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No Brasil, centro e direita saem fortalecidos das eleições municipais

No Brasil, centro e direita saem fortalecidos das eleições municipais

O prefeito (centro-direita) de São Paulo, Ricardo Nunes, comemora sua reeleição durante as eleições municipais de São Paulo, 27 de outubro de 2024.

No Brasil, as eleições municipais costumam servir como “intermediários” : uma votação experimental, a única que permite ao Chefe de Estado tomar o pulso do país a meio do seu mandato. As organizadas no domingo, 27 de outubro, não trouxeram boas notícias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pintando o retrato de um Brasil ainda eletrificado e mais direitista do que nunca.

O segundo turno, depois do primeiro, realizado em 6 de outubro, viu de fato o triunfo do « centrão », este “centro” composto por uma dúzia de grupos conservadores de direita oportunistas e muitas vezes corruptos. Segundo o canal CNN Brasil, este último governará agora 63% das 5.569 cidades do país e vinte das vinte e seis capitais regionais, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte.

517 prefeitos pelo partido de Bolsonaro

Nesta galáxia, a força ascendente continua a ser o Partido Social Democrata (PSD), que ficou em primeiro lugar no escrutínio, com 891 municípios vencidos, contra 662 no último escrutínio de 2020, segundo o site Poder360. Fundado em 2011 pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, 64 anos, antigo e discreto líder da política brasileira, o PSD tem quarenta e dois deputados (de 513), dois governadores e, sobretudo, três ministros dentro o governo Lula, com pastas tão estratégicas como agricultura, pesca e energia.

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O outro grande vencedor destas eleições é o Partido Liberal (PL) do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (2019-2023). Com isso, elegeu 517 prefeitos, ante 351 em 2020. O partido estará no comando de quatro capitais regionais: Cuiabá (Centro-Oeste), Rio Branco (Amazônia), Aracaju e Maceió (Nordeste). Por outro lado, a esquerda só venceu em 752 cidades, em comparação com 863 em 2020. Alguns dos seus partidos ruíram, como o Partido Democrático Trabalhista (PDT), que perdeu mais de metade das suas 320 câmaras municipais. Em São Paulo, “mãe de todas as batalhas”, o jovem socialista Guilherme Boulos, de 42 anos, foi largamente derrotado no segundo turno, com 40,65% dos votos obtidos contra o prefeito cessante, Ricardo Nunes (59,35%). carisma e suspeito de corrupção.

O Partido dos Trabalhadores (PT), fundado por Lula, certamente conseguiu salvar os móveis, com 252 prefeituras vencidas, ante 184 na última eleição. Porém, conquistou apenas uma e única capital regional, Fortaleza (Nordeste), onde seu candidato, Evandro Leitão, obteve vitória por um fio, com 50,38% dos votos contra o bolsonarista André Fernandes, do Partido Liberal.

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