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No Acre, Delegacia da Mulher tem mais de mil inquéritos abertos

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Foto de capa: Delegacia da Mulher em Rio Branco tem mais mil inquéritos abertos (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre).

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Rio Branco tem mais de mil inquéritos abertos. A informação foi confirmada ao G1, nesta quinta-feira (6), pela delegada titular da Deam, Juliana d’Angelis.

Conforme a delegada, um dos principais motivos para o número elevado de inquéritos em trâmite é a alta demanda que chega diariamente. Segundo ela, a média em 2018 é de, pelo menos, seis inquéritos instaurados por dia na Deam.

“Há mais de mil inquéritos em trâmite na DEAM. Não significa que estão sem conclusão. Devido a alta demanda, a gente não consegue atuar na mesma velocidade que a quantidade de inquéritos instaurados”, afirmou Juliana.

Entre os casos que mais são registrados na delegacia, em primeiro lugar aparecem a ameaça e em seguida a lesão corporal. A delegada destaca que, na maioria das vezes, ocorre mais de um crime no mesmo inquérito, como por exemplo, ameça e injúria ou ameaça e lesão corporal.

Quanto ao prazo para que um inquérito seja concluído, Juliana afirma que em média são 30 dias. “O prazo é relativo, depende da complexidade do caso e também da demanda. Estamos implementando um mutirão para dar maior vazão aos inquéritos na Deam”, disse.

A delegada explicou como funciona a abertura do inquérito. Segundo ela, assim que a mulher registra a ocorrência, é feita a oitiva, o pedido de medidas e o inquérito já é instaurado.

“A partir de então, o delegado determina as diligências necessárias, oitivas de testemunhas, do agressor, solicitação de perícias e o que mais for necessário. Depois que todas as diligências forem cumpridas, o delegado relata o inquérito e o remete à Justiça”, detalhou Juliana. Por G1Ac.

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Iapen encerra Programa Presídios Leitores com exposição itinerante em Rio Branco

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Zayra Amorim

Para mostrar os resultados do projeto Presídios Leitores, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac), a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e a Academia Acreana de Letras (AAL), realizou uma exposição itinerante e pesquisa desde o cárcere, na sexta-feira, 20, na biblioteca da Universidade Federal do Acre(UFAC).

Exposição Itinerante e pesquisa desde o cárcere na biblioteca da Ufac. Foto: Zayra Amorim/ Iapen

O programa tem como objetivo a formação de leitores dentro do sistema prisional, e iniciou baseado na política de remissão de pena pela leitura, por meio do qual as pessoas privadas de liberdade, a cada um livro lido, e dele produzido um texto, têm direito a diminuir quatro dias da pena. O tema do projeto é a “Liberdade passa pela Leitura”.

Coordenadora do programa Presídio Leitores, professora Maria José Moraes. Foto: Zayra Amorim/Iapen

A coordenadora do programa, professora Maria José Moraes, diz que este é o terceiro ano do projeto, e tem sido uma experiência muito positiva: “o programa tem sido um sucesso, porque hoje nós estamos com mais de 500 leitores dentro do presídio, e mais de 3 mil produções textuais escritas pelos privados de liberdade, isso significa que há mais de 3 mil livros lidos e estamos com mais de 30 mil dias de pena de remissão, fizemos uma somatória do total.  Então, o programa Presídio Leitores tem sido uma experiência muito positiva tanto para a universidade quanto para a comunidade”.

Monitorados e participantes do projeto Presídio Leitores. Foto: Zayra Amorim/Iapen

A monitorada C.G participa do projeto e falou sobre a importância do programa para sua vida: “O projeto Presídio Leitores me ajudou muito na parte da terapia, pois eu sou uma pessoa que tem depressão e é um momento que eu tenho pra conversar, para me divertir, conhecer pessoas diferentes e também me ajudou a querer mudar de vida, a querer ser uma nova pessoa, de querer fazer uma faculdade. É algo que é muito importante. Nesse momento eu estou ficando triste porque está se encerrando, mas gostaria que continuasse e que a gente jamais deixasse de desistir daquilo que a gente tem vontade. Quero fazer uma faculdade de enfermagem e eu agradeço muito a leitura, porque ela foi me ensinando isso”.

