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No Real, Endrick se torna figurante em menos de 5 meses – 15/12/2024 – O Mundo É uma Bola

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No Real, Endrick se torna figurante em menos de 5 meses - 15/12/2024 - O Mundo É uma Bola

Luís Curro

Não era esperado que Endrick, 18, conquistasse espaço logo de cara no Real Madrid.

Incorporado ao time merengue na metade deste ano, a concorrência no ataque era pesada: os compatriotas Vinicius Junior e Rodrygo e o francês Mbappé, campeão em uma Copa do Mundo (2018), vice em outra (2022). Todos mais experientes, todos titulares em suas seleções.

Eu tinha, contudo, a expectativa de que Endrick, estrela principal e artilheiro do Palmeiras campeão brasileiro de 2023, com algumas boas apresentações (com gols) em amistosos da seleção brasileira, pudesse atuar pelo menos cerca de 25 a 30 minutos por jogo.

E que, se acontecesse de um dos astros (Vini, Rodrygo ou Mbappé) se contundir, ele seria imediatamente alçado à titularidade pelo treinador italiano Carlo Ancelotti, o mesmo que preferiu continuar no gigante madrilenho a comandar o Brasil –que capenga sob a direção de Dorival Jr.

Nas semanas recentes, a partir de meados de novembro, pelo menos um do trio esteve afastado por lesão –neste momento, o contundido da vez é Mbappé. Só que Endrick não ganhou mais espaço.

Ancelotti optou por escalar, seja no Campeonato Espanhol (LaLiga), seja na Liga dos Campeões da Europa (Champions League), um meia-atacante, ou dois (Brahim Díaz e Arda Güler), ou até mesmo um volante (Dani Ceballos), a lançar Endrick no ataque.

Continuou acontecendo o mesmo de antes: Endrick esquentando o banco de reservas, ao lado de desconhecidos como Víctor Muñoz, Lorenzo Aguado, Sergio Mestre e Youssef Lekhedim. E entrando em campo, caso entrasse, faltando poucos minutos para o final da partida, independentemente do que o placar mostrava (vitória, empate ou derrota).

Assisti neste sábado (14) a um dinâmico Rayo Vallecano 3 x 3 Real Madrid, por LaLiga, com Rodrygo, que marcou um gol e deu uma assistência, titular e Vini, que vai reaparecendo após contusão, entrando aos 18 minutos do segundo tempo.

Endrick? Pisou no gramado do estádio de Vallecas, campo do Rayo, aos 34 minutos da etapa final. Com os acréscimos, atuou 18 minutos, pegando pouco na bola e finalizando uma vez, em uma cabeçada de costas para o gol que foi defendida sem grande esforço pelo goleiro Batalla.

Na comparação com as seis partidas imediatamente anteriores, o camisa 16 também atuou a partir dos 34 minutos do segundo tempo contra o Liverpool, na Champions, e o Girona, em LaLiga.

Pouco. Mas bastante tempo na equiparação com os outros jogos.

Endridk não atuou diante de Getafe (LaLiga) e Atalanta (Champions) e entrou, sempre no segundo tempo, aos 41 minutos contra o Leganés e aos 43 minutos contra o Athletic Bilbao.

Nada de gol, nada de assistência. Poderia ter ocorrido? Sim. Mas a escassez de tempo não foi uma aliada de Endrick.

No Real Madrid, até aqui nesta temporada, Endrick, sem contar os jogos amistosos e os acréscimos, jogou 160 minutos distribuídos em 15 confrontos, uma média de menos de 11 minutos em cada um. Acumula dois gols (o último deles no dia 17 de setembro), zero passe para gol, um único jogo (incompleto) como titular.

Pelo Palmeiras, neste ano, antes de deixar o clube, considerando Campeonato Paulista (no qual o alviverde triunfou), Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Libertadores, foram 22 jogos, 21 deles como titular, 1.590 minutos (média de 72 por confronto), cinco gols e duas assistências.

Quase sempre é frustrante para o atleta, especialmente quando é jovem, amargar um período prolongado na reserva, com míseros minutos para exibir seu futebol.

Caso Endrick continue a ser figurante no restante da temporada, um caminho a ser negociado com o Real Madrid é sair por um ou dois anos por empréstimo, para um time menor, mas onde consiga jogar seguidamente e como titular.

Tendo mais minutos, sua chance de voltar a desempenhar o futebol que fez o Real gastar 35 milhões de euros (R$ 220 milhões pelo câmbio atual) para contratá-lo será ampliada, o que pode consequentemente ampliar seu status no retorno.

Pois jogar essa miséria de minutos por partida, ou às vezes nem jogar, não deve estar deixando Endrick saciado.


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Lazzarini: Poderá a UNRWA sobreviver à campanha de Israel e aos cortes de financiamento? | UNRWA

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Lazzarini: Poderá a UNRWA sobreviver à campanha de Israel e aos cortes de financiamento? | UNRWA

Philippe Lazzarini discute o futuro da UNRWA em meio a acusações israelenses, cortes de financiamento e o aprofundamento da crise em Gaza.

O Comissário Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, discute os desafios enfrentados pela agência da ONU criada para apoiar os refugiados palestinos. No meio de uma crise humanitária em Gaza, onde mais de 250 funcionários da UNRWA foram mortos e infra-estruturas destruídas, a agência também enfrenta acusações de Israel de ligações com o Hamas, o que nega.

