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Meu sonho é passar o Sérgio Reis no Google, diz bailarino – 14/12/2024 – Mônica Bergamo
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“Eu sempre reclamo com a minha mãe por ela ter me dado esse nome”, me conta Sérgio Reis, em inglês, língua em que se sente mais à vontade para dar uma entrevista longa como essa, por Zoom, depois de meses e muitas peripécias para chegar até ele. “Eu entendo português perfeitamente, falo com minha mãe, mas tenho que me esforçar para conseguir me explicar bem em português, levo mais tempo”, diz o bailarino e coreógrafo de 29 anos, que mora há 23 na Holanda.
E tempo, para ele, é artigo de luxo hoje em dia. Desde que sua companhia de dança, a CDK, virou um fenômeno no mundo inteiro com vídeos de coreografias ultrassofisticadas, rápidas e divertidas, filmadas de uma maneira elaborada que parece intensificar os movimentos dos bailarinos, sua rotina virou de pernas para o ar, literalmente.
“Desde que lançamos no YouTube o vídeo de ‘Somebody that I Used to Know’, com a música do [cantor e multi-instrumentista australiano] Gotye, em fevereiro, não parei de trabalhar e atender a pedidos de colaborações”, diz Reis, entre orgulhoso e meio assustado.
“Claro que eu fiz o vídeo querendo que ele fosse muito visto, passamos meses nesse projeto, experimentando movimentos, testando roupas e fazendo ajustes. Sempre discuto com meus bailarinos: ‘Qual é a intenção por trás disso? Como queremos contar essa história? Como fazemos cada detalhe mais interessante?’.”
“Cada pedaço de uma obra de arte —seja o movimento, a moda, a iluminação— é como uma peça de um quebra-cabeça. Tudo precisa se encaixar”, explica o coreógrafo e diretor das filmagens. “Mas minha intenção era chegar à comunidade da dança, e esse vídeo ultrapassou muito minha meta e acabou atingindo o mundo inteiro.” No YouTube, o vídeo de “Somebody that I Used to Know” já tem mais de 16 milhões de visualizações. Além disso, foi postado nas redes sociais tanto da companhia, quanto de Sérgio Reis e de cada um dos 30 bailarinos que fazem parte da coreografia e da equipe técnica, essa bem mais enxuta.
O trabalho mais inesperado e prazeroso que surgiu desse fenômeno foi o convite da tradicional marca americana de roupas Gap, que o procurou com uma proposta irrecusável: criar uma coreografia para a próxima campanha da empresa, e dirigir as filmagens. Os bailarinos seriam todos da própria CDK. “Eu já vinha dirigindo os vídeos da minha companhia, então disse que sim na hora, super animado. No dia seguinte acordei em pânico, pensando ‘meu Deus, e agora, será que eu consigo mesmo fazer isso?’.”
Mas era tarde demais para desistir, a empresa americana já tinha se comprometido a levar uma equipe de filmagem até a cidadezinha de Waalre, na Holanda, onde fica sediada a CDK, e os bailarinos todos já estavam sonhando com suas fotos nas lojas do mundo todo, uma plataforma que quase nenhum dançarino consegue, a menos que se torne uma estrela.
“A Gap era famosa por usar dançarinos em suas campanhas nos anos 1980 e 1990, foi uma das primeiras marcas a dar espaço e oportunidade para dançarinos. Mas depois passou a usar celebridades e se afastou da dança”, lembra Reis. “No ano passado, a marca recuperou essa tradição com uma campanha com o [duo inglês de música eletrônica] Jungle e a [cantora sul-africana] Tyla, um sucesso enorme. Aí quiseram outra campanha com dança e chegaram a mim por causa do sucesso de ‘Somebody that I Used to Know’”.