Coordenadora do Grupo de Monitoramento e Fiscalização dos Sistemas Carcerário e Socioeducativo (GMF), a juíza de Direito da Vara de Execuções de Penais, Andréa Brito. Foto: Zayra Amorim/Iapen

A coordenadora da equipe multidisciplinar da Divisão de Monitoramento Eletrônico do Iapen, Isabelle Medeiros Pinheiro, ressaltou esse projeto que acontece nos presídio do Acre: “Esse projeto foi muito importante, e as avaliações são feitas pelos alunos da Ufac bolsistas, por conta do recurso das penas pecuniárias, e hoje é o encerramento desse projeto com os monitorados”.

Coordenadora da equipe multidisciplinar da Divisão de Monitoramento Eletrônico do Iapen, Isabelle Medeiros Pinheiro. Foto: Zayra Amorim/ Iapen

A estudante de Direito da Ufac, Samara Amin, é uma das avaliadoras no Projeto Presídio Leitores. Ela conta o quanto é gratificante participar dessa ação: “Para mim é muito gratificante poder contribuir como avaliadora do projeto. Para além do incentivo à leitura, e da escrita, eu enxergo como uma maneira de criar novas possibilidades e ressignificar, por meio da literatura, a vida dos reeducandos. A educação tem esse poder de transformar vidas e, por meio desse projeto, que é tão significativo para a sociedade, ela vem como uma forma de melhorar a habilidade de escrita e comunicação, que também vai contribuir no processo de reinserção na sociedade, mas principalmente de dar a possibilidade de reescrever as próprias histórias”.

Samara Amim, estudante de Direito da Ufac e avaliadora do projeto Presídio Leitores. Foto: Zayra Amorim/Iapen

De acordo com a coordenadora do Grupo de Monitoramento e Fiscalização dos Sistemas Carcerário e Socioeducativo (GMF), a juíza de Direito da Vara de Execuções de Penais, Andréa Brito, é necessário o envolvimento de toda a comunidade para ressocialização e abertura de oportunidades na vida destas pessoas: “essa participação da academia, o IFAC, a Academia Acriana de Letras, a Unidade de Monitoração Eletrônica, o Iapen, o Tribunal de Justiça, ela tem conquistado uma mudança real, colocando essa pessoa que cometeu um crime e que precisa ser responsabilizada, na presença do conhecimento. A mudança, ela se dá com o conhecimento, com a possibilidade de forjarmos pessoas que tenham a oportunidade de receber conhecimento, de receber oportunidades de conhecimento, com a capacitação e, na sequência, a oportunidade do emprego e da renda para que ela de fato possa subsistir, realizar a subsistência da sua família apartada dos crimes”.

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Forças de Segurança Pública realizam ação social na Comunidade Três Bocas, no Rio Paraná dos Mouras

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Pablo Azevedo

Distante cerca de 120 quilômetros por meio de navegação fluvial, partindo de Cruzeiro do Sul, a comunidade Três Bocas, no Rio Paraná dos Mouras, foi palco de uma demonstração do trabalho do governo do Acre para cuidar das pessoas. Neste sábado, 21, as forças de segurança, coordenadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), realizaram uma ação social na comunidade.

Forças de segurança pública percorreram 120 quilômetros pelos rios Juruá e Paraná dos Mouras para realizar ação social na comunidade Três Bocas. Foto: Edson Fernandes/Secom

A iniciativa realizada na zona rural do município de Rodrigues Alves, a terra da banana, proporcionou a presença efetiva do Estado e a aproximação entre as forças de segurança e a comunidade ribeirinha, formada em sua maioria por pescadores e agricultores familiares, e resultou na entrega de cestas básicas, distribuição de brinquedos para as crianças e na oferta de um lanche.

