, que teve uma parada cardíaca, enquanto lanchava no McDonald’s, em York, no Reino Unido. Foi tudo muito rápido, mas, com a agilidade e o bom senso, o homem não só sobreviveu, como também tornou-se grande amigo de seu salvador.
A coincidência salvou Paul Myers, de 70 anos. Ele começou a ter falta de ar e sentir mal-estar e parou para descansar na lanchonete. No mesmo momento, Brian Harris, de 60 anos, que passava pelo local, pensou em tomar um café e foi alertado sobre a agonia do idoso.
Brian agiu com presteza: realizou RCP – reanimação cardiopulmonar, um conjunto de técnicas de primeiros socorros que visa reverter uma parada cardiorrespiratória – e utilizou um desfibrilador. Tudo isso aconteceu antes da chegada da ambulância.
Amigos para sempre
Para agradecer seu “anjo da guarda”, Paul recorreu às redes sociais. Contou a história e descreveu em detalhes como foi salvo pelo “bom samaritano”.
Brian foi localizado. Desde então, Pos dois se tornaram grandes amigos e se juntaram a Mike Lowry, que ajudou no encontro da dupla.
Ao se lembrar dos momentos de apreensão para salvar o idoso, Brian resume. “Lutei muito, não ia desistir, estava determinado a lutar pela vida dele.”
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Eternamente grato
Paul disse que será sempre “eternamente grato” por Brian ter salvado sua vida. Segundo ele, é “muito difícil” pensar em uma maneira de agradecê-lo.
“Quando nos encontramos pela primeira vez, ele chegou lá antes de mim e disse: ‘Sr. Myers, é tão bom vê-lo vivo.’ As únicas palavras que pude dizer a ele foram ‘obrigado.’”
Brian afirmou que o mal-estar ocorreu quando estava a caminho de uma reunião da igreja pela manhã quando percebeu que estava com dificuldade para respirar.
Tudo muito rápido
Paul disse que, quando começou a passar mal, sabia que se “não sentasse, cairia”, então decidiu ir a um McDonald’s para descansar.
Brian disse que foi alertado por uma senhora. “Uma mulher apareceu na esquina e disse: ‘Acho que tem um homem tendo um AVC (acidente vascular cerebral)’”, lembrou ele.
“Ele [Brian] é claramente um homem amoroso, sou eternamente grato e não consigo resumir em palavras o que sinto por ele”, disse Paul ao New York Post.
Brian Harris (E), foi salvo por Paul Myers (D) com quem reencontrou com ajuda do amigo Mike Lowry.Foto: Imprensa de York / SWNS
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