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Mario Covas se contrapõe a Maluf entre prefeitos biônicos – 20/10/2024 – Poder

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Mario Covas se contrapõe a Maluf entre prefeitos biônicos - 20/10/2024 - Poder

Naief Haddad

Durante 17 dos 21 anos da ditadura militar, a cidade de São Paulo foi comandada por prefeitos que não tinham sido eleitos pelo voto popular, e sim nomeados pelo governador do estado, muitas vezes a partir do aval do presidente da República.

O regime dos generais começou em 1964, mas a fase dos chamados prefeitos biônicos na capital paulista teve início cinco anos depois, com a escolha de Paulo Maluf, e durou até 1985.

Foram sete gestores nesse período, que pode ser lembrado por dois aspectos principais. Um é a marca deixada pelo primeiro desses prefeitos, Maluf, que ergueu grandes obras, assumiu um tom ufanista e influenciou alguns dos seus sucessores.

O outro é a ruptura promovida pelo último desses prefeitos, Mario Covas, o único entre eles que foi nomeado por um governador eleito pela população, Franco Montoro.

Então presidente da Caixa Econômica Federal, o engenheiro Maluf não era o nome preferido do governador Abreu Sodré para assumir a prefeitura, mas tinha o apoio do presidente Costa e Silva. A contragosto, portanto, de Abreu Sodré, assumiu o cargo em abril de 1969, substituindo Faria Lima.

A imagem de tocador de obras se consolidou especialmente devido às intervenções viárias.

Inaugurou o Minhocão, trechos das marginais Pinheiros e Tietê e diversos viadutos, como Beneficiência Portuguesa e Dr. Plínio de Queiroz. Nas outras áreas, um dos seus principais feitos foi a abertura do Hospital Municipal do Tatuapé.

Nem só de obras, porém, vivia a administração malufista. Ele presenteou os jogadores e a comissão técnica da seleção de futebol, que tinha acabado de se sagrar campeã mundial no México, com 25 fuscas, episódio que entrou para a história política como símbolo do mau uso do dinheiro público.

“Maluf era alguém de fora da política que conseguiu, graças sobretudo ao apoio do regime militar, construir o que a gente conhece hoje como malufismo, ou seja, um grupo de lideranças políticas influentes que passaram a gravitar em torno dele”, afirma o cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas).

Secretário estadual de Transportes durante os anos de 1967 e 1968, o também engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz foi designado para a prefeitura pelo governador Laudo Natel e assumiu o cargo em abril de 1971.

A gestão Ferraz não representou, a rigor, um rompimento com o legado de Maluf, mas o novo prefeito adotou uma linha de governo mais racional e deu atenção para outros setores da administração.

Logo no início do mandato, afirmou à revista Veja que São Paulo era uma cidade “até certo ponto clandestina” pela falta de uma boa infra-estrutura de serviços básicos e pelo crescimento desordenado.

Ferraz criou a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), dando, enfim, à cidade um órgão técnico voltado para o planejamento urbanístico. Os gastos de saúde cresceram ao longo da gestão dele, responsável pela inauguração do hospital da Vila Nova Cachoeirinha, entre outras instituições.

Ferraz priorizou a construção da primeira linha do metrô, a Norte-Sul, deixando a obra em fase de testes quando teve que deixar a prefeitura. Estava cada vez mais distante politicamente dos governos federal e estadual –não quis, por exemplo, ingressar na Arena, partido de apoio à ditadura.

Natel o tirou do cargo e escolheu o seu secretário de Planejamento, o economista Miguel Colasuonno, para a função.

Se faltava sintonia entre governador e prefeito na gestão anterior, o alinhamento se tornou inquestionável. Colasuonno estava ao lado de Natel, por exemplo, na inauguração da primeira linha do Metrô, em 1974.

Diferentemente de Ferraz, Colasuonno tinha proximidade com os militares e era um discípulo de Maluf, de quem se manteve aliado nos diversos cargos que assumiu posteriormente.

Prometeu “humanizar a cidade”, mas os gastos sociais caíram durante os dois anos da sua gestão. Por outro lado, levou adiante um plano ambicioso de iluminação pública na periferia e criou dezenas de novas áreas verdes.

Foi da administração Colasuonno o primeiro projeto do poder público destinado a reverter a degradação da região central de São Paulo. As obras com esse objetivo começaram, porém, na gestão do prefeito seguinte, Olavo Setúbal, que assumiu o cargo em 1975.

