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Moraes dá liberdade condicional para ex-deputado Daniel Silveira – 20/12/2024 – Poder
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Cézar Feitoza
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu nesta sexta-feira (20) liberdade condicional para o ex-deputado federal Daniel Silveira.
A decisão foi tomada após Silveira cumprir um terço da pena de 8 anos e 9 meses de prisão com “excelente conduta carcerária” e sem registro de faltas graves.
Segundo a decisão de Moraes, Daniel Silveira terá de cumprir uma série de requisitos para manter sua liberdade condicional. Ele terá de usar tornozeleira eletrônica, está proibido de deixar o Rio de Janeiro e precisará estar em casa no período noturno, das 22h às 6h, e nos fins de semana e feriados.
O ex-deputado também seguirá proibido de usar redes sociais, de dar entrevistas e de frequentar clubes de tiro, bares, boates e casas de jogos. Moraes ainda definiu que Silveira não poderá frequentar cerimônias militares nem manter contato com investigados sobre a trama golpista de 2022.
Daniel Silveira ainda terá de comprovar, em até 15 dias, qual será seu novo trabalho. Ele terá de se apresentar semanalmente ao juízo de execuções penais, para comprovar o “efetivo exercício de atividade laborativa lícita”.
Na decisão, Moraes diz que estipulou mais obrigações que as mínimas previstas em lei porque Daniel Silveira foi condenado pelos “gravíssimos crimes contra o Estado Democrático de Direito e as Instituições Republicanas”
O ministro ainda destaca que Silveira atentou contra a administração pública e descumpriu, de forma reiterada, as “medidas cautelares diversas da prisão durante toda a instrução processual penal”.
A liberdade condicional foi concedida a Daniel Silveira por ele ter cumprido todos os requisitos previstos em lei para deixar a prisão. Moraes destaca que o ex-deputado foi condenado por crime comum, não hediondo, e ter completado 2 anos e 11 meses de pena (um terço) no sistema prisional.
“Em relação aos requisitos subjetivos, ainda, observa-se comprovado o bom comportamento carcerário durante a execução da pena, sem cometimento de qualquer falta disciplinar, e aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto, aliado ao bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído durante a execução da pena”, diz Moraes.
Na quinta-feira (19), a PGR (Procuradoria-Geral da República) havia se manifestado pela soltura de Silveira.
O parecer da PGR foi assinado pelo vice-procurador-geral Hindenburgo Chateaubriand Filho e produzido por determinação de 12 de dezembro de Moraes, depois do pedido de livramento condicional feito pela defesa.
Em 7 de outubro, Moraes autorizou a ida do ex-parlamentar para o regime semiaberto. Na decisão, o relator afirmou que o bolsonarista teve bom comportamento carcerário.
Silveira foi condenado em 2022 a oito anos e nove meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de ameaça ao Estado democrático de Direito ao promover ataques aos ministros da corte e estimular os atos antidemocráticos. Ele também responde por coação no curso do processo.
Ex-policial militar, Silveira foi preso em 2021 após ameaçar ministros do Supremo em vídeo. No dia seguinte à decisão do STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu indulto ao então deputado. Em maio de 2023, a corte entendeu que houve desvio de finalidade na concessão do benefício porque o ex-deputado era aliado político de Bolsonaro e anulou o perdão.
Em julho, o relator havia negado o pedido de progressão de pena porque o ex-deputado não havia pagado a multa de 175 salários mínimos, com correção, fixada pelo Supremo ao condená-lo.
Na decisão de outubro, o relator afirmou que Silveira cumpriu as exigências legais para a progressão, como o cumprimento de 25% da pena, incluindo 140 dias de redução conseguidos com carga horária de estudos e trabalho, e o pagamento integral de multa de R$ 271 mil.
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Schlager-Spiel beim FC Bayern: RB Leipzig fordert müden FCB
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20 de dezembro de 2024Nach der Niederlage in Mainz empfängt der FC Bayern am Freitagabend RB Leipzig. Die Vorschau.
Bei den Bayern dürfte in der Abwehr wieder Dayot Upamecano zum Einsatz kommen. Minjae Kim sollte neben ihm für die nötige Stabilität in der Innenverteidigung sorgen. Im letzten Spiel gegen Mainz wirkte grade die Innenverteidigung besonders unsicher. Im Tor steht erneut Daniel Peretz für Manuel Neuer, allerdings sind Harry Kane und Serge Gnabry für den Einsatz bereit.
