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Ministro do STJ citado pelo Coaf nega movimentação ilícita – 18/10/2024 – Poder

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Ministro do STJ citado pelo Coaf nega movimentação ilícita - 18/10/2024 - Poder

José Marques, Alex Sabino

Mencionado em relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) por supostas movimentações financeiras atípicas, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Moura Ribeiro nega que tenha feito transações ilícitas.

Ele atribui as desconfianças aos valores que recebeu em aulas e palestras e a pagamentos na reforma de um imóvel da família.

O levantamento do Coaf que menciona Moura Ribeiro foi incluído em inquérito remetido pela Polícia Federal ao STF (Supremo Tribunal Federal) que trata de suspeitas de vendas de sentença no STJ. O caso e a menção ao ministro foram revelados pela revista Veja.

Segundo a publicação, inicialmente os investigadores apuravam apenas eventuais irregularidades cometidas por funcionários de gabinetes, mas o caso foi enviado ao Supremo após o documento do Coaf citar Moura Ribeiro.

Em manifestação à Folha, o ministro afirmou que “sobre as movimentações financeiras não usuais, eu ministro aulas, dou palestras e, recentemente, suportei e estou suportando os custos de uma reforma de um imóvel da minha família, o que poderia ser considerado atípico”.

“Já movimentações ilícitas, jamais as tive”, diz Moura Ribeiro.

“Fiquei extremamente indignado em ver meu nome veiculado na imprensa por supostas ‘movimentações não usuais de valores’ em uma apuração que está sendo feita pelo Coaf. Eu tenho 41 anos de magistratura e ensino jurídico, sem nunca ter sido acusado de desvio de conduta”, afirma.

“Sempre pautei minha vida pela verdade e pela ética profissional. Por outro lado, fico extremamente triste em saber da possibilidade de envolvimento de servidores do STJ em ‘venda de decisões’. Tenho certeza que as investigações darão as respostas necessárias e, no fim, a justiça vai prevalecer.”

Ser citado em um relatório do Coaf não significa que houve um crime, mas pode ser usado como elemento de investigações.

As investigações que chegaram nas suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso. O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado. Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório na capital mato-grossense. Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

As desconfianças sobre vendas de decisões começaram a partir de decisões tomadas por um juiz de Cuiabá na condução da apuração, e o CNJ interveio no caso para evitar a possibilidade de destruição de provas.

O então juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá Wladymir Perri havia determinado que qualquer material entregue à polícia sobre o caso deveria ser protocolado de forma física na vara.

Depois que esses documentos chegaram, relatou o Ministério Público de Mato Grosso ao CNJ, o juiz deslacrou os envelopes que continham uma HD com os dados de celular e da agenda da vítima.

Até aquele momento não havia uma análise da polícia sobre os dados contidos nesse material. “[O juiz fez isso] sem qualquer provocação das partes, tampouco designação de ato que pudesse ser acompanhado/fiscalizado pelas partes”, disse o MP-MT.

O juiz ainda perguntou à época à polícia, “sem motivo aparente”, se havia na investigação eventual citação de autoridades com foro especial. Congressistas, como deputados e senadores, secretários de estado e magistrados possuem direito ao foro especial.

O caso chegou em maio à corregedoria do CNJ, que à época estava sob o comando do ministro do STJ Luis Felipe Salomão.

Em 17 de maio, a corregedoria ordenou que todo o material apreendido pela polícia fosse encaminhado ao órgão e que o juiz fosse impedido de dar qualquer decisão a respeito do material.

Também determinou que a extração das cópias que seriam encaminhadas para a Corregedoria Nacional de Justiça tinham que ser acompanhadas por autoridade da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá, para que fosse atestada “a integridade do conteúdo extraído em relação àquele entregue pela Polícia Judiciária à unidade judicial”.

Segundo o CNJ, ele fez diversas remarcações injustificadas de audiências, que ocasionaram a paralisação de processos.

Em agosto, dois desembargadores foram afastados do tribunal, por unanimidade, pelo CNJ. Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, segundo o conselho, são suspeitos de ter recebido vantagens financeiras para julgarem processos de acordo com os interesses de Zampieri.

Antes do afastamento dos desembargadores, o TJ-MT foi questionado sobre as menções à suposta influência do advogado Zampieri na cúpula da corte, mas não se manifestou.

Após o afastamento, o tribunal foi procurado pela reportagem novamente, mas não se manifestou.

A Folha procurou o juiz Wladymir Perri por meio da assessoria do tribunal, também antes dos afastamentos, mas ele não se posicionou. A reportagem não localizou a defesa dos desembargadores. Também procurado, o CNJ não se manifestou sobre o caso.

Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente do STJ, Herman Benjamin, disse que foram identificados indícios de venda de decisões em relação a um servidor, que foi afastado. Segundo ele, foi aberto um processo administrativo disciplinar sobre o caso.





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Pablo Marçal tem apoio de marcas para assinar com SBT – 14/12/2024 – Outro Canal

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Pablo Marçal tem apoio de marcas para assinar com SBT - 14/12/2024 - Outro Canal

Gabriel Vaquer

Aracaju

Pablo Marçal e SBT estão bem próximos de fechar contrato para que ele assuma a nova versão do Casos de Família, que deve reestrear na programação da emissora da família Abravanel em 2025. O ex-candidato a prefeito de São Paulo grava testes para a atração no domingo (14).

Segundo apurou a coluna, o que pesa a favor de Pablo são dois pontos. O primeiro é que ele já sinalizou e mostrou a emissora que dois patrocinadores já estão dispostos a anunciarem no programa, caso haja sinal verde após a produção.

