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MPAC mostra atuação no combate ao crime organizado em evento nacional do Ministério Público
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Projeto ‘Narco: Combate ao crime organizado e às rebeliões em presídios no AC’ ganha destaque entre ações inovadoras
Com o tema ‘Inovação e Resultados’, a I Mostra de Projetos do Ministério Público Brasileiro, realizada pela Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público (CPE/CNMP), reuniu na sede do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), em Salvador, nestas quarta(4) e quinta-feira (5), membros e servidores do MP de 24 estados.
No encontro, foram apresentadas iniciativas consideradas inovadoras e bem-sucedidas. Apenas 26 projetos idealizados pelas unidades do MP de todo o Brasil foram selecionados para o evento, entre eles, o projeto ‘Narco: Combate ao crime organizado e as rebeliões em presídios no AC’, do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).
O procurador-geral adjunto Administrativo e Institucional do MPAC, Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, e o coordenador adjunto do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), promotor Bernardo Albano, foram os responsáveis pela exposição.
A iniciativa tem como objetivo desarticular o braço das organizações criminosas no estado, por meio de operações integradas e de inteligência.
“O crime organizado é um problema que preocupa a todos nós, independente do estado em que moramos. E nós, do Ministério Público do Acre, temos uma estratégia voltada para combater esse problema nacional, que representa uma ameaça especialmente à nossa juventude e que aflige não só o Acre como os demais estados”, ressalta a procuradora-geral de Justiça Kátia Rejane de Araújo Rodrigues.
A estratégia
O projeto consiste numa estratégia para desarticular o braço das organizações criminosas no Acre, iniciada no segundo semestre de 2016, quando houve o agravamento da disputa entre as facções por território de drogas, especialmente nas regiões de fronteira.
Os conflitos registrados dentro e fora dos presídios do Acre elevaram o número de vítimas de homicídios dolosos em 80%, colocando o estado entre os mais violentos do país.
“Diante desse cenário, criamos o projeto Narco, que conta, entre as várias ações, com o Observatório Criminal, onde são realizados estudos e produção de conhecimento sobre a dinâmica desse tipo de crime. Esses dados são compartilhados com o sistema de segurança pública do Estado, com órgãos de outros estados, e têm auxiliado até mesmo autoridades de outros países”, explica Oswaldo D’Albuquerque, procurador-geral naquele ano.
Entre os resultados está a produção de dois Anuários de Informações e Indicadores Prioritários de Violência e Criminalidade e de quase 900 relatórios técnicos e de inteligência. Esses e outros dados foram determinantes para a realização de operações integradas de inteligência, que resultaram na denúncia de mais de 800 integrantes de facções criminosas e na recuperação de R$ 15 milhões em bens e valores apreendidos num período inferior a dois anos.
“É uma estratégia que conta com dois eixos, sendo o primeiro, interno, que passa pela estruturação do Núcleo de Apoio Técnico (Nat), a criação do Observatório Criminal, desenvolvimento de ferramentas tecnológicas, entre outros investimentos para garantir maior eficiência no combate ao crime organizado. O segundo eixo é focado nas ações externas que mostraram a importância do trabalho integrado entre as instituições”, destaca o coordenador adjunto do Gaeco.
Em 2017, o projeto “Narco: Combate ao crime organizado e às rebeliões em presídios no Acre’ recebeu reconhecimento nacional ficando em primeiro lugar na categoria redução da criminalidade do Prêmio CNMP. Por Kelle Souza.
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Deracre presta apoio ao DNIT na recuperação emergencial da BR-364 em Tarauacá
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Gabriel Freire
O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), está prestando apoio ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para restabelecer o tráfego na BR-364, em Tarauacá.
Atendendo a um pedido do DNIT, o Deracre enviou uma equipe ao local com máquinas, tubos do tipo PEAD e trabalhadores para ajudar nos reparos emergenciais. Os serviços já estão em andamento, com previsão de conclusão de um paliativo ainda hoje, 23, permitindo a passagem de veículos. O trecho deverá ser totalmente liberado até 24/02, às 12h.
