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Nunes corre para entregar reformas de viadutos em SP – 21/01/2025 – Cotidiano

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Nunes corre para entregar reformas de viadutos em SP - 21/01/2025 - Cotidiano

Tulio Kruse

Uma sequência de interdições paralisou o trânsito na ponte da Casa Verde, na zona norte de São Paulo, nos últimos seis meses. Desde julho, obras na estrutura levaram ao fechamento de faixas de trânsito e a congestionamentos a qualquer hora do dia.

O motivo da intervenção está num relatório entregue à prefeitura em agosto de 2023. Uma vistoria encontrou rachaduras em vigas, pedaços de concreto corroídos e rompidos, buracos no asfalto e juntas de dilatação deterioradas.

A recomendação era iniciar uma obra emergencial de recuperação, o que foi feito através de um contrato assinado dez meses depois. É a segunda intervenção no local em menos de três anos —outra reforma emergencial ocorreu em dezembro de 2021.

Obras como essa entraram na lista de prioridades do prefeito Ricardo Nunes (MDB). A prefeitura incluiu as reformas de 11 viadutos nas metas para os primeiros cem dias da nova gestão, mas isso é menos da metade das obras que estão com contratos em aberto. A grande maioria está atrasada.

O investimento nessas reformas começou em 2021, com a implementação de um plano de avaliação e reforma periódicas dessas estruturas. O plano foi apresentado dois anos após um viaduto ceder na marginal Pinheiros, na zona oeste da cidade, ainda na gestão do tucano Bruno Covas (1980-2021). O viaduto havia ficado 40 anos sem vistoria.

A capital tem, hoje, ao menos 38 pontes e viadutos com obras de recuperação em andamento, agrupadas em 28 contratos. O custo dessas obras é de R$ 462,7 milhões para os cofres públicos.

Quatro obras emergenciais correspondem a mais da metade desse valor. São elas: ponte Eusébio Matoso (a mais cara, ao custo de R$ 86 milhões), ponte do Jaguaré, ponte da Casa Verde e viaduto Carlos de Campos.

A média de custo das obras emergenciais é cerca de oito vezes maior do que das obras licitadas. Todas fazem parte de um programa de R$ 2 bilhões anunciado pela prefeitura, que teve início há quatro anos.

Questionada, a gestão Nunes afirmou que a comparação entre orçamentos de obras emergenciais e licitadas é indevida, “uma vez que as emergenciais envolvem uma condição específica que é a intervenção para problemas com risco iminente”. Diz, ainda, que “a urgência de ação resulta em custos mais elevados porque exige a pronta mobilização de recursos e equipes e a locação de equipamentos ou transporte de materiais em prazos reduzidos, entre outros”.

No caso da ponte da Casa Verde, a lentidão decorrente das obras traz também insegurança. Funcionários de um posto de gasolina a poucos metros de distância relatam aumento dos assaltos a motoristas e passageiros de carros desde que a reforma começou.

“Se a pessoa se distrair, os moleques pegam pedras e estouram os vidros do carro para roubar os celulares, principalmente. E saem correndo em direção à marginal [Tietê]. O motorista está parado no trânsito, não dá nem tempo de reagir”, conta o atendente Johny Santos, 22, que trabalha numa loja de conveniência do posto.

“Quando a ponte está interditada, um trajeto de três quilômetros demora 20 ou 30 minutos para ser feito de carro”, diz o vendedor Rodrigo dos Santos, 42, que trabalha a poucos metros da obra.

Do total de 28 contratos, apenas um está dentro do prazo original de entrega. Os outros foram adiados por meio de alterações no contrato ou têm solicitações em aberto para extensão de prazo, feitas pelas empresas que prestam o serviço. Como praxe, a prefeitura aceita esses pedidos.

Em dois casos, o atraso em relação ao prazo inicial de entrega já passa de um ano. O complexo viário Senador Antonio Emygdio de Barros Filho, na zona leste, por exemplo, teve o início dos trabalhos autorizado em junho de 2023 e até hoje está incompleto —falta uma parte da pintura de um viaduto, que conecta as avenidas Salim Farah Maluf e Luiz Ignácio de Anhaia Mello.