Na época, Reis estava trabalhando com o ator e cantor australiano Troye Sivan (que fez o jovem Wolverine no filme “X-Men Origins: Wolverine”, de 2009), e suas coreografias estavam ganhando muita visibilidade. Parcerias com artistas pop de alcance mundial já fazem parte do vocabulário do coreógrafo brasileiro, que viu seu nome virar “trending topic” em 2019, quando fez a coreografia da música “Black Swan”, do grupo de k-Pop BTS.
“Postei o vídeo no meu Instagram e alguém perguntou: ‘Você é brasileiro?’ Respondi que sim, sou brasileiro, e coloquei o celular de lado. Quando peguei o celular de novo, tinha milhares de mensagens de fãs brasileiros do BTS. Em seguida alguém me mandou uma captura de tela do Twitter mostrando meu nome nos trending topics.”
“Cliquei e vi vários comentários assim: ‘Meu Deus, achei que o Sérgio Reis (o cantor brasileiro homônimo) tinha morrido! Mas não, é só um dançarino brasileiro que coreografou para o BTS.’ Foi muito engraçado.”
Mas não foi sempre assim. A trajetória de Reis é um assombro para quem conhece sua história de vida. Ele nasceu num vilarejo da Bahia chamado Pojuca. Sua mãe tinha apenas 19 anos. Viveu os primeiros anos de vida com vários membros da família, que foram se espalhando pelo país em busca de oportunidades de trabalho.
Quando sua mãe tinha 25 anos, já trabalhando em um hotel em Fortaleza, conheceu e se apaixonou por um holandês. “Eles decidiram se mudar para Eindhoven, uma cidadezinha holandesa perto da fronteira da Bélgica e da Alemanha, e eu vim junto, sem falar uma palavra de holandês”, conta. Ele tinha seis anos. “Aqui é tudo diferente, a comida, a língua, a cultura, sofri bastante para me adaptar ao jeito mais individualista dos holandeses”, lembra Reis. Na escola, ficou amigo dos outros filhos de imigrantes, principalmente os sul-americanos e os turcos.
Aos 12 anos, já medindo os quase 1,90 de altura que tem agora, Reis acompanhou uma amiga a uma aula de break numa cidadezinha vizinha à que morava, Waalre, e se apaixonou pelo que viu. Começou a frequentar o estúdio de dança e ficou obcecado por aquele mundo de movimentos rápidos e precisos. “Só queria dançar, não pensava em mais nada”, diz. Mas sua mãe dizia que dança é coisa de menina, e ela e o padrasto insistiam para que ele continuasse estudando, porque não viam como poderia se sustentar com a dança.
Reis chegou a entrar na universidade para estudar computação, sem nenhum interesse verdadeiro por isso. Logo criou um grupo de dança ligado ao estúdio em que fazia aulas, chamado Cardio, e batizou de CDK. “O nome ficou, apesar de não ter nenhum significado especial, era uma brincadeira com o nome da escola, sigla de ‘cardio dance community'”, conta.
Ele sempre foi o cérebro por trás da companhia. Pouco a pouco, além de fazer as coreografias, começou a se interessar pela forma de filmá-las para levar ao público online a melhor versão possível. “Durante a pandemia, começamos a criar muitos vídeos. No início foi devagar, cometemos muitos erros, mas aos poucos as pessoas começaram a gostar do que viam, e eu fui ganhando habilidade como diretor.”
“Sempre tento fazer alguma coisa que as pessoas nunca viram antes, tanto na coreografia quanto na maneira de mostrá-la”. Quando publicou o vídeo que viralizou no começo deste ano, Sérgio Reis já tinha quatro anos de experiência como diretor de vídeos de dança. “Tudo é treino”, diz ele.
Agora, se prepara para uma de suas atividades preferidas: dar uma aula aberta em São Paulo, junto de alguns dos dançarinos de sua companhia. O desafio, como ele mesmo chama, vai acontecer no próximo dia 11 de janeiro, das 18h às 19h30, e faz parte do curso intensivo de verão dos bailarinos e coreógrafos Pedro Reis (cujo sobrenome é uma coincidência, os dois não são parentes) e Malou Linders (informações através do sitewww.pedroreis.art, ou no Instagram@pe_reis).
