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Médicos Sem Fronteiras suspende trabalho em Porto Príncipe – DW – 20/11/2024
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Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) disseram na terça-feira que estavam suspendendo as operações na capital haitiana em meio a “violência e ameaças” contra seu pessoal por parte de membros da força policial.
Num comunicado, MSF afirmou que a polícia parou repetidamente os seus veículos e ameaçou diretamente os funcionários com ameaças de morte e violação.
“Estamos habituados a trabalhar em condições de extrema insegurança em Haiti e em outros lugares, mas quando até mesmo a aplicação da lei se torna uma ameaça direta, não temos escolha a não ser suspender nossos projetos”, disse o chefe da missão de MSF no Haiti, Christophe Garnier.
MSF disse que as operações em Porto Príncipe e na área metropolitana adjacente serão suspensas a partir de quarta-feira e “até novo aviso”.
Sobrevivente da violência de gangues no Haiti: ‘Perdi a esperança’
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Perigo crescente
Isso ocorre depois de um ataque mortal a uma de suas ambulâncias na semana passada, no qual dois pacientes foram baleados e mortos.
Num dos incidentes recentes, a ONG disse que um agente armado à paisana ameaçou começar a executar e queimar funcionários, pacientes e ambulâncias a partir da próxima semana.
“Cada dia que não podemos retomar as atividades é uma tragédia, pois somos um dos poucos prestadores de uma ampla gama de serviços médicos que permaneceram abertos durante este ano extremamente difícil”, afirmou a ONG numa publicação online.
“No entanto, não podemos continuar a operar num ambiente onde o nosso pessoal corre o risco de ser atacado, violado ou mesmo morto!”
Necessidade de cuidado
A capital do Haiti está em estado de emergência desde março de 2024 depois gangues assumiram o controle de grande parte dela por meio da violência.
MSF, que está presente no país há três décadas, é um dos principais fornecedores de cuidados de saúde gratuitos na cidade atingida pela violência. Opera vários centros de lesões traumáticas e uma clínica de queimados.
No mês passado, a ONU estimou que apenas 24% das instalações de saúde da cidade permaneciam abertas.
MSF disse que a suspensão exclui cinco pacientes já hospitalizados sob seus cuidados. Também administrará suas clínicas móveis e atividades de saúde materna no sul, em Port-a-Piment, disse.
Violência de gangues atinge o Haiti quando novo primeiro-ministro toma posse
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mk/msh (Reuters, AFP)
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‘Wicked’ e ‘Avenida Beira-Mar’ estreiam nos cinemas de SP – 21/11/2024 – Cinema
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12 segundos atrásem
21 de novembro de 2024 Francielle Souza, Laura Lopes
Os cinemas de São Paulo têm dez estreias de filmes nesta semana. Entre os destaques, está o aguardado “Wicked”, longa baseado no musical de mesmo nome que conta a história das bruxas do universo de “O Mágico de Oz”. No elenco, estão as atrizes Ariana Grande, como Glinda, e Cynthia Erivo, como Elphaba.
As novidades da semana incluem também títulos brasileiros, como “Avenida Beira-Mar”, vencedor do Prêmio Felix no Festival do Rio, “A Herança” e “Retrato de um Certo Oriente”. A seguir, veja os destaques do cinema.
171
Brasil, 2023. Dir.: Rodrigo Siqueira. 95 min. 12 anos
O documentário acompanha seis presos em São Paulo que cumprem pena por motivos diferentes, mas todos sob o artigo 171 do Código Penal: estelionato, furtos e golpes financeiros.
A Herança
Brasil, 2024. Dir.: João Cândido Zacharias. Com: Diego Montez, Yohan Levy e Analu Prestes. 80 min. 14 anos
Quando recebe a notícia da morte de sua mãe, Thomas volta ao Brasil e descobre ser o único herdeiro da casa de uma avó que nunca conheceu. Porém, enquanto ele se reconecta com a história da família, Ben, seu namordo, desconfia que algo perigoso se esconde.
A Linha de Extinção
Elevation, Estados Unidos, 2024. Dir.: George Nolfi. Com: Anthony Mackie, Morena Baccarin e Maddie Hasson. 91 min. 18 anos
O suspense acompanha um pai solteiro e duas mulheres que vivem nas montanhas após a chegada de um apocalipse. Fora de suas casas, o trio se aventura e enfrenta monstros para salvar a vida de uma criança.
Avenida Beira-Mar
Brasil, 2024. Dir.: Maju de Paiva e Bernardo Florim. Com: Andrea Beltrão, Isabel Teixeira e Milena Pinheiro. 92 min. 14 anos
Rebeca, aos 13 anos, se muda com a mãe para um bairro litorâneo de Niterói (RJ). Enquanto está de castigo, a jovem observa a rua por cima do muro até avistar Mika, uma menina trans de sua idade, que apresenta um novo mundo à colega recém-chegada.
