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Marinha apreende drogas avaliadas em mais de US$ 100 milhões – DW – 19/10/2024
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Marinha do México na sexta-feira realizou a maior apreensão de drogas de sempre, apreendendo 8,4 toneladas de drogas não especificadas avaliadas em mais de 2 mil milhões de pesos (100 milhões de dólares, 91,95 milhões de euros).
“Isto representa a maior quantidade de drogas apreendidas numa operação marítima, sem precedentes na história da instituição”, afirmou a Marinha em comunicado.
As autoridades também prenderam 23 pessoas, enquanto apreenderam 8.700 litros de combustível e seis barcos na operação que ocorreu na costa do Pacífico, perto da cidade portuária de Lazaro Cardenas.
A droga tinha sido distribuída entre os seis barcos, um dos quais era um “submersível” o que implica uma operação “complexa” de tráfico de droga.
Tráfico de drogas alimentando a violência
Esta última conquista marca uma vitória na luta contínua do México contra o tráfico de drogas, já que o país continua a ser um importante ponto de trânsito de narcóticos com destino aos Estados Unidos.
O tráfico de drogas também alimentou guerras territoriais violentas entre vários cartéis de drogas que disputam o controle.
A cidade de Lazaro Cardenas, ao largo da costa onde ocorreu a apreensão, fica no estado de Michoacan e dentro do território do cartel Jalisco Nueva Generacion, um dos grupos criminosos mais poderosos e violentos do México.
Desde 2006, quando o México mobilizou o exército para combater o tráfico de drogas, mais de 450 mil pessoas foram morto e dezenas de milhares ainda falta.
Entretanto, embora a apreensão de sexta-feira tenha sido substancial, a maior da história do México continua a ser a apreensão de 23 toneladas de cocaína colombiana em Novembro de 2007.
ss/jcg (AFP, Reuters)
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Quilombolas reivindicam políticas específicas de saúde
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17 de dezembro de 2024 Tâmara Freire – Repórter da Agência Brasil
Em maio de 2023, Aline, de 6 anos de idade, começou a apresentar sintomas gripais e então foi levada pelos pais para ser atendida na unidade de saúde da sua cidade. A família voltou para casa com a receita de um xarope e a recomendação de deixar a menina em repouso por alguns dias, até que os sintomas melhorassem. Como não teve melhora no quadro clínico, a menina voltou à unidade, e recebeu a mesma orientação.
No dia seguinte, os sintomas pioraram e ela começou a apresentar dificuldade respiratória e precisou ser levada para o hospital de uma cidade próxima, onde exames constataram infecção por H1N1 e o comprometimento da atividade pulmonar. A menina, então, teve que ser transferida para o hospital de uma cidade maior, com UTI pediátrica, mas acabou morrendo no mesmo dia.
Aline era uma criança quilombola, moradora da comunidade Vila Miloca, no município gaúcho de Lagoão, a cerca de 250 quilômetros de Porto Alegre. O desfecho trágico do caso é um exemplo extremo do que pode ocorrer diante das dificuldades de acesso à saúde, comuns a comunidades quilombolas de todo o país.
O advogado Arilson Jesus representa a família da criança em ações que buscam reparação na Justiça. Ele também é quilombola, criado na mesma Vila Miloca, e hoje faz parte de uma rede de advogados quilombolas que têm se articulado para defender os direitos dessas comunidades.
“A minha comunidade não tem unidade de saúde própria. Se tem alguém se sentindo mal, tem que ir até o posto de saúde da cidade de Lagoão. Se chegar lá e precisar de um especialista, tem que fazer um trajeto que dá mais de 100 quilômetros”, explica.
Advogado Arilson Jesus faz parte de uma rede de advogados quilombolas que se articulam para defender os direitos dessas comunidades – Foto: Arquivo pessoal
Região Norte
Apesar de viver do outro lado do país, Hilário de Moraes conhece bem essa realidade. Ele é uma liderança da comunidade do Caldeirão, na Ilha do Marajó, no Pará, que hoje conta com uma unidade de saúde, com funcionamento durante a semana, em horário comercial. Mas não é assim em todas as 19 localidades quilombolas do território de Salvaterra, no Pará.