Qualquer pessoa pode se inscrever e participar, mas a ideia é que seja uma turma avançada, de uma dança que ele não sabe direito como classificar. “As pessoas costumam dizer que o que eu faço é dança contemporânea, mas não tenho nenhum treinamento formal para isso. Fiz aulas de break e de tudo que apareceu lá na minha cidade, mas sou fundamentalmente um autodidata, invento a maior parte dos movimentos que ensino em aulas e nas coreografias.”
E, se parece que ele já chegou ao auge de sua carreira, é só porque a gente não sabe até onde vai a sua imaginação. “Meu sonho é passar o cantor Sérgio Reis no Google. Quero que quando alguém pesquise esse nome eu apareça no topo da lista, antes dele.” Vai precisar de mais alguns hits nessa história, mas alguém duvida?
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Restantes prisioneiros australianos voltam para casa – DW – 15/12/2024
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15 de dezembro de 2024Cinco Australianos que cumprem penas de prisão perpétua por tráfico de drogas em Indonésia nos últimos 19 anos, voltou para casa no domingo, após longas negociações entre os dois países, disse o governo australiano.
Os cinco eram membros de um grupo de nove pessoas, apelidado de “Bali Nine”, que foram condenados em 2005 por tentativa de contrabando de mais de 8 quilos de heroína da ilha de Bali para a Austrália. A prisão deles seguiu uma denúncia da polícia australiana.
“O governo australiano pode confirmar que os cidadãos australianos, Matthew Norman, Scott Rush, Martin Stephens, Si Yi Chen e Michael Czugaj regressaram à Austrália”, disse o primeiro-ministro Anthony Albanese num comunicado.
“Estes australianos cumpriram mais de 19 anos de prisão na Indonésia. Era hora de voltarem para casa”, disse Albanese, acrescentando que o regresso mostrou “a forte relação bilateral e o respeito mútuo entre a Indonésia e a Austrália”.
A sua declaração não disse se os homens precisarão de continuar a cumprir as suas penas na Austrália ao abrigo dos termos do acordo de transferência com a Indonésia, mas apenas que “os homens terão a oportunidade de continuar a sua reabilitação pessoal e reintegração na Austrália”.
Anos de apelos
Dois dos membros do grupo, Andrew Chan e Myuran Sukumaran, foram executados por um pelotão de fuzilamento em 2015, enquanto outro, Tan Duc Thanh Nguyen, morreu de câncer na prisão em 2018.
A única mulher do grupo, Renae Lawrence, acabou sendo libertada e retornou à Austrália em 2018.
Albanese apelou no mês passado ao novo presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, para que permitisse a repatriação dos cinco, que cumpriam penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Mas os prisioneiros já tinham feito apelos não ouvidos durante anos antes disso, solicitando sempre clemência antes do Dia da Independência da Indonésia.
A falta de resposta reflecte a abordagem linha-dura da Indonésia em relação aos crimes relacionados com drogas, que inclui a execução regular de estrangeiros.
A execução de Chan e Sukumaran desencadeou uma divergência diplomática entre Jacarta e Camberra.
tj/zc (Reuters, AFP)
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Prisão de Braga Netto muda algo para Bolsonaro? Entenda – 14/12/2024 – Poder
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15 de dezembro de 2024 Ana Gabriela Oliveira Lima
A prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, neste sábado (14), sob suspeita de obstrução de Justiça, não deve mudar significativamente a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-mandatário foi indiciado em novembro pela Polícia Federal sob suspeita de ter participado da trama golpista em 2022 que tentou impedir a posse do presidente Lula (PT) no mesmo inquérito que resultou no indiciamento de Braga Netto.
