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Nunes ganhou com eleitores de Marçal e com votos de Lula - 27/10/2024 - Poder - Acre Notícias
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Nunes ganhou com eleitores de Marçal e com votos de Lula – 27/10/2024 – Poder

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Nunes ganhou com eleitores de Marçal e com votos de Lula - 27/10/2024 - Poder

Bruno Boghossian

Nas poucas participações ao lado de seu candidato na capital paulista, Lula (PT) repetiu um apelo para que seus eleitores de 2022 votassem em Guilherme Boulos (PSOL). O fato de uma parcela desse grupo ter preferido Ricardo Nunes (MDB) guia a formação de tendências para o próximo ciclo da política nacional.

Nunes catapultou sua votação graças à conquista do eleitorado de Pablo Marçal (PRTB), é verdade. Mas era uma migração esperada, visto que o influenciador abusou do jogo sujo no primeiro turno com o objetivo de obter credenciais antiesquerdistas. No segundo turno, a rejeição a Boulos falou mais alto.

Se a divisão entre esquerda e direita era previsível, uma parte importante da vitória de Nunes precisa ser atribuída a uma fatia dos paulistanos que estavam com Lula há apenas dois anos. A última pesquisa do Datafolha antes do segundo turno apontou que 25% deles pretendiam dar um voto ao atual prefeito.

É o equivalente a 919 mil votos. Derrotado por pouco mais de 1 milhão de votos, Boulos teria virado o jogo sobre Nunes se tivesse sido capaz de tirar do prefeito o apoio de pouco mais da metade desses paulistanos.

O comportamento desses eleitores reflete as apostas personificadas em Nunes e Boulos. Antecipa também uma revisão de estratégias na política nacional –da escolha de candidatos à atualização de discursos, passando pela formação de alianças e pela participação de padrinhos políticos.

A direita sai das disputas municipais com o desafio de colar os tais caquinhos da fratura de seu campo político. Precisará escolher um caminho entre personagens radicais, que agitam sua base de eleitores, e aqueles com um figurino costurado sob a medida da moderação, para ampliar seu eleitorado.

Após a derrota na campanha presidencial de 2022, operadores da direita exibiram hesitação na busca por um bolsonarismo que não despertasse um antibolsonarismo majoritário. Em São Paulo, a vacilação quase derrubou a candidatura de Nunes, mas o prefeito acabou beneficiado pela indefinição.

Nunes aceitou um candidato a vice indicado por Bolsonaro e recorreu a um vergonhoso discurso antivacina. Conseguiu, porém, manter sua imagem relativamente descolada, a despeito das investidas de Boulos, e obteve apoio na faixa de eleitores que votaram em Lula em 2022 para derrotar o ex-presidente.

É possível cair na inevitável tentação de creditar a vitória de Nunes ao apoio de Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas alguma parcimônia é recomendada. O papel do governador paulista foi muito importante para conter a fuga de bolsonaristas no primeiro turno, e menos relevante no embate direto com Boulos.

Nesse sentido, aparecem os questionamentos sobre o futuro do racha na direita. Jair Bolsonaro (PL) decidiu disputar espaço com os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil) e Ratinho Júnior (PSD), sem contar o embaraço paulistano de seu flerte com Marçal.

O ex-presidente perdeu muito mais do que ganhou. Sua capacidade de escolher candidatos e definir a retórica usada na briga por votos sai abalada. Ainda que uma boa parte do eleitorado se anime com campanhas mais radicais, haverá uma disputa interna, coalhada de rancores, pela definição desses rumos.

A interpretação dos resultados deste segundo turno a partir de São Paulo também prolonga um dilema vivido há anos pela esquerda. A adesão de eleitores lulistas a Nunes é só o elemento mais atualizado das dificuldades enfrentadas nesse campo.

A esquerda sempre soube que aquela parcela de paulistanos, numerosa o suficiente para definir eleições, não era um eleitorado cativo de Lula ou do PT. Em 2022, o grupo havia se movido em direção aos petistas ao embarcar na ideia de uma frente ampla para tirar Bolsonaro do poder.

Sem a ameaça do ex-presidente na urna, esse sentimento se dissipa, em larga medida. Um herdeiro com uma alta voltagem de orgulho bolsonarista pode ressuscitar essa rejeição, como ocorreu em capitais como Curitiba e Belém. Com outros nomes na disputa, o efeito é mais incerto.