Quem trabalha no entorno relata que não há nenhuma movimentação na obra desde outubro. A prefeitura prevê conceder um aditivo de R$ 1,6 milhão à empresa que presta o serviço, e o prazo de entrega foi prorrogado até o próximo dia 22.

Do total previsto para ser gasto nas obras, há R$ 17,8 milhões em aditivos nos contratos. Em quatro casos, os aditivos correspondem a mais de 40% do valor original dos contratos —isso ocorre nas reformas dos complexos viários João Jorge Saad e Padre Avelino e dos viaduto Roberto Abreu Sodré, Arapuã e Jabaquara (estes dois últimos estão sob um único contrato).

A cifra decorrente dos aditamentos deve aumentar ainda mais, pois há pedidos de reajuste nos pagamentos que ainda não foram analisados.

Em novembro, a Siurb (Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras) enviou um pedido à Secretaria de Governo da prefeitura para que autorizasse a destinação de R$ 100 milhões para 20 obras, entre elas algumas das reformas em pontes e viadutos que ainda estão em andamento.

O pedido foi autorizado, e no mês passado a prefeitura fez um remanejamento parcial no orçamento da cidade, de R$ 20 milhões, para destinar às obras. A Secretaria Municipal de Fazenda afirma, num documento, que o restante “será enviado posteriormente”.

Esse dinheiro foi retirado do orçamento de outros programas da prefeitura, como o Reencontro (que dá moradia a pessoas em situação de rua), a manutenção de polos de esporte, Defesa Civil, fomento a entidades culturais, programas de estágio e ações de cooperação para o desenvolvimento sustentável.

Questionada, a gestão Nunes afirma que o Programa de Recuperação e Manutenção de Pontes e Viadutos “é o maior da história da cidade” e já entregou 183 obras.

“Fatores como condições climáticas, disponibilidade de equipamentos, atrasos de fornecedores e questões logísticas de transporte de materiais impactam no andamento das obras e estão entre as razões de ajustes de cronograma”, diz a Siurb.

“Todos os aditivos citados pela reportagem fazem parte deste programa, foram aprovados pelo TCM e estão em conformidade com as regulamentações da Corte. Entre os motivos para aditivos estão a identificação, já durante as obras, de agravamento dos problemas estruturais constatados inicialmente nas inspeções ou até mesmo de problemas adicionais que estavam encobertos ou não detectáveis.”

Sobre a ponte da Casa Verde, a prefeitura diz que a obra de 2021 “corrigiu danos somente nos pontos onde a situação emergencial estava caracterizada”. A gestão Nunes prometeu entregar a obra até o fim do mês.

Questionamentos sobre o complexo viário Senador Antonio Emygdio de Barros Filho, na zona leste, não foram respondidos.





Leia Mais: Folha

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Elon Musk admite trapacear em videogames, transcrição do bate-papo parece mostrar | Elon Musk

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Elon Musk admite trapacear em videogames, transcrição do bate-papo parece mostrar | Elon Musk

Oliver Holmes

Elon Musk admitiu que trapaceou em videogames para obter pontuações mais altas, mostra uma transcrição de uma conversa on-line privada que ele teve, aparentemente concluindo um escândalo acirrado sobre as afirmações bizarras do bilionário de ser um jogador classificado globalmente.

Musk tem se gabado regularmente de suas classificações em jogos. Ele disse ao podcaster Joe Rogan no ano passado que ele estava entre os 20 melhores jogadores do mundo no jogo de RPG de ação terrivelmente difícil Diablo IV.

As suas afirmações levantaram questões sobre como o homem mais rico do mundo poderia encontrar tempo para competir internacionalmente. Ele precisaria ter passado centenas de horas entre a administração de empresas, incluindo Tesla Inc, X e SpaceX, bem como sua crescente atividade política ao lado de Donald Trump.

Dois jogos em que Musk diz ter pontuações altas, Diablo IV e Path of Exile 2, são notoriamente difíceis de competir. Alguns jogadores passam a maior parte de suas horas de vigília “rastejando” em masmorras e lutando contra monstros e outras criaturas fantásticas para tornar seus personagens virtuais mais poderosos.

Uma resposta à improvável habilidade de Musk nos jogos foi fornecida em um vídeo postado no YouTube no domingo pelo principal jogador de Diablo NikoWrex, que mostrou o que ele disse ser uma conversa por mensagem direta com Musk no X.

