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“Não sabia que tanto desprezo pelo mundo cultural e associativo pudesse ser assumido com esta confiança”

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“Não sabia que tanto desprezo pelo mundo cultural e associativo pudesse ser assumido com esta confiança”

CÉ interminável. Devemos repetir sempre aos governantes eleitos regionais e nacionais a importância e a necessidade do nosso tecido cultural e associativo, dos empregos que cria, da actividade económica que gera. Justificar, justificar-nos, justificar-nos…

Contar uma e outra vez a nossa história comum, e eu diria mesmo a história da humanidade, porque, desde os primórdios da humanidade, sempre fizemos questão de proteger os artistas para que pintem, escrevam, cantem, dancem para nós, toquem e reproduzam o mundo como ele é, como poderia ser ou mesmo como foi.

O que os Neandertais e seus primos entenderam, Christelle Morançais, presidente do conselho regional do Pays de la Loire, membro do partido Horizontes de Edouard Philippe, claramente não entende ou, pior, finge não entender.

Esta pessoa insinua com um impulso populista que Donald Trump não se coíbe de que o mundo da cultura é apenas um nicho de pessoas mimadas que já é tempo de confrontar a realidade, para que, segundo as suas palavras, se possam reinventar.

Enquanto o governo anterior sugeria uma poupança de 40 milhões de euros e, com o dedo na costura das calças, ela respondia que iria aumentar para 82 milhões até 2025 e 100 até 2028.. Sim, 100 milhões de euros! Isto significa um corte directo de 73% do orçamento da região dedicado à cultura, 75% do orçamento reservado ao desporto e 90% do orçamento à igualdade de género.

Para o bem comum

Cara Senhora, a cultura é um sector economicamente promissor para um território, mas, e reconheço que isto é complicado para si, o ecossistema cultural não mostra os seus resultados e as suas perspectivas económicas, tudo isto está entrelaçado e diluído na actividade do país e, para perceber isso, é verdade, é preciso trabalhar no mínimo o assunto. Não temos CAC 40, nem chefões próximos do poder, nem cimeiras internacionais seguras, nem jactos privados, nem canal de televisão sob ordens… Mas posso assegurar-vos que funciona, e trabalha arduamente para o bem comum.

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Brasil registra menor mortalidade por Aids em uma década – 15/12/2024 – Equilíbrio e Saúde

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Brasil registra menor mortalidade por Aids em uma década - 15/12/2024 - Equilíbrio e Saúde

A taxa de mortalidade por Aids no Brasil foi a menor em uma década, diz o Ministério da Saúde. Novo boletim epidemiológico divulgado pela pasta aponta que a taxa em 2023 foi de 3,9% óbitos (10.338), a menor desde 2013, ano do início da série histórica.

No entanto, houve um aumento de 4,5% nos casos de HIV em comparação a 2022, resultado de um aumento da detecção de casos, segundo a pasta, ligado ao fato de algumas pessoas se testarem pela primeira vez.

Quanto ao perfil das pessoas que concentram a maioria dos casos de infecção pelo HIV em 2023, os dados apontam que 70,7% foram notificados em pessoas do sexo masculino, 63,2% ocorreram em pessoas pretas e pardas, e que 53,6% em homens que fazem sexo com homens.

A faixa etária com mais casos (37,1%) é a de 20 a 29 anos de idade. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença.

A eliminação da Aids como problema de saúde pública até 2030 é uma das metas do Brasil Saudável, programa do governo federal que tem objetivo de eliminar ou reduzir 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, populações em situação de maior vulnerabilidade social.

Em 2023, foram registrados 38 mil casos da Aids no país, com a região Norte registrando a maior taxa de detecção do país (26%), seguida pela região Sul (25%).

No ranking de casos, Boa Vista (RR), Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), apresentam taxas de detecção de 50,4%, 48,3% e 47,7%, respectivamente. Homens foram responsáveis por cerca de 27 mil dos casos registrados.

Em 2023, o país diagnosticou 96% das pessoas estimadas de serem infectadas por HIV e não sabiam da condição sorológica. Os dados são do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a Aids).

O país também dobrou, em dois anos, a marca de usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Em 2024, até o momento, o Brasil atingiu a marca de 109.000 usuários. Em 2022, o quantitativo era de 50.700 usuários.

Distribuída no SUS (Sistema Único de Saúde), a PrEP é uma estratégia essencial na prevenção da infecção pelo HIV, além de ser considerada pelo Ministério da Saúde uma das principais iniciativas para a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030.



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Luta de Chico Mendes permanece viva nos 80 anos de seu nascimento

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Luta de Chico Mendes permanece viva nos 80 anos de seu nascimento

Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil

Neste 15 de dezembro, Chico Mendes completaria 80 anos, se em 22 de dezembro de 1988, uma semana depois de fazer 44 anos de idade, não tivesse sido assassinado a tiros de escopeta nos fundos da própria casa, em Xapuri, no Acre (AC), município cravado na Amazônia, região onde o sindicalista e ativista transformou a vida de muitas pessoas, que, como ele, nasceram e viveram na e da floresta.

