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‘Ne Zha 2’ vira maior bilheteria da história da China – 07/02/2025 – Ilustrada

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'Ne Zha 2' vira maior bilheteria da história da China - 07/02/2025 - Ilustrada

Nelson de Sá

No último final de semana, num cinema amplo e tradicional do distrito de Chaoyang, em Pequim, só foi possível assistir à sessão da tarde da animação “Ne Zha 2” sentado na segunda fileira. A sala lotou, no auge do Festival da Primavera, os oito dias do feriado do ano novo chinês.

O filme arrecadou mais de 6,2 bilhões de yuans —cerca de R$ 4,9 bilhões— em dez dias, tornando-se a maior bilheteria da história do país, deixando para trás “A Batalha do Lago Changjin“, de 2021. A mobilização de público não dá sinal de diminuir, com analistas chineses projetando uma bilheteria de 10,8 bilhões de yuans, quando deixar o cartaz.

“Ne Zha 2” vem sendo comparada ao videogame “Black Myth: Wukong“, não só pelo êxito comercial, mas porque ambos se baseiam em mitos chineses bastante conhecidos das crianças e dos adolescentes.

Ao final da sessão, um deles, de 14 anos, explicou que personagens haviam sido alterados no correr do filme, confundindo os sinais entre o bem e o mal, resultando em trama complexa e envolvente. Mais especificamente, aos poucos a Corte Celestial, um grupo de personagens antes benigno e paternal, se revela manipulador e opressivo.

Frases reproduzidas do filme agora ecoam em mídia social, acentuando possíveis leituras geopolíticas. São os casos de “Meu destino é decidido por mim, não pelos deuses” e “Você diz ser a luz do mundo, mas o que está fazendo é ‘bullying’ com os fracos e criando problemas no mundo”.

Também vêm sendo destacadas imagens reproduzidas do filme, como um aparente cifrão de dólar ou, mais obviamente, uma águia como aquela do selo oficial americano —o que parece confirmar a identificação da Corte Celestial com governantes dos Estados Unidos.

Por outro lado, assim como o rei macaco de “Black Myth: Wukong”, o Ne Zha da animação é rebelde diante da autoridade, seja qual for, com uma possível leitura política interna –que alguns poucos já anotaram, também em mídia social.

Sobre isso, o produtor Wang Jing afirmou, em entrevista ao Global Times, de Pequim, que o filme buscou um equilíbrio entre a devoção filial e o individualismo contemporâneo.

No caso do adolescente e de uma criança de nove anos, ambos da família chinesa que acompanhou o filme junto com a Folha, eles se mostraram mais impressionados com a riqueza visual e da história de “Ne Zha 2”. Não esconderam o orgulho com a qualidade alcançada, a exemplo do game no ano passado.

A animação, que tem como subtítulo “A Vingança da Criança Diabo”, é sequência de outra, de menor repercussão, de 2019. Naquela, os protagonistas Ne Zha e Ao Bing haviam se sacrificado no final, perdendo seus corpos.

Nesta, o corpo de Ne Zha é reconstruído e tem dificuldade para controlar os seus poderes, até amadurecer em batalha e surgir adolescente. Ao Bing também recupera seu corpo, e os dois amigos enfrentam as forças que buscam manipulá-los ou dominá-los.

Eles contrastam com os personagens de mães e pais acrescentados, em cenas de maior dramaticidade que provocam, como se percebia na sala, lágrimas. Também há dragões-reis e muitos mais.

Apesar de suas duas horas e meia, as crianças no cinema se mantiveram atentas, sem barulho ou impaciência, sobretudo nos 20 minutos finais, de batalha quase incessante. Para tanto, também ajuda o humor presente nos diálogos, praticamente de comédia.

O desenvolvimento dos conflitos e personagens se somou aos efeitos visuais grandiosos, também acumulando complexidade e riqueza, inclusive na violência coreografada, de arte marcial.

Segundo seus criadores, a composição do combate final, por exemplo, teria envolvido 200 milhões de elementos gráficos. O resultado é bem diverso das animações costumeiras, tanto chinesas como americanas.



Leia Mais: Folha

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França: Justiça ordena renomeação de bairro por racismo – 07/02/2025 – Mundo

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França: Justiça ordena renomeação de bairro por racismo - 07/02/2025 - Mundo

Um tribunal francês ordenou na quinta (6) que a cidade de Biarritz, no sudoeste do país, troque o nome de um de seus bairros, La Négresse (A Negra), por ser considerado um termo ofensivo e pejorativo para mulheres negras.

A designação prejudica a “dignidade das pessoas” e pode ser vista pela população como “ofensiva em relação às pessoas de origem africana”, decidiu o tribunal de apelações de Bordeaux.

A associação Mémoires et Partages (Memórias e Partilhas), que promove o trabalho de memória sobre colonização e escravidão, pediu a Biarritz em 2019 que revogasse as resoluções de 1861 e 1986 que deram esse nome ao bairro e a uma rua na região.

Localizada na porção francesa do País Basco, Biarritz é conhecida por suas praias, que atraem surfistas, e se tornou um destino de verão conhecido, impulsionado por figuras como Brigitte Bardot.

Diante da recusa do prefeito, Maider Arosteguy, do partido conservador Republicanos, a associação levou o caso ao tribunal, afirmando se tratar de uma terminologia “racista e sexista”. O tribunal decidiu agora que o prefeito tem três meses para pedir à Câmara municipal que revogue as resoluções.

A França esteve ativamente envolvida no comércio de escravos desde o século 17 até a abolição da escravidão, em 1848. Bordeaux era um dos principais portos de escravos à época. Cerca de 500 expedições partiram para a África a partir dessa cidade, localizada a cerca de 170 quilômetros ao norte de Biarritz, entre 1672 e 1837, levando à deportação de 120 mil a 150 mil negros.