Também entram em cena as escolhas feitas pela esquerda na formação de novos quadros e na elaboração de uma mensagem atualizada para o eleitor.

Boulos, a começar por sua definição como candidato, produziu resultados abaixo das expectativas nos dois quesitos. A formação no movimento social amarrou o deputado a um passado visto como radical por muitos eleitores, o que dificultou sua caminhada em direção a um perfil mais moderado, numa campanha relativamente curta. Não conseguiu varrer os votos de Lula e não conseguiu melhorar o próprio desempenho em relação a 2020.

Esse problema ainda provocou um curto-circuito com o esforço de Boulos e da esquerda para retomar laços com eleitores das periferias urbanas. No segundo turno, a candidatura do deputado só ganhou algum fôlego nesses segmentos depois que ele adotou métodos e retórica mais enérgicos.





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Prêmio Shell de Teatro anuncia peças indicadas de 2024 – 16/12/2024 – Ilustrada

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Prêmio Shell de Teatro anuncia peças indicadas de 2024 - 16/12/2024 - Ilustrada

O Prêmio Shell de Teatro anunciou os indicados da sua 35ª edição. Foram consideradas peças que estrearam em São Paulo e no Rio de Janeiro no segundo semestre deste ano.

Os vencedores, selecionados entre os indicados do primeiro e do segundo semestres, serão revelados na cerimônia da premiação, em março do ano que vem.

Vinte e seis espetáculos, que concorrem em diferentes categorias, foram escolhidos pelo júri. A peça “Améfrica“, por exemplo, escolhida pelo júri do Rio de Janeiro, disputa em melhor ator, figurino e música. Na lista do júri de São Paulo, “Vestido de Noiva” lidera com duas indicações, e concorre aos prêmios de atriz e figurino.

Ainda pelo júri de São Paulo, as duas peças que disputam o troféu de melhor dramaturgia são “Por um Pingo“, de Dante Passarelli, e “Não Fossem As Sílabas do Sábado“, de Liana Ferraz. O júri do Rio de Janeiro, por sua vez, indicou “Um Jardim para Tchekhov“, de Pedro Brício, e “Língua”, de Vinicius Arneiro e Pedro Emanuel.

Lucélia Santos, de “Vestido de Noiva”, e Adriana Lessa, da peça “A Partilha“, concorrem ao troféu de atriz pelo júri São Paulo, enquanto Debora Lamm, de “Último Ensaio“, e Ana Marlene, de “Egoísta”, disputam com as indicações do Rio de Janeiro.

Neste ano a premiação irá homenagear a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz e suas mais de quatro décadas de atuação. É a primeira vez que o Prêmio Shell de Teatro realiza uma homenagem única, também eleita pelo júri.


Confira os principais indicados a seguir. A seleção completa pode ser vista no site do prêmio.

Seleção do júri de São Paulo

Melhor dramaturgia

  • Dante Passarelli por “Por um Pingo”
  • Liana Ferraz por “Não Fossem as Sílabas do Sábado”

Melhor direção

  • Clara Carvalho por “Hedda Gabler”
  • Jéssica Teixeira por “Monga”

Melhor ator

  • Alexia Twister por “Rei Lear”
  • Rogério Brito por “Sangue”

Melhor atriz

  • Adriana Lessa por “A Partilha”
  • Lucélia Santos por “Vestido de Noiva”

Melhor cenário

  • Rager Luan por “Tá Pra Vencer”
  • Wagner Antônio por “A Bailarina Fantasma””

Melhor figurino

  • Eduardo Giacomini por “Cão Vadio”
  • Simone Mina e Carolina Bertier por “Vestido de Noiva”

Melhor iluminação

  • Aline Santini por “Perfeita”
  • Beto Bruel por “Petra”

Melhor música

  • Marco França pela direção musical de “¡Cerrado!”
  • Marina Esteves e Dani Nega pela concepção de direção musical de “Magnólia”

Seleção do júri do Rio de Janeiro

Melhor dramaturgia

  • Pedro Brício por “Um Jardim para Tchekhov”
  • Vinicius Arneiro e Pedro Emanuel por “Língua”

Melhor direção

  • Adriana Schneider, Cátia Costa e Mar Mordente por “Um Pássaro Não É uma Pedra”
  • Pedro Sá Moraes por “Hereditária”

