POLÍTICA
Lula ficou contrariado com a ministeriável Gleisi…

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4 meses atrásem
Daniel Pereira
O presidente Lula ficou contrariado com a deputada Gleisi Hoffmann, comandante do PT, por ela ter endossado um manifesto de movimentos sociais e partidos políticos contra o pacote de corte de gastos em gestação no governo. A reclamação se deu mais pela forma do que pelo conteúdo. Lula e Gleisi sempre fazem ressalvas a propostas de ajuste, alegando que são fruto de pressão do mercado e podem comprometer programas sociais e investimentos públicos. Há um alinhamento de pensamento entre eles.
A questão é que o presidente, diante da escalada da cotação do dólar e do risco crescente de desequilíbrio das contas públicas, autorizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a elaborar um pacote para conter o crescimento das despesas obrigatórias. Tomada essa decisão, caberia ao PT, partido do governo, mesmo que a contragosto, apoiá-la — e não contestá-la. Internamente, o debate pode até continuar, mas sob os holofotes, segundo Lula, não é aceitável que a dirigente petista mine publicamente as ações em curso.
Recado dado
Dois quadros da confiança do presidente reagiram à iniciativa de Gleisi. Um deles foi Emídio de Souza, ex-presidente do PT de São Paulo: “Evidentemente que o partido pode e deve debater o governo, suas medidas e sua conduta e oferecer alternativas ao que não considera adequado, mas jamais num clima de confrontação e muito menos na mídia”.
O outro foi o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, favorito de Lula para suceder Gleisi no comando do PT. Em entrevista às Páginas Amarelas da nova edição de VEJA, ele declarou ao ser perguntado sobre o endosso da deputada ao manifesto: “O desejável é que a discussão tivesse sido esgotada internamente”. Depois, sobre os inúmeros embates entre Gleisi e Haddad, afirmou: “Não acho que a Gleisi tenha de abrir mão de suas convicções, mas não pode enfraquecer o ministro da Fazenda. Isso é tirar força do próprio governo”.
Nova missão
Diante das reações, Gleisi alegou que sua crítica não foi ao plano de corte de gastos em si, mas a uma pressão exercida pelo mercado e alguns meios de comunicação. “Eles esperam impor ao governo e ao país o sacrifício dos aposentados, dos trabalhadores, da saúde e da educação, que pode até combinar com o neoliberalismo frenético do governo passado, mas não com o governo que foi eleito para reconstruir o país. Invertem a equação da economia real, que pede mais crédito e investimentos, e ameaçam com mais juros e mais especulação com o câmbio”, escreveu numa rede social.
O mal-estar causado não deve mudar os planos de Lula para a deputada. O presidente reconhece a importância da atuação dela à frente do PT principalmente no período em que ele estava preso em decorrência da Operação Lava-Jato. Além disso, considera Gleisi um quadro qualificado e combativo, que no ano que vem, segundo auxiliares de Lula, provavelmente dará expediente como ministra de Estado, provavelmente numa pasta lotada no Palácio do Planalto.
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POLÍTICA
Sem Bolsonaro, governadores e caciques políticos s…

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6 horas atrásem
9 de março de 2025
Marcela Mattos
Longe dos holofotes, os principais expoentes da centro-direita têm se reunido com frequência para traçar o cenário eleitoral de 2026. Curiosamente, são figuras aliadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e vinculadas a partidos com ministérios no governo Lula, mas que já ensaiam um movimento para ampliar a distância da gestão passada e da atual.
Em meio à impopularidade do presidente Lula e do enrosco jurídico do ex-presidente Jair Bolsonaro, lideranças do PP, Republicanos, MDB e PSD acreditam que têm espaço para se lançar numa rota alternativa.
Leia também: Aumentam as pressões políticas e econômicas para Tarcísio virar presidenciável
Pelo menos três dessas articulações do grupo aconteceram em 2023 e 2024 na casa do senador Ciro Nogueira (PP-PI), dirigente do Progressistas e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro. Nogueira reuniu no mesmo ambiente um especialista em pesquisas para diagnosticar as tendências do eleitorado, presidentes partidários, parlamentares e dez governadores – entre eles, os presidenciáveis Tarcísio Gomes de Freitas (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais).
Os detalhes sobre as reuniões são mantidos em sigilo. Uma das versões correntes é que o grupo, diante da certeza de que Bolsonaro é uma bola fora do jogo, buscou encontrar um nome capaz de unificar a oposição contra o PT. Ou seja, com os representantes dos principais estados juntos em torno dessa candidatura, Lula seria superado com maior facilidade.
No encontro, um estudioso em pesquisas de intenção de voto apontou para as principais tendências do eleitorado. Nesse cenário, e apesar de ter outros presidenciáveis presentes, o nome tratado como o mais forte foi o do governador Tarcísio de Freitas, cuja gestão é aprovada por 61% dos paulistas, segundo levantamento da Quaest, e que estaria tecnicamente empatado com o atual presidente num segundo turno, segundo o Paraná Pesquisas.
O grupo seguia animado, mas decidiu parar com as reuniões amplas depois que Bolsonaro afirmou, em entrevista a VEJA publicada em novembro, que seguia vivo. “Com todo o respeito, chance só tenho eu, o resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, disse na ocasião.
Participante das conversas, o pré-candidato Ronaldo Caiado, do União Brasil, é uma voz dissonante. Ele avalia ser um erro o campo ter um único representante na corrida e diz que essa estratégia tenderia a favorecer o atual presidente, que já tem a máquina na mão. “Não há esse compromisso. No momento em que sai um candidato de cada partido, ele vai dar conta de mobilizar pelo menos o seu eleitorado de sua região. Depois, quem chegar no segundo turno, vai ter o apoio dos demais”, afirmou a VEJA.
Questionado, Nogueira confirmou os encontros, disse que o objetivo era tratar da conjuntura nacional e reforçou que seu candidato para 2026 é Jair Bolsonaro. Nas últimas semanas, outras lideranças políticas, entre as quais Baleia Rossi, presidente do MDB, e Gilberto Kassab, chefe do PSD, também se reuniram para discutir o próximo pleito. Internamente, a avaliação é que até o fim deste ano um “plano B” já deve estar estruturado e começar a se movimentar com mais empenho. Lula e Bolsonaro já acenderam o sinal de alerta.
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POLÍTICA
Ex-presidentes podem cumprir pena em presídios com…

