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Nota de pesar pelo falecimento do ex-governador do Estado do Acre, Flaviano Melo

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Da Redação

O governo do Estado do Acre manifesta seu mais profundo pesar e solidariedade aos familiares e amigos pelo falecimento do ex-governador Flaviano Baptista de Melo, ocorrido nesta quarta-feira, 20 de novembro. Em sinal de respeito, decreta luto oficial de três dias.

Flaviano Melo faleceu aos 75 anos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Sua trajetória marcou profundamente a política acreana, onde deixou um legado de liderança e compromisso desde a década de 1980.

Natural de Rio Branco, Flaviano era filho de dois grandes nomes da política acreana: Dona Laudi e o ex-deputado Raimundo Melo. Ao longo de sua vida pública, ocupou importantes cargos, como governador, senador, deputado federal e prefeito de Rio Branco, dedicando sua carreira ao MDB e ao fortalecimento da boa política no Acre.

O governo do Estado presta suas condolências à esposa Luciana Videl, aos filhos e a todos os familiares neste momento de dor.

Que Deus fortaleça os corações de todos os que o amavam e conceda conforto diante dessa grande perda, com a certeza de que Flaviano agora descansa em plenitude nos braços do Criador.

Gladson de Lima Cameli
Governador do Estado do Acre

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Médico destaca avanços na neurociência e saúde do Acre durante fórum internacional do G20

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Luana Lima

O médico neurocirurgião Luan Messias Magalhães representou com destaque o Estado do Acre durante sua participação na 11ª Cúpula Neurociência20 (N20), realizada no Rio de Janeiro, Brasil. O evento fez parte do Fórum Internacional de Cooperação Econômica do G20, reunindo especialistas e autoridades para debater inovações, dificuldades e propostas para a saúde em diferentes contextos globais. Ele foi o único representante da região Norte nos encontros voltados à área da saúde.

Médico neurocirurgião, Luan Messias Magalhães, na 11ª Cúpula Neurociência20 (N20). Foto: Cedida

Magalhães participou de dois importantes eventos da cúpula: o G20 Social e o N20. O G20 Social abordou questões relacionadas à saúde do idoso e populações rurais e ribeirinhas, com foco na criação de soluções que reduzam desigualdades no acesso à saúde. Já o Neurociência20 (N20) concentrou-se em saúde mental e neurológica, promovendo discussões sobre avanços científicos e estratégias para aplicação prática no setor.

“Eu participei de dois eventos do G20, o G20 Social e o N20. Tive a oportunidade de palestrar e discutir com deputados e ministros de diversas áreas da saúde e da parte social possíveis soluções para os problemas que a gente tem. Como eu era o único representante do Norte da parte amazônica, fui responsável pela discussão da nossa saúde, tanto no Acre quanto no âmbito da Amazônia Legal inteira”, destacou Magalhães.

Durante as apresentações, o médico ressaltou os esforços do governo do Estado do Acre. Foto: Cedida

Durante as apresentações, o médico ressaltou os esforços do governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), liderada pelo médico Pedro Pascoal, em estruturar as regionais de saúde com especialistas e equipamentos. Ele destacou o objetivo de oferecer atendimento de qualidade nas localidades mais remotas, reduzindo a necessidade de deslocamento até a capital, Rio Branco. Magalhães também citou o papel do Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental, localizado no complexo cirúrgico da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), que tem contribuído de forma significativa para a saúde da região com avanços em neurocirurgias.

“Esses esforços terão um impacto positivo e significativo nos próximos anos”, afirmou o neurocirurgião. Foto: Cedida

“Esses esforços terão um impacto positivo e significativo nos próximos anos”, afirmou o neurocirurgião, demonstrando sua visão otimista sobre o futuro da saúde no Acre e na Amazônia Legal.

Magalhães também trouxe à tona os desafios enfrentados pela população ribeirinha e indígena, buscando soluções viáveis para melhorar o atendimento nesses locais. Além disso, ele destacou que os debates resultaram em um relatório com propostas, que será enviado ao Senado e à Câmara dos Deputados para subsidiar políticas públicas de saúde.

“O legal é que a gente se encontra direto com os ministros e deputados, e eles são as pessoas que aplicam e fazem as leis. Assim, eles reconhecem diretamente a importância e onde precisa mudar e vão aplicar isso diretamente”, comentou.

Neurocirurgião aproveitou o fórum para trocar experiências com profissionais de outros países e conhecer inovações como o uso de inteligência artificial em procedimentos médicos. Foto: Cedida

O neurocirurgião aproveitou o fórum para trocar experiências com profissionais de outros países e conhecer inovações como o uso de inteligência artificial em procedimentos médicos e novas abordagens para tratar transtornos como o autismo. “A gente aprende muito com técnicas que já estão sendo utilizadas em outros países e que podem revolucionar a nossa forma de atendimento”, afirmou.