“Se a gente for olhar pela trajetória de vida do meu pai, com seus 44 anos, jovem e atravessado por tantos desafios, tendo tantas ideias e liderando processos tão complexos e ousados para a época. Se estivesse vivo, eu veria hoje uma Amazônia um pouco melhor de se viver, uma Amazônia mais preservada”, diz Ângela Mendes, a filha de Chico Mendes com a primeira esposa, Eunice Feitosa Mendes.

Nascido no mesmo local de sua morte, Francisco Alves Mendes Filho traçou uma trajetória de vida curta e intensa. Com início duro e de poucas oportunidades no Seringal Porto Rico, onde trabalhou desde os 11 anos de idade, em vez de frequentar a escola.

Só viu oportunidade de transformar a própria realidade nos seringais de condições análogas à escravidão. Até castigos físicos sofreu. Aos 16 anos, foi alfabetizado por Euclides Távora, um militante comunista cearense, refugiado político do governo Getúlio Vargas.  Com o conhecimento que o letramento lhe possibilitou, Chico Mendes foi muito além, como recorda o amigo e também militante, Gumercindo Rodrigues, o Guma.

“O próprio Chico dizia, eu pensei primeiro que eu estava defendendo a seringueira, depois eu pensei que eu estava defendendo os seringueiros, que estava defendendo a floresta, de repente eu descobri que eu estava defendendo o planeta, estava lutando pelo planeta”, diz.

Uma luta marcada por inúmeros ‘empates’, uma das primeiras ferramentas usadas por Chico Mendes em suas batalhas diante das constantes ameaças de expulsão. A estratégia, criada pelo também seringueiro, Wilson Pinheiro, garantia a proteção da floresta e das seringueiras, de forma pacífica, por meio da reunião da maior quantidade possível de trabalhadores e suas famílias para ‘empatar’ em número e argumento com os desmatadores e, dessa forma, ‘empatar’, no sentido de impedir, o cumprimento da ordem dada pelos latifundiários.

“Essa prática se tornou bastante forte na região de Brasileia (AC) e foi conduzida com bastante maestria pelo Wilson Pinheiro, a primeira grande liderança de trabalhadores rurais, assassinado dia 21 de julho de 1980. Exatamente por causa de sua grande capacidade de mobilização e de resistência, ele fez parte dessa criação do empate lá atrás”, conta Guma.

Resex


Brasília (DF), 04/09/2023 - Homenagem ao Dia da Amazônia: 35 Anos do Legado de Chico Mendes. Dep. Nilto Tatto (PT - SP) e a ativista Socioambiental, Ângela Mendes. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Brasília (DF), 04/09/2023 - Homenagem ao Dia da Amazônia: 35 Anos do Legado de Chico Mendes. Dep. Nilto Tatto (PT - SP) e a ativista Socioambiental, Ângela Mendes. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Ativista Socioambiental Ângela Mendes. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Novas ferramentas de mobilização foram sendo construídas por Chico Mendes, como a Aliança dos Povos da Floresta, um movimento social que reuniu extrativistas, indígenas, ribeirinhos e outros povos tradicionais; na década de 1980. A criação do Conselho Nacional dos Seringueiros e do conceito das reservas extrativistas (Resex) foram outras formas de fortalecer a luta do ambientalista na coletividade e no vínculo com os territórios.

Para Ângela, com a ideia de regularização das áreas onde os seringueiros moravam, em um processo onde o cuidado com o ambiente era associado ao modo de vida dos povos tradicionais, Chico Mendes “abre as portas para uma modalidade que permite a presença das pessoas na floresta. E hoje já está mais do que provado que as pessoas, as populações tradicionais, têm uma relação harmoniosa com o seu território, de guardião desse território, de guardião de uma ancestralidade também. Então é uma outra relação”, destaca.

Inspiração

A chegada das escolas nos seringais, por meio do Projeto Seringueiro, com metodologia para adultos baseada nas ideias de Paulo Freire, também teve, na sua origem, a experiência de alfabetização tardia vivida por Chico Mendes. A iniciativa implantada por universitários liderados pela antropóloga e amiga do ambientalista, Mary Allegretti, ganhou fôlego e resistência com o apoio do Centro de Trabalhadores da Amazônia, organização social estruturada no cooperativismo e que teve, também, participação do líder seringueiro.

Solidariedade

Segundo Ângela, aqueles que conviveram com Chico Mendes o consideram vivo através das ideias que ele deixou e que continuam inspirando iniciativas de proteção às florestas e de quem vive nela. E foram muitas pessoas, diz a filha do ambientalista. “Ele era uma pessoa intensamente carismática e que inspirava a confiança dos seus companheiros, o quanto ele era fraterno”.

A filha recorda que, em uma visita que fez ao pai, encontrou todas as roupas da casa e do seringueiro no chão, até o único terno que tinha, que usou aos ser condecorado, em Nova York, com a Medalha da Sociedade para um Mundo Melhor.