Segundo a PF, Bolsonaro planejou, atuou e “teve domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios” do golpe. A trama, ainda de acordo com a corporação, envolveu um plano para matar em 2022 o então presidente eleito, Lula, o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A prisão dos envolvidos, inclusive de Bolsonaro, só pode ocorrer em duas situações.
A primeira é se eles forem considerados culpados após transcorrido todo o processo na Justiça.
Isso só acontecerá depois de a Procuradoria-Geral avaliar se faz a denúncia, arquiva o inquérito ou pede mais investigações sobre o caso.
Feita a denúncia, os ministros do STF julgam se a aceitam. Assim, os acusados passam à condição de réus e começam a responder ao processo penal. Só quando houver decisão definitiva e não existir mais possibilidade de recurso eles são considerados culpados e, eventualmente, presos.
Braga Netto foi preso antes desse trâmite porque, no seu caso, ocorreu o segundo cenário possível: foi decretada prisão preventiva.
Essa medida é prevista em uma investigação policial ou processo judicial nos casos em que se argumentar que outras opções menos restritivas, como a proibição de deixar um determinado local ou se comunicar com suspeitos, não forem suficientes.
De acordo com a PF, a operação deste sábado teve como objetivo cumprir mandados judiciais expedidos pelo STF envolvendo pessoas “que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”, a fim de impedir a repetição da conduta ilícita.
Segundo relatório da PF que baseou a ação deste sábado, Braga Netto tentou conseguir detalhes da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com o pai do militar.
A instituição afirma que o general atuou de forma “reiterada e destacada para impedir a completa identificação dos fatos investigados”.
Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, divulgada neste sábado, Mauro Cid confirmou as suspeitas da PF de que Braga Netto tentou pedir informações a ele ainda em setembro de 2023, após o ex-ajudante de ordens deixar a prisão em Brasília.
Teria havido, ainda, outras tentativas de interferir nas investigações, e a PF cita um documento com perguntas e respostas sobre a delação de Cid que também estaria relacionado a Braga Netto.
“As ações perpetradas indicaram que Braga Netto tentou obter os dados repassados pelo colaborador Mauro Cid à investigação, com o objetivo de controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados”, conclui a PF.
A decisão também relata que ele “obteve e entregou os recursos necessários” para a organização e execução do plano de matar Lula, Alckmin e o próprio Moraes.
A defesa do general da reserva diz que ele não tentou interferir na investigação. Ele já negou anteriormente o plano de golpe e de assassinato de autoridades.
Para Maurício Zanoide, professor de processo penal da USP, o relatório da PF aponta elementos que indicam ter havido a tentativa de obstrução de justiça. Ele explica que toda investigação criminal precisa ficar imune à interferência de pessoas que queiram prejudicar o andamento dos trabalhos.
Zanoide também diz que colaborações premiadas como a de Cid são sigilosas e que tentar obter informação sobre elas é tentar interferir nas investigações. O professor aponta que a situação de interferência em si representa, em tese, outro crime, que é uma variação do crime de organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos.
No caso de Bolsonaro, uma prisão preventiva poderia ocorrer apenas se as autoridades entenderem também haver elementos previstos em lei que ensejam a medida.
Segundo o artigo 312 do Código Penal, a prisão preventiva pode ocorrer em caso de tentativa de obstruir ou atrapalhar de qualquer forma a instrução criminal, colocar em risco a aplicação da lei penal, por exemplo com tentativa de fuga, e colocar em risco a garantia da ordem pública ou ordem econômica.
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Escola na principal academia de Mossbourne enfrenta revisão de salvaguarda | Academias
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15 de dezembro de 2024 Anna Fazackerley
Uma escola de um dos principais consórcios acadêmicos da Inglaterra enfrentará uma revisão de salvaguarda independente após um Observador investigação expôs alegações de abuso emocional de crianças ao longo de duas décadas.