Dono do Itaú, ele havia se afastado da vida de banqueiro para entrar na política a convite do governador Paulo Egídio Martins.

Em relação ao centro da cidade, Setúbal conduziu uma ampla reforma na praça da Sé, restaurou o edifício Martinelli e, principalmente, criou calçadões para priorizar a passagem de pedestres.

Embora a economia do país estivesse em declínio, comprometendo o orçamento municipal, as despesas de cunho social cresceram na gestão dele. Setúbal ampliou o número de escolas com ensino noturno e inaugurou hospitais, como o do Jabaquara. Além disso, criou parques como Carmo.

Iniciou a construção da linha 3-vermelha e, ao final do seu mandato, transferiu o Metrô para o governo estadual devido à escassez de recursos municipais.

Abriu a prefeitura para o diálogo com movimentos de moradores e grevistas, um contraponto ao tom autoritário das gestões que o antecederam.

Na administração seguinte, o estilo ufanista voltou a prevalecer. Não é difícil entender a razão: Reynaldo de Barros, o prefeito que sucedeu Setúbal, foi escolhido pelo novo governador, Paulo Maluf.

Barros criou projetos como o Programa de Ligação de Água em Unidades Habitacionais Subnormais (Pró-Água), que beneficiaram regiões mais pobres da cidade. Ao longo do seu mandato, o número de creches passou de 25 para 102 unidades, aumento expressivo, mas distante das 300 prometidas.

Foi uma prefeitura também marcada pelos atritos com funcionários municipais e grupos de moradores de baixa renda, como o Movimento de Luta por Creche.

Barros deixou a prefeitura em 1982 para concorrer ao governo do estado pela Arena, mas foi derrotado por Franco Montoro, do MDB.

Depois de dez meses de Salim Curiati na prefeitura, que deu continuidade às iniciativas de Barros, Mario Covas assumiu em maio de 1983. Era uma escolha de Montoro.

Entre os nomes que sucederam Maluf no cargo, Ferraz e Setúbal apresentaram alguns contrapontos à forma de governar alinhada à ditadura. Mas a ruptura mesmo nessa linha de prefeitos nomeados se deu com Covas, segundo o cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira

“Não existiam condições de convocar eleição direta para prefeitura naquele momento. Como o Montoro tinha que optar por alguém, escolheu Covas, que fez um governo muito mais de políticas sociais do que de grandes obras, como tinha sido o do Maluf”, diz o professor da FGV.

Em meio a um quadro de restrição orçamentária, Covas dedicou à região central ações de manutenção. As principais obras, como as destinadas ao combate das enchentes, aconteceram nos bairros da periferia.

Ao longo de pouco menos de três anos de gestão, inaugurou 135 creches e 57 unidades de educação infantil. Também reorganizou o sistema educacional do município.

A concessão do passe do idoso enfrentou resistência dos empresários das companhias de ônibus, que ameaçavam paralisar o serviço. Irritado (o temperamento difícil era uma das suas marcas), Covas decidiu promover uma intervenção no transporte público, impondo um recuo aos empresários.

Semelhantes na formação (ambos engenheiros) e bem diferentes como políticos e administradores, Covas e Maluf disputaram a primeira eleição presidencial no período da redemocratização, em 1989. Ficaram, respectivamente, no quarto e no quinto lugares no primeiro turno. O vencedor foi Fernando Collor (então no PRN), que derrotou Lula (PT) no segundo turno.



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Como pagar pela segurança da Alemanha? – DW – 02/08/2025

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Como pagar pela segurança da Alemanha? - DW - 02/08/2025

Especialistas militares alemães estão alertando que, no caso de um ataque à Alemanha, o país só poderia se defender por alguns dias. Décadas de austeridade fiscal deixaram sua marca no exército do país, o Bundeswehre agora o orçamento de defesa da Alemanha é um tópico de debate antes da eleição federal em 23 de fevereiro de 2025.

Quanto dinheiro o país precisa para manter um exército bem equipado? E de onde virá, dadas as lacunas de bilhões-euro no orçamento federal da Alemanha?

Chanceler Olaf Scholz da esquerda central Partido Social Democrata (SPD) Acredita que o Bundeswehr está lentamente voltando -se – graças às suas políticas. Imediatamente após o Ataque russo à Ucrânia Em fevereiro de 2022, a Scholz emitiu 100 bilhões de euros (US $ 103,8 bilhões) em fundos adicionais para o Bundeswehr de um fundo especial financiado pela dívida.