Nayola, em Busca da Minha Ancestralidade
Portugal, Bélgica, França, Países Baixos, 2022. Dir.: José Miguel Ribeiro. 83 min. 12 anos
Na animação, Lelena vive em uma guerra civil ao lado de sua filha Nayola e sua neta Yara. Nayola desaparece após partir em busca de seu marido e perde o crescimento de Yara, que, décadas mais tarde, torna-se uma adolescente rebelde.
Razões Africanas
Brasil, EUA, Cuba, Angola, Mali, República Democrática do Congo, 2023. Dir.: Jefferson Mello. 90 min. 12 anos
O documentário faz um retrato da identidade de três gêneros musicais que são legados do continente africano: blues, rumba e jongo. Ele investiga as similaridades e as particularidades desses três ritmos.
Retrato de um Certo Oriente
Brasil, Itália. 2024. Dir.: Marcelo Gomes. Com: Wafa’a Celine Halawi, Charbel Kamel e Zakaria Kaakour. 92 min. 12 anos
Dois irmãos embarcam do Líbano para o Brasil na tentativa de fugir da guerra iminente. Na viagem, se envolvem em conflitos amorosos e religiosos, que fazem com que tenham que desembarcar em um vilarejo indígena.
Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal
All Dirt Roads Taste of Salt, Estados Unidos, 2023. Dir.: Raven Jackson. Com: Kaylee Nicole Johnson, Chris Chalk e Jayah Henry. 92 min. 12 anos
O longa acompanha décadas da vida de uma mulher no Mississippi, nos EUA. Faz retrato detalhado e poético de como os lugares podem moldar as pessoas.
Vencer ou Morrer
Vaincre ou Mourir, França, 2022. Dir.: Vincent Mottez. Com: Hugo Becker, Valentine Piffard e Tristan Studer. 99 min. 12 anos
O drama se passa em 1793, após a Revolução Francesa. Segue Charette, um jovem aposentado da Marinha Real que voltou para sua casa no campo. Lá, camponeses angustiados recrutam o menino para assumir o comando da rebelião local.
Wicked
Wicked, Estados Unidos, Grã-Bretanha, 2024. Dir.: Jon M. Chu. Com: Cynthia Erivo, Ariana Grande e Jonathan Bailey. 161 min. 10 anos
Baseado no musical homônimo da Broadway, a história se passa antes de “O Mágico de Oz” (1939) e conta como as bruxas Glinda, uma jovem popular, e Elphaba, uma garota retraída por ter a pele verde, se conhecem em uma faculdade de magia e constroem uma amizade. Porém, a relação das duas fica abalada quando as diferenças falam mais alto.
ESPECIAL
Cinemas da África Subsaariana: Clássicos Restaurados
Mostra de cineastas africanos considerados pioneiros na criação audiovisual negra do continente. Exibe 12 títulos restaurados entre documentários, ficções e animações.
Cinemateca Brasileira – lg. Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, região sul. Qui. (21), às 19h15. Sex. (22), às 19h e às 20h45. Sáb. (23), às 18h40. Dom. (24), às 16h e às 17h45. Grátis, com distribuição de ingressos uma hora antes da sessão
Morar e Habitar
Brasil, 2024. Dir.: Alvaro Guillermo. 60 min. Livre
O documentário traz a importância da casa na sociedade atual. Aborda as diferenças entre conceitos como “moradia” e “domicílio”, que durante na pandemia foram tratados como sinônimos.
Reserva Cultural – av. Paulista, 900, Bela Vista, região central. Seg. (25), às 19h. Grátis, inscrições antecipadas em @club.desig.sp
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Morte de jovem estudante é tragédia anunciada, diz ouvidor da polícia
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21 de novembro de 2024 Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
A abordagem policial em que um jovem de 22 anos foi morto, nesta quarta-feira (20), na capital paulista, não observou o uso gradativo da força, como determinado por normas internas da Polícia Militar (PM) paulista. A avaliação é do ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva.
O estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro à queima-roupa disparado pelo policial Guilherme Augusto Macedo, por volta das 2h50, na escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, zona sul da cidade.
“Tragédias como essa com o jovem estudante de medicina, são tragédias anunciadas. Essa sucessão de erros praticados pelos policiais que atendiam a ocorrência, demonstra que caiu a profissionalização da nossa PM e, quando isso ocorre, absolutamente ninguém está protegido: é um tipo de violência que pode chegar a todas as classes sociais”, disse Silva.
Segundo o ouvidor, “o que já era assustador para os pobres e periféricos, agora se apresenta também como ameaça à vida dos que pertencem às camadas mais abastadas da nossa sociedade. A ideologia de vingança, truculência e morte atinge a todos, sem distinção de classe ou raça.”
Imagens da abordagem
Imagens de câmera de segurança do hotel mostram que o rapaz estava sem camisa quando entrou no saguão. Macedo segurou o braço do jovem, que tentou se soltar, enquanto o outro policial o chutou. Na sequência, é possível ver que o PM dispara na direção do rapaz, que cai no chão.
