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“MACACOS ME MORDAM !” Nascem os primeiros macacos clonados

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Pela primeira vez na história, cientistas criaram clones de macaco por meio da mesma técnica que deu origem à famosa ovelha Dolly, em 1996. Zhong Zhong and Hua Hua, nascidos na China, são bebês idênticos e saudáveis da espécie Macaca fascicularis – a certidão de nascimento é um artigo científico publicado hoje na Cell. Um tem oito semanas de idade, o outro, seis.

O método de clonagem aplicado com a pioneira Dolly e os dois macaquinhos, chamado transferência nuclear de célula somática (TNCS), já foi usado para criar cópias de várias outras espécies de mamíferos nas últimas três décadas – como cães, gatos, bois e ratos.

A TNCS depende de três macacos: o primeiro, uma fêmea, doa um óvulo – que, como toda célula reprodutiva, tem só metade do material genético do indivíduo. O segundo doa uma célula somática – ou seja, uma célula comum, cujo núcleo contém todo o material genético do indivíduo.

No laboratório, os cientistas retiram o núcleo do óvulo e põem, no lugar, o núcleo da célula somática. O resultado é um óvulo com material genético completo. Esse óvulo é implantado em uma terceira fêmea, que é responsável pela gestação. Quando o bebê nasce, ele é uma cópia exata do doador da célula somática.

No papel é fácil, mas na prática é difícil. Os pesquisadores usaram como doadores de DNA tanto macacos adultos quanto fetos de macaco abortados. Com os núcleos celulares adultos foram feitos 181 embriões, implantados em 42 barrigas de aluguel primatas. Nenhum sobreviveu. Já o feto rendeu 79 embriões, que foram colocados em 21 úteros. Foi assim que nasceram os dois – e só dois – macaquinhos saudáveis.

Essa taxa de sucesso baixa se deve ao fato de que os genes não ficam ligados permanentemente, produzindo as proteínas pelas quais são responsáveis o tempo todo. Um gene associado ao crescimento do crânio, por exemplo, só ficará ativo durante a gestação. Já um que tem a ver com crescimento dos seios nas mulheres será ativado apenas na puberdade. Quando você pega genes de um adulto e tenta transformá-los em genes de bebê, é preciso reprogramá-los, para que eles deem as instruções certas para a fase da vida em que está o embrião. Mudar o relógio interno do DNA é complicado.

É importante destacar que, em 1999, macacos já haviam sido clonados, mas por um método diferente: cortando no meio um embrião nos primeiros dias, para dar origem a dois bebês iguais. É bacana, mas é uma versão artificial do processo que ocorre naturalmente no útero quando nascem gêmeos idênticos. Muito diferente de criar um indivíduo a partir de outro que já existe – algo que a natureza não é capaz de fazer.

Para fins práticos, um clone é um clone, não importa como ele é gerado. Acontece que, cortando óvulos, só é possível produzir dois ou três bebês de cada vez. Com TNCS, por outro lado, dá para montar uma verdadeira fábrica de macaquinhos idênticos, que podem tornar as pesquisas biomédicas muito mais rápidas e eficientes.

Para entender o porquê, pense em uma situação completamente hipotética, em que estejam sendo testados dois remédios para febre amarela. Se você testá-los em macacos diferentes, talvez um tenha uma propensão genética maior que o outro a combater a doença, e isso distorça as conclusões. Já se você testá-los em macacos idênticos, todas as diferenças no resultado poderão ser atribuídas com segurança absoluta aos remédios. Só aos remédios.

O experimento, feito pela Academia Chinesa de Ciências, foi recebido com entusiasmo, mas também com ressalvas. Alguns pesquisadores ocidentais comentaram a ineficácia do método – só dois nascidos entre centenas de embriões implantados. Outros, é claro, lembraram que a clonagem de primatas nos deixa um pouquinho mais perto da clonagem de humanos – que, vale lembrar, é proibida por leis internacionais.

“Agora que não há mais barreiras para clonar primatas, clonar humanos está mais próximo da realidade”, afirmou Muming Poo, um dos pesquisadores envolvidos, ao The Guardian. “Apesar disso, o objetivo da nossa pesquisa é criar modelos não-humanos para pesquisar doenças. Nós não temos nenhuma intenção de clonar humanos, a sociedade não permitiria isso.”

Por Bruno Vaiano.

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Presidente do STF e CNJ cumpre agenda no Acre nesta quarta-feira, 24

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Nesta quarta-feira, 24, ministro Luís Roberto Barroso visita o Acre, onde realizará diálogo com estudantes da rede pública e será homenageado com a Ordem do Mérito do Poder Judiciário do Acre

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, cumpre agenda nesta quarta-feira (24/7), em Rio Branco (AC).

A programação inicia com uma palestra na Escola Armando Nogueira, que será proferida por ele, com o tema “Como fazer diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo”, onde terá a oportunidade de interagir e compartilhar conhecimentos com os jovens estudantes, incentivando a importância da educação e cidadania.

Além disso, Luís Roberto Barroso participará de um diálogo com magistradas e magistrados acreanos, promovendo a troca de experiências e conhecimentos, e fortalecendo os laços entre a mais alta Corte do país e a magistratura acreana.

Em seguida, o ministro Barroso será agraciado com a maior honraria da Justiça do Acre, a insígnia da Ordem do Mérito Judiciário, durante a sessão solene no Pleno, no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Instituída pela Resolução nº. 283/2022, essa distinção é concedida por decisão unânime dos membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário acreano em diferentes graus, reconhecendo assim a excelência e relevância do trabalho do ministro para o Judiciário brasileiro.

Agenda Ministro

  • 9h30 – Palestra na escola Armando Nogueira
  • 11h – Sessão Solene de Outorga da Ordem do Mérito Judiciário do Poder Judiciário do Acre, no TJAC

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Inscrições para o Prouni começam nesta terça-feira

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As inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni) do segundo semestre de 2024 começam nesta terça-feira. Os interessados terão até sexta-feira (26) para participar do processo seletivo. Para isso, basta acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior e concorrer a uma das 243.850 bolsas oferecidas nesta edição.

As inscrições são gratuitas, e a previsão é que os resultados da 1ª e 2ª chamadas sejam anunciados nos dias 31 de julho e 20 de agosto, respectivamente. O prazo para manifestação de interesse na lista de espera vai do dia 9 ao dia 10 de setembro; e o resultado da lista de espera sairá em 13 de setembro.

“Para participar do processo seletivo, é necessário que o candidato tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas edições de 2022 ou 2023, obtendo nota mínima de 450 pontos na média das cinco provas e nota acima de zero na redação”, informa o Ministério da Educação (MEC).

É também necessário que o candidato se enquadre nos critérios socioeconômicos – incluindo renda familiar per capita que não exceda um salário-mínimo e meio para bolsas integrais e três salários-mínimos para bolsas parciais – e esteja cadastrado no login Único do governo federal que pode ser feito no portal gov.br.

“No momento da inscrição, é preciso: informar endereço de e-mail e número de telefone válidos; preencher dados cadastrais próprios e referentes ao grupo familiar; e selecionar, por ordem de preferência, até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência dentre as disponíveis, conforme a renda familiar bruta mensal per capita do candidato e a adequação aos critérios da Portaria Normativa MEC nº 1, de 2015”, explicou MEC.  

Segundo o ministério, a escolha pelos cursos e instituições pode ser feita por ordem de preferência. Informações mais detalhadas sobre oferta de bolsas (curso, turno, instituição e local de oferta) podem ser acessadas na página do Prouni. 

Edição: Aécio Amado/EBC

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