É o símbolo do poder do agronegócio brasileiro. Importado da Índia para o Brasil no século XIXe No século XIX, a “vaca zebu” viu a sua população registar um forte crescimento com a rápida expansão da pecuária em direção ao oeste e norte do país, passando a representar hoje 80% dos 238 milhões de cabeças do rebanho do país, segundo dados do. Ministério da Agricultura.
Reconhecível pela corcunda e pelo imponente pescoço enrugado, o zebu “adapta-se bem às condições climáticas do Brasil”explica Walter Sanchez-Suarez, veterinário e membro da Mercy for Animals, uma ONG internacional de defesa dos direitos dos animais. Graças à sua pele coberta por pelos brancos e densos, a vaca zebu é particularmente resistente às picadas de mosquitos e, portanto, às doenças que eles transmitem. Também ganha massa mais rapidamente do que as raças europeias.
Com a internacionalização do agronegócio, “o setor empreendeu uma modernização”explica John Wilkinson, professor de sociologia econômica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. As vacas foram assim cruzadas com bovinos índios Ongole, dando origem a um exemplar ainda mais resistente: o nelore. Este último foi submetido a uma rigorosa seleção genética para melhorar a raça e a sua produtividade. “Os tempos de abate diminuíram consideravelmente. Antigamente, o abate era feito depois de três ou quatro anos. Agora está reduzido para dois anos e meio”souligne M. Wilkinson.
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