Melhor ator

  • Édio Nunes por “Professor Samba: Uma Homenagem a Ismael Silva”

Melhor atriz

  • Ana Marlene por “Egoísta”
  • Debora Lamm por “Último Ensaio”

Melhor ator

  • André Cortez por “Vital, o Musical dos Paralamas”
  • Ricardo Siri por “Hereditária”

Melhor figurino

  • Carla Costa por “Amor de Baile”
  • Claudia Schapira por “Améfrica: em Três Atos”

Melhor iluminação

  • Fabiano Diniz por “Memórias de Terra e Água”
  • Renato Livera e João Gioia por “Sidarta”

Melhor música

  • Beà Ayòóla por “Amor de Baile”
  • Eugênio Lima por “Améfrica: em Três Atos”



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Campanha de 2024 foi recordista em violência política, aponta pesquisa

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Campanha de 2024 foi recordista em violência política, aponta pesquisa

Luiz Cláudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil

A campanha para as eleições municipais deste ano foi recordista em violência política na última década, conforme revela pesquisa realizada pelas organizações Justiça Global e Terra de Direitos, lançada nesta segunda-feira (16). Entre novembro de 2022 e outubro de 2024, foram 714 casos de violência dirigida a pessoas que se candidataram. Foi o maior número desde o início da série iniciada em 2016. Segundo análise das entidades que fizeram o levantamento, a impunidade é responsável pelo crescimento no número de casos. 

A coordenadora de Incidência Política da Terra de Direitos, Gisele Barbieri, avalia que os períodos de pleitos municipais têm sido mais violentos. “Entendemos que as respostas do estado como um todo a essa violência têm sido aquém do esperado. Isso causa uma naturalização dessa violência e faz com que os episódios também sejam cada vez mais frequentes”, ponderou. 

As eleições municipais na série histórica tiveram uma elevação dessa situação. Em 2016, foram registrados 46 casos. Esse número cresceu para 214 casos em 2020 e, em 2024, houve um salto para 558 casos. Isso representa aumento de 344 casos nos quatro anos entre 2020 e 2024 ou crescimento de aproximadamente 2,6 vezes em relação a 2020. Comparando com 2016, o aumento é de 12 vezes. 

Para a diretora adjunta da Justiça Global, Daniele Duarte, a violência nos pleitos dos municípios está relacionada às disputas territoriais nos municípios. “A pesquisa demonstra que as eleições municipais são mais violentas. A partir da série histórica, nós verificamos esse aumento no número de ameaças em relação às mulheres candidatas, pré-candidatas e para as suas assessorias também”, diz.

Mulheres como alvo

As pesquisadoras avaliam que, além dos assassinatos e atentados, as ameaças e as ofensas têm um crescimento direcionado mais às mulheres. Elas, sendo cisgênero ou transexuais, foram alvos de 274 casos, representando 38,4% dos casos totais. Os ataques virtuais compõem cerca de 40% das ocorrências contra mulheres e 73,5% das ofensas no período pré-eleitoral ocorreram em ambientes parlamentares ou de campanha, sendo que 80% dos agressores eram homens cisgênero, também parlamentares.

“Dos 714 casos gerais do período que nós analisamos, 274 são contra mulheres. Considerando pretas e pardas, são 126 casos (…) Os homens também são mais vítimas porque estão em maior número dentro do sistema político. Quando a gente consegue identificar os agressores, quase 80% também são homens”, contextualiza a pesquisadora Gisele Barbieri. 

Ela explica que a Lei 14.192, aprovada em 2021, tornou crime a violência política de gênero. “É uma lei que ainda precisa ser ampliada e aperfeiçoada, porque a gente não consegue ver quase nenhum caso enquadrado dentro dessa lei. O sistema de justiça também demora a dar respostas com relação a esses casos”, diz Gisele Barbieri. 

Internet

Outro aspecto que a coordenadora da Terra de Direitos enfatiza é que a falta de regulação da internet acaba propiciando a expansão de formas de violência. “Mais dos 70% das ameaças que a gente teve em 2024 e em 2023 são feitas por meio de redes sociais, e-mail e plataformas digitais”, afirma. 

De acordo com Daniele Duarte, do Justiça Global, o crescimento nos ataques virtuais vitima mais as mulheres. A falta de uma legislação eficiente de internet contribui para não haver investigação. “Existem hoje muitos mecanismos para os ameaçadores se esconderem, que a justiça não acesse e não chegue até eles. Isso também aumenta o número de casos de ameaças”. Ela acrescenta que essas ameaças chegam com informações pessoais das candidatas e dos candidatos. 