Depois de uma reunião de emergência com várias agências na terça-feira, Jim Gamble, comissário independente para a proteção da criança Hackney no leste de Londres, confirmou na sexta-feira que lançou uma revisão local de práticas de proteção infantil – normalmente reservada para casos individuais graves de abuso ou negligência infantil – na academia Mossbourne Victoria Park (MVPA).
Desde o primeiro Observador história há três semanas sobre o tratamento de crianças na MVPA – com base em relatos de quase 30 pais – mais de 200 pais, alunos, ex-professores e clínicos gerais locais e psicólogos infantis apresentaram agora evidências em relação a esta escola e outra no trust, Mossbourne Academia Comunitária.
As alegações, que o governo descreveu no fim de semana passado como “profundamente angustiante”centrado na MVPA e na aclamada academia comunitária de Mossbourne (MCA), também em Hackney. Foi originalmente administrado por Sir Michael Wilshaw, que se tornou inspetor-chefe de escolas do Ofsted na Inglaterra de 2012 a 2016.
Ambas as academias foram classificadas como excelentes pela Ofsted – com a MVPA obtendo a classificação máxima apenas no ano passado – e são conhecidos por notas altas e disciplina super rigorosa.
As alegações incluem professores gritando de perto na cara das crianças, alunos com necessidades educativas especiais sendo punidos ou empurrados para outras escolas, e mais de 15 relatos de crianças do ensino secundário que urinaram ou se sujaram ou menstruaram através das roupas porque não lhes foi permitido ir ao banheiro ou estava com muito medo de perguntar.
Andy Leary-May, o pai que iniciou o Campanha de Mossbournedisse: “Muitas pessoas nos disseram que estavam esperando por este momento. É preciso coragem para falar. Os jovens estão sendo ouvidos, o que só pode ser bom.”
Numa carta informando os pais sobre a revisão na sexta-feira, Matthew Toothe, diretor da MVPA, disse: “O bem-estar dos seus filhos e mantê-los seguros está no centro de tudo o que fazemos, e levamos as nossas responsabilidades nesta área extremamente a sério”.
Disse não “reconhecer o retrato da academia” e sublinhou que o Ofsted destacou a eficácia da salvaguarda da escola na sua última inspecção. “A decisão e o momento desta revisão, na sequência da cobertura mediática, levantam questões sobre a razão pela qual os processos legais estabelecidos estão agora a ser rejeitados ou ignorados”, escreveu ele.
Outro grupo de pais da MCA escreveu ao Observador no último fim de semana, descrevendo a academia como uma “escola de sucesso com professores brilhantes e comprometidos”. Construída no local de uma “escola anteriormente fracassada”, a academia, disseram, “aspirava ao sucesso de cada uma” das suas crianças de um “grupo demográfico muito misto”.
Acrescentaram: “Embora as regras possam ser draconianas… a grande maioria das crianças está bem ajustada, feliz e bem cuidada”. Colin Diamond, professor de liderança educacional na Universidade de Birmingham e ex-conselheiro em academias no Departamento de Educaçãoelogiou Hackney por fazer esta intervenção altamente incomum. Ele acrescentou: “O último governo conservador tolerou regimes de comportamento de tolerância zero nas escolas, mas (a secretária de educação) Bridget Phillipson é apaixonada pelo bem-estar das crianças. Imagino que a equipe dela ficou horrorizada com essas histórias perturbadoras.”
As academias não são financiadas pelas autoridades locais e muitos conselhos expressam, em privado, frustração pela falta de poderes para intervir quando têm preocupações.
A revisão independente da salvaguarda será liderada por Senhor Alan Madeiraque foi diretor de serviços infantis em Hackney por quase uma década, até 2015. Gamble disse que procuraria primeiro “determinar se as preocupações podem ser fundamentadas”. Ele acrescentou: “Procurará identificar quaisquer lições relativas à aplicação de políticas comportamentais e seu impacto nos alunos, famílias, funcionários e na comunidade escolar em geral”.
A Federação Mossbourne foi contatada para mais comentários.
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