Na conversa, Musk admite o “account boosting”, uma prática de trapaça em que as pessoas fazem com que outros jogadores melhorem seus personagens. Isso geralmente é feito pagando-lhes para jogar por horas.

“Você aumentou de nível (alguém jogou suas contas) e/ou comprou equipamentos/recursos para PoE2 (Path of Exile 2) e Diablo 4?” perguntou NikoWrex. Musk respondeu com um emoji 100%. Mais tarde, ele acrescentou: “É impossível vencer os jogadores da Ásia se não o fizermos, como eles fazem!”

pular a promoção do boletim informativo

O Guardian não conseguiu verificar a transcrição de forma independente, mas Musk repostou o vídeo em sua conta X e já tinha anteriormente interagiu com NikoWrex no X no início de janeiro para discutir o Path of Exile 2. Em seu vídeo, NikoWrex, cujo Conta do Instagram diz se chamar Nick Hayes, mostrou que Musk o segue no X.

Ele disse no vídeo que Musk permitiu que ele publicasse a conversa. O Guardian entrou em contato com Musk através do X para comentar.

O alvoroço sobre as supostas proezas de Musk no videogame explodiu após seus comentários no podcast de Rogan em novembro, e um exame mais minucioso veio no início do ano, quando ele fez uma transmissão ao vivo de seu personagem Path of Exile 2 no X.

Jogadores de alto nível com profundo conhecimento do jogo, disseram Musk cometeu erros de novato que nenhum especialista faria, incluindo passar direto por itens valiosos que ajudariam seu personagem.

Depois de ser denunciado, Musk começou a combater publicamente as acusações, discutindo com jogadores proeminentes. Ao final da conversa com NikoWrex, Musk afirmou ser “um deus vivo dos videogames”.

O músico canadense Grimes, que tem três filhos de um relacionamento anterior com Musk, twittou em sua defesa no sábado, dizendo que viu com seus próprios olhos como ele era um dos melhores jogadores de Diablo nos EUA. “Existem outras testemunhas que podem verificar isso”, disse ela.

Na segunda-feira, novas alegações de trapaça foram levantadas quando o personagem Path of Exile 2 de Musk foi visto como ativo no jogo enquanto Musk estava em Washington assistindo à posse de Trump.

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Leia Mais: The Guardian



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Administração Trump ordena que funcionários da DEI sejam afastados | Notícias de Donald Trump

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Administração Trump ordena que funcionários da DEI sejam afastados | Notícias de Donald Trump

O presidente dos EUA está a exercer uma pressão agressiva contra os programas de diversidade, equidade e inclusão.

A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou que todo o pessoal federal de diversidade, equidade e inclusão (DEI) fosse colocado em licença remunerada e, eventualmente, demitido, enquanto o líder republicano visa iniciativas destinadas a abordar o racismo sistêmico.

Um memorando do Escritório de Gestão de Pessoal, relatado pela primeira vez pela CBS News, instruiu as agências a colocar os funcionários do escritório da DEI em licença remunerada até as 17h (22h GMT) de quarta-feira e retirar do ar todas as páginas públicas focadas na DEI no mesmo prazo.

As agências também devem cancelar qualquer treinamento relacionado ao DEI e rescindir quaisquer contratos relacionados, e os funcionários federais estão sendo solicitados a se reportar ao escritório se suspeitarem que qualquer programa relacionado ao DEI foi renomeado para ofuscar seu propósito dentro de 10 dias – ou enfrentarão “consequências adversas ”.

Na quinta-feira, as agências federais foram instruídas a compilar uma lista de escritórios e trabalhadores federais da DEI no dia da eleição em novembro. Espera-se também que desenvolvam um plano para executar uma “ação de redução do efetivo” contra esses trabalhadores federais até a próxima sexta-feira.

As medidas seguem uma ordem executiva assinada por Trump seu primeiro dia no cargo esta semana, ordenando um desmantelamento abrangente dos programas DEI do governo federal, que poderia abranger tudo, desde formação anti-preconceito até financiamento para agricultores minoritários e proprietários de casas.

Trump chamou os programas de “discriminação” e insistiu em restaurar o que descreve como contratações estritamente “baseadas no mérito”.