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“Nossas equipes estão trabalhando com agilidade para garantir a passagem segura dos veículos o mais rápido possível. Continuamos em parceria com o DNIT para minimizar os transtornos e restabelecer esse importante acesso para a população”, afirmou a presidente do Deracre, Sula Ximenes.
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Neste domingo, 23, o rompimento de um bueiro no km 532,82 causou a interdição total da rodovia, após fortes chuvas na região. O incidente ocorreu no Igarapé Folgoso, a menos de dois quilômetros da área conhecida como Corcovado, antes da ponte sobre o Rio Tarauacá. A força das águas comprometeu a estrutura da estrada, impedindo a passagem de veículos.
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REDD+ Jurisdicional como alternativa para o desenvolvimento sustentável da Amazônia
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Da Redação
Por Francisco Naildo Cardoso Leitão e José Luiz Gondim dos Santos*
O REDD+ Jurisdicional tem se consolidado como uma estratégia eficaz para combater o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia, alinhando conservação ambiental, inclusão social e oportunidades econômicas.
Conforme discutida no artigo “O REDD+ é um divisor de águas para Gana” (Newsweek, 5 de fevereiro de 2025, por Nallice Afrakoma, Daniel Amponsah e Divine Odonko), a experiência do país africano reforça a viabilidade desse modelo, ao destacar como as comunidades locais podem ser beneficiadas por programas de REDD+ quando há um arcabouço regulatório bem estruturado e incentivos econômicos alinhados à conservação florestal.
O artigo apresenta a realidade das comunidades ganesas que dependem diretamente das florestas para sua subsistência e cultura. Relatos indicam que a mineração ilegal, extração de madeira e a expansão agrícola predatória impactam negativamente seus meios de vida, resultando em escassez de água, mudanças climáticas severas e perda de biodiversidade.
A partir da implementação do REDD+ Jurisdicional, Gana conseguiu mitigar emissões de carbono e proporcionar benefícios concretos para as comunidades, como acesso à água potável, infraestrutura escolar e treinamento técnico. A experiência ganesa demonstra que mecanismos baseados em pagamento por resultados podem criar incentivos eficazes para a conservação florestal e o bem-estar social.
A relevância do REDD+ Jurisdicional para a Amazônia
No Brasil, estados como Acre e Mato Grosso têm implementado políticas de REDD+ Jurisdicional, promovendo a redução do desmatamento em larga escala e associando conservação florestal a benefícios socioeconômicos.
A política de REDD+ do Acre, por exemplo, foi pioneira na construção de um modelo que inclui salvaguardas socioambientais robustas e mecanismos de repartição de benefícios, garantindo que comunidades indígenas, extrativistas e pequenos produtores participem ativamente do processo. O Estado consolidou acordos internacionais, como o REM (REDD+ Early Movers), que direciona recursos financeiros para ações de conservação florestal e desenvolvimento sustentável.
No Mato Grosso, o programa Produce, Conserve, Include (PCI) é um exemplo de como o REDD+ pode ser integrado à produção agropecuária sustentável, promovendo a redução do desmatamento, a restauração florestal e o aumento da produtividade agrícola sem expandir a fronteira agrícola sobre florestas. O Estado adotou compromissos internacionais para captar recursos financeiros destinados à conservação, reforçando a importância da governança climática subnacional.
Assim como ocorreu em Gana, a aplicação do REDD+ Jurisdicional no Brasil tem o potencial de gerar benefícios diretos para as populações locais, além de contribuir para o cumprimento das metas climáticas do país no âmbito do Acordo de Paris. Os programas desenvolvidos no Acre e Mato Grosso demonstram que é possível alinhar conservação florestal com crescimento econômico, promovendo uma transição sustentável para um modelo produtivo de baixas emissões.