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Im Mittelfeld werden Konrad Laimer und Alphonso Davies auf den Außenbahnen erwartet, während Joshua Kimmich und Alexandar Pavlović im Zentrum spielen. Begleitet werden sie auf den Außenbahnen vermutlich von Leroy Sané und Michael Olise. Neben Kane sollte der Einsatz von Jamal Musiala für Optimismus sorgen, aber reicht Optimismus für einen Sieg?
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Leipzig zeigt eine bislang durchwachsene Saison
Die Saison von Leipzig verläuft bisher insgesamt enttäuschend. Besonders in der Champions League konnte man nicht überzeugen, sondern hat sechsmal in Folge verloren. In der Bundesliga liegt man sechs Punkte hinter dem FC Bayern München, die Leistungen sind insgesamt hinter den hohen Erwartungen. Allerdings ist seit der Rückkehr von Xaver Schlager im letzten Spiel wieder die altbekannte Stabilität erkennbar. Drei der letzten vier Spiele wurden gewonnen.
Nicht vergessen sollte man auch, dass bei bei Leipzig in der zuletzt schwierigen Phase 8-10 Spieler ausgefallen sind, darunter Stützen wie Xavi oder David Raum, aber auch Spieler wie Kevin Kampl und Lukas Klostermann waren nicht zu 100% fit.
Leipzigs Offensive noch nicht perfekt
Schwach ist Leipzig derzeit vor allem im Kreieren von Chancen, nach Whoscored hat man nur 12,1 Schüsse pro Spiel abgegeben. Dahinter liegen nur noch Mannschaften wie der VfL Bochum, der FC St. Pauli, FC Heidenheim und Holstein Kiel. Defensiv lässt man mit 15,4 Schüssen pro Spiel die fünftmeisten Schüsse pro Spiel zu.
Allerdings hat man auch erst 15 Gegentore kassiert. Das sind nach dem FC Bayern die zweitwenigsten. Aber die zu erwartende Zahl der Gegentore, die sogenannten „Expected Goals against“ liegen laut understat mit fast 24 deutlich höher. Sprich: Leipzig ist die Mannschaft, die in der Bundesliga eigentlich noch fast neun Tore mehr hätte kassieren müssen/können – der Spitzenwert der Liga.
- Was sind eigentlich Expected Goals?
Leipzig mit schnellen Angreifern und stark gegen Konter
Allerdings zeigt Leipzig eine Stärke: Aus Kontern hat man noch kein einziges Gegentor kassiert. Diese Besonderheit teilt man mit Bayer Leverkusen und Union Berlin. Ähnlich wie Bayern München setzt man auch nicht auf lange Bälle (die zweitwenigsten laut Sofascore), sondern versucht spielerisch das gegnerische Tor zu erreichen.
Die meisten Spielanteile finden dabei im Mittelfeld statt, wie oben bereits erwähnt kommt Xaver Schlager hier ein absolute Schlüsselrolle zu. Er ist der Denker und Lenker im Mittelfeld, den es auszuschalten gilt. Laut whoscored spielen sich 46 % des Leipziger Spiels im Mittelfeld ab.
Die gefährlichsten Angreifer sind Loïs Openda und Benjamin Šeško. Ersterer kommt auf neun Scorerpunkte, letzterer auf sieben. Openda ist laut bundesliga.de nach Omar Marmoush und Harry Kane der Spieler mit den drittmeisten Schüssen in dieser Saison. Auch vor seiner Geschwindigkeit sollten die Bayern gewarnt sein. Er ist laut bundesliga.de nach Sirlord Conteh und Gerrit Holtmann der drittschnellste Spieler der Liga.
FC Bayern zum Siegen verpflichtet
Wenn man sieht, wie nah RB Leipzig oder auch Bayern Leverkusen (mit einem möglichen Sieg gegen den SC Freiburg) den Bayern kommen könnten, ist ein Sieg vor der Winterpause fast schon Pflicht. Zumindest wenn man halbwegs entspannt die kurze Winterpause genießen möchte.
Mit einer Niederlage wären Vincent Kompany und das gesamte Team Anfang 2025 sofort unter massivem Druck, auch die Diskussionen um mögliche Wintertransfers dürfte dann nicht kleiner werden.
