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Novo poder na Síria silencia sobre ataques de Israel e ONU condena
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Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
O novo poder da Síria que assumiu Damasco após a queda do regime de Bashar al-Assad mantém silêncio sobre os sucessivos ataques de Israel contra instalações militares do país e sobre a ocupação israelense da zona antes desmilitarizada que separa as Colinas de Golã – território sírio anexado por Israel após a guerra de 1967 – e o resto da Síria.
Para especialistas consultados pela Agência Brasil, o silêncio sobre Israel pode indicar uma colaboração com Tel Aviv ou uma tática para evitar entrar em confronto com os israelenses uma vez que o grupo que assumiu Damasco ainda não tem o controle completo do território nem da estrutura estatal Síria.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, por outro lado, afirmou que está “profundamente preocupado” com as “extensas violações da soberania e integridade territorial da Síria” por Israel.
“[Guterres] condena todas as ações que seriam inconsistentes com o acordo [de 1974 firmado entre Israel e Síria] e apela às partes para que cumpram suas obrigações sob esse instrumento, inclusive encerrando toda presença não autorizada na área de separação”, disse o porta-voz da organização.
O Brasil também criticou as ações de Israel na Síria alegando que elas violam o direito internacional, “bem como a independência, a soberania e a integridade territorial da Síria”, afirmou o Itamaraty.
Já o Conselheiro de segurança dos Estados Unidos (EUA), Jake Sullivan, justificou que o aliado estaria apenas exercendo seu direito de se defender, ainda que a Síria não tenha efetuado nenhum ataque contra Israel.
“O que Israel está fazendo é tentar identificar ameaças potenciais, tanto convencionais quanto armas de destruição em massa, que podem ameaçar Israel e, francamente, ameaçar outros também”, disse Sullivan, segundo a Reuters.
A Carta da ONU proíbe o uso da força contra outros países, com duas exceções: casos de legítima defesa contra um ataque armado e quando há autorização do Conselho de Segurança da ONU.
Especialistas
O jurista a analista geopolítico, Hugo Albuquerque, comentou à Agência Brasil que o silêncio do novo poder que assumiu Damasco indica uma colaboração com os Estados Unidos, Israel e, por tabela, todo o Ocidente. “Certamente essa inação é fruto ou de um acordo ou de uma sinergia estratégica, ou de ambos”, disse o também editor da revista Autonomia Literária.
Por outro lado, o professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec SP), Alexandre Pires, avaliou que o novo governo ainda não controla todo o país e o silêncio frente os ataques de Israel pode ser uma tática para evitar um confronto aberto com Tel Aviv.
“Eles estão num esforço de consolidação desse governo, ou seja, o país ainda está todo conflagrado, então você tem ali zonas territoriais ainda em disputa. Do ponto de vista tático, nesse momento não adianta tentar se opor a Israel e aos ataques. Então o governo acaba ficando rendido. E nós temos que lembrar que é um governo bastante provisório, que controla praticamente uma faixa do país”, ponderou Pires.
Israel
Israel afirma ter ocupado cerca de 400 quilômetros quadrado (km²) do território sírio após a queda de Bashad al-Assad, área que deveria ficar desmilitarizada segundo acordo firmado entre Damasco e Tel Aviv, em 1974. O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diz que a ocupação dessa área é “temporária”. Além disso, o exército israelense informou que realizou mais de 350 ataques aéreos contra a infraestrutura militar da Síria, incluindo ataques contra a frota naval, a força aérea, as baterias antiaéreas e locais de produção e armazenamento de armas.
“A maioria dos ataques danificou severamente os sistemas de defesa aérea da Síria, destruindo mais de 90% dos mísseis superfície-ar estratégicos identificados. A rede de defesa aérea da Síria está entre as mais fortes do Oriente Médio, e os danos infligidos representam uma conquista significativa para a superioridade da Força Aérea Israelense na região”, afirmou as Forças de Defesa de Israel (FDI).