“Eu estranhei aquilo e perguntei, e ele falou que teve uma assembleia no sindicato, nem todo mundo conseguiu ficar lá alojado, e alguns companheiros foram dormir na casa dele. Ele botou tudo que ele tinha no chão para que as pessoas não passassem frio”, disse Ângela.

Futuro


Brasília (DF), 13/12/2024 - Gomercindo Rodrigues, agrônomo e advogado, amigo de Chico Mendes. Foto: Gomercindo Rodrigues/Arquivo Pessoal
Brasília (DF), 13/12/2024 - Gomercindo Rodrigues, agrônomo e advogado, amigo de Chico Mendes. Foto: Gomercindo Rodrigues/Arquivo Pessoal

Gomercindo Rodrigues, agrônomo e advogado, amigo de Chico Mendes. Foto: Gomercindo Rodrigues/Arquivo Pessoal

Para o amigo Guma, a Amazônia e todo o planeta pagam um preço alto pela partida precoce de Chico Mendes. “Nós tínhamos um porta-voz que era extremamente eficiente, tranquilo, conversava com todo mundo, mas era extremamente firme nas suas posições. Eu acho que ele teria conseguido aglutinar muito mais gente nessa resistência”, afirma.

Guma, o agrônomo que virou advogado para apoiar os povos da floresta, entende que é necessário avançar na forma como se pensa o desenvolvimento na Amazônia e, para isso, a melhor resposta está no modo de vida tradicional, que sempre precisou da floresta em pé. Ele diz que o Brasil precisa atingir o desmatamento zero em todos os biomas e, para isso, é necessário punir de forma mais efetiva quem desmata e causa queimadas.

“Eu acho que não é cadeia que resolve. Eu acho que, a responsabilização civil, a obrigação de reparar o dano, é a melhor punição. Desmatou mil hectares, tem que plantar dois mil hectares de florestas nativas, de espécies nativas, não de monocultura de eucalipto, que é de deserto verde”, ressalta.

Ângela complementa que também é preciso cuidar do futuro, para que tudo que Chico Mendes construiu, permaneça vivo. “O que ele deixa de legado foi tão forte, mas, ao mesmo tempo, precisa de ser cuidado. Então, por exemplo, a gente tem olhado com muita profundidade para a juventude desses territórios, porque entende que o jovem é o presente, mas também o futuro. Que a gente precisar manter esses territórios ainda protegidos, a gente tem que proteger e garantir o acesso a direitos, as políticas públicas fortes para manter esses jovens no seu território com uma sensação de bem-estar muito forte”, destaca a filha de Chico Mendes.



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Bruno Mars domina o Spotify e está no topo há 110 dias; sucesso incrível!

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O trem turístico entre Rio e Minas deve começar a operar em 2025. O contrato operacional foi assinado em Brasília - Foto: Oscip Amigos do Trem/Divulgação

Bruno Mars é um sucesso ambulante e os números no Spotify provam isso: ele está no topo global do aplicativo há 110 dias. Detalhe, fez isso sem lançar nenhum álbum novo!

E ele não domina apenas o topo global, mas tem vários hits no ranking diário do streaming de música. “Die With a Smile”, por exemplo, feito em parceria com Lady Gaga, tem mais quase 10 milhões de ouvintes por dia!



Essa mesma música levou a dupla a bater um grande recorde: 1,2 bilhão de streams em 117 dias. É menos tempo do que qualquer outra canção! É, não tem jeito, o Bruninho tá estourado demais e merece!

Dominando tudo

O cantor está liderando a parada global do Spotify há impressionantes 110 dias consecutivos.

Os sucessos no topo ficam divididos entre “Die With a Smile” (83 dias) e “APT” (27 dias).

Com um impacto gigantesco, Bruno alcançou um recorde de ouvintes mensais: 138,3 milhões. O número representa um marco inédito na história do streaming.

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Números impressionantes

Não satisfeito em pegar o primeiro lugar geral, ele também emplaca hits no ranking diário. Veja os destaques!

  • Die With a Smile – 9,9 milhões de streams/dia.
  • APT. – 8,8 milhões de streams/dia.
  • That’s What I Like (57º lugar) – 2,2 milhões de streams/dia.
  • Locked Out of Heaven (59º lugar) – 2,17 milhões de streams/dia
  • Locked Out of Heaven (59º lugar) – 2,17 milhões de streams/dia

E o novo álbum hein?

Surfando no sucesso, Bruninho ainda não disse quando vai lançar um álbum novo.

O 24k Magic, último solo do cantor, foi lançado há 8 anos e se tornou o álbum mais premiado do artista.

Em 2021 Bruno lançou “An Evening with Silk Sonic”, álbum de estreia da dupla musical que ele formou com o rapper Anderson .Paak.

A canção "Die With a Smile", com Lady Gaga, bateu 1,2 bilhão de streams na plataforma. - Foto: Bruno Mars/YouTube A canção “Die With a Smile”, com Lady Gaga, bateu 1,2 bilhão de streams na plataforma. – Foto: Bruno Mars/YouTube



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