Mögliche Aufstellungen:
FC Bayern MünchenPeretz – Laimer, Upamecano, M.-J. Kim, Davies – Kimmich, Pavlovic – Olise, Musiala, L. Sané – KaneRB LeipzigGulacsi – Henrichs, Seiwald, Orban, Geertruida – Vermeeren, X. Schlager – Baumgartner, Nusa – Openda, Sesko
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Estudo que popularizou hidroxicloroquina é despublicado – 20/12/2024 – Ciência
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20 de dezembro de 2024 Luana Lisboa, Phillippe Watanabe
O amplamente contestado estudo que popularizou a ideia de uso da hidroxicloroquina contra a Covid foi despublicado na terça-feira (19). A editora Elsevier, responsável pelo periódico no qual a pesquisa foi publicada, conduziu uma investigação e apontou que retratação está relacionada a questões éticas e a possíveis falhas no método científico.
Ainda em 2020, ano da publicação do estudo, a Isac (International Society of Antimicrobial Chemotherapy), uma das proprietárias do periódico onde a pesquisa foi publicada, afirmou que o artigo não “atendia aos padrões esperados, especialmente pela falta de explicações dos critérios de inclusão e triagem de pacientes”.
A Elsevier lista agora, no fim de 2024, uma série de fatores que levaram à retratação do artigo, que há anos era refutado por diversos pesquisadores.
Três dos autores da pesquisa procuraram a editora levantando preocupações sobre a metodologia, conclusões da pesquisa, e a apresentação de interpretação de seus resultados. Dessa forma, Johan Courjon, Valérie Giordanengo, e Stéphane Honoré pediram a retirada de seus nomes do artigo, que havia sido publicado no International Journal of Antimicrobial Agents.
Giordanengo declarou à Elsevier possíveis questões relacionadas ao testes PCR aplicados. Segundo a pesquisadores, os PCR feitos em Nice teriam sido interpretados de acordo com as recomendações do centro de referência nacional. Mas os feitos em Marselha poderiam não ter utilizado a mesma técnica ou não terem sido interpretado segundo as recomendações, o que “na opinião dela, teria resultado em um viés na análise dos dados”.
Uma das questões éticas levantados diz respeito ao momento em que os pacientes foram recrutados para a pesquisa. A investigação não conseguiu confirmar se o recrutamento ocorreu antes da aprovação ética ser obtida. De forma geral, pesquisas são submetidas a um comitê de ética antes de terem início.
As datas de aprovações éticas vieram em 5 e 6 de março. O estudo diz que o recrutamento de pacientes começou no “no início de março”. Um dos autores da pesquisa, Philippe Brouqui, disse que o início do recrutamento ocorreu em 6 de março.
Porém, a investigação não conseguiu estabelecer se teria sido possível concluir a análise de dados de todos os pacientes no espaço de tempo de 6 de março a 20 de março, data em que o estudo foi submetido à revista International Journal of Antimicrobial Agents.
De acordo com o aviso de despublicação, também não foi possível determinar se os pacientes passaram a fazer parte do estudo no momento da entrada no hospital ou se eles já estariam hospitalizados por algum tempo antes do começo da pesquisa.
Também não foi possível determinar se havia preferência de tratamento entre o grupo de pacientes e o grupo controle.
A nota de retratação também afirma que não foi possível determinar se os pacientes presentes no estudo deram consentimento para uso de azitromicina. Segundo a investigação, há motivos razoáveis para afirmar que azitromicina não era considerada um tratamento padrão na época do estudo.
Um dos autores, Brouqui, afirmou que o uso de azitromicina era destinado para tratamento ou prevenção de superinfecções bacterianas —quando ocorre uma infecção oportunista após um tratamento inicial de outra infecção— de pneumonia viral e era padrão. Por esse motivo, diz o autor, não seria necessária autorização dos pacientes para uso.
A investigação mostra, porém, que os pacientes do grupo tido como controle não receberam azitromicina e que, no momento em que o estudo foi feito, a droga não um agente lógico para profilaxia de primeira linha.
“Esses pontos sugerem que a azitromicina não teria sido uma prática padrão no sul da França na época em que o estudo foi realizado e seu uso exigiria consentimento informado”, diz a nota de despublicação.
A editora afirma ter buscado, sem sucesso, contato com o autor-correspondente da pesquisa, Didier Raoult, o qual teve diversos outros estudos retratados, por questões éticas, desde a pandemia. Antes com prestígio na comunidade científica, Raoult foi suspenso, este ano, do exercício da medicina. O IHU (Institut Hospitalo-Universitaire Méditerranée Infection), que era dirigido por Raoult até 2022, também tem sido alvo de questionamentos e investigações relacionados a estudos científicos conduzidos no local nos últimos anos.