HTS
O principal chefe militar do grupo islâmico Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), Ahmed Al-Sharaa, que lidera a coalização insurgente que derrubou Assad, não tem feito declarações públicas condenando ou criticando os bombardeios israelenses. O HTS, ex-braço da Al-Qaeda do Iraque, é considerada uma organização terrorista pela ONU, definição aprovada no Conselho de Segurança da organização.
Em entrevista ao canal ocidental Sky News, Al-Sharaa, anteriormente chamado de Abu Mohammed al-Jolani, disse que os países estrangeiros não tem o que temer da nova Síria e que o país não deve entrar em outra guerra.
Por outro lado, o comandante do HTS tem feito crítica ao Irã e ao Hezbollah, antigos aliados do governo Assad.
Irã
Já o Líder Supremo do Irã, o Ali Khamenei, denuncia que a queda do regime de Assad foi uma conspiração liderada pelos Estados Unidos e por Israel para enfraquecer o chamado Eixo da Resistência, formado por grupos e países contrários à hegemonia ocidental no Oriente Médio.
“Um governo em um país vizinho da Síria desempenhou e ainda desempenha um papel claro no que está acontecendo. No entanto, os principais conspiradores e a sala de controle estão nos Estados Unidos e no regime sionista. Temos evidências disso que não deixam margem para dúvidas para ninguém”, afirmou a principal liderança do Irã.
A guerra que levou à queda do regime de Assad durou 13 anos e os grupos insurgentes receberam apoio, treinamento e financiamento de potências regionais e globais, segundo especialistas no tema consultados pela Agência Brasil.
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Promotor distrital pede pena de morte em caso destacado nas eleições dos EUA | Notícias de Donald Trump
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13 de dezembro de 2024Um promotor distrital do Texas revelou planos para buscar a pena de morte em um suposto caso de assassinato que se tornou um importante ponto de discussão nas eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos.
Na sexta-feira, a promotora distrital do condado de Harris, Kim Ogg, apresentou uma notificação indicando sua decisão de buscar sentenças de morte para Johan Jose Martinez-Rangel, 22, e Franklin Jose Pena Ramos, 26.
O crime que são acusados de cometer tornou-se uma peça central na campanha do republicano Donald Trump à reeleição em novembro.
Os dois suspeitos são cidadãos venezuelanos e cruzaram a fronteira para os EUA sem a documentação adequada para isso. A Patrulha da Fronteira dos EUA prendeu-os brevemente após a sua entrada nos EUA, mas foram libertados e notificados para comparecerem em tribunal numa data posterior.
Poucos meses depois, em junho, os dois homens supostamente sequestraram, agrediram sexualmente e mataram Jocelyn Nungaray, de 12 anos, deixando seu corpo em um riacho em Houston.
Trump e os seus aliados apontaram repetidamente o caso como prova de que os EUA precisam de uma segurança fronteiriça mais rigorosa e de penas mais duras para migrantes e requerentes de asilo envolvidos em crimes.
Ele também fez campanha com a mãe de Nungaray, Alexis Nungaray, que visitou a fronteira EUA-México com Trump e testemunhou perante o Congresso sobre sua provação.
No anúncio de sexta-feira, o promotor distrital Ogg repetiu algumas das críticas à fiscalização da imigração que Trump fez durante a campanha.
“O assassinato de Jocelyn foi tão vil, brutal e sem sentido quanto qualquer outro caso durante meu mandato como promotor público”, disse Ogg em comunicado.
“E ficou pior ao saber que esses dois homens estavam aqui ilegalmente e, se tivessem sido detidos após serem capturados na fronteira, nunca teriam tido a oportunidade de assassinar Jocelyn e destruir o futuro de sua família.”
Em junho, os promotores apresentaram acusações de homicídio capital contra os dois suspeitos, que estão detidos sob fiança de US$ 10 milhões.
Vários estudos, no entanto, mostraram que os imigrantes em geral são menos propensos a cometer crimes do que os cidadãos nascidos nos EUA.
