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Novo pente-fino do INSS vai cortar benefício sem avisar

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Em casos de indício forte de irregularidade, corte pode ser feito antes de achar beneficiário

O novo pente-fino do governo nos benefícios do INSS autoriza, em caso de indício forte de irregularidade, a suspensão ou o corte dos pagamentos antes mesmo do beneficiário apresentar a sua defesa ou até mesmo ter sido localizado. A medida provisória criando a revisão foi assinada nesta sexta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro.

No último pente-fino, feito de 2016 até o fim de 2018, convocados à revisão e que não compareceram às agências do INSS continuaram recebendo a renda até o esgotamento do prazo publicado em nova convocação no “Diário Oficial da União”.



A cessação de benefícios ocorrerá quando o órgão considerar que há “prova pré-constituída”, com base em cadastros do governo, como o Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e o CadÚnico (Cadastro Único).

Um exemplo de prova pré-constituída seria o aparecimento de uma contribuição no Cnis de um aposentado por invalidez. Como o benefício é pago somente a incapacitados para o trabalho, o registro do recolhimento poderia ser considerado indício de prova de que o segurado tem condições de trabalhar.

O pente-fino para benefícios concedidos sem a necessidade de perícia poderá atingir até 3 milhões de processos com pendência. Técnicos e analistas da Previdência receberão bônus de R$ 57,50 para cada processo de revisão concluído.

Benefícios por incapacidade também passarão por novo pente-fino. Serão convocados os que não passam por perícia há mais de seis meses, não possuam data de cessação estipulada e sem indicação de reabilitação.

Peritos do INSS receberão, a cada perícia, R$ 61,72.

Ainda poderão ser revisados 2,5 milhões de BPC/Loas (benefícios de prestação continuada) sem avaliação pericial há mais de dois anos.

A medida estipula prazo de dez anos para segurados reclamarem na Justiça benefícios negados pelo INSS.

PENSÃO

Regras para concessões de benefícios também ficarão mais duras. A pensão por morte, por exemplo, só pagará atrasados a menores de 16 anos caso a solicitação ocorra em até 180 dias.

Na aposentadoria rural, certidões feitas por sindicatos não serão prova de direito. O governo fará o controle.
O auxílio-reclusão terá carência de 24 contribuições. Atualmente, basta que o segurado tenha feito uma contribuição antes de ser preso.
 

O QUE MUDA COM A MEDIDA PROVISÓRIA:

Auxílio-reclusão:

  • Exigência de carência (período mínimo de contribuições ao INSS) de 24 meses. Pelas regras anteriores, bastava uma única contribuição
  • Benefício será pago somente a dependentes de presos em regime fechado, e não mais no semiaberto
  • Para comprovar baixa renda, será considerada a média dos últimos 12 salários do segurado, e não apenas o mês anterior à prisão
  • Proíbe o acúmulo do auxílio-reclusão com outros benefícios
  • INSS fará convênios com o sistema penitenciário para evitar a concessão de auxílio a pessoas fictícias ou que não esteja cumprindo pena
  • Auxílio-doença não será concedido para presos em regime fechado

Pensão por morte:

  • Exigência de prova documental de relação estável ou de dependência econômica. Pelas regras anteriores, esse reconhecimento era baseado em prova testemunhal
  • Filhos menores de 16 anos precisarão pedir o benefício em até 180 dias após o falecimento. Antes não havia prazo
  • Essas mudanças também valem para a Previdência de servidores públicos da União

Aposentadoria rural:

  • Até 2020, para comprovar o tempo de trabalho rural sem contribuição, passa a ser necessária uma autodeclaração homologada pelas entidades do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Pronater). Isso substitui a declaração dos sindicatos de trabalhadores rurais
  • A partir de 2020, essa comprovação será via uma rede parceira a ser criada pelos Ministério da Economia e da Agricultura com órgãos federais, estaduais e municipais. Os dados vão alimentar o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)

Combate a irregularidades:

  • Criação do Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade (Programa Especial) e o Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade (Programa de Revisão)
  • Bônus de R$ 57,50 como gratificação por servidor do INSS responsáveis pelo Programa Especial
  • Peritos médicos federais serão responsáveis pela execução do Programa de Revisão, destinado aos benefícios por incapacidade sem perícia médica há mais de seis meses e que não possuam data de cessação estipulada ou indicação de reabilitação profissional
  • Mais de 2,5 milhões de benefícios de prestação continuada (BPC) sem avaliação há mais de 2 anos serão alvo de revisão
  • Gratificação de R$ 61,72 ao perito médico por cada perícia

Servidores públicos:

  • Veto à emissão de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) referente a tempo sem contribuição efetiva de servidores públicos
  • A certidão será emitida somente para período de efetiva contribuição
  • A certidão não pode usada como tempo de contribuição para se aposentar em dois regimes diferentes: regime geral (INSS) e RPPS (de servidores públicos)

AÇÕES NA JUSTIÇA:

  • A MP melhora as regras de processo administrativo para suspensão e cessação de benefícios irregulares
  • Bancos têm de devolver valores referentes a benefícios depositados após o óbito do beneficiário
  • Em caso de pagamento maior de benefício ou de tutela antecipada revogada na Justiça, fica autorizado o desconto do valor recebido indevidamente em outro benefício –ou a inscrição na dívida ativa
  • Prazo de decadência de decisões do INSS perante a Justiça fica definido como sendo de dez anos

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Ser professor na periferia de metrópoles é um risc…

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Ser professor na periferia de metrópoles é um risc...