Outros autores procurados pela editora enviaram respostas e não concordam com a despublicação do estudo.
Histórico da Pesquisa e seu impacto político
Com uma amostra reduzida a 36 pacientes franceses que haviam obtido diagnóstico de Covid, o estudo, publicado ainda em 2020, concluiu que o tratamento com hidroxicloroquina “estava significativamente associado à redução/desaparecimento da carga viral em pacientes com Covid” e que o efeito era reforçado pela azitromicina.
A pesquisa avaliou somente a carga viral dos pacientes, não seu resultado clínico, como febre e oxigenação. O efeito positivo da substância foi identificado em 20 pacientes, mas o estudo não fez comparação com pacientes que receberam placebo. Além disso, seis voluntários que tiveram piora (um deles morreu) foram excluídos do estudo.
Estudos maiores, de padrão-ouro, feitos ainda durante a pandemia, não observaram benefício no uso da cloroquina contra a Covid.
A cloroquina e a hidroxicloroquina foram amplamente defendidas pelo governo Jair Bolsonaro como um tratamento para Covid durante a pandemia.
Pesquisas padrão-ouro, no entanto, chegaram à conclusão que as substâncias não têm efeito benéfico contra a Covid. Nesse tipo de estudo, os pacientes são divididos aleatoriamente em dois grupos, um que tomará a medicação e outro que tomará placebo. Para evitar viés, médicos e pacientes não sabem o que estão receitando ou tomando.
Ainda em maio de 2020, um estudo feito com dados de 96 mil pessoas internadas com Covid em 671 hospitais de seis continentes indicou que quem tomou hidroxicloroquina e cloroquina tinha maior risco de arritmia e de morte do que os pacientes que não usaram esses medicamentos.
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Fury canaliza intenções destrutivas para revanche profundamente pessoal de Usyk | Boxe
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20 de dezembro de 2024 Donald McRae in Riyadh
TEste foi um ano como nenhum outro para Tyson Fury. Ele ganhou novamente grandes fortunas, mas, enquanto se prepara para subir ao ringue para enfrentar mais uma vez Oleksandr Usyk nas primeiras horas da manhã de domingo em Riade, 2024 até agora foi definido mais claramente pela derrota. Em maio, Fury sofreu a primeira derrota de uma carreira profissional que começou há 16 anos neste mês. Usyk venceu por decisão dividida superá-lo para se tornar o primeiro campeão mundial indiscutível dos pesos pesados neste século.
Muito mais significativo, e numa tragédia pessoal devastadora, Paris Fury sofreu um aborto espontâneo um dia antes da luta. Quando uma Fúria visivelmente comovida revelou a notícia para alguns de nós em Outubro, ele instou-nos a não insinuar que esta era a razão da sua derrota: “Não estou a dar desculpas, mas ela estava grávida de seis meses. Não é como um pequeno aborto no início. Você tem que dar à luz fisicamente uma criança morta, sozinha, enquanto seu marido está em um país estrangeiro.”
Fury relembrou que: “Quando ela disse que não poderia vir, perguntei o que estava acontecendo e para me contar – mas ela não quis. Eu sabia que havia um problema. Eu disse ao meu irmão: ‘Ela perdeu aquele bebê’”.
Quando Fury se sentou com apenas quatro de nós em Riad na noite de segunda-feira, a primeira pergunta que fizemos foi muito simples. Como é Paris? “Não falo com ela há três meses”, respondeu ele. “Não digo uma palavra a ela há três meses. Isso é uma manchete, não é? Estive no acampamento e fiquei trancado longe de todo mundo, nem sequer estava com o telefone ligado.”
O jogador de 36 anos sublinhou que ele e a mulher costumavam falar frequentemente enquanto ele treinava para uma luta, mas que a sua nova estratégia de total reclusão e silêncio era “especial para este. Sem distrações, sem perda de foco.”
Ele acrescentou que não verá Paris, que agora está em Riad, até depois da luta. Quando eu disse que deve ser muito difícil para os dois, Fury assentiu: “Difícil, sim. É um momento difícil, mas, você sabe, a vida é difícil e a luta é ainda mais difícil. Tenho que me dar a melhor oportunidade para conseguir a vitória.”
Fury é um homem complicado, que muitas vezes se contradiz, por isso também disse que superou a dor de perder para Usyk no voo de volta para Manchester. Mas sua imersão em um campo de luta tão rigoroso, com apenas seu treinador SugarHill Steward, seus sparrings e seu irmão Shane por meses a fio, conta uma história diferente.