Uma pesquisa de registros de prisões no Texas, financiada pelo Instituto Nacional de Justiça, encontrado esta é uma tendência consistente, em todas as diferentes categorias de crimes, desde infracções rodoviárias a crimes contra a propriedade.
Concluiu que os imigrantes indocumentados são detidos “por menos de metade da taxa de cidadãos nativos dos EUA por crimes violentos e relacionados com drogas e um quarto da taxa de cidadãos nativos por crimes contra a propriedade”.
Ainda assim, o presidente eleito Trump confundiu frequentemente a imigração com a criminalidade durante a campanha, despertando receios de violência.
Ele usou esses medos para atacar seus rivais no Partido Democrata, acusando o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris de permitirem “fronteiras abertas”.
A migração irregular através da fronteira entre os EUA e o México atingiu um máximo histórico sob a presidência de Biden, mas desde então diminuiu para níveis semelhantes aos do primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2021.
Os “encontros” mensais da patrulha fronteiriça em Outubro, por exemplo, caíram para 106.344. De acordo com um Comunicado de imprensa naquele mês, de Clientes e Proteção de Fronteiras dos EUA, o número de apreensões de patrulhas de fronteira foi “o mais baixo de todos os tempos” desde o ano fiscal de 2020.
Biden também impôs políticas rigorosas para limitar o asilo na fronteira, semelhantes às ações tomadas pelo próprio Trump. Uma medida, anunciada em junho, permitia a suspensão dos pedidos de asilo caso as passagens irregulares da fronteira ultrapassassem as 2.500 pessoas por dia.
Outros incluíam penalidades como proibição de reentrada por cinco anos e possível processo criminal.
No entanto, Trump criticou Biden e Harris, o candidato democrata na corrida de 2024, como perigosamente irresponsáveis nas suas políticas de fiscalização das fronteiras.
Inclinando-se para uma retórica sombria e nativista, alertou para uma “invasão” de migrantes que sitia o país e prometeu prosseguir uma campanha de “deportação em massa” no seu primeiro dia no cargo.
Para o fazer, Trump indicou que planeia invocar a Lei dos Inimigos Estrangeiros de 1798, que dá ao governo federal o poder de deportar estrangeiros em tempos de guerra.
“Iniciaremos a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos”, disse Trump a apoiadores em uma parada de campanha em outubro. “Vamos fechar a fronteira. Iremos impedir a invasão de ilegais no nosso país. Defenderemos nosso território. Não seremos conquistados.”
Trump também apelou à “pena de morte para qualquer migrante que mate um cidadão americano ou um agente da lei”.
Os críticos, incluindo a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), acusar Trump de empreender uma “onda de execuções sem paralelo” durante o seu último mandato: a sua administração supervisionou 13 execuções federais apenas nos últimos seis meses.
O líder republicano frequentemente desempenhava um papel vídeo de Alexis Nungaray em seus comícios, descrevendo em detalhes comoventes como ela descobriu sua filha estrangulada até a morte.
“Ela estaria viva hoje se Kamala tivesse feito o seu trabalho”, postou Trump em seu Twitter. conta de mídia social no início deste ano.
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Nomeado de Trump para Oriente Médio não explica fortuna – 13/12/2024 – Mundo
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13 de dezembro de 2024 Ruth Maclean, Justin Scheck, Charles Homans, Oladeinde Olawoyin
Massad Boulos, o conselheiro para Oriente Médio escolhido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, desfruta de uma reputação como magnata bilionário à frente de um negócio que leva o nome de sua família.
Boulos foi perfilado como um magnata pela imprensa global, dizendo a um repórter em outubro que sua empresa vale bilhões de dólares. O republicano até mesmo lhe conferiu o que pode ser o maior elogio vindo dele: “[Boulos] é um negociador.”