A convergência de argumentos: Gana e Amazônia
A experiência de Gana oferece lições importantes para o Brasil. O artigo da Newsweek enfatiza a necessidade de envolvimento das comunidades na conservação, um ponto essencial também para a Amazônia. Tanto em Gana quanto no Brasil, as populações locais dependem das florestas para sua sobrevivência, e qualquer iniciativa de REDD+ precisa priorizar participação social, reconhecimento de direitos e incentivos econômicos justos.
Outro ponto de convergência é o papel do setor privado. O artigo destaca que as empresas têm um papel crucial no financiamento do REDD+, garantindo que as iniciativas sejam economicamente viáveis e escaláveis. No contexto brasileiro, o engajamento de empresas do setor agropecuário e madeireiro pode impulsionar um modelo de produção sustentável, contribuindo para a conservação florestal e para a competitividade internacional do Brasil em mercados que exigem produtos livres de desmatamento.
Além disso, a verificação independente de emissões e o monitoramento por meio de tecnologias digitais são aspectos essenciais tanto para Gana quanto para os estados amazônicos. O artigo menciona que Gana verificou emissões reduzidas de 3,37 milhões de toneladas de CO2 entre 2020 e 2021, um modelo que pode ser replicado e aprimorado nos programas brasileiros, garantindo credibilidade e atraindo investimentos para REDD+ Jurisdicional.
Conclusão
O caso de Gana confirma que o REDD+ Jurisdicional não é apenas um mecanismo de mitigação climática, mas também um modelo viável de desenvolvimento sustentável. No Brasil, Acre e Mato Grosso têm demonstrado que é possível reduzir o desmatamento, gerar benefícios socioeconômicos e integrar comunidades locais na governança ambiental.
O engajamento do setor privado, a estruturação de mecanismos financeiros robustos e a adoção de salvaguardas socioambientais são aspectos-chave para fortalecer o REDD+ na Amazônia e consolidar o Brasil como um líder global na transição para uma economia de baixas emissões.
O artigo publicado na Newsweek reforça a necessidade de fortalecer políticas públicas de REDD+, garantindo que a valorização econômica das florestas tropicais se traduza em benefícios reais para as comunidades e para o equilíbrio climático global.
*Francisco Naildo Cardoso Leitão é pós-doutor em Epidemiologia, doutor e mestre em Ciências da Saúde FMBC/SP. Tem MBA em Planejamento e Gestão Estratégica, MBA em Auditoria e Controle Externo, é pesquisador, cientista de dados em Saúde, docente, orientador e administrador
*José Luiz Gondim dos Santos é doutorando em Ciências da Saúde FMBC/SP, mestre em Ciências da Saúde, mestre em Ciências Jurídicas, especialista em Mudanças Climáticas e Negócios Ambientais, pesquisador, gestor de Políticas Públicas do Estado do Acre e advogado
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Literatura é ferramenta de ressocialização no sistema penitenciário do Acre
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Isabelle Nascimento
Abrir um livro e poder viajar do norte ao sul, do leste ao oeste, por todas as partes do mundo, vivenciar aventuras, romances, aprender sobre diferentes culturas, diferentes épocas, as possibilidades nas páginas são infinitas.
É de conhecimento público que a literatura abre as portas da educação, da cultura e o desenvolvimento de novas habilidades para todos. Com objetivo de proporcionar possibilidades para as pessoas privadas de liberdade, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) se utiliza dessa ferramenta para ajudar no processo ressocializador dos apenados no estado.
No sistema prisional do Acre, é desenvolvido um projeto de leitura que conta com três programas diferentes, além de outras iniciativas voltadas para a literatura: O programa Mentes Livres, desenvolvido em todas as Divisões de Estabelecimentos Penais de Rio Branco, por meio da parceria entre o Iapen e a Secretaria de Estado de Educação (SEE); o programa Presídios Leitores, iniciado em Cruzeiro do Sul, por meio de uma parceria do Iapen com a Universidade Federal do Acre, e que passou a contar, posteriormente, com o apoio do Instituto Federal do Acre, Tribunal de Justiça do Acre, SEE e da Academia Acreana de Letras, além da própria comunidade, que passou a se voluntariar, podendo assim, ser ampliado para Tarauacá e Senador Guiomard, além de chegar aos monitorados eletronicamente de Rio Branco; e o programa EJA Leitores, destinado aos apenados que estudam por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em que as atividades de leitura são orientadas e acompanhadas pelos professores regentes de cada turma. Além disso, em Sena Madureira, o projeto de leitura é desenvolvido pelos próprios servidores do Iapen, e em Senador Guiomar existe a iniciativa da Defensoria Pública do Estado (DPE), que acompanha dez apenados nas atividades de leitura.