“A minha comunidade é a que está mais próxima da sede. De noite e nos finais de semana, se alguém precisar, pode chamar uma ambulância, ou ir de moto própria ou de táxi. Mas, por exemplo, Salvá [Salvaterra] não tem posto e fica a mais de 30 quilômetros da sede. E, para acessar a sede, tem que passar por dentro de outra comunidade, que é Mangueiras, atravessar o Rio Mangueiras, e pegar um transporte para chegar na cidade. No inverno, é mais difícil ainda, porque as estradas ficam completamente intrafegáveis”, relata Hilário.
De acordo com dados do último Censo, o Brasil tinha em 2022 mais de 1 milhão e 300 mil pessoas que se declararam como quilombolas, e viviam em quase 8.500 localidades espalhadas por 24 estados e pelo Distrito Federal. Elas representam menos de 1% da população do Brasil, mas estão em quase um terço dos municípios, e reivindicam políticas de saúde que compreendam o processo histórico de opressão da população quilombola, e também contemplem sua diversidade cultural e localização geográfica.
“Quando se fala em saúde da população negra, se pensa na saúde da população negra urbana. Se dentro das cidades, até hoje a gente ainda não conseguiu implementar a saúde da população negra na sua totalidade, pense isso dentro de um território que é na zona rural, que tem uma logística tanto geográfica quanto cultural”, enfatiza a médica Ana Leia Moraes, quilombola da comunidade Laranjituba, na cidade paraense de Moju, que integra o coletivo de saúde da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).
Em 2006, o Ministério da Saúde tentou resolver parte dessa dificuldade geográfica, garantindo um acréscimo de 50% nos valores repassados a municípios por equipes que atendessem populações quilombolas. Além disso, desde 2009, o Brasil conta com uma Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que tem entre os seus objetivos “garantir e ampliar o acesso da população negra do campo e da floresta às ações e serviços de saúde” e “a melhoria dos indicadores de saúde da população negra, com especial atenção para as populações quilombolas”, mas não estabelece ações específicas para cobrir essa questão geográfica e cultural, mencionada pela médica Ana Leia.
Em novembro deste ano, algumas ações foram anunciadas, como o programa Mais Médicos ampliado em municípios quilombolas e o financiamento de equipes de saúde bucal. Mas a principal iniciativa foi a criação de um grupo de trabalho, onde 12 representantes de associações quilombolas e de outros povos tradicionais, vão discutir com especialistas do Ministério da Saúde e de entidades médicas e científicas como devem ser as políticas de saúde pública para esses territórios. O grupo se chama Graça Epifânio, em homenagem à líder quilombola morta em julho deste ano, que se dedicou justamente à luta pela saúde.
“Em toda a história, nós os quilombolas, nunca tivemos voz dentro da saúde, dentro do SUS. Por isso, a necessidade da participação efetiva dos quilombolas dentro desse grupo de trabalho, para fazer esse atravessamento das peculiaridades de religião e de gênero, e de cada território. Porque, por exemplo, aqui no Pará, apesar de nós estarmos dentro da Amazônia, de uma comunidade para outra já difere algumas coisas. Quanto mais do Norte para o Sul, daqui para o Sudeste. Por isso que a gente precisa desse grupo de trabalho”, celebra a médica quilombola Ana Leia.
Médica quilombola Ana Leia reivindica políticas específicas de saúde para as comunidades – Foto: Arquivo pessoal
A previsão é que os membros se reúnam três vezes ao ano, mas antes eles passarão por eventos preparatórios, como um seminário que o Ministério da Saúde realizará no começo do ano que vem, de acordo com o assessor para Equidade Racial em Saúde do ministério Luiz Eduardo Batista.
Ele explica que antes de publicar a portaria que instituiu o grupo de trabalho, o órgão fez um mapeamento de ações que já são realizadas em âmbito nacional e por alguns estados, e de algumas demandas prioritárias já identificadas pelas comunidades e por pesquisadores.
“Dentre as principais demandas, está a questão do acesso aos serviços. E essa questão, a gente já está dando uma resposta imediata, com recursos para os municípios que tenham comunidades quilombolas, para que as equipes de saúde da família cheguem até essas comunidades. A gente já está desenhando também uma estratégia de salas de estabilização próximas às comunidades quilombolas. Tendo um problema de saúde ali na comunidade, a pessoa vai até a sala de estabilização e fica mais fácil da unidade móvel buscar essa pessoa e levar até um espaço especializado”, explica Batista
A distância entre as comunidades e as unidades de saúde também faz com que problemas comuns tenham desfechos graves e, de acordo com o assessor do Ministério da Saúde, já foi identificada uma grande demanda de saúde bucal e de manejo adequado de doenças crônicas como hipertensão e diabetes.
