Gustavo Maia
Cobrado a promover uma reforma ministerial prestes a completar dois anos de mandato, o presidente Lula teve cinco baixas no recheado primeiro escalão do seu governo até o momento.
No mesmo período, Jair Bolsonaro “perdeu” 12 ministros, sendo três da Educação e dois da Saúde — mais que o dobro do petista.
No atual governo, três auxiliares de Lula deixaram seus cargos no ano passado: o general Gonçalves Dias pediu demissão do Gabinete de Segurança Institucional em abril, após a divulgação de vídeo em que aparece no Palácio do Planalto durante os ataques do 8 de janeiro; Daniela Carneiro saiu do Ministério do Turismo em julho para dar lugar a Celso Sabino, depois de romper com o União Brasil, seu partido; e Ana Moser foi trocada por André Fufuca, do PP, no Esporte.
Em fevereiro deste ano, Flávio Dino deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para virar ministro do STF, para o qual foi indicado pelo próprio Lula. Já o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, foi demitido pelo presidente após após ser acusado de importunação sexual contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Veja a seguir a lista de ministros do governo Bolsonaro que deixaram os cargos entre 2019 e 2020:
- Gustavo Bebianno – Secretaria-Geral (fevereiro/2019)
- Ricardo Vélez Rodríguez – Educação (abril/2019)
- Floriano Peixoto – Secretaria-Geral (junho/2019)
- Carlos Alberto dos Santos Cruz – Secretaria de Governo (junho/2019)
- Osmar Terra – Cidadania (fevereiro/2020)
- Gustavo Canuto – Desenvolvimento Regional (fevereiro/2020)
- Sergio Moro – Justiça e Segurança Pública (abril/2020)
- Luiz Henrique Mandetta – Saúde (abril/2020)
- Nelson Teich – Saúde (maio/2020)
- Abraham Weintraub – Educação (junho/2020)
- Carlos Decotelli – Educação (julho/2020)
- Marcelo Álvaro Antônio – Turismo (dezembro/2020)