Registros mostram, no entanto, que o empresário passou as últimas duas décadas vendendo caminhões e maquinário pesado na Nigéria para uma empresa controlada por seu sogro. Ele é CEO da empresa, SCOA Nigeria, que teve um lucro de menos de US$ 66 mil no ano passado, de acordo com documentos corporativos.
Não há indicação nos documentos corporativos de que Boulos, um libanês-americano cujo filho é casado com a filha de Trump, Tiffany, seja um homem de riqueza significativa resultante de seus negócios. A concessionária de caminhões está avaliada em cerca de US$ 865 mil, segundo o preço atual das ações. A participação de Boulos, de acordo com registros de valores mobiliários, vale US$ 1,53.
Quanto à Boulos Enterprises, empreendimento que foi chamado de negócio familiar do empresário no britânico Financial Times e em outros veículos, um executivo da empresa diz ser de propriedade de outra família com nome Boulos.
O empresário será o responsável por aconselhar Trump a respeito de uma das regiões mais conflituosas do mundo, que ele mesmo disse, nesta semana, que não visita há anos. A posição de conselheiro não requer aprovação do Senado.
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A confusão sobre o histórico de Boulos —e sua falha em esclarecer mal-entendidos até ser questionado nesta semana pelo New York Times— levanta questões sobre quão minuciosamente a equipe de Trump e o Partido Republicano investigaram os nomes indicados para o gabinete e outras funções ligadas à Casa Branca.
Além disso, a situação do indicado soma-se ao imbróglio recente da legenda com o ex-deputado George Santos, cujas mentiras lhe custaram a expulsão do Congresso e a admissão recente de culpa por crimes de fraude e roubo de identidade.
A equipe de transição de Trump teve ainda de lidar recentemente, por exemplo, com acusações de má conduta sexual contra Pete Hegseth, o escolhido para secretário de Defesa, e Matt Gaetz, que renunciou à indicação para liderar o departamento de Justiça.
Um porta-voz da equipe de transição de Trump se recusou a comentar.
Boulos, um cristão do norte do Líbano que imigrou para o Texas na adolescência, ganhou destaque a partir de 2018, quando seu filho Michael começou a namorar Tiffany Trump.
Neste ano, Boulos ajudou Trump a conquistar eleitores árabe-americanos e, no primeiro semestre, serviu como intermediário entre o republicano e o líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Boulos disse que conheceu Trump pela primeira vez em uma festa de Natal na Casa Branca, em 2019. “Ele foi muito, muito caloroso, muito acolhedor”, disse o empresário.
Em Michigan, lar da maior porcentagem de população árabe-americana do país, Boulos apresentou Trump como o candidato mais bem posicionado para trazer paz ao Oriente Médio durante a campanha, neste ano.
“Ele foi uma estrela”, disse Yahya Basha, um médico sírio-americano e doador político em Royal Oak, Michigan. “As pessoas o amavam.” Trump venceu o estado na eleição, ajudado por distritos predominantemente árabe-americanos na área de Detroit.
Em outubro, o New York Times perguntou a Boulos sobre sua riqueza e negócios.
“Sua empresa é descrita como uma empresa multibilionária”, perguntou o jornal. “Você mesmo é bilionário?” Boulos disse que não gostava de se descrever dessa forma, mas que os jornalistas adotaram o rótulo.
“É correto descrever a empresa como multibilionária?” o repórter insistiu. “Sim”, respondeu Boulos. “É uma grande empresa. Longa história.”
Em outra ligação, na quarta-feira (11), ele disse que estava se referindo às empresas de seu sogro, que ele afirma valerem, coletivamente, mais de US$ 1 bilhão.
Ele confirmou também que não tem relação com a Boulos Enterprises. Perguntado por que nunca corrigiu o registro feito por veículos de imprensa, ele disse que tinha o hábito de não comentar sobre seus negócios.
Boulos tem um histórico de pequenos empreendimentos comerciais. Registros corporativos na Nigéria o ligam a um restaurante, algumas empresas de construção inativas e à Tantra Beverages, uma empresa agora extinta que foi criada para vender uma “bebida erótica” que “dá aos homens e mulheres o impulso estimulante definitivo”, de acordo com seu fabricante.