Estas alegações levaram ao congelamento do financiamento dos principais doadores ocidentais, ameaçando as suas operações. Com milhões de palestinianos a depender da sua ajuda, Lazzarini aborda se a UNRWA pode resistir a ataques políticos e financeiros e, ao mesmo tempo, continuar a cumprir o seu mandato numa das crises mais complexas e devastadoras do mundo.



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Da Maison-Blanche ao Aeroporto de Orly, microviagens no final da (nova) linha 14 do metrô de Paris

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Da Maison-Blanche ao Aeroporto de Orly, microviagens no final da (nova) linha 14 do metrô de Paris

Parecem cones gigantes de batatas fritas! Nos subúrbios ao sul de Paris, num promontório natural, estes nove cilindros de concreto de 33 metros de altura, mais largos no topo do que na base, servem como um marco visual por quilômetros ao redor. A União da Água de Ile-de-France (Sedif) prefere chamar estes reservatórios de água construídos em 1991 de “flautas”, ao pé dos quais foi criado um pequeno mas agradável passeio.

Este local será servido, no início de 2025, pela estação Villejuif-Gustave-Roussy, da linha 14 do metro de Paris, estendida até ao aeroporto de Orly desde finais de junho. A linha automatizada, que se tornou assim a mais longa da rede, beneficia do ritmo de um metro, até um comboio a cada 95 segundos durante a hora de ponta, ao mesmo tempo que atinge o número de passageiros de um RER, até 1 milhão de viajantes por dia a partir de 2025 .

As novas estações, profundamente escavadas, já valem o desvio. Cada um deles é decorado com uma obra de arte: um muro de concreto evocando rochas subterrâneas (obra da artista plástica Eva Jospin) no Hôpital-Bicêtre, um “rio de ar” simbolizando o Sena (Ned Kahn) na Maison-Blanche, variações sobre o tema do relógio (Lyes Hammadouche) em Thiais-Orly, ou um piso cerâmico que lembra a terra nutritiva (Gerda Steiner e Jörg Lenzlinger) em Chevilly-Larue.

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Blue Origin funga no cangote da SpaceX – 15/12/2024 – Mensageiro Sideral

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Blue Origin funga no cangote da SpaceX - 15/12/2024 - Mensageiro Sideral

Fique esperta, SpaceX, a concorrência vem aí. A empresa americana Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos, está correndo para lançar ainda neste ano seu foguete New Glenn –sério candidato a ser o segundo veículo de grande porte com primeiro estágio reutilizável, a exemplo dos lançadores Falcon 9 e Falcon Heavy, da SpaceX.

O voo inaugural está em fase final de preparação, no Complexo de Lançamento 36 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, e aguarda autorização da FAA (agência que regula aviação civil e foguetes comerciais nos EUA) no que será essencialmente um lançamento de certificação. A bordo, uma carga útil da própria empresa, chamada Blue Ring, um veículo de transferência para colocar satélites em diferentes órbitas, capaz de comportar até três toneladas deles.

Contudo, o principal teste é mesmo do foguete em si. Seu desenvolvimento foi anunciado em 2016, e então a Blue Origin esperava o primeiro voo para 2020. Já são quatro anos de atraso, mas agora parece que vai. E a confiança é tão grande que a empresa pretende tentar recuperar o primeiro estágio em uma plataforma marítima no oceano Atlântico –uma balsa similar às usadas pela SpaceX.

Não se espante se não der certo na primeira tentativa —basta lembrar que também foi assim com a empresa de Elon Musk, nas primeiras tentativas de pousar o estágio inicial do Falcon 9. Mas, desta feita, já sabemos que é possível, de modo que é só uma questão de tempo até que o evento de recuperação se torne corriqueiro também para a Blue Origin.

Diz a empresa que cada primeiro estágio do New Glenn terá capacidade de realizar ao menos 25 reutilizações. O do Falcon 9 que teve mais voos até agora realizou seu 24º pouso no último dia 4. A SpaceX tem como meta reutilizar seus estágios até 40 vezes. São claramente competidores nesse quesito.

As duas empresas também disputarão mercado pelos mesmos lançamentos, já que o New Glenn tem uma capacidade intermediária entre o Falcon 9 e o Falcon Heavy; o da Blue Origin pode levar até 45 toneladas à órbita terrestre baixa; já os dois lançadores da SpaceX transportam 23 e 64 toneladas, respectivamente. Voos do New Glenn e do Falcon 9 saem pelo mesmo preço, cerca de US$ 69 milhões.

Mesmo sem ter realizado um voo sequer, o novo lançador da Blue Origin já tem contratos com a Nasa, a empresa de telecomunicações Telesat e com o Projeto Kuiper, constelação de satélites de internet da Amazon, outra empresa de Bezos. No ano que vem, o New Glenn também deverá lançar uma missão lunar robótica da Blue Origin, com o módulo Blue Moon Mark 2.

Moral da história: a recuperação e reutilização de foguetes de grande porte tem data para deixar de ser exclusividade da SpaceX. É um caminho sem volta para o futuro da exploração espacial, que promete reduzir ainda mais o custo de futuras missões e abrir novas oportunidades. É nessa hora que temos de admitir que isso é muito mais do que uma disputa fútil entre bilionários apaixonados pelo espaço. É uma nova realidade econômica que se descortina diante dos nossos olhos. Quem viver, verá.

Esta coluna é publicada às segundas-feiras na versão impressa, em Ciência.

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