Localizada na zona rural de Rodrigues Alves, em área de difícil acesso, o governo se fez presente fazendo a diferença na vida das famílias. Foto: Edson Fernandes/ Secom

O senhor Francisco Charles da Silva, de 48 anos, agricultor nascido e criado na comunidade Três Bocas, expressou o sentimento de gratidão e felicidade ao vivenciar a ação social. “Tenho que agradecer primeiramente a Deus e a cada uma dessas pessoas que vieram aqui trazer essa ajuda para nós. Eu estou muito feliz, essa ação é muito importante e significa tudo”, expressou representando todo o povo.

Cestas básicas entregues garantirão uma ceia de natal melhor para as famílias. Foto: Edson Fernandes/Secom

“Essa ação foi uma ideia que a gente teve em um grupo de amigos da secretaria e ampliamos com as demais forças de segurança. Decidimos escolher uma comunidade distante, mais isolada para a gente fazer um natal feliz para essas famílias. Superamos todas as expectativas e já estamos planejando outra ação em outra comunidade”, falou o major Célio Pinto, coordenador da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) na região do Juruá.

Na ação, as crianças receberam brinquedos, lanche e tiveram a oportunidade de conversar com os policiais. Foto: Edson Fernandes/Secom

Representando o gabinete do governador Gladson Cameli, Raquel Batista esteve na atividade ao lado do chefe de gabinete da vice-governadora Mailza Assis, Henrique Afonso. Para Raquel, “É um sentimento de alegria. Concluindo o ano com a sensação de dever cumprido. Todas as forças unidas para trazer segurança, mas também trazer alegria e um momento de confraternização com essas famílias”, disse.

Em avaliação, a ação foi exitosa e cumpriu seu objetivo. Foto: Edson Fernandes/Secom

A ação integrada foi realizada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Polícia Militar do Acre (PMAC), Polícia Civil do Acre, Grupo Especial de Operações do Fronteira (Gefron), Polícia Penal do Acre PPAC),  Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), Polícia Federal (PF), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasdh), sob direção da vice-governadora Mailza Assis.

 

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Ultrapassando 14 mil cirurgias, Saúde do Acre realiza última edição do Opera Acre do ano

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Cássia Veras

O programa Opera Acre, iniciativa do governo do Estado para reduzir a fila de cirurgias eletivas, realiza neste final de semana a última edição do ano, com atividades simultâneas em seis municípios: Plácido de Castro, Brasileia, Senador Guiomard, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), em Rio Branco.

Opera Acre é realizado este final de semana, simultaneamente, em 6 municípios do estado. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

O marco de mais de 14 mil cirurgias realizadas ao longo de 2024 celebra o compromisso do programa em atender as demandas reprimidas da população e oferecer uma saúde mais humanizada, acessível e de qualidade a todos os acreanos.

Plácido de Castro integra o mutirão neste sábado e domingo, realizando um momento histórico: pela primeira vez, o município realiza cirurgias de laqueadura. A equipe enviada para o local atendeu 32 pacientes que passaram pelo processo de planejamento familiar, também no município.

Secretária adjunta de assistência, Ana Cristina Moraes. Foto: Izabelle Farias/ Sesacre

A secretária adjunta de Assistência da Sesacre, Ana Cristina Moraes, celebrou o encerramento do programa e destacou os avanços:

“Além das cirurgias, estamos oferecendo, aqui em Placido de Castro, um atendimento itinerante de ultrassonografia, atendendo cerca de 80 pessoas, evitando que precisem se deslocar até a capital. Estamos felizes com esse encerramento e já garantindo o retorno do programa em 2025. Superamos os números de 2023, realizando 1.005 cirurgias a mais que no ano passado. É o governo do Estado do Acre comprometido em aproximar a saúde da população”, ressaltou.

Em Plácido de Castro também ocorreu o mutirão de ultrassonografias. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

O cirurgião ginecologista e obstetra, Jose Everton Santiago, também ressaltou a importância do mutirão: “Trouxemos uma equipe de dois cirurgiões ginecológicos para realizar esses procedimentos, oferecendo conforto às pacientes ao permitir que elas façam suas cirurgias na própria cidade. É gratificante proporcionar essa oportunidade, e agradecemos à Sesacre por viabilizar esse projeto”, enfatizou.