Scholz diz que o fundo especial foi “um grande sucesso” e quer continuar o curso. Na trilha da campanha, ele promete mais investimento militar. No entanto, como algumas outras partes estão fazendo a mesma promessa, Scholz está enfatizando que seu partido não aumentaria esse financiamento cortando benefícios sociais.

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Então, quanto dinheiro o Bundeswehr realmente exigirá nos próximos anos? Em 2024, o orçamento de defesa da Alemanha era de pouco menos de 52 bilhões de euros. Foi adicionado cerca de 20 bilhões de euros ao Fundo Especial. O governo sofreu despesas adicionais, como ajuda militar para a Ucrânia.

No total, a Alemanha relatou OTAN que gastou 90,6 bilhões de euros em defesa em 2024. Com isso, a Alemanha alcançou um alvo importante: gastar pelo menos 2% do produto interno bruto (PIB) em defesa. Nos anos anteriores, não havia alcançado regularmente esse alvo.

O ministro da Defesa Alemão, Boris Pistorius (SPD), diz que o Fundo Especial será totalmente comprometido contratualmente até o final de 2025. O dinheiro será pago até o final de 2027 e terá sido gasto em: F-35A furtivo caça; helicópteros de combate; veículos de combate de infantaria; Aeronaves de reconhecimento marítimo; Sistemas de Defesa de Mísseis Patriot e Patriot – isto é, em vários sistemas caros de armas.

Fundos especiais estão em alta demanda, principalmente porque o Bundeswehr doou uma grande quantidade de equipamentos para a Ucrânia. Pistorius diz que as armas em ordem devem tornar o Bundeswehr “adequado para a guerra” novamente-e impedir a Rússia de atacar o território da OTAN.

A OTAN permanece na espinha dorsal da segurança européia: Pistorius

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2025: € 80 bilhões para defesa?

Ainda não está claro o que acontecerá quando o fundo especial tiver sido totalmente alocado. É provável que isso aconteça antes das próximas eleições em 23 de fevereiro. Um orçamento para 2025 ainda não foi aprovado, devido ao colapso do governo da coalizão em novembro de 2024. Um total de € 53,25 bilhões foi destinado a o Bundeswehr em um projeto de orçamento – um aumento de cerca de 1,2 bilhão de euros em 2024.

O ministro da Defesa Pistorius exigiu muito mais, mas não conseguiu convencer o então gabinete. Se a Alemanha desejar atingir 2% dos gastos com defesa do PIB no médio prazo, ele terá que orçar € 28 a 30 bilhões de euros a mais a cada ano.

O bloco conservador de União Democrática Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU) concorda com essas estimativas. Candidato do Chanceler CDU/CSU, Friedrich Merz Falou na Academia Federal de Política de Segurança de Berlim no início de dezembro, enfatizando que o Bundeswehr precisará de “pelo menos € 80 bilhões por ano” no futuro. Ele também disse: “Será um enorme empreendimento e não será possível sem novas prioridades orçamentárias”.

No entanto, Merz não deseja financiar que aumentem através de novas dívidas. Além disso, ele enfatizou que seu partido vê “a meta de 2% da OTAN como um limite inferior, não um limite superior”.

A OTAN está realmente ameaçando a Rússia?

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Enquanto quase ninguém na Alemanha compartilha o presidente dos EUA Donald TrumpVer que todo membro da OTAN deve gastar 5% de sua produção econômica em defesa, o Bundeswehr está desempenhando um papel mais proeminente na campanha eleitoral extremamente curta da Alemanha do que o habitual. Parece que os políticos estão competindo para anunciar o maior número de orçamento para a defesa.

Ministro da Economia Robert Habecko principal candidato do Partido Verde, acredita que é necessário gastar cerca de 3,5% do PIB em defesa nos próximos anos. De acordo com o Manifesto Eleitoral dos Verdes, o financiamento não deve vir do orçamento atual: “No médio prazo, também por meio de empréstimos mais altos”.

Durante o Guerra fria Era, Alemanha, gastou rotineiramente uma quantia comparativamente grande de dinheiro em defesa. Em média, 3% do PIB foi gasto em tanques, aviões de combate e uma espessa rede de quartéis.

Em 1963, os gastos com defesa atingiram 4,9% do PIB. Dada a situação do orçamento de hoje, esse valor parece irrealista. No entanto, uma coisa é clara: um ponto de discórdia nas negociações da coalizão certamente será como financiar o Bundeswehr.