Boulos disse que um associado administra o restaurante e que ele não se lembrava do empreendimento da bebida. (Após a publicação da reportagem, Boulos disse que se lembrava da Tantra e que fazia parte de uma tentativa de vender bebidas energéticas que nunca decolou.)
Qualquer riqueza significativa que possua vem da família de sua esposa, Sarah Fadoul Boulos, segundo ele.
Ela é filha de Michel Zouhair Fadoul, cidadão da França e de Burkina Fasso, que passou décadas montando um mosaico de empresas de exploração madeireira, construção e distribuição de automóveis em toda a África Ocidental e Central.
O New York Times não conseguiu encontrar nenhuma indicação, seja em documentos da empresa ou registros do fornecedor de dados corporativos Sayari, de que Boulos tenha uma participação direta nesses negócios, para além da concessionária de caminhões.
Massad Boulos conheceu Sarah Fadoul por meio da família no Líbano e se casou jovem, diz ela. Ambos estudaram no Texas, afirmou ela em entrevistas em podcasts voltados para a elite em Lagos, na Nigéria.
Trump se referiu a Boulos como advogado, e a ABC News relatou que ele se formou em direito pela Universidade de Houston. Mas a faculdade disse que não tem registro disso. Em vez disso, ele se formou em outra faculdade, a Universidade de Houston-Downtown, em 1993, e obteve um diploma de bacharel em administração de empresas.
O casal planejava se mudar para Nova York, onde ela disse que ele havia recebido uma oferta de emprego em um escritório de advocacia. Mas o pai dela interveio e convidou o jovem casal para trabalhar em seus negócios na África. Em 1996, o casal se mudou para Lagos.
Fadoul colocou o casal no comando de uma concessionária de caminhões e maquinário na Nigéria, disse Fadoul. Documentos corporativos mostram que a empresa não cresceu muito ao longo dos anos.
Os negócios estavam devagar quando um repórter visitou a sede em Lagos neste mês. Algumas dezenas de máquinas pesadas e caminhões estavam em um lote ao lado de uma rodovia, e um punhado de funcionários estava sentado atrás de mesas dentro do escritório. Boulos costumava vir regularmente, disseram os funcionários, mas, desde julho, ele estava nos Estados Unidos fazendo campanha para Trump.
A filial da SCOA na cidade nigeriana de Kano fechou há quatro anos por falta de clientes, disse um ex-funcionário, Kamal Ishaq, na quarta-feira.
Fadoul Boulos disse que trabalhou ao lado do marido por um tempo. Mas então, após um despertar espiritual, ela disse, Deus a chamou para dançar. Ela fundou a Sociedade para as Artes Performáticas na Nigéria, onde se autodenomina “visionária”. A sociedade ensina dança a jovens nigerianos, organiza acampamentos de verão e realiza apresentações.
Fadoul Boulos frequentemente posta vídeos de si mesma nas redes sociais fazendo piruetas e acenando bandeiras ao som de louvores —inclusive em sua igreja pentecostal favorita em Lagos, a House on the Rock, cujo pastor principal abençoou o casamento de Tiffany Trump em 2022.
Michael Boulos, o filho mais novo do casal, supostamente conheceu Tiffany no clube da atriz Lindsay Lohan na Grécia, em 2018, quando ele tinha cerca de 22 anos e ela 25.
Logo após o noivado, começaram a circular relatos descrevendo Michael Boulos como filho e herdeiro de um bilionário. Massad Boulos disse em uma entrevista nesta semana que Michael era herdeiro do negócio da família.
O anel de diamante que Michael deu a Tiffany, com preço relatado de US$ 1 milhão, parecia confirmar grande riqueza.
Michael era diretor associado da concessionária de caminhões quando se casaram e trabalhou para uma empresa de investimentos de risco nos EUA e uma empresa de aluguel de iates, de acordo com a PitchBook.