Mas os defensores dos direitos civis argumentaram que os programas DEI são necessários para abordar as desigualdades de longa data e o racismo estrutural.

Basil Smikle Jr, estrategista político e conselheiro político, disse estar preocupado com a afirmação do governo Trump de que os programas de diversidade estavam “diminuindo a importância do mérito individual, da aptidão, do trabalho árduo e da determinação” porque sugeria que faltava mérito às mulheres e às pessoas de cor. ou qualificações.

“Há um esforço claro para impedir, se não corroer, o poder político e económico das pessoas de cor e das mulheres”, disse Smikle.

“O que isso faz é abrir a porta para mais clientelismo”, disse ele.

A pressão anti-DEI de Trump continua onde a sua primeira administração parou.

Um dos atos finais de Trump durante o seu primeiro mandato em 2017-2021 foi uma ordem executiva que proíbe os contratantes de agências federais e beneficiários de financiamento federal de realizarem formação anti-preconceito que abordasse conceitos como o racismo sistémico.

Seu sucessor, o democrata e ex-presidente dos EUA Joe Biden, prontamente rescindiu essa ordem em seu primeiro dia no cargo e emitiu duas ordens executivas – agora rescindidas – delineando um plano para Promova DEI em todo o governo federal.

Embora muitas mudanças possam levar meses ou mesmo anos a serem implementadas, a nova agenda anti-DEI de Trump é mais agressiva do que a primeira e surge num terreno muito mais favorável no mundo empresarial.

Empresas proeminentes, do Walmart ao Facebook, já reduzido ou encerrado algumas de suas práticas de diversidade em resposta à eleição de Trump e aos processos judiciais apoiados pelos conservadores contra eles.



Leia Mais: Aljazeera

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Scholz da Alemanha e Macron da França prometem unidade com o retorno de Trump – DW – 22/01/2025

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Scholz da Alemanha e Macron da França prometem unidade com o retorno de Trump – DW – 22/01/2025

Chanceler alemão Olaf Scholz na quarta-feira visitou Paris para se encontrar com o presidente francês Emmanuel Macron apenas alguns dias após a posse do presidente dos EUA, Donald Trump.

A reunião marca o aniversário do Tratado do Eliseu de 1963, assinado entre os líderes pós-Segunda Guerra Mundial Konrad Adenauer e Charles de Gaulle.

Scholz: Trump será um ‘desafio’

Durante uma conferência de imprensa conjunta no Palácio do Eliseu, os dois líderes comprometeram-se a agir em prol de uma Europa “forte”.

Scholz disse que Trump “será, e já está claro, um desafio”.

Macron recebe Scholz no Palácio do Eliseu em 22 de janeiro de 2025
Scholz e Macron estão se preparando para uma possível guerra comercial com os EUA sob Donald Trump Image: Mohammed Badra/AFP

“A Europa não se encolherá nem se esconderá, mas sim será um parceiro construtivo e assertivo”, disse Scholz, acrescentando que esta posição será “a base para uma boa cooperação com o novo presidente americano”.

Macron disse que “é mais do que nunca necessário que os europeus e os nossos dois países desempenhem o seu papel de consolidação de uma Europa unida, forte e soberana”.

Com Trump prometendo tarifas Em relação a muitos parceiros comerciais dos EUA, os líderes alemães e franceses consideraram as indústrias siderúrgica, automóvel e química importantes para a economia europeia.

Trump: A UE é “muito, muito má para nós”

Um dia antes, Trump disse aos jornalistas que “a União Europeia é muito, muito má para nós”, enquanto ameaçava com tarifas para obter “justiça” do bloco.

As ameaças comerciais de Trump podem obrigar a reformas, dizem líderes da UE

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Scholz e Macron discutiram anteriormente os possíveis efeitos de um regresso da administração Trump à Casa Branca e o que isso significaria para a Europa.

Em Novembro, Macron disse que trabalhariam por uma “Europa mais unida, mais forte e mais soberana” e que isso seria feito em “cooperação com os EUA”.

Além da administração Trump e do comércio, outros tópicos de discussão entre Macron e Scholz na terça-feira incluem a invasão da Ucrânia pela Rússia e o conflito no Médio Oriente.

kb,wd/sms (fontes dpa, DW)



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