Este artigo foi originalmente escrito em alemão.

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Villa ‘La Paisible’ de Audrey Hepburn está a venda – 08/02/2025 – Mercado

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Villa 'La Paisible' de Audrey Hepburn está a venda - 08/02/2025 - Mercado

A villa suíça pertencente à ícone do cinema Audrey Hepburn está no mercado. A casa de fazenda do século 18 na pitoresca vila de Tolochenaz, Suíça, a cerca de 30 minutos de carro do aeroporto de Genebra, foi propriedade de Hepburn de 1963 até sua morte em 1993 —ela está enterrada no cemitério da cidade. Em 2001, os filhos de Hepburn venderam o retiro rural de sua mãe para Katharina Beaujolin e seu marido, Jean-Marc Beaujolin, o ex-presidente da empresa de importação e exportação Europ Continents Services SA.

“A casa se chama ‘La Paisible’, que significa ‘lugar pacífico’, e realmente é um lugar pacífico. Tem uma atmosfera incrível,” diz Katharina Beaujolin, falando exclusivamente à Bloomberg sobre a venda. Ela diz que ela e o marido estavam procurando uma propriedade grande para criar seus seis filhos e se apaixonaram pela casa pela sensação de calma que exalava e seu tamanho generoso – o fato de seu antigo proprietário ser uma lenda de Hollywood foi um bônus divertido.

“Quando eu estava no internato há muito tempo, lembro que tinha muitas fotos de Audrey Hepburn na parede dos seus filmes, ela realmente era minha atriz favorita,” diz Beaujolin. Há uma placa com o nome de Hepburn na parede externa da casa, e ela diz que turistas ocasionalmente paravam para tirar uma ou duas fotos do lado de fora, mas nunca foi intrusivo.

“É realmente comovente, porque ela morreu há mais de 30 anos, e o fato de as pessoas ainda quererem ver onde ela viveu mostra o quanto ela significava para as pessoas,” acrescenta Beaujolin.

Vinte e quatro anos depois, ela e o marido listaram La Paisible com a Knight Frank por 19 milhões de francos suíços (cerca de R$ 126 milhões). Por esse valor, um comprador adquire uma villa de 12 quartos e oito banheiros com 10.800 pés quadrados de espaço em um terreno de 4 acres. A casa está perto do centro da cidade, com uma parede de privacidade cercada por sebes de um lado e um grande espaço aberto de parque e árvores do outro, com vistas para as montanhas.

Os Beaujolins dizem que a casa foi uma alegria para viver. “Todos os nossos filhos foram para a escola e universidade aqui e ficaram bastante felizes,” ela acrescenta.

“Você tem escolas muito boas, excelentes universidades, o lago e as montanhas —o que mais você quer?” ela diz. A casa fica a 20 minutos de carro da cidade de Lausanne e perto das margens do Lago Genebra.

Agora que todos os filhos cresceram, Beaujolin diz que a propriedade rural é simplesmente grande demais para eles. “Decidimos reduzir um pouco, porque somos apenas nós dois nesta grande casa, e parecia o momento certo para fazer uma mudança.”

DENTRO DA PROPRIEDADE

A casa está distribuída em três andares, com duas escadas e um elevador. O andar térreo abriga os espaços de convivência, uma biblioteca e a cozinha —a parte da casa que Beaujolin diz ter usado mais, cozinhando para seus seis filhos.

O quarto principal fica um andar acima, com janelas voltadas para o leste que trazem uma inundação de luz natural pela manhã. Há um espaço de loft e quartos adicionais que oferecem bastante acomodação para hóspedes quando seus filhos e netos vêm visitar.

No quintal, há uma piscina aquecida de 50 pés de comprimento. “É um lugar agradável para convidar amigos no verão, quando as crianças estão por perto com suas famílias. Eles também gostam de fazer festas aqui com amigos que têm filhos pequenos, então a piscina fica bem ativa.” Ela brincou que as multidões ficavam tão grandes que às vezes parecia uma piscina pública.

A casa é ideal para entretenimento, diz ela, observando que dois de seus filhos se casaram nos jardins com cerca de 150 convidados participando das festividades. Há gramados ondulantes e árvores centenárias nos jardins.

Quando os Beaujolins compraram a casa, eles renovaram parte dela para torná-la sua. Eles mudaram a posição da cozinha na casa e a modernizaram, dizendo que provavelmente Hepburn empregava um cozinheiro, mas como Beaujolin fazia a maior parte de sua própria cozinha, ela queria que a cozinha tivesse um lugar mais proeminente na casa. Eles também atualizaram os banheiros, sistemas elétricos e adicionaram alguns quartos de hóspedes.