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Um assassino incapaz de se controlar, mesmo em seu camarote no Tribunal de Justiça de Nancy: Liridon Berisa foi condenado, sexta-feira, 13 de dezembro, à prisão perpétua com pena de segurança de vinte e dois anos, pena máxima incorrida, pelo feminicídio de seu parceira, Stéphanie Di Vincenzo, em 2021 em Hayange (Mosela). O Kosovar, hoje com 26 anos, esfaqueou várias vezes a companheira na rua, na frente dos vizinhos e sob o olhar da filha de 3 anos.
O arguido de temperamento vulcânico, excluído várias vezes da sala do tribunal na quarta e quinta-feira, voltou a insultar, provocar e ameaçar a família da vítima quando foi anunciado o veredicto. Tanto que um tio de Stéphanie Di Vincenzo presente na primeira fila saiu de suas dobradiças e gritou “Pena de morte!” Pena de morte! »conclusão de um julgamento realizado em um ambiente muitas vezes tenso.
A sentença proferida está de acordo com as exigências da procuradora-geral, Agnès Cordier. Liridon Berisa admitiu os factos desde o início, mas continuou a perturbar o processo, comentando, ameaçando, zombando de testemunhas e peritos durante as suas intervenções, até ser três vezes excluído da sala do tribunal.
Um dos destaques do julgamento ocorreu na terça-feira com a transmissão da arrepiante gravação da câmera de vigilância da delegacia de Hayange, em frente à qual ocorreram parte dos acontecimentos.
Na noite de 23 para 24 de maio de 2021, ocorreu uma violenta altercação entre Liridon Berisa e a vítima em sua casa. Stéphanie Di Vincenzo, 22 anos, escapou pela janela, enfraquecida e ensanguentada. Várias testemunhas a viram correndo em direção à delegacia, localizada a 40 metros da casa. Mas a delegacia fica fechada à noite. Liridon Berisa a alcançou e a esfaqueou diversas vezes, na frente dos vizinhos e sob o olhar da filha de 3 anos. Ele então jogou a arma em uma lata de lixo e fugiu.
Refugiado político, o arguido foi também condenado a um ano de prisão por vários crimes de trânsito. Ele havia se beneficiado de uma pena reduzida e colocado uma pulseira eletrônica alguns dias antes dos acontecimentos.
Este feminicídio gerou polêmica devido ao acúmulo de falhas neste caso, uma vez que a polícia já havia intervindo cerca de dez vezes na casa do casal. Alguns meses antes, a vítima havia apresentado queixa, que não foi encaminhada ao Ministério Público.
“Avaria inexplicável”
Uma missão de inspecção, enviada posteriormente, não notou “nenhuma má conduta profissional nas decisões tomadas”. “A atitude muitas vezes confusa deste casal, com confrontos seguidos, por vezes de forma imediata, de reconciliações, poderá ter levado a que esta situação fosse banalizada pelos serviços policiais”estava escrito.
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No entanto, a audiência lembrou na terça-feira que Liridon Berisa, quando tinha 17 anos, raptou a sua primeira namorada, raptada na Bélgica, e que ameaçou “queimar ou colocar na calçada”. O que lhe rendeu a primeira sentença de prisão.
Liridon Berisa também arrancou sua pulseira eletrônica no dia anterior ao incidente, sem que isso disparasse o menor alarme. De acordo com o relatório de inspeção, a aeronave sofreu um “mau funcionamento inexplicável” na medida em que, embora tenha sido arrancado, não desencadeou “nenhum alarme na central de monitoramento”.
Uma vizinha do casal, Stéphanie Bello, foi condenada a dezoito meses de prisão por ter escondido Liridon Berisa em sua casa após os acontecimentos. Ela não o via como um assassino, mas como “seu vizinho”. “Eu não pensei sobre isso”declarou na audiência esta mulher de 51 anos que pode pegar três anos de prisão.
O mundo com AFP
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