O líder quilombola da Ilha do Marajó, Hilário Moraes, passou por uma experiência que comprova isso. “Nós fizemos um trabalho com a Universidade Federal do Pará, que avaliou a questão nutricional, peso, pressão arterial, mediu a cintura, fez o teste rápido para ver a questão da glicemia. E esse projeto conseguiu identificar em várias comunidades muitos quilombolas que tinham diabetes e não sabiam”.
De acordo com ele, também há grande dificuldade de acesso a exames simples para rastreio de câncer, como os de próstata, de detecção do HPV, que é o principal causador do câncer de colo de útero e mamografia. E em muitas comunidades marajoaras, as gestantes também não conseguem fazer as consultas e exames recomendados durante o pré-natal e, quando chega a hora, precisam contar com a sorte de ter uma parteira tradicional por perto, já que para chegar a uma unidade de saúde é preciso viajar horas em uma embarcação.
Processo
De acordo com os quilombolas, os problemas de hoje são fruto de um processo histórico de exclusão dessa população que descende de africanos escravizados, e que ainda luta pelo reconhecimento de seus territórios.
“Desde o momento da abolição da escravatura, nós não tivemos direito a nada, nem à moradia, nem ao território. Nada! 100 anos após a abolição da escravatura, em 1988, que é promulgada a Constituição Federal, minimamente a gente vai entrar dentro da legislação, e das políticas públicas de saúde. Mas para os territórios quilombolas essa política ainda é uma realidade para acontecer”, destaca o líder quilombola Hilário Moraes.
E todos também concordam que a efetivação desse direito passa pela formalização dos territórios quilombolas. De acordo com o Censo 2022, apenas 12,6% da população quilombola vivia em territórios oficialmente delimitados e somente 4,3% em terras já tituladas. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), tem cerca de 1.800 processos de regularização de comunidades quilombolas em aberto.
“O território fundamenta a existência quilombola, pelas relações que se cultiva e se mantém no território, porque a coletividade se orienta no território, pelos costumes, pelas práticas. As famílias, a própria forma de sobrevivência pela agricultura familiar, geralmente com práticas coletivas. Então, se você tira o território, você nega todos os outros direitos”, explica o advogado quilombola Arilson Jesus.
E a falta de regularização também impacta diretamente as condições de vida. Ainda de acordo com o último Censo, enquanto menos de 28% da população do país reside em domicílios sem saneamento básico ou com serviços precários, a proporção entre a população quilombola é de quase 79%. Ou seja, os moradores dessas comunidades têm menos acesso a água encanada, tratamento de esgoto e coleta regular de lixo, o que está associado a uma série de problemas de saúde.
A médica Ana Leia Moraes, que faz parte do Coletivo de Saúde do Conaq, também lembra que o racismo é outro fruto desse processo histórico que reverbera até hoje. “Estudos demonstram que quanto mais retinta a pessoa ela, mais ela é tratada de maneira desigual negativamente. E se a pessoa vai um dia procurar auxílio e não é acolhida, dificilmente ela vai voltar”.
“Entre os usuários do SUS, 70% são pessoas negras, e a gente não tem nenhuma disciplina voltada para a saúde da população negra ou indígena, quanto mais quilombolas. Então a nossa frente também visa essa questão da formação dos profissionais de saúde”, defende.
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Voluntários doam brinquedos e chocotones para crianças carentes no Natal: “impactadas pelo amor”
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17 de dezembro de 2024Voluntários doam brinquedos e chocotones para crianças carentes no Natal: “impactadas pelo amor”
Sempre é tempo união e fraternidade, no Natal mais ainda. Em Minas, voluntários mineiros se juntaram para doar 300 kits com brinquedos e chocotones para crianças carentes de duas comunidades da Grande Belo Horizonte (BH). O sorriso no rostinho delas é impagável!
Além dos kits, o grupo organizou uma festinha com cachorro quente e refrigerante. Eu nem preciso falar que a criançada adorou, né?
“Querendo ou não, um brinquedo ou um panetone não faz diferença pra mim, que estou nessa realidade, mas para uma criança que mora em uma zona periférica, vive com o mínimo, isso faz uma diferença tremenda”, disse Patrícia Santos, Diretora da ONG o Reino em Pessoa, em entrevista exclusiva ao Só Notícia Boa.
Adote um sorriso
A campanha ganhou o nome de “Adote um Sorriso” para despertar experiências de alegrias nos pequenos.