Apesar da fama, após 30 anos sem nada ser feito, a renovação era necessária, diz Beaujolin. “A decoração era de Audrey Hepburn e era uau —muitas flores por toda parte nas cortinas, e talvez estivesse um pouco fora de moda.”

Alguns toques de Hepburn ainda permanecem, no entanto. Beaujolin diz que da cozinha, ela pode ver os jardins de rosas que foram presenteados à atriz pela casa de moda Givenchy.

“Quando Audrey Hepburn fez 60 anos, ela recebeu 60 roseiras brancas enviadas e teve um jardim de rosas plantado, e metade delas ainda está lá,” diz Beaujolin, embora lamente que algumas das delicadas roseiras não tenham sobrevivido ao teste do tempo.

Mais antigo que seu patrimônio de celebridade, cinco lareiras originais do período permanecem, incluindo uma no quarto principal.

A conexão da casa com uma das maiores estrelas de Hollywood do século 20 certamente atrairá atenção. Beaujolin acha que a propriedade é mais ideal para uma família grande como a dela que precisa de espaço e quer desfrutar da segurança e estilo de vida que a vida em uma pequena cidade na Suíça oferece.

“No começo era —sim, é a casa de Audrey Hepburn, mas no final, você esquece isso,” ela diz. “Agora, é claro, estamos pensando em Hepburn novamente, porque é um bom argumento para os compradores.”

Beaujolin diz que sabe que é o momento certo para ela e seu marido seguirem em frente, mas ficará triste em partir. Ela entende por que a lenda de Hollywood amava tanto a casa: “É realmente um lugar pacífico aqui.”



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Exercícios aumentam memória por até 24 horas após o treino, diz pesquisa

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A pintura de Jesus foi encontrado dentro de um celeiro, por um casal que limpava o local, no Reino Unido. - Foto: Reprodução/Forpsheffield.org.uk

Quem deseja uma memória mais afiada agora tem mais uma solução: exercícios físicos aumentam e fortalecerem a memória até 24 horas depois da prática da atividade. Demais, não é?

Os dados são de um estudo liderado pela cientista Mikaela Bloomberg, da University College London (UCL), do Reino Unido. Segundo a pesquisadora, a atividade física não traz benefício só para o corpo, mas também para o cérebro.

A curto prazo, se exercitar pode melhorar habilidades cognitivas importantes, como a memória episódica e de trabalho. Já a longo prazo, a prática pode reduzir riscos de doenças como a demência. Tá vendo que se exercitar só traz benefícios? Bora mexer o corpo!

Exercícios e memória

O estudo encontrou que os benefícios da atividade física no cérebro estão diretamente relacionados ao aumento de fluxo de sangue no cérebro.

Além disso, durante os esportes, os humanos liberam substâncias químicas que auxiliam na função cognitiva.

Essas alterações, chamadas de neuroquímicas, podem durar várias horas. Em alguns casos, foram observadas até um dia inteiro após o treino!

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A pesquisa

Para chegar a conclusão, o grupo usou 76 participantes, que tinham rastreadores de atividade física durante oito dias.

Todos foram monitorados em suas rotinas diárias, incluindo padrões de sono e níveis de atividade.

A cada dia, os voluntários realizavam testes de memória episódica, aquela relacionada a eventos do passado, e memória de trabalho, aquela que armazena informações temporárias.

Os voluntários que praticaram mais exercícios apresentaram melhor desempenho nos testes.

Sono influencia

A qualidade do sono também teve um papel super importante nos resultados.

Participantes que tiveram um sono de ondas lentas, ou seja, uma fase mais restauradora do descanso, mostraram melhorias significativas na memória.

Ponto de partida

Para Mikaela, apesar dos ganhos de memória observador terem sido modestos, a pesquisa é um ponto de partida.

A pesquisadora defende que, em grupos com condições como demência, os benefícios podem ser ainda maiores.

Mikaela ressaltou ainda que os resultados mostram a importância de manter estilos de vida mais ativos, respeitando, principalmente, os momentos de sono e descanso.

Exercícios vagarosos como corrida e ciclismo tiveram resultados similares nos ganhos de memória. - Foto: Freepik Exercícios vagarosos como corrida e ciclismo tiveram resultados similares nos ganhos de memória. – Foto: Freepik



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