Um deles é a loja Havan, de Luciano Hang, que já patrocina outros programas da emissora, como o Domingo Legal, de Celso Portiolli. Hang também tem boa relação com a família Abravanel.

O segundo é o fato dele ser o favorito de Mauro Lissoni, novo diretor de Programação e Artístico, que assumiu o cargo em outubro. Para Lissoni, a contratação de Marçal pode ser um fenômeno popular e ajudar o SBT a recuperar a audiência das tardes.

A ideia de Lissoni é que o Casos de Família volte ao ar por volta das 16h. Com isso, algo curioso aconteceria: Marçal entregaria a audiência para Datena, que comanda o Tá na Hora desde a última segunda (9).

Os dois trocaram farpas na última eleição, onde Datena chegou a dar uma cadeirada em Marçal durante um debate na TV Cultura. Atualmente, os dois passaram a ter uma relação mais respeitosa.

Caso seja aprovado, Marçal e SBT assinam acordo ainda neste ano. A previsão de estreia do novo Casos de Família é para março, após o Carnaval, junto com algumas novidades que o BST prepara para 2025.

Pablo Marçal quer a visibilidade de uma televisão para se manter em alta. Ele chegou a procurar a Band, mas a emissora do Morumbi rejeitou qualquer conversa, devido a sua rejeição causada pela eleição de 2024.

Cobre diariamente os bastidores das novelas, do telejornalismo e da mídia esportiva. Tem como titular o jornalista Gabriel Vaquer



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A semana ao redor do mundo em 20 fotos | Arte e design

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A semana ao redor do mundo em 20 fotos | Arte e design

Jim Powell

Uma fotografia do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na capa da revista Time é exposta em frente à Bolsa de Valores de Nova Iorque. Trump tocou o sino de abertura da bolsa esta semana, além de ser eleito a pessoa do ano de 2024 pela revista Time



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Tribunal dos EUA nega apelo do TikTok para interromper provável proibição até revisão da Suprema Corte | Notícias de tecnologia

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Tribunal dos EUA nega apelo do TikTok para interromper provável proibição até revisão da Suprema Corte | Notícias de tecnologia

O porta-voz da TikTok disse que os proprietários chineses da empresa planejam levar o caso ao Supremo Tribunal.

Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos rejeitou um pedido do plataforma de mídia social TikTok suspender a aplicação de uma lei que exige que os proprietários chineses da empresa se desfaçam ou enfrentem uma proibição no país até que o Supremo Tribunal reveja a sua contestação do estatuto.

Em decisão proferida na sexta-feira, o tribunal rejeitou o pedido do TikTok, chamando-o de “injustificado”.

A ordem do tribunal – não assinada – dizia que a TikTok não identificou precedentes em que um tribunal, “após rejeitar uma contestação constitucional a uma lei do Congresso”, impediu a implementação da lei até que uma revisão da Suprema Corte fosse solicitada.

Os advogados da TikTok e de seu proprietário, ByteDance, solicitaram a liminar depois que um painel de três juízes do Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia ficou do lado do governo dos EUA e rejeitou sua contestação à lei.

No pedido, os advogados pediram um “atraso modesto” na aplicação da lei para que o Supremo Tribunal pudesse rever o caso e a nova administração Trump pudesse “determinar a sua posição” sobre o assunto.

A decisão que exigiu a venda de Tiktok

O estatuto, que foi assinado pelo presidente Joe Biden no início deste ano, exige que a ByteDance venda o TikTok a um comprador aprovado devido a questões de segurança nacional ou enfrentará uma proibição nos EUA.

Um porta-voz do TikTok disse após a decisão que a empresa planeja levar seu caso à Suprema Corte, “que tem um histórico histórico estabelecido de proteção do direito dos americanos à liberdade de expressão”.

Não está claro se o Supremo Tribunal aceitará o caso, embora alguns especialistas jurídicos tenham dito que esperam que os juízes opinem devido aos tipos de novas questões que levanta sobre as redes sociais, a segurança nacional e a Primeira Emenda.

A TikTok também está procurando uma potencial tábua de salvação do presidente eleito Donald Trump, que prometeu “salvar” a plataforma de vídeos curtos durante a campanha presidencial.

Durante seu primeiro mandato, ele tentou, sem sucesso, banir o TikTok.

Pode ser coagido pela China?

Os EUA dizem que vêem o TikTok como um risco de segurança nacional porque a ByteDance poderia ser coagida pelas autoridades chinesas a entregar dados de usuários dos EUA ou manipular o conteúdo da plataforma para os interesses de Pequim.

A TikTok nega essas alegações e argumenta que o caso do governo se baseia em riscos hipotéticos futuros, em vez de fatos comprovados.

Se a lei não for anulada, as duas empresas afirmam que a popular aplicação será encerrada até 19 de janeiro, apenas um dia antes de Trump assumir novamente o cargo.

Mais de 170 milhões de usuários americanos seria afetado, disse a empresa. A maioria dos usuários pertence ao segmento mais jovem da população.

O Departamento de Justiça dos EUA se opôs ao pedido de pausa do TikTok, dizendo em um processo judicial esta semana que as partes já haviam proposto um cronograma que foi “projetado com o propósito preciso” de permitir uma revisão da lei pela Suprema Corte antes que ela entrasse em vigor.

Também na sexta-feira, o presidente e principal democrata de um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA sobre a China disse aos CEOs da Alphabet, controladora do Google, e da Apple que eles devem estar prontos para remover o TikTok de suas lojas de aplicativos nos EUA em 19 de janeiro.



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