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Nível do Rio Acre sobe 10 centímetros em Rio Branco após chuva, mas situação ainda é crítica

Após o registro de chuva, o nível do Rio Acre subiu 10 centímetros nesta sexta-feira (30), em Rio Branco. No entanto, a situação da seca ainda é crítica na capital acreana, que desde o início do mês bate recordes de pior cota dos últimos anos.

Segundo dados da Defesa Civil Municipal, o manancial marcou 1,36 metro às 6h desta sexta. Nessa quinta (29), o nível chegou a 1,26 metro – a menor cota histórica desde o início do monitoramento da bacia na capital, que foi em 1971.

Em 24 horas, foi registrado um acumulado de 23,8 milímetros de chuva. Essa foi a segunda vez que choveu em Rio Branco este ano. A primeira foi no dia 15 de setembro, quando choveu 54,2 mm. Com isso, no mês, o acumulado ficou em 78 mm, sendo que o esperado era de 95,5 milímetros.

Apesar de ter subido 10 centímetros, esse é a pior cota do rio para o dia 30 de setembro dos últimos três anos. No mesmo dia no ano passado, o manancial estava com 1,51 metro. Em 2020, o nível estava em 1,63 metro nesse dia e em 2019 estava com 2,11 metros.

O rio na capital já bateu a menor marca quatro vezes este ano. A cota histórica era de 1,30 metro, registrada em 2016. Esse ano, o manancial marcou esse nível no dia 10 de setembro, depois seguiu em baixa, até nessa quinta (29) chegar a 1,26 metro.

As menores cotas já registradas são:

  • 1,30 metro – 17 de setembro de 2016
  • 1,29 metro – 11 de setembro de 2022
  • 1,27 metro – 28 de setembro de 2022
  • 1,26 metro – 29 de setembro de 2022

Operação

Os que não são atendidos pelo serviço de água da capital acabam sofrendo ainda mais com a seca. São moradores de comunidades que têm acesso a poço e que, neste período, acabam sendo castigados pela escassez de água.

É por isso que a Defesa Civil usa carros-pipas para levar água potável para essas pessoas. O órgão municipal atende 23 comunidades rurais, com o objetivo de amenizar os impactos.

“São milhares de pessoas atingidas, mas estamos com 23 comunidades, que dá em torno de 3,5 mil famílias e 14 mil ou mais pessoas e ainda temos 15 comunidades na fila pedindo socorro, então é muita gente atingida pela seca passando necessidades e estamos fazendo de tudo para amenizar os impactos”, disse o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o estado acreano registrou mais de 6,6 mil focos de queimadas nos 29 primeiros dias de setembro. O total de queimadas neste ano em todo o estado é de 9.727. Com esse número, o Acre tem o pior setembro de queimadas dos últimos 24 anos.

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