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7 horas atrásem
9 de março de 2025
Ricardo Chapola
Caso Jair Bolsonaro (PL) seja condenado por participar da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, a tendência é que o ex-presidente cumpra a pena, que pode chegar a 40 anos de cadeia, em um presídio comum. O mesmo se aplicaria ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que já está condenado a 8 anos de prisão em regime fechado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em um esquema de corrupção descoberto durante a Operação Lava Jato.
De acordo com especialistas ouvidos por VEJA, os dois ex-presidentes devem receber algum tipo de tratamento diferenciado. Podem, por exemplo, ficar em celas separadas de outros presos, em uma carceragem da Polícia Federal (PF) – como aconteceu com Lula em 2018, quando foi preso e passou 580 dias na Superintendência da corporação no Paraná — e ainda, no caso de Bolsonaro, por ser capitão reformado do Exército, em uma unidade militar.
“Não é condizente que Bolsonaro cumpra a pena em um sistema prisional dentro dos parâmetros comuns. Ele, assim como Collor, por terem sido presidentes, devem receber alguma diferenciação no tratamento, até por uma questão de proteção da integridade física deles. É mais ou menos o que acontece com policiais militares ou civis que são condenados”, diz Fernando Castelo Branco, advogado criminal e professor de Processo Penal da da PUC-SP.
Legislação e equidade
Não existe previsão legal para conceder tratamento especial a presos que tenham sido condenados em definitivo, ou seja, quando não existe mais possibilidade de o réu ingressar com qualquer tipo de recurso. A legislação só prevê esse benefício a quem esteja preso preventivamente.
Para Davi Tangerino, professor de direito penal da UERJ, deve haver isonomia na execução das penas, sobretudo porque, no passado, outros ex-presidentes chegaram a ser presos e não foram enviados a presídios comuns. “Me parece que isso também deve ser observado em relação aos dois ex-presidentes, embora não exista legislação específica para isso”, avaliou.
Bolsonaro é investigado em seis inquéritos no STF. Está indiciado por suspeita de fraudar o cartão de vacinação contra a Covid, por venda irregular de joias e por participar de uma trama golpista para se manter no poder em 2022. A expectativa é que o Supremo conclua o julgamento no máximo até o fim do ano.
Afastado por impeachment em 1992, Collor foi condenado pelo STF no fim de 2023. Foi acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter embolsado 20 milhões de reais para beneficiar uma empreiteira em contratos com uma subsidiária da Petrobras. Os últimos recursos do ex-presidente devem ser analisados em breve pelo Supremo Tribunal Federal.
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POLÍTICA
Câmara procura ex-deputado que estourou limite da…

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11 horas atrásem
9 de março de 2025
Robson Bonin
A Câmara dos Deputados intimou recentemente Wolmer Araújo (PL-MA) a pagar 8.822 reais por ter, acredite, furado o limite da generosa cota de exercício de atividade parlamentar.
No caso do Maranhão, Wolmer tinha mensalmente 47.945 reais para gastar com “despesas típicas do exercício do mandato parlamentar, como aluguel de escritório de apoio ao mandato no estado, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carro, combustível, entre outras”.
A utilização da Cota Parlamentar pode ser feita por meio de reembolso ou por débito no valor da Cota, segundo a Câmara.
Araújo, que ficou como suplente nas eleições de 2018 e 2022, assumiu o mandato na Casa em diferentes ocasiões, em 2023 e 2024.
Ele tem 30 dias para quitar a dívida ou ficará com o nome sujo na praça.
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