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Moçambique: Crise política matou 125 em 3 dias, diz ONG – 26/12/2024 – Mundo

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Moçambique: Crise política matou 125 em 3 dias, diz ONG - 26/12/2024 - Mundo

Pelo menos 125 pessoas morreram em distúrbios em Moçambique desde esta segunda-feira (23), quando confirmou-se a vitória do candidato governista Daniel Chapo nas eleições presidenciais.

A cifra foi divulgada pela ONG Plataforma Decide nesta quinta-feira (26). Segundo as estimativas da entidade, ela eleva o número de mortes envolvendo os protestos ocorridos desde o pleito de outubro a 252.

Ainda de acordo com a organização, 102 pessoas foram detidas pelas forças de segurança até a quarta.

O governo também admite mortes, mas numa dimensão muito menor. Na terça-feira (24), ele havia afirmado que pelo menos 21 pessoas haviam morrido em 24 horas e que outras 24 tinham ficado feridas, 13 delas policiais.

A primeira onda de confrontos no país ocorreu em outubro, logo após o anúncio dos resultados das eleições. A segunda onda estourou na segunda-feira, quando o Conselho Constitucional confirmou a vitória de Daniel Chapo, candidato da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), com 65% dos votos. A Frelimo comanda Moçambique desde que o país obteve sua independência de Portugal, em 1975.

Seu principal adversário, Venâncio Mondlane, que, segundo o Conselho Constitucional obteve 24% dos votos, denunciou fraude eleitoral massiva e advertiu que o país poderia mergulhar no caos se fosse ratificada a permanência no poder da Frelimo. Ele se declarou vencedor do pleito e convocou protestos em seu apoio. Na terça-feira (24), disse, em uma transmissão ao vivo, que estava aberto ao diálogo, “mas apenas com mediação internacional.”

Nesta quinta-feira, Mondlane acusou as forças de segurança de permitirem saques e vandalismo como pretexto para declarar estado de emergência e reprimir os protestos. Grupos de direitos humanos dizem que as forças de segurança de Moçambique responderam com força excessiva aos atos, tendo disparado tanto balas de borracha quanto munição real contra as multidões.

Antes, na terça-feira, o ministro do Interior, Pascoal Ronda, havia dito que centenas de edifícios foram saqueados ou vandalizados, incluindo delegacias de polícia, escolas, hospitais, tribunais e residências. “Esses atos representam uma ameaça direta à estabilidade, à segurança pública e aos valores de nossa jovem democracia”, disse Ronda na ocasião.

Temendo que as confusões levem a um desabastecimento, moradores de Maputo formaram longas filas nos postos de gasolina na cidade. Mercados locais estavam ficando sem suprimentos e registrando aumento de preços.

Habitantes também estavam cada vez mais preocupados com a ideia de que criminosos começarão a atacar casas, e muitos bairros criaram grupos de vigilantes no WhatsApp.

A agitação política ocorre enquanto o país da África Austral trabalha para se recuperar do ciclone Chido. O número de mortos devido à tempestade subiu para 120 desde que atingiu a costa, há mais de uma semana, segundo o Instituto Nacional de Desastres Naturais do país.

O número quase quadruplicou em relação aos números iniciais relatados, à medida que os socorristas chegam a áreas rurais isoladas. Mais de 450 mil moçambicanos foram afetados pela tragédia.

O caos aprofunda os problemas econômicos de Moçambique, uma nação costeira de 33 milhões de pessoas.

O governo já estava lutando para lidar com o alto desemprego e a pobreza. A insurgência apoiada pelo Estado Islâmico (EI) no norte do país tirou mais de 580 mil pessoas de casa e deixou milhares de mortos desde 2017, de acordo com o Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), além de interromper projetos lucrativos de gás natural.

Parte da nação está petrificada em plena temporada de férias, quando normalmente estaria se movimentando, e várias companhias aéreas cancelaram voos para Maputo.

Os meses de agitação também ameaçaram a estabilidade em toda a região. A África do Sul procurou fortalecer sua fronteira com Moçambique para evitar que a violência se espalhasse.

O chanceler sul-africano, Ronald Lamola, viajou para Moçambique na semana passada para discutir com Ronda maneiras de lidar com as ordens recentes de Pretória de fechar a fronteira entre os países devido aos distúrbios, o que tem afetado o comércio e as cadeias de suprimentos em ambas as nações.

Com AFP e The New York Times



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Bónus de transporte reforçados em 2025

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Bonde da cidade de Bordeaux, outubro de 2024.

O governo anunciou, sexta-feira, 27 de dezembro, um reforço das ajudas ligadas ao transporte casa-trabalho em 2025, através do aumento do teto de isenção de prémios de combustíveis e transportes públicos. « Au 1é Janeiro de 2025, o limite máximo de isenção fiscal do prémio de combustível é elevado para 300 euros por ano, em vez de 200 euros »especificou o Ministério dos Transportes em um comunicado de imprensa.

Este limite máximo de cobertura patronal dos custos com combustíveis dos seus empregados foi aumentado para 400 euros em 2022 e 2023 num contexto de aumento do preço dos hidrocarbonetos, antes de voltar a 200 euros em 2024.

Para incentivar a transição para a mobilidade eléctrica, o governo decidiu aumentar também em 100 euros o limite máximo de isenção fiscal do prémio de carregamento de veículos eléctricos, de “500 a 600 euros por ano”segundo a mesma fonte. “Finalmente, o limite máximo de isenção fiscal para a combinação do pacote de mobilidade sustentável e assinatura de transportes públicos também aumenta em 100 euros, passando de 800 para 900 euros por ano”concluiu o ministério. O pacote de mobilidade sustentável é pago aos trabalhadores que privilegiam os chamados modos de transporte de mobilidade suave, como a bicicleta.