Antes da data marcada para a distribuição dos kits, Patrícia e outros voluntários visitaram a comunidade e viram de perto a situação em que as crianças vivem.
“São situações de extrema vulnerabilidade, tão perto da gente. Uma família com 4 crianças, com esgoto a céu aberto, a mãe fazendo comida com o mínimo”, contou.
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União de forças
Em parceria com a igreja Comuna do Reino, os membros da ONG O Reino em Pessoa, fizeram um dia especial para crianças da Vila São Rafael e Vila Andiroba, no último sábado.
Em fila, os pequenos iam recebendo os kits com os chocotones e brinquedos e o sorriso no rosto não escondia a felicidade. No total, o grupo estima ter ajudado mais de 300 famílias.
“Quando você vê o sorriso de uma criança não tem preço. Nós demos os brinquedos e eles ficaram desesperados pulando por ter ganhando o presente. Isso é muito legal, eles chamavam as mães, ‘mãe mãe, olha aqui o que eu ganhei, o moço da rua tá dando presente’”, relembrou Patrícia.
Corrente do bem
A boa ação gerou uma grande corrente do bem.
“Os membros da Igreja contribuíram financeiramente com a doação dos brinquedos e dos chocotones. Os membros tem vários amigos, que não fazem parte da comunidade e apoiaram o projeto. E isso gerou uma força coletiva, todo mundo se juntou, foi muito bonito mesmo”, completou.
Questionada sobre o impacto da ação, Patrícia respondeu que o sentido é o amor.
“Nessa perspectiva de trazer justiça, dignificar o acolhimento para todas as pessoas, entender que o Jesus veio para eles, para todo mundo que precisa, esse é o sentido principal.”
Comunidade agradece
Sirlan Vinicius Marques, morador da Vila São Rafael, lembrou que algumas crianças não iam ganhar nada de presente neste Natal.
“O pessoal fica muito feliz quando tem esse tipo de ação aqui na Vila […] esses momentos são especiais pra nós porque muitas dessas crianças não vão ganhar mais nada esse ano, os pais não deixam passar fome, não deixa ficar pelado, mas não tem condição de comprar um brinquedo”, explicou.
Patrícia se emocionou com o retorno dos moradores: “Você ver uma mãe ou um pai agradecendo, você vê o sorriso durante o dia, o sorriso é literalmente o nome da campanha. Eu acho que o que mais nos move é o alastramento, a fomentação”,
Dignidade e humanidade
A ONG O Reino em Pessoa, presidida por Filipe Gibran e que tem Pâmela Campos como vice, e a Igreja Comuna do Reino, também oferecem oficinas de música, robótica, cultura, dança, arte, entre outros.
“A ideia é promover justiça social e economia para essas crianças. A gente atende mais de 16 ocupações com cestas básicas, com o projeto Mesa Brasil. A ideia é levar dignidade, humanidade, entender a perspectiva do Reino de Deus a partir de uma visão menos egocêntrica e mais humanizada”, finalizou.
Os voluntários disseram que levar o amor é a principal missão da iniciativa – Foto: O Reino em Pessoa
Olha o tantão de gente que foi beneficiada pelo projeto! – Foto: O Reino em Pessoa
E teve refrigerante e cachorro-quente também. Os pequenos se acabaram! – Foto: O Reino em Pessoa
As crianças amaram os presentes e tiveram um dia repleto de alegrias! – Foto: O Reino em Pessoa
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Dinamarca se recusa a extraditar o ativista baleeiro Paul Watson para o Japão, diz advogado | Dinamarca
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17 de dezembro de 2024 Reuters in Copenhagen
A Dinamarca rejeitou um pedido japonês para extraditar o ativista anti-caça às baleias Paul Watson por acusações criminais que remontam a mais de uma década, disse um advogado dinamarquês que representa Watson na terça-feira.
O norte-americano-canadense Watson, de 74 anos, fundador do grupo conservacionista Sea Shepherd e da Fundação Captain Paul Watson, foi detido pela polícia na Groenlândia quando o seu navio atracou no território autónomo dinamarquês em Julho.
O Ministério da Justiça da Dinamarca, encarregado de tratar do pedido de extradição, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O Japão emitiu um mandado internacional para a prisão de Watson, acusando-o de arrombar um navio japonês no Oceano Antártico em 2010, obstruindo seus negócios e causando ferimentos e danos materiais.
Mais detalhes em breve…
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