O G20, criado em 1999, é um fórum de cooperação econômica internacional que reúne as principais economias do mundo para discutir temas de interesse global, como saúde, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. Este ano, o Brasil sediou o evento, e a presidência será transferida para a África do Sul em 2024.

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Senappen e Polícia Penal deflagram 6ª fase da Operação Mute no Complexo Penitenciário de Rio Branco

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Isabelle Nascimento

A 6ª fase da operação Mute no Acre teve início na terça-feira, 19. E, nesta quarta-feira, 20, a mesma operação foi lançada em nível nacional. A ação é coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e realizada pela Polícia Penal, com o apoio das forças integradas de segurança pública do Acre e com objetivo de combater as organizações criminosas dentro do sistema prisional e reduzir o índice de violência em âmbito nacional.

Forças de segurança trabalharam integradas na Operação Mute. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

A ação aconteceu no Complexo Penitenciário de Rio Branco, onde a Polícia Penal do Acre e suas forças especializadas, sendo a Divisão Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe), a Divisão do Serviço de Operações e Escolta (Dsoe) e a Divisão de Operações com Cães (DOC), em conjunto com a Polícia Penal Federal, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a Polícia Federal, a Polícia Militar, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) estiveram trabalhando juntos na operação.

Presidente do Iapen, Marcos Frank Costa, e secretário adjunto de Segurança Pública, Evandro Bezerra, acompanharam a Operação Mute. Foto: Lucas Manoel/Iapen

O presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Marcos Frank Costa, falou sobre os objetivos dessa ação: “Na data de hoje, executamos a sexta fase da operação Mute, que é capitaneada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais. O objetivo principal dessa ação é a apreensão de telefones celulares para cessar qualquer contato com o exterior, além de verificação da estrutura no interior dos pavilhões”, ressaltou.

Sextaª fase da Operação Mute é deflagrada no Complexo Penitenciário de Rio Branco. Foto: Lucas Manoel/Iapen

O secretário adjunto de Segurança Pública, Evandro Bezerra, que esteve acompanhando a ação, explicou que a operação está de acordo com a proposta da segurança pública, para manter a segurança dentro do sistema penitenciário: “é uma operação extremamente importante para o sistema penitenciário, para fazer a manutenção de segurança. Foi acolhida pela presidência do Iapen e o Sistema Integrado de Segurança Público que está presente, com todas as forças aqui. Isto aí vem dentro da nossa proposta da segurança pública, de manter o sistema prisional sob condições de segurança e controlado”.

Polícia Penal deflagra mais uma fase da operação Mute no Acre. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

O diretor operacional do Iapen, Tiênio Costa, acredita ser importante ações como essa, que intensificam as revistas dentro das penitenciárias: “a gente vê como positivo, uma forma de intensificar as revistas, intensificar a busca por aparelho celular e retirada de ilícitos, que vão trazer mais segurança, tanto para os apenados como para os servidores e a sociedade como um todo”.

Cyro Maisonnete, agente federal de execução penal e representante da Senappen. Foto: Lucas Manoel/Iapen

O agente federal de execução penal e representante da Senappen, Cyro Maisonnete, considera que a ação foi um sucesso: “é uma operação que está sendo sucesso, né? A gente está na sexta fase já, e durante todas as fases nós apreendemos celulares, drogas. Temos feito essas retiradas e conseguido realmente uma integração também entre as forças, cada vez mais forte aqui”, reiterou.

Foram retirados, durante a revista das celas, bilhetes, tabaco e um objeto cortante.

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Acre é pioneiro na inclusão de dentistas em UTIs e se destaca ao apresentar pesquisas no Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva

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Tácita Muniz

Elevando o nome do Acre a nível nacional, uma equipe de profissionais do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e do Hospital da Criança representou o estado no 29º Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI), que ocorreu em São Paulo entre os dias 14 e 16 de novembro em São Paulo.

Três trabalhos desenvolvidos pela equipe do Huerb foram aprovados e expostos no encontro, que aborda novas tecnologias, humanização e reintegração plena dos pacientes atendidos nas UTIs.

“A aplicação das novas tecnologias no diagnóstico, monitorização, tratamento e acompanhamento da evolução dos pacientes internados nas nossas terapias intensivas associada a um cuidado humanístico centrado no paciente, respeitando as necessidades e as características individuais de cada ser humano é nossa meta principal deste congresso”, destacou Carmen Silvia Valente Barbas, presidente do CBMI 2024.

Comitiva apresentou resultados de pesquisas feitas no Acre em Congresso Nacional. Foto: cedida

Foram apresentados os trabalhos:

– Análise do tempo de normossialia diante do uso da atropina 1% versus fotobiomodulação com laser de baixa intensidade, do cirurgião dentista Antonio Freire;

– Atuação da Odontologia Hospitalar na prevenção de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica: um estudo de caso-controle na Amazônia Ocidental brasileira, da cirurgiã-dentista Wânia Tojal;

– Mudanças na percepção de familiares de pacientes admitidos na UTI após acolhimento multiprofissional – um estudo na Amazônia Ocidental, da enfermeira Áurea Rodrigues.