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Em 2024 o projeto de leitura contou com a participação de 1.648 apenados e, no mesmo ano, por meio de todos esses programas, foram lidos 16.678 livros em todo o sistema prisional do estado. Entre os participantes, está A.C.F., que faz parte do Mentes Livres. Ela conta que os livros que mais gosta de ler são os de romance, pois a leitura a faz vivenciar uma realidade diferente da que tem hoje. “Eu acho que hoje sou uma pessoa completamente diferente de antes, de quando entrei. Me ajudou bastante. É tanto que, na minha última prova do Enem, consegui tirar 700 pontos na redação e já faz um tempo que não frequento a escola, são só os livros”, relata.
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Outra apenada que participa do projeto de leitura no sistema prisional do Acre, V.L.F. conta que entrou no presídio sem ter concluído o ensino fundamental: “Eu só tinha terminado a quinta série. Então eu consegui centrar minha cabeça, reiniciar o estudo. Aí foi quando entrei de cabeça no estudo, na leitura, aprendi a escrever melhor, a falar, a me comunicar com as pessoas e o livro é a melhor coisa”. E conta ainda que os seus preferidos são os livros de aventura: “Quando leio, eu entro na história”.
Em Cruzeiro do Sul, a iniciativa para começar o programa Presídio Leitores partiu da parceria entre Iapen e Ufac, por intermédio da professora doutora Maria José Morais, por meio do Grupo de Intervenção Leitura e Vida (GIL). Ela explica que foi gratificante ver o programa crescer e se estender aos outros municípios: “Ver o programa se expandir para do presídio de Cruzeiro do Sul, para Tarauacá, Senador Guiomard e para os monitorados de Rio Branco, é algo muito significativo para nós, é um indicativo de que o programa foi planejado de modo promissor”.
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C.C.M. é um dos apenados que participa do programa desde o começo em Cruzeiro do Sul, ele conta que não tinha o hábito de ler, mas hoje sente falta se não tem livro e até tem um preferido: “A Volta ao Mundo em 80 Dias. Esse livro realmente me marcou pela história em si. Quando eu vi o aviso no mural sobre esse projeto, eu já me interessei, além de eu ter uma possibilidade de remir, através da leitura, sabemos que, além de absorver o conhecimento nós expandimos mais a forma de nós vermos o nosso cotidiano”.
Para poder participar de projetos de leitura, é necessário saber ler, escrever e ter alguma habilidade de coesão e coerência textual, já que para comprovar a leitura do livro, eles fazem um resumo sobre o mesmo. Além disso é preciso ter bom comportamento para continuar dentro do projeto.
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A chefe da Divisão de Educação Prisional do Iapen, Margarete Santos, explica que vê com bons olhos, em especial, o relatório que eles desenvolvem após a leitura: “O fato de eles lerem e terem que fazer um relatório faz com que desenvolvam habilidades e competências de leitura e escrita, o que fomenta uma independência de interpretação, inclusive de outras literaturas, e isso tem propiciado, para aqueles que têm participado dos exames nacionais, tanto o Enem como o Encceja, resultados positivos em relação aos demais que não participam. Nós tivemos no Enem mais de 150 custodiados dos 491 inscritos, que alcançaram nota de 500 pontos para cima”, relata.
Além de todos os benefícios que a leitura traz para a mente, para a educação e desenvolvimento pessoal, os apenados que fazem parte do projeto de leitura têm direito à remição de pena. A cada livro lido, são remidos quatro dias.
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