Felipe Souza
Em medição realizada nesta quarta-feira, 12, pela Defesa Civil Estadual, o Rio Acre registrou 10,68 metros, em Rio Branco. A cota atual representa um aumento significativo no nível do afluente e deixa as forças-tarefas do Estado em alerta para uma possível enchente.
Desde dezembro do ano passado, representantes do governo estadual e das prefeituras do interior vêm realizando o monitoramento da cota do Rio Acre e das previsões de chuva, em decorrência do início do inverno amazônico e do risco que o estado corre com potenciais alagações em vários municípios.
Estatísticas mostram que, no período de uma semana, o Rio Acre, na capital, teve um aumento de mais de 6 metros, tendo em vista que registrava 4,34 metros no último dia 5 de fevereiro.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, a previsão é que nas próximas semanas as chuvas se intensifiquem, tanto em Rio Branco quanto no interior. Porém, segundo ele, a situação ainda não apresenta risco iminente.
“Aqui na capital, nós também estamos acompanhando, junto com a Defesa Civil Municipal, a situação das enxurradas dos igarapés, que no momento estão dentro da tranquilidade. A previsão é de muita chuva para o restante do mês de fevereiro, e para os meses de março e abril. São chuvas um pouco acima do normal, principalmente aqui para a região leste do estado”, afirma Carlos Batista.
![](https://agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2025/02/WhatsApp-Image-2025-02-12-at-11.29.57-scaled.jpeg)
O coordenador ainda alerta que o solo da capital já apresenta alta umidade e chuvas, mesmo com baixo volume, tendem a acarretar transbordos: “O solo está muito úmido, bastante saturado. Então, chuvas em médio volume podem causar transbordamentos tanto dos igarapés como do Rio Acre aqui na capital e também no interior. Mas a gente vem fazendo esse monitoramento diário”.
Simulação de desastre hidrológico
No último dia 31 de janeiro, o Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) realizou uma simulação de desastre hidrológico, visando o treinamento de agentes públicos para uma possível enchente na capital. Com a presença de representantes do governo e da prefeitura, a ação garante a melhoria e o aprimoramento nos resgates e assistência à população em caso de alagação.
O coronel Carlos Batista ressalta que essas providências antecipadas e monitoramentos são pedidos feitos pelo governador Gladson Cameli e pela vice-governadora e secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Mailza Assis, na tentativa de deixar as equipes preparadas para atender a população em um momento de crise climática.
“Estamos acompanhando a situação para qualquer necessidade de suporte para as defesas civis municipais na retirada e assistência de vítimas das inundações para pronto atendimento. Tanto o governador Gladson Cameli quanto a vice-governadora Mailza Assis têm nos contatado sempre para que a gente deixe todo o sistema de prontidão e alerta estruturados, para essas eventualidades”, afirma o coordenador.
Visualizações: 7