O mundo com AFP

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Governo Lula quer manter decreto das polícias após reação – 27/12/2024 – Cotidiano

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Governo Lula quer manter decreto das polícias após reação - 27/12/2024 - Cotidiano

Lucas Marchesini

O governo Lula deve manter o decreto que regulamentou o uso de força pelas polícias mesmo depois de três governos estaduais se posicionarem contra o texto.

As manifestações contrárias vieram de dois governadores de oposição —Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Claudio Castro (PL), do Rio de Janeiro —e do secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, que é presidente do Consesp (Conselho Nacional dos Secretários de Segurança Pública).

O decreto define novas regras para o uso de força por policiais e proíbe uso de armas de fogo em circunstâncias que não representem riscos aos profissionais de segurança pública.

Um dos principais pontos da nova norma prevê que não é legítimo o uso de arma de fogo em duas circunstâncias: contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente risco imediato de morte ou lesão para policiais ou terceiros; e contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto quando houver risco de morte ou lesão.

O texto foi construído a partir de um grupo de trabalho instituído em janeiro deste ano pelo Ministério da Justiça.

O grupo contou com membros de três ministérios, seis entidades representativas de forças de segurança e quatro entidades não governamentais.

Entre as entidades representativas estava o Consesp, presidido por Avelar, que criticou o texto ao dizer que ele “pegou à contramão” e que deixava “os criminosos mais ousados”.

Já Caiado, pré-candidato a Presidência da República em 2026, disse que o decreto é uma “chantagem” do governo federal. “O decreto impõe aos estados que, caso não sigam as diretrizes do governo do PT para a segurança pública, perderão acesso aos fundos de segurança e penitenciário.”

Castro afirmou: “agora, para usar arma de fogo, as polícias estaduais terão que pedir licença aos burocratas de plantão em Brasília! Uma vergonha! Que o Congresso Nacional se levante e casse esse decreto absurdo”.

As diretrizes apresentadas pelo governo federal não são imposições aos estados, que são os responsáveis pelo comando das polícias militares. Elas servem como uma tentativa de padronizar uma política pública para a segurança pública em nível nacional.

O governo Lula, porém, define no decreto que os repasses para os fundos de segurança pública observarão se os estados têm cumprido as diretrizes.

“O repasse de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional para ações que envolvam o uso da força pelos órgãos de segurança pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios está condicionado à observância do disposto na Lei nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014, e neste Decreto.”

O Ministério da Justiça e Segurança Pública será responsável por financiar ações para a implementação do decreto, além de formular e monitorar ações relacionadas ao uso da força policial.

A pasta de Lewandowski deve desenvolver, nos próximos meses, materiais de referência sobre uso de algemas, busca pessoal e domiciliar e atuação em ambientes prisionais. O conteúdo será compartilhado com as secretarias de Segurança Pública dos estados.





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Ludmilla distribui cestas básicas de Natal em Caxias, no RJ; ‘minha casa, minha raiz’

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Boris e Svetlana, tigres separados quando filhotes, são reunidos e se apaixonam. Uma linda história de amor. - Foto: The Seattle Times

Na véspera de Natal, a cantora Ludmilla realizou uma ação solidária emocionante: distribuiu mais de 16 toneladas de cestas básicas para famílias carentes de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Uma ceia muito mais digna!

A artista, que é natural da região, se emocionou bastante e compartilhou toda a ação em um vídeo nas redes sociais. Ludmilla agradeceu por hoje estar em uma posição que a possibilita ajudar o próximo.



“Neste Natal, tive a chance de fazer a diferença na vida de muitas famílias de Caxias, minha casa, minha raiz. Comprei 16 toneladas de alimentos para distribuir e ver a felicidade no rosto de tantas pessoas me emociona profundamente”, escreveu na legenda da publicação.

Jardim Gramacho

O Jardim Gramacho, onde a cantora cresceu, foi o local escolhido para a ação social.

Com a presença na comunidade, Ludmilla levou não só os alimentos, mas também esperança para muitas famílias vulneráveis.

Com um gesto simples, mas muito significativo, a artista distribuiu os alimentos, que com certeza tornaram as ceias daquelas pessoas muito mais fartas.

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Inspirando outros

Ludmilla é muito conhecida entre os fãs pelos seus atos generosos, mas a cantora normalmente não compartilha as ações. Dessa vez foi diferente e ela tem uma explicação.

“Sempre ajudei, mas nunca expus isso. Resolvi mostrar agora porque acredito que o bem se espalha e pode inspirar outros a fazerem o mesmo”, destacou.

Para ela, uma ajuda ao próximo, mesmo que pequena, pode fazer uma grande diferença.

“Não precisa ser muito, cada ato de generosidade, por menor que seja, pode mudar a vida de alguém. Sou movida pelo amor e pelas pessoas. Obrigada, Deus, por me permitir ser um instrumento de luz. Que este Natal seja de união, fé e esperança para todos nós”, completou.

“Tanto precisam”

A esposa de Ludmilla, Brunna Gonçalves, que está grávida do primeiro filho do casal, também acompanhou as entregas.

Empresária e comunicadora, Brunna se disse muito orgulhosa da parceira.

“Orgulho máximo de você, meu amor! Que atitude linda ver o rostinho das pessoas felizes recebendo as cestas, dizendo que não tinha o que comer no Natal… nossa, sem palavras para o dia de hoje! Muita gratidão mesmo poder proporcionar isso para essas pessoas que tanto precisam”, finalizou.

Veja que ação mais incrível da cantora!



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