Elevação

Nas eleições presidenciais de 2018, uma pessoa foi vítima de violência política a cada oito dias. Em 2022, foram três pessoas a cada dois dias e, em 2024, são quase duas pessoas vítimas de violência política por dia. 

Neste ano, foram 558 casos, com  27 assassinatos, 129 atentados, 224 ameaças, 71 agressões físicas, 81 ofensas, 16 criminalizações e 10 invasões. A ameaça é o tipo de violência mais recorrente, quase 40% dos casos totais do ano. 

A violência mais comum foi a ameaça (135 casos), seguida por 19 registros de ameaças de estupro. Os Estados com mais ocorrências foram São Paulo (108), Rio de Janeiro (69), Bahia (57) e Minas Gerais (49).

Medidas

As pesquisadoras enfatizam que é fundamental que o poder público adote ações de combate, como programas efetivos contra a violência política nos órgãos legislativos, aperfeiçoamento de leis e segurança ampliada para equipes e mandatos coletivos. 

As entidades defendem, por exemplo, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adote campanhas contra discursos de ódio, racismo e violência de gênero. Caberiam ao sistema eleitoral e de justiça apoio às vítimas, canais estruturados para denúncia e celeridade no julgamento de casos. 

O estudo ressalta a necessidade urgente de articulação entre sociedade civil, instituições democráticas e partidos políticos para frear o avanço da violência e fortalecer a democracia no Brasil. “É uma responsabilidade coletiva”, diz a pesquisadora da Justiça Global.



Leia Mais: Agência Brasil



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Keir Starmer visitará tropas britânicas na fronteira da Rússia | Keir Starmer

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Keir Starmer visitará tropas britânicas na fronteira da Rússia | Keir Starmer

Nadeem Badshah

Keir Starmer visitará as tropas britânicas que servem na fronteira da Rússia depois de dizer que a Ucrânia necessitará de mais financiamento e capacidade.

O primeiro-ministro discursava na conferência da Força Expedicionária Conjunta (JEF) em Estôniaonde se encontrou com líderes de outros estados bálticos.

Questionado sobre o que mais poderia ser feito para apoiar UcrâniaStarmer disse: “Há uma demanda cada vez maior por mais capacidade.

“Isso é compreensível, e a Ucrânia precisa de toda a capacidade que puder obter, por isso penso que todos nós investimos mais capacidade na Ucrânia através de equipamento.”

O líder trabalhista acrescentou: “Muito dinheiro foi arrecadado, financiamento foi arrecadado, mas será necessário mais”.

Depois de assinar uma parceria energética com o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, em Bergen, Starmer voou para a Estónia, onde falou ao lado de Støre e da sua homóloga estónia, Kristen Michal.

Starmer também discutiu a defesa económica interna do apoio contínuo à Ucrânia.

Ele disse: “Defender a importância da Ucrânia, defender a importância de duplicar a aposta, ligá-la a cada um dos nossos países – o que significa para nós se a Rússia tiver sucesso, é uma questão realmente importante que temos de responder. com o nosso povo, para deixar claro por que razão apoiamos tanto a Ucrânia, por que razão devemos estar ao lado dos nossos aliados nesta questão, por que razão devemos garantir que a OTAN também seja colocada na posição mais forte.

“Agora, este é um mundo diferente do mundo de 10, 20 anos atrás, para reconhecer o mundo em que vivemos, também há um argumento positivo a ser apresentado.

“Os gastos com defesa não ficam isolados aqui, sem nenhum efeito sobre o resto da economia, sem nenhum efeito sobre a tecnologia.

“Tem um enorme efeito nas tecnologias, na vanguarda da tecnologia e da mudança, que podem então ser utilizadas noutras áreas.

“Isso une os países. Acho que todos nós temos projetos conjuntos em termos de capacidades de defesa que nos unem.”

O primeiro-ministro participará novamente na cimeira do JEF, juntando-se aos líderes dos países nórdicos e bálticos para discutir o apoio à Ucrânia, a ameaça sustentada representada pela Rússia e a segurança europeia mais ampla.

Ele então visitará as tropas britânicas que servem na região para dissuadir as forças russas.



Leia Mais: The Guardian



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