“Os trabalhos abordaram novos manejos para regressão da sialorreia de forma mais efetiva do que as técnicas atualmente existentes, já que a saliva em abundância nos pacientes intubados pode escoar para os pulmões causando pneumonia, o que pode ser grave”, explica o cirurgião-dentista Antonio Freire, que participou dos três trabalhos.

A outra linha de pesquisa elaborou um instrumento para avaliar a mudança de percepção de familiares internados em UTI quando toda a equipe se reunia para explicar o trabalho desenvolvido. Segundo ele, atualmente não há como avaliar essa visão.

“O familiar respondia a um questionário antes da visita e imediatamente depois da visita, o que nos mostrou que o acolhimento dos familiares demonstra uma mudança de entendimento sobre o que acontecia em uma UTI, já  que o pensamento, de modo geral, era de que a UTI era um lugar onde as pessoas estavam cheias de máquinas prestes a morrer”, pontua.

Já após os esclarecimentos e suporte dado pela equipe de médicos, foi constatado um entendimento mais real do atendimento dado àquele paciente e como cada profissional que compõe a UTI atua na recuperação desse paciente.

A profissional que atende no Hospital da Criança também abordou a assistência odontológica com a redução da pneumonia, uma vez que na boca existem bactérias que podem ser migradas aos pulmões, causando risco de morte.

Na área de nutrição, foi apresentado um estudo sobre os desafios e resultados da adequação nutricional em UTI do Acre, proposto pelos nutricionistas Eduarda Araújo e Celso Ritter.

“A importância em se realizar e apresentar esses estudos está baseada em sua relevância. Quando se observa a literatura vigente, nenhuma pesquisa no mundo desenvolveu trabalhos direcionados a esses tópicos. Na prática, vemos redução dos quadros de hipersalivação, reduzindo a incidência de macerações, infecções em boca e risco de pneumonia broncoaspirativa, também um melhor vínculo com os familiares dos pacientes e qualidade na assistência aos pacientes”, pontua Freire.

Mudança na percepção de familiares admitidos em Unidade de Terapia Intensiva: um estudo transversal na Amazônia Ocidental foi um dos estudos apresentados. Foto: cedida

Impacto dos estudos

Freire avalia, ainda, que essas pesquisas são importantes para a melhoria da qualidade assistencial, mas também são um incremento científico no estado do Acre, por serem estudos que passaram por um crivo ético e metodológico e todos testaram e aprovaram a hipótese levantada.

“A Odontologia da UTI II do Huerb desenvolveu um Ensaio Clínico Randomizado, que é o estudo mais relevante e mais complexo de todos os estudos clínicos existentes. A cirurgiã-dentista do Hospital da Criança desenvolveu um estudo de caso-controle, que avaliou grupo de pacientes que recebeu assistência odontológica rotineira em relação a um grupo de pacientes quando a odontologia não estava inserida no hospital, verificando que o risco de desenvolver pneumonia estava associado à ventilação mecânica”, classificou.

Acre é um dos pioneiros a implantar dentistas em UTIs do estado. Foto: cedida

Dentre as demandas em Odontologia Hospitalar, destaca-se a importância da presença do cirurgião dentista diante das necessidades apresentadas pelos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva. Por isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que exista dentistas em todas as UTIs do Brasil.
“Isso é, tendo em vista que, diante da internação, a boca é colonizada por bactérias que também causam pneumonias. Além disso, as fissuras da boca, o trauma com o tubo, os machucados por mordedura involuntária, o controle da hipersalivação ou hipossalivação são práticas rotineiras na UTI. O dentista também controla os focos de infecção já instalados na boca, como extração dentária, drenagem de abscessos e auxílio na determinação de medicações antifúngicas e antivirais quando há manifestações bucais”, explica o cirurgião dentista.

Porém, ele explica que, como é apenas uma recomendação, a presença do profissional não é obrigatória, “tornando o estado do Acre um dos pioneiros a implantar dentistas em todas as UTIs públicas, o que não é realidade em outros locais do país”, completa.

O treinamento, atualização, profissionalização e valorização da equipe multiprofissional que atua nas nossas Terapias Intensivas foram destaques desse encontro.

“O planejamento terapêutico multidisciplinar visando o conhecimento aprofundado da doença aguda do paciente crítico, iniciando de forma precoce os cuidados de proteção cerebral, pulmonar, renal e neuro-muscular associado às técnicas avançadas de reabilitação, propiciarão uma melhor recuperação do paciente crítico, permitindo uma reintegração e sua volta à família e ao trabalho”, findou Carmen Silvia Valente Barbas, presidente do CBMI 2024.

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