Pedro Pupulim

O presidente Lula afirmou, na tarde desta terça-feira, que ser professor na periferia das grandes metrópoles brasileiras “é um risco”. A declaração foi feita em um discurso do petista durante a cerimônia que marcou o lançamento do Programa Mais Professores para o Brasil, no Palácio do Planalto, e que também contou com a presença de outras autoridades, entre elas o atual ministro da Educação, Camilo Santana.

“Era muito bonito quando professora ou professor era motivo de música. Mas hoje, quem dá aula na periferia das grandes metrópoles desse país sabe que ser professor é um risco. Espera um ônibus tarde da noite, pega ônibus de manhã lotado, chega na escola sabendo que as crianças estão com preocupação, muitos nem tomaram café em casa. E às vezes menino com violência, que saiu de casa brigado com a mãe porque não comeu, e vai tentar jogar sua raiva na professora e no professor”, disse Lula.

Programa Mais Professores para o Brasil

Lançado nesta terça-feira pelo governo federal, o Programa Mais Professores para o Brasil prevê iniciativas direcionadas a cerca de 2,3 milhões de professores pelo país, por meio da valorização e a qualificação dos profissionais da educação básica, assim como o incentivo à docência.

De acordo com o governo, o projeto se estrutura sobre cinco eixos principais: seleção para o ingresso na docência, atratividade para as licenciaturas, alocação de professores, formação docente, e valorização.

Entre os atrativos para a docência, está o Pé-De-Meia Licenciaturas, que consiste em um apoio financeiro para estimular a entrada, a permanência e a conclusão das licenciaturas por estudantes com alto desempenho no Enem. A programação prevê o pagamento mensal de 1.050 reais ao participante durante o período regular de integralização do curso. Desse total, o estudante poderá sacar imediatamente 700 reais. Os outros 350 são depositados como poupança e poderão ser sacados após o professor recém-formado ingressar em uma rede pública de ensino em até cinco anos após a conclusão do curso.





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Leite critica vetos de Lula a projeto que renegoci…

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Leite critica vetos de Lula a projeto que renegoci...

Pedro Pupulim

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), fez uma publicação em sua conta na rede social “X”, antigo twitter, nesta terça, em que critica os vetos do presidente Lula ao sancionar o projeto de Lei que cria o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Segundo o político gaúcho, os vetos são “inaceitáveis”, e resultam em um prejuízo de cerca de 5 bilhões de reais àquele estado, que seriam investidos na reestruturação da região após as enchentes ocorridas no início de 2024.

“Com os vetos, para aderir ao Propag o Rio Grande do Sul fica obrigado a repassar valores para um fundo, criado para compensar os Estados em melhor situação fiscal. Na prática, voltaríamos a repassar valores à União, contrariando a suspensão da dívida pelo período de três anos, cujos valores estão sendo destinados ao Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) para reconstrução”, diz trecho da publicação.

Além disso, Leite afirmou que dialogará, por meio da bancada federal de seu partido, com o Congresso em busca da derrubada dos vetos feitos por Lula.

“Não vamos aceitar esse descaso com o povo gaúcho, que tanto sofreu com a calamidade, e será novamente penalizado com essa medida do governo federal”, ressaltou.

Os vetos

De acordo com o governo federal, Lula vetou dispositivos que poderiam impactar o resultado primário e ampliar o impacto fiscal do programa para a União, comprometendo os incentivos para uma “gestão fiscal responsável e sustentável”.

A criação do Propag tem o objetivo de renegociar as dívidas dos entes federados e do Distrito Federal com a União. Os estados terão até 31 de dezembro deste ano para aderir ao programa, prazo que foi ampliado a pedido da Câmara. Inicialmente, o prazo era de 120 dias após a publicação da lei.





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Ministro da Secom anuncia nova licitação de comuni…

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Ministro da Secom anuncia nova licitação de comuni...

Gustavo Maia

O novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, anunciou há pouco que pretende fazer uma licitação para contratar empresas para atuar na comunicação digital do governo Lula.

Na semana passada, o ministro Aroldo Cedraz decidiu liberar a licitação de quase 200 milhões de reais para contratar quatro empresas, seis meses depois de suspender o certame.

“Aquela não vale mais”, anunciou Palmeira, em entrevista coletiva após sua posse. Segundo o publicitário baiano, a nova licitação será feita “o mais rápido possível, imediatamente”.

Pouco antes, o agora ex-ministro Paulo Pimenta havia dito a jornalistas que a licitação estava desatualizada, por ter sido desenhada antes de a inteligência artificial ganhar a importância que ganhou, por exemplo.

Ele se queixou da demora do TCU para arquivar a representação, por falta de provas de irregularidades, e comparou a licitação a comprar um celular de dois anos atrás.





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