De acordo com historiadores, os soldados de Napoleão atribuíram o nome La Négresse a esse bairro no início do século 19 devido à presença de uma mulher, possivelmente uma ex-escrava ou descendente de escravos. Outras fontes atribuem a origem do termo à expressão do dialeto Gascon “lane gresse” (grama de pista, em tradução livre), referindo-se ao solo argiloso encontrado nessa região.

“Independentemente de sua suposta origem e dimensão histórica”, o nome “evoca hoje, de forma depreciativa, a origem racial de uma mulher cuja identidade não foi formalmente identificada”, afirmou o tribunal.

A fundadora da entidade autora da ação, Karfa Diallo, saudou a “decisão histórica”. “Essa ofensa já estava ocorrendo há muito tempo. Já era hora de pôr um fim a isso“, disse à AFP.

O prefeito de Biarritz lamentou que os tribunais tenham optado pela “leitura contemporânea” do nome e não por sua “explicação histórica”. Ele deve recorrer ao Conselho de Estado, um alto tribunal administrativo. “Mesmo que os tribunais nos obriguem a mudar o nome, os habitantes de Biarritz continuarão a chamar [o distrito] por esse nome”, declarou Arosteguy à AFP.



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Gêmeas que tinham 1% de chance de vida completam 24 anos e estão lindas

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O policial de Saginaw, EUA, comprou uma bike novinha para o homem que teve a sua furtada. - Foto: Saginaw Police Department

As gêmeas Faith e Hope, dos Estados Unidos, tinham 1% de chance de vida. Elas conseguiram! – Foto: Hope Baxter/SWNS

Essas irmãs gêmeas, ao nascerem, ouviram dos médicos que tinham apenas 1% de chance de sobrevivência. Agarradas à fé e à esperança, hoje elas completam 24 anos, lindas e saudáveis!

Hope e Faith Baxter, dos Estados Unidos, chegaram ao mundo em uma gravidez rara e extremamente arriscada. A dupla passou semanas lutando na UTI neonatal, mas venceu a batalha.

Hoje, com mais de duas décadas de vida, elas prosperaram bastante. Seguindo sonhos diferentes, as irmãs nunca perderam o vínculo especial, tão forte entre elas. “Eu diria que somos melhores amigas e sempre motivamos uma à outra”, disse Faith.

Gestação de alto risco

As irmãs são gêmeas monocoriônicas monoamnióticas, conhecidas como “gêmeas momo”.

Esse é um dos tipos mais raros de gestação, em que os bebês compartilham a mesma placenta e o mesmo saco amniótico. Isso, por sua vez, aumenta os riscos de complicações.

Foi só no quinto mês que a mãe delas descobriu a situação. Os médicos alertaram que, se a gestação chegasse até o fim, uma das meninas não sobreviveria.

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Decisão difícil

A família, então, tomou uma decisão difícil: induzir o parto dois meses antes.

Em 25 de agosto de 2000, Faith e Hope vieram ao mundo. A primeira com o pulmão colapsado, enquanto a segunda apresentou problemas cardíacos.

Imediatamente levada para a UTI neonatal, a dupla passou seis meses sob observação constante.

Foi também nesse momento que os pais decidiram batizá-las como Hope (Esperança) e Faith (Fé).

Superando todas as expectativas

E a grandeza das irmãs não está apenas no nome. As gêmeas cresceram saudáveis e desenvolveram personalidades únicas.

Desde pequena, foram muito unidas, mas enfrentam desafios por serem idênticas.

“Houve algumas lutas por sermos gêmeas idênticas. Especialmente no ensino médio, parecia uma competição de esportes, notas e quem tinha mais amigos”, brincou Faith.

Hoje, vivendo em estados diferentes, Hope está estudando odontologia em Ohio, enquanto Faith cursa medicina na Carolina do Sul.

Mesmo com a distância física, as duas seguem ligadas de alma.

“Como estamos tão ocupadas agora, não percebemos realmente que não estamos juntas. Estamos constantemente falando uma com a outra por mensagem de texto ou FaceTime. Estamos sempre conversando, então esquecemos há quanto tempo não nos vemos, pois sempre sabemos o que a outra está fazendo.”

Hope e Faith, mesmo morando em estados diferentes, seguem unidas. - Foto: Hope Baxter/SWNS

Hope e Faith, mesmo morando em estados diferentes, seguem unidas. – Foto: Hope Baxter/SWNS

As pequenas venceram os 99%. Elas já estão na faculdade! - Foto: Hope Baxter/SWNS

As pequenas venceram os 99%. Elas já estão na faculdade! – Foto: Hope Baxter/SWNS



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Israel diz “espere” pela lista de reféns para Gaza liberável no sábado

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Israel diz "espere" pela lista de reféns para Gaza liberável no sábado

Os tempos de Israel De fato, relatou na sexta -feira que o ex -ministro da Defesa Israel Yoav Gallant acusou o primeiro -ministro israelense Benyamin Netanyahu de atrasar o uso da força militar em Gaza e Líbano. Em uma entrevista divulgada quinta -feira pelo Canal 14, o ex -general que se tornou político disse que Netanyahu havia dificultado a conclusão de um acordo viável de reféns e cessar -fogo em maio. Na rede social X, o ex-ministro da Defesa também escreveu na quinta-feira que a operação dos bipeurs-quando milhares de dispositivos pertencentes ao Hezbollah explodiram-had foram preparados “Anos antes da guerra e estava pronto para ser ativado em 11 de outubro” “.



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