Maria Leiderlir não escondeu a satisfação de realizar sua cirurgia. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

A paciente Maria Leidelir Santana de Souza, que aguardava pela cirurgia de laqueadura, não escondeu a emoção ao falar sobre a oportunidade de realizar o procedimento em sua cidade natal: “Estou muito feliz de estar aqui. Esperei por essa cirurgia há algum tempo, e para mim é muito importante. Tenho três filhos, todos por cesariana, e graças a Deus fui abençoada com esse projeto aqui no município. Fiz todo o meu planejamento com a enfermeira do meu posto, foi tudo bem explicado, bem rápido. Estou muito grata, pois muitas mulheres queriam estar aqui hoje. A equipe nos recepcionou muito bem, e agora, com a cirurgia realizada, acredito que minha qualidade de vida será muito melhor”, disse.

Opera Acre acontecendo simultaneamente

Em Brasileia, as atividades começaram na sexta-feira, 20, e seguem até este domingo, 22, com expectativa de atender mais de 60 pacientes.

Estado bate recorde de cirurgias, com mais de 14 mil procedimentos realizados em 2024. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

Em Tarauacá, as cirurgias também iniciaram na sexta-feira e seguem até este domingo, com foco em reduzir a fila reprimida de aproximadamente 40 pacientes. Em Cruzeiro do Sul, estão sendo realizadas cirurgias ginecológicas, enquanto a Fundhacre se concentra em procedimentos de média e alta complexidade, como histerectomias. Já em Senador Guiomard, o mutirão também acontece simultaneamente. Ao todo, o programa prevê atender quase 200 pacientes neste final de semana.

A chefe da regulação de cirurgias da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), Shirley Nascimento, destacou a importância do programa e fez um balanço das atividades ao longo do ano.

Pela primeira vez, Plácido de Castro sediou o mutirão de cirurgias ginecológicas. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

“O Opera Acre é uma iniciativa que transforma vidas. Neste ano de 2024, ultrapassamos a marca de 14 mil cirurgias realizadas, atendendo pacientes que aguardavam há muito tempo por procedimentos essenciais. Cada edição do programa representa um esforço coletivo de equipes médicas e administrativas, que se dedicam a levar atendimento de qualidade aos diversos municípios do estado. Encerrar o ano com esse marco histórico e com mutirões em seis localidades, incluindo municípios que nunca realizaram certos procedimentos, como Plácido de Castro, é motivo de orgulho para todos nós”, declarou.

Cuidando das Pessoas

Os depoimentos de pacientes atendidas pelo mutirão deste final de semana em Plácido de Castro revelam a importância do programa para a população do interior do estado.

Luciete foi uma das beneficiadas pelo Opera Acre em 2024. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

Luciete da Silva Fernandes relatou sua satisfação com a agilidade do processo: “Achei o processo bem rápido, porque antigamente era mais difícil. E isso é muito importante para a saúde do município de Plácido de Castro. Sabemos que é uma ação do governo, em parceria com o município, e graças a Deus está dando certo. É bom poder realizar o sonho de muitas mulheres, que é o sonho de fazer a laqueadura, algo que antes era bem complicado.”

Já Divaneide Vieira de Paiva destacou a importância da proximidade e do acolhimento da equipe: “Para mim tem sido maravilhoso, porque só de fazer a cirurgia e em seguida já ser liberada para ir para casa, é muito bom isso. E a gente está em casa, pode-se dizer. Fomos muito bem recebidos pelo pessoal, pela equipe toda, e isso para mim é gratificante, muito bom.

Divaneide Vieira falou sobre o impacto da cirurgia em sua vida. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

“Sobre o impacto da cirurgia na minha vida? Com certeza será 100%. Só de não ter que tomar anticoncepcional todo dia, com o risco de esquecer, já é um alívio. E, no meu caso, que tive três gestações de alto risco, já é mais que suficiente. Agora é hora de parar mesmo, e fico muito feliz com essa oportunidade que o programa nos deu”, completou Divaneide.

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