“Tem sido um campo diferente, com certeza”, diz Fury. “Já fiz muitos sparrings de 12 assaltos. Fiz mais sparring em uma semana do que no camp completo da última vez. Então, estou muito, muito pronto. Eu sei que as pessoas sempre dizem que tiveram um bom camp de luta, mas acredite em mim: é voltar para casa.
“Shane está comigo – passamos 60 dias juntos, na companhia um do outro – e ele me chamou de mais coisas inúteis do que nunca. E é isso.”
Ele e seu irmão têm conversas profundas e significativas? “De coração para coração? Nós fazemos. Nós apenas choramos. Cale a merda, você entende o que quero dizer? Somos muito moles. Conversamos sobre sentimentos e emoções e isso me leva às lágrimas.”
Fury fez uma cara de choro antes de continuar. “Estou focado apenas na luta e em fazer meu trabalho no camp. Eu estava em Malta, o tempo estava bom, seco, e fui para a academia de manhã, voltei, comi, fui para a academia à noite, voltei e comi. Aí eu assistia TV, ia dormir cedo, acordava cedo. A única vez que saíamos era para ir à academia ou à igreja todos os domingos.”
A igreja proporciona uma sensação de paz? “É uma sensação de realização, pertencimento, tudo.”
Na noite de quinta-feira, este homem profundamente religioso disse muito poucas palavras na conferência de imprensa final com Usyk. Mas todos eles estavam carregados de palavrões e malícia. “Vou causar muita dor”, ele prometeu enquanto Usyk estava sentado a poucos metros dele. “Vou colocar esse filho da puta no armário de ferimentos… vou causar alguns estragos aqui.”
Parece que Fury pretende canalizar o tipo de intenções destrutivas que alimentaram seu campo de luta antes de lutar contra Deontay Wilder pela segunda vez em fevereiro de 2020. Quatorze meses antes, Fury foi derrubado duas vezes por Wilder enquanto o superava de forma abrangente pelo resto. de uma luta emocionante. Foi considerado empate mesmo que todos fora da comitiva de Wilder parecessem considerar Fury o vencedor claro.
Fury começou a consertar esse erro, o que resultou na única mancha em seu histórico de luta anteriormente perfeito, e seus preparativos para a revanche foram ferozmente concentrados. Eu lembro passando algumas horas em uma academia de Las Vegas com Fury, Steward e Andy Lee – o brilhante treinador irlandês que é primo de Fury. Lee costuma trabalhar no canto Fury, e fará isso novamente no sábado à noite, e ele me informou semanas antes. Ele pediu a Fury que contratasse Steward, que ambos conheciam tão bem da academia Kronk em Detroit, onde nocautes ferozes e arrepiantes eram reverenciados.
Os três homens sentaram-se comigo e explicaram, em detalhes simples, como haviam traçado um plano para atacar, desmantelar e nocautear Wilder. Eles não se importaram com o fato de Wilder ter acertado Fury com tanta força no 12º round que parecia que ele não conseguiria se levantar em 10 minutos e muito menos em 10 segundos. Claro, milagrosamente, Fury se levantou e terminou a luta jogando couro pesado em Wilder.
Então eles estavam preparados para arriscar muito contra Wilder na revanche – impulsionados pela convicção de que o explosivo americano entraria em colapso sob um ataque vingativo de Fury. Parecia um plano cheio de perigos.
Mas, em vez de sair do perigo e tentar roubar uma vitória por pontos, Fury derrotou Wilder com precisão metódica. Observei a luta se desenrolar exatamente da maneira que os três amigos me disseram que aconteceria. Fury derrubou Wilder no terceiro round, quando uma mão direita pesada mandou o intimidador campeão para a tela pela primeira vez em 10 anos.
Então, Fury fez Wilder ceder ao derrubá-lo com um soco no corpo no quinto round. Sangue jorrou da orelha de Wilder e ele parecia derrotado muito antes de o árbitro encerrar a disputa no meio do sétimo.
A terceira luta, em outubro de 2021, foi ainda mais dramática. Wilder novamente derrubou Fury duas vezes, mas também foi atingido três vezes na tela. A última vez, no 11º round, resultou em um nocaute tão conclusivo que o árbitro nem precisou contar com a figura arrasada de Wilder.