Segundo informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), Acosta golpeou a viatura policial, tentou fugir e ao ser abordado “investiu” contra os policiais e foi ferido. O rapaz foi socorrido ao hospital Ipiranga, mas não resistiu ao ferimento.
“Existem outros protocolos a serem adotados antes da decisão de puxar o gatilho, neste caso contra um jovem que estava sem camisa e não oferecia qualquer risco à integridade física dos policiais, inclusive porque fugia da abordagem, diferente do que diz nota da SSP, que afirma que ele ‘investiu contra os policiais’, quando o vídeo mostra que ele fugia da abordagem, por razões que não vamos saber quais são”, ressaltou o ouvidor.
O resultado, lamenta Silva, é mais uma família destruída. “Sonhos interrompidos, trajetórias abortadas, que se somam a centenas de outros mortos, como o jovem dr. Marco Aurélio Cardenas Acosta, que, prestes à sua formatura, iria salvar muitas vidas”, disse.
A Associação Atlética Acadêmica Medicina Anhembi Morumbi manifestou, em nota, profundo pesar pela morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta. “Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com seus familiares, companheiros de time e colegas, que perderam não apenas um companheiro de jornada, mas também um amigo. Que sua memória seja sempre lembrada com carinho e que sua trajetória inspire a todos nós”, diz a nota.
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Musk e Ramaswamy pedem o fim do trabalho em casa para funcionários federais | Administração Trump
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21 de novembro de 2024 Sam Levine in New York
Elon Musk e Vivek Ramaswamy sugeriu que Donald Trump poderia exigir que os funcionários do governo estivessem no escritório cinco dias por semana, como parte de um esforço para reduzir o tamanho da força de trabalho federal.
“Exigir que os funcionários federais compareçam ao escritório cinco dias por semana resultaria em uma onda de demissões voluntárias que saudamos: se os funcionários federais não quiserem comparecer, os contribuintes americanos não deveriam pagar-lhes pelo privilégio da era Covid de ficar em casa”, escreveram Musk e Ramaswamy em um artigo de quarta-feira no Wall Street Journal. Trump convocou ambos os homens para liderar o recém-criado departamento de eficiência governamental.
Os dois homens, que têm experiência anterior no governo, também sugeriram que Trump iria realizar “demissões em grande escala” e realocar agências governamentais fora de Washington.
Musk exige que os funcionários da SpaceX e da Tesla trabalhem pessoalmente e descreveu isso como uma questão moral.
“As pessoas deveriam descer do maldito cavalo moral com a besteira de trabalhar em casa”, ele disse em 2023.
Cerca de 50% dos funcionários do governo federal não são elegíveis para o teletrabalho, de acordo com relatório divulgado no início deste ano pela Secretaria de Gestão e Orçamento. Aqueles que têm direito ao teletrabalho passaram 60% do horário normal de trabalho em locais de trabalho presenciais.
“Esses números indicam que a força de trabalho federal tem taxas de teletrabalho geralmente alinhadas com as do setor privado”, disse o relatório.
Everett Kelley, presidente nacional da Federação Americana de Funcionários Públicos, um sindicato que representa mais de 800 mil trabalhadores federais, disse à CNN: “A implicação de que os funcionários federais em grande escala não estão trabalhando pessoalmente simplesmente não é respaldada por dados e pela realidade.”
Os republicanos pressionaram a administração Biden sobre a abordagem do governo federal ao teletrabalho, incluindo uma disposição sobre um projeto de lei de gastos que prevê que a Casa Branca forneça mais informações sobre a flexibilidade do local de trabalho.
Em Abril de 2023, o Gabinete de Gestão e Orçamento emitiu um memorando dizendo às agências federais para “aumentarem substancialmente o trabalho presencial significativo nos escritórios federais… ao mesmo tempo que continuam a utilizar políticas operacionais flexíveis como uma ferramenta importante no recrutamento e retenção de talentos”.
Alguns funcionários federais disseram à CNN que um mandato de trabalho presencial de cinco dias mudaria suas vidas e seria inviável. Um funcionário que conversou com o veículo trabalha para a Biblioteca do Congresso e sofreu um corte de US$ 12.000 no salário quando se mudou para o meio-oeste durante a pandemia de Covid-19 e comprou uma casa. Outro funcionário disse à CNN que teriam que viajar de duas a três horas até o escritório mais próximo.
No seu artigo, Musk e Ramaswamy esboçaram outras formas pelas quais acreditavam que o governo federal poderia poupar dinheiro, incluindo auditorias e melhores aquisições. Eles também sugeriram pressionar para permitir que o presidente bloqueasse os gastos do Congresso, uma medida que reconheceram que provavelmente exigiria uma decisão da Suprema Corte dos EUA que Trump moldou a seu favor.
“Com um mandato eleitoral decisivo e uma maioria conservadora de 6-3 no Supremo Tribunal, o DOGE tem uma oportunidade histórica para reduções estruturais no governo federal. Estamos preparados para o ataque dos interesses arraigados em Washington. Esperamos prevalecer”, escreveram eles.
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