Fury disse esta semana que Usyk não gera o mesmo “terror” que Wilder. Ao ser lembrado de que o ucraniano esteve perto de nocauteá-lo no nono round, em maio, após acertá-lo com 14 golpes sem resposta, Fury encolheu os ombros. Ele disse que isso mostrou que Usyk, sendo um homem menor, não tem a força devastadora de Wilder.
No entanto, comparar Usyk e Wilder parece uma aposta precipitada. Wilder, apesar de todo o seu poder bizarro, muitas vezes lutava boxe como um novato inexperiente. Usyk, por outro lado, é um campeão olímpico que fez mais de 350 lutas amadoras. Ele ainda não perdeu uma luta profissional para se tornar o campeão mundial indiscutível nas divisões de peso cruzador e peso pesado.
A fúria deixa isso de lado. “Terminei mais forte que o Usyk na 12ª rodada. Ele foi levado de volta para o vestiário, acredite ou não. Ele foi feito em pedaços. Tenho uma foto no meu celular. Três dias depois, nunca mais tive uma marca em mim. Três dias depois ele foi massacrado, com a mandíbula quebrada, a órbita ocular quebrada, tudo. E isso aconteceu comigo, nem mesmo no meu melhor, nem de longe. Sinto muito pelo rapaz, honestamente.
“Estão falando em trilogias, mas a surra que vou dar nele no sábado à noite significa que ele vai voltar a descer (para o peso cruiser). Tenho certeza disso. Mas, novamente, o dinheiro fala todas as línguas, não é? Há muito dinheiro envolvido, então ele pode querer dar outra boa surra.”
Fury evitou principalmente esse tipo de conversa arrogante na preparação para este teste crucial. Então perguntei a ele se Usyk estava em sua cabeça quando ele ficava acordado na cama à noite. “Às vezes você pensa na luta. Seria uma mentira dizer que não. Mas na maioria das vezes só penso nisso na noite anterior.”
Ele ficará nervoso na sexta à noite? “Não é como ficar nervoso para a luta, porque obviamente já fiz muitas lutas. Não estou preocupado com ninguém. Mas você fica nervoso por ter o melhor desempenho possível ou não.”
Fury acariciou pensativamente sua grande barba espessa. “Esta é a barba do homem selvagem”, disse ele enquanto nossa conversa mudava novamente, como sempre acontece com Fury. “É o modo selvagem adequado. Raspei a cabeça, mas não toquei no rosto há 12 semanas. Depois da luta tudo vai embora.”
Pode parecer estranho, depois de falar sobre dor e perda e violência iminente, mas perguntei a Fury se ele tinha feito suas compras de Natal. “Não fiz nada. Provavelmente chegarei em casa um dia antes da véspera de Natal. De qualquer forma, só fazemos compras em Morecambe. Temos pechinchas lá, um Aldi, Asda. Se não estiver em nenhuma dessas lojas, não o queremos. Eu sei que Paris provavelmente já fez tudo. Ela vai comprá-los, embrulhá-los, distribuí-los, tudo.”
Que presente Fury pediu neste Natal? “Usyk como presente de Papai Noel, é tudo que eu quero. Ele estará de volta em Morecambe comigo.”
Esses incríveis biscoitos de Natal não poderiam ter sido mais diferentes dos quase 12 minutos em que Fury e Usyk se olharam nos olhos durante o confronto coletivo de imprensa na noite de quinta-feira . Eles ficaram em silêncio mortal durante os primeiros nove minutos e, sentado apenas duas fileiras atrás de Paris Fury e seus filhos, me perguntei que pensamentos corriam pelas mentes dela e de seu marido.
Depois do ano que tiveram, parece que a revanche com Usyk definirá 2024 para eles e para grande parte de toda a carreira de Tyson Fury. A vitória oferecerá uma doce libertação da derrota, enquanto uma segunda derrota consecutiva para Usyk seria outro duro golpe para a imagem de Fury como o maior e mais ultrajante peso pesado do planeta.
O admirável Usyk, por sua vez, carrega as esperanças da Ucrânia, ao lado de sua busca particular pela grandeza no boxe. Ele também tinha falado conosco sobre como a sua vitória em maio exaltou os soldados ucranianos na linha da frente – e lembrou-se de como, uma hora depois de derrotar Fury, ele chorou ao falar sobre a morte do seu pai.
O silêncio dolorosamente longo e ameaçadoramente intenso entre Fury e Usyk, enquanto eles se entreolhavam, de repente fez sentido. Essa luta é muito mais do que boxe. Trata-se